Portanto, ignoras que ignoras que ignoras. Eu idem. É a mais densa e consequente forma de ignorância. Uma ausência presentemente ausente. Que podemos fazer? Duas cabeças pensam melhor do que uma, sim, mas só quando as duas tolas em causa pensam. Se juntarmos a nossa a uma que não pensa, provavelmente ficaremos a pensar pior. E se a nossa não pensar, de nada adianta ir ter com aquela a raciocinar na perfeição pois não entenderemos patavina. Pelo que se deve começar por conseguir pensar se a gana for a de pensar melhor. Nisso está o critério primeiro e último para sabermos que estamos a pensar: independentemente do conteúdo do nosso pensamento, achar que o podemos vir a pensar melhor.
Ignorarmos o que ignoramos ignorar não é uma negatividade. É a tangência imarcescível e gravítica de todos os pensamentos.
ya, meu. é por isso aliás que se prefere o diálogo nas relações internacionais.
quando quiseres começar a pensar, avisa.
Porra, pá, que imarcescível e gravítica profundidade! A Fossa das Marianas vai fazer uma queixa ao Tribunal Penal Internacional, por concorrência desleal. Pobre Fossa, lá terá de arranjar um blogue! E tu ainda acabas no banco dos réus, ao lado do Putin!
estou a pensar que quanto mais se pensa melhor mais se pensa em pensar melhor. mas isto se não houver o que fazer nem o que viver. porque enquanto pensamos, só pensamos, não vivemos. o segredo está no equilíbrio: é como encontrar o salto alto adequado ao nosso andar, ou saber exactamente os alimentos que não nos enjoam o sangue. mas há outra coisa que não podemos, ou que eu não posso, ignorar: a intuição, essa deusa, que mora no lugar inacessível ao pensamento. portanto, não ignoro. e, por isso, penso cada vez melhor. porque (me) existo. !ai! que riso de trapalhona
No princípio não havia ignorância porque não havia que saber, hoje, ao contrário é tudo ignorância dado que o que há para saber tende para a infinidade.
Ainda para mais a primitiva ignorância era uma só menos densa e verdadeira ao contrário de hoje que há ignorâncias de todas as densidades e gostos.
as voltas que este mundo dá.
agora o sócrates é que aparece em destaque a defender o estado de direito no estatua de sal, blogue dos maluquinhos das teorias da conspiração como diz valupi, enquanto que no aspirina se continua a alabar o santo e querido lider que, diz-se à boca pequena, deixou socrates e o estado de direito “pendurados” nas muralhas da cidade. se calhar estava a guardar a coragem toda pra defesa do galamba!
que mentiroso compulsivo, teste, que nojo de nódulo com pus que dá vontade de espremer até sair sangue. Sócrates não foi à estátua de sal – a estátua de sal é que foi, e muito bem, buscar Sócrates – enquanto, lamentavelmente, o melhor exemplo da sua violação – para exaltar os direitos do estado de direito.
se é para ficar limpo, generosidade em bicos de dedos, eu espremo-lhe o pus todo. badalhoco doente.
Para aliviares um pouco essa densa e angustiante ignorância, podes começar a semana com isto. Quer dizer, poderias, mas aposto (mais uma vez) o tomatinho esquerdo e metade do direito em como não poderás, até porque faz tempo que me parece que para ti, sobre certos assuntos, a ignorância é uma bênção. Abençoado sejas, já que feliz co-proprietário serás do reino dos céus e vizinhos igualmente felizes não te faltarão.
https://youtu.be/b4d9DU-ndR4
Neste óptimo documentário de 2021, podemos ver um fabuloso exemplo dos benefícios proporcionados pelo “amigo americano” aos seus vassal… perdão, aos seus queridos aliados: no caso, a “aquisição” a custo zero, pela General Electric americana, da empresa estratégica francesa Alstom, fabricante, entre outras coisas, de turbinas. A Alstom era a principal concorrente da GE a nível mundial e fabrica também material ferroviário, desde carruagens e locomotivas a sistemas de sinalização e tudo o que se relaciona com as linhas propriamente ditas, partes de motores de submarinos franceses, nucleares e outros, bem como de outros navios de guerra, peças para o porta-aviões francês, nomeadamente catapultas, etc.
Para concretizar a operação foi utilizado um fantástico “atributo” do império do bem, a chamada “extraterritorialidade” das leis americanas, aplicáveis a qualquer empresa ou indivíduo, em qualquer parte do mundo, que transaccionem um produto que tenha uma única componente americana, seja um chip ou um simples parafuso. No caso de indivíduos, basta que o server utilizado por um telemóvel, por exemplo, esteja sedeado nos EUA.
Para esse efeito, foi a Alstom investigada pelo Departamento de Justiça americano e, como não podia deixar de ser, apanhada em actos de corrupção activa em vários países, com o objectivo
de convencer governos ou empresas a adquirir produtos seus. É uma prática habitual da maior parte das empresas que concorrem nos mercados mundiais, com destaque para as americanas, mas estas beneficiam geralmente de salvo-conduto da “justiça” do seu país. Porque algumas componentes dos produtos da Alstom tinham tecnologia americana, um alto funcionário da empresa (Frédéric Pierucci) foi preso pelos americanos durante mais de um ano numa prisão de alta segurança e outros três funcionários franceses foram sujeitos a mandados de prisão da Interpol, ficando impedidos de sair de França para não irem parar a um chilindró americano.
O chairman da Alstom, Patrick Kron, foi então chantageado pela General Electric americana, concorrente da Alstom no mercado internacional, para a venda da secção de turbinas da empresa francesa à GE, em troca do cancelamento do processo da justiça americana contra a Alstom e contra o próprio Patrick Kron, que se arriscava a ser preso em qualquer país e entregue aos americanos se pusesse os pés fora de França. Do acordo (disfarçado de “parceria”, o que se verificou depois ser vigarice) fazia parte o compromisso da General Electric de pagar a multa de 12 mil milhões de euros que a justiça americana exigia à Alstom. Resultado: a General Electric tornou-se proprietária da Alstom a custo zero, enriquecendo de maneira fabulosa o seu património e eliminando ainda um fortíssimo concorrente no mercado internacional. Quanto à promessa de pagamento da multa, foi parar ao lixo e acabaram por ser os então accionistas da Alstom a pagá-la. Como “recompensa”, receberam do chairman Patrick Kron quatro mil milhões de euros, depois de aprovarem, em assembleia de accionistas de 19-12-2014, a venda da Alstom à General Electric.
Uma das componentes principais (a das turbinas) das 19 centrais nucleares francesas (num total de 58 reactores), um sector obviamente estratégico que produz 75% da energia eléctrica francesa, ficou assim em mãos americanas, que o podem paralisar em qualquer momento que lhes apeteça, se os franciús mijarem fora do penico. Aquando da invasão ilegal do Iraque pelos EUA, em 2003, que a França condenou, esse ascendente proporcionou pressões e chantagens. Também os submarinos e outros navios de guerra franceses, incluindo o porta-aviões, podem ficar no estaleiro se isso passar pela cabeça do Tio Sam.
Entretanto, pelos bons serviços prestados ao império, o senhor Patrick Kron safou-se de uma prisão americana, reformando-se pouco depois com uma indemnização de alguns milhões. No processo de esbulho deste sector estratégico francês pelo amigo americano teve ainda papel de destaque o senhorito Emmanuel Macron (aka Manu Morcon), primeiro como secretário adjunto do Eliseu e depois como ministro da Economia de França. Ministro de França é modo de dizer, claro, pois na realidade não passa de um delegado, atento e obrigado, do fabuloso império do bem.
Chamam a este maravilhoso sistema “ordem internacional baseada em regras” (“rules based international order”, no castiço patuá de Antony “Capone” Blinken).
Para quem estiver interessado em aprofundar, existe sobre o mesmo assunto um interessante livrinho da Fayard, “Alstom, scandale d’État”, aqui:
https://www.amazon.fr/Alstom-scandale-d%C3%89tat-Jean-Michel-Quatrepoint/dp/2213686882
Joaquim Camacho, isso não interessa nada, o que é importante, é saber se os americanos, os franceses e a indústria nuclear apoiam o movimento LGBT +. Se assim for, tudo ok, podem incabar a europa à vontade.
querida, espreme-me todo