Dominguice

Se o projecto fosse o de explicar porque é que a minha vizinha do 4º andar parou no meio do passeio e depois continuou a caminhar, qualquer vizinha do 4º andar, que se teria de fazer? De imediato, teríamos de reclamar tempo e meios para estudar o caso. Quanto tempo, quais meios? O tempo suficiente para investigar todos os meios disponíveis e a informação respectiva. Claro, começaríamos logo por interrogar a vizinha, por ouvir e registar a sua justificação para ter parado no meio do passeio. Mas se acreditássemos nessa resposta, calhando haver uma, sem a tentar confirmar, o inquérito não teria sido levado até ao fim. Na verdade, nem sequer se teria iniciado o processo de averiguação. Ficaria como um veículo da propaganda, ou da arbitrariedade irracional, da minha vizinha do 4º andar.

Se isto é assim para simpáticas e pacíficas senhoras que nunca deram problemas à vizinhança nem ao condomínio, talvez a questão seja ainda um pouquinho mais complexa para tiranos criminosos, mafiosos e assassinos montados em cima de arsenais nucleares.

48 thoughts on “Dominguice”

  1. eu só havia de querer saber porque parou se visse que se sentiu mal – podia estar com as tensões muito maradas ou com os açucares pifados ou apenas ter-se sentido observada ou teve um rasgo de intuição. ela só parou no meio do passeio, não invadiu nenhum jardim privado e desatou a calcar as flores e a matar cães e gatos – de outra forma, perante as evidências dos factos, nem sequer havia direito a interrogatório – levava-a para os calabouços para ser punida e inibida de andar a matar e a espalhar terror. obrigava-a a comer as tripas dos cães e dos gatos com os espinhos das rosas estufadinhos todos os dias durante a pena, a ler em alta voz sempre a mesma citação e a vestir-se com a mesma cor e a beber sangue de porco preto sempre que tivesse sede por um jarro muito largo, beiços sempre a pingar de excesso. também teria de roer e tirar o lixo das unhas dos pés com os dentes e fazer todos os dias uma escultura com os seus excrementos. rodilhas para limpar as mãos é que não ia haver. a meio da noite, à mesma hora, a gravação da risada de uma bruxa e, ao amanhecer, uma bicha cobra a experimentar-lhe todos os buracos deixando-lhe uma camada viscosa para a tarântula gulosa que, logo a seguir, ali ficava parada a apreciar-lhe as pintas vermelhas do porco preto. !ai! que riso

  2. e isso porque os arsenais nucleares quando montados por “beatos” , “democratas” e amigos dos amaricanos não representam perigo nenhum e podemos acreditar a pés juntos nas declarações de intenções sem fazer qualquer inquérito ou processo de averiguações ? ahhhhhhhhhhhh

  3. Eh pá! Eu se fosse a ti entregava a condução do inquérito aos únicos “democratas criminosos, mafiosos e assassinos montados em cima de arsenais nucleares” com experiência no ramo, os únicos que até hoje utilizaram no terreno arsenais nucleares e com eles assassinaram, em fracções de segundo, por duas vezes, centenas de milhares de pessoas. Quem sabe sabe, e assim ficavas com mais tempo para ir à praia, comer tremoços e elucubrar parvoeiras.

  4. Sabes q estás a denunciar que há fumos q erguem se pelo ar da tua casa, com esse tipo de observações ???????? eis o mistério do século, um transeunte que resolveu suspender o movimento. Que sorte têm as tuas janelas de serem testemunhas dos segredos da humanidade.

  5. Que “dominguice” mais chocha, sr. Valupi! Este seu “post” consegue ser mais primário do que a última tirada da D. Penélope!
    Mas, pensando melhor, eu posso não estar a ser justo na análise que faço do mesmo. Na verdade, o seu texto pode ser apenas a face visível de um turbilhão de pensamentos que lhe afloraram a mente durante as suas estremunhadas divagações dominicais! Passo a explicar-me:
    – se bem ajuízo, o conjunto de textos que tem produzido sobre o assunto que subjaz à “dominguice” demonstram que você não prima pela dialética em tal discussão; até aqui, comportou-se sempre como um prosélito.
    – ora, pela primeira vez, declara a “questão” “um pouquinho mais complexa”;
    – assim, tenho o dever de aceitar que passou a ser mais reflexivo e que poderá estar num processo de ajustamento à realidade, que o poderá redimir;
    – mas há mais, como seja o facto de ter reparado que há “arsenais nucleares” em jogo!
    – é suposto que também saiba que o uso de armamento nuclear não é caso virgem,
    – sendo que tal uso é da responsabilidade da “igreja” dos “bons”;
    – ou seja, se isso aconteceu com os “bons”, por maioria de razão, julgo que terá ponderado que a “igreja” dos “maus” poderá fazer o mesmo;
    – mais um ponto, portanto, que levo a crédito da mudança que estará a empreender;

    Assim, o que lhe desejo é que, agora que terá chegado ao cerne da questão, à complexidade do momento, não estacione a meio do “passeio”, como a sua vizinha do 4º andar, e por ali se fique, sem objectivos, ainda como a dita senhora!

  6. Olinda que mente tºao profunda. só pode ser resultado de uma vida repleta de boas experiências.

  7. Valupi, confesso que só entendi agora o ponto do teu texto.
    das um salto absurdo e redutor com esses dois exemplos. tu classificas o Putin dessa maneira, mas esqueces te convenientemente que ha milhoes de pessoas que não o fazem. a tua proposta é qual ? armarmo-nos todos e irmos para a guerra matar criminosos , mafiosos e nao sei mais o quê ? o mundo é mais intrincado do que o passeio da tua rua.

  8. Valupi, os “… criminosos, mafiosos e não sei que mais…”, são os “maus”, certo, Valupi? Se assim é, qual é a sua dúvida? Atrevendo-me a responder pelo sr. Eduardo Ricardo, a esses, abatem-se, claro! Tão simples como isso! É que nem entendo como é que a sua inteligência ainda não tinha chegado lá!!! E se você tem outra solução, devolvo-lhe o desafio, pedindo-lhe que explique aos seus seguidores qual é o seu objectivo e o plano que engendrou para o atingir! Não continue estacionado no meio do passeio, como a sua vizinha do 4º andar, não se finja de morto, mexa-se, caralho, nem que seja para agarrar numa arma e zarpar até ao teatro de guerra! Por lá aceitam voluntários, com certeza!

  9. Olha, partilho contigo uma frase do Judice ha muito tempo. “Eu nao sou anti fascista, sou anti fascimo porque eu não sou anti pessoas”. Acho que é uma boa frase.
    Eu simplesmente nao aceito esse ponto de partida de os Russos serem isso que dizes. não acho que isso seja minimamente sério.
    Antes de tudo pedir uma análise mais cuidadosa de toda a comunidade internacional.
    i) retomar as visitas a Moscovo e entender o que Putin quer ganhar com a guerra. teriamos pelo menos uma base sólida para a negociação.
    ii) constituir regiºoes autonomas dentro da ucrania, com o seu governo e definir um prazo para realizar referendos.
    lll) nessas regiões implementar um plano economico conjunto entre a russia e a ucrania.
    isto tudo é muito complexo e eu nao tenho conhecimento para dizer mais do que isto.

  10. Há uma frase do maria carrilho que se aplica aqui justamente. ” Se não sabes para onde ir tem cuidado! pois podes nunca lá chegar” . sempre considerei esta frase assustadora e obscura, não por apelar nos a termos sempre rumo entre os caminhos “desejados” ( nao é esse o meu primeiro entendimento) mas antes termos cuidado com os indesejados. eu nao sei qual será a soluçºao final para isto, mas ha caminho indesejados com os quais temos ter muito cuidado.

  11. JA, é óbvio que tu é que sabes, isso vai sem discussão. Mas vê lá, olha o vinho, porque essa de já quereres estar a responder pelos outros é capaz de te fazer mal à mioleira.
    __

    Eduardo Ricardo, os russos o quê? Creio que te deves ter enganado no blogue.

  12. quem são os tiranos criminosos, mafiosos e assassinos montados em cima de arsenais nucleares para ti ? não são os Russos ? xD

  13. Quando chega o argumento do “vinho” percebe-se melhor a sua honestidade intelectual! Sendo certo que nunca me motivou desnuda-la – teria sempre mais que fazer – agrada-me poder contribuir para o desmascaramento de ideias alucinadas e imbecis: é, no meu censo, o modesto contributo que posso dar para o estabelecimento de um mundo melhor e mais pacífico!

  14. A propósito de “Alguns russos que tiranizam esse povo”, explica lá aqui às massas ignaras porque é que o império do bem recusou a proposta desses “alguns russos” tiranos de entrada da Rússia na NATO, feita primeiro pelo Ieltsin e depois pelo Putin, que teria eliminado praticamente todos os atritos e potenciais conflitos a que hoje assistimos, nomeadamente o que te leva a fazer estas reiteradas e decepcionantes figuras tristes?

  15. ok certo, então achas que devemos ir para a guerra por que os russos são tiranizados por alguns ?

  16. eu acho que o Eduardo Ricardo está com medo que o chamem para a guerra, ter de fazer o saco. e o JA está com medo de ficar sem guito para enfardar moelas com jeropiga. e é por isso que relamam a paz à custa da liberdade dos ucranianos. bem visto, uma paz bêbeda, daquela em que se podem cometer crimes à vontadex. ide-vos lavar, peidinhos de cheirete. !ai! que riso

  17. Valupi, basicamente o q quis dizer (e disse o no inicio ) que há muitas pessoas que não consideram a governação de Putin como uma teia de criminosos mafiosos sentados em cima de armas nucleares. Se bem que a última parte da frase é verdade

  18. Eduardo Ricardo, há muitas pessoas que isto, há muitas pessoas que aquilo, e há muitas pessoas que aqueloutro. Mas, no que à guerra na Ucrânia diz respeito, só há um invasor e só há um invadido.

  19. pensa lá se em todas as relações de poder no passado que envolveram uma parte invasora e outra invadida se fazias essa crítica da maneira como a fazes agora. Agora a discussão ja nao pode ser essa. é que a guerra começou, nao ha nada a fazer quanto a isso. agora é preciso terminá la e não prolongá la. E se calhar é melhor para a ucrania acabar agora enquanto a russia não invadiu mais do seu território. Por que francamente, eu não sei o que a russia quer neste momento.

  20. olinda,

    e os invadidos na palestina? assobiar para o lado na invasão, na chacina, ser politicamente correcto com a História e com o poder de Israel, sentir pena dos israelitas, e desejar que se faça a paz instantânea para que a dor dos outros não nos aflija nem nos tire qualidade de vida. é assim que dizem os putinistas como o MST que vêem o assalto feroz e violentíssimo à liberdade, aos direitos e às garantias da palestina como um mal menor e necessário. em redor, há muitos refugiados desintegrados e já mortos por dentro que ainda respiram sem sequer conseguirem dar aos filhos um olhar de esperança. sobrevivem agora no país de outros, estes outros que em vez de usarem a palavra para ajudar a salvar vidas, antes a usam para aliviar a culpa de não conseguirem ser simplesmente pessoas a quererem o melhor para outras pessoas. nojo.

  21. Eduardo Ricardo, concordo contigo. É melhor para a Ucrânia que a guerra acabe agora, sem ter a Rússia a invadir mais território.

    Tens é de ir a Moscovo levar esse recado a quem tem o poder, e o dever, de acabar com a guerra. Estás a perder o teu tempo neste pardieiro.

  22. todos os invadidos o mundo, teste, têm as minhas lágrimas e a minha energia vital para se defenderem, e lutarem, pela liberdade e a autodeterminação, pelos direitos e pelas garantias. e também têm os meus dedos incansáveis naquilo que é insurgir-me contra todos os putinistas invasores. o teste é um mutilado de outras guerras a querer mutilar-me por raiva e frustração.

    está a perder o seu tempo mas pode continuar a comer espinafres e a peidar-se à vontade porque estou imune aos pivetes. !ai! que riso

  23. olinda,

    todos têm o seu apoio mas sanções e armas que é bom, só um é que tem, não é? pois
    quando conseguir explicar porquê cá estaremos para a ouvir, agora se quiser continuar a ladrar pode ladrar à vontade que daqui não leva nem pedaços de pão nem festinhas nessa cabeça pulguenta.
    e cuidado com essa espuma nos cantos da boca

  24. isso é verdade Valupi, a russia tem o dever de desempenhar um papel ativo no fim da guerra. mas também tem o dever de reconhecer como parte importante os seus interesses nacionais. Faz algum sentido a russia retirar se da ucrania sem os seus objetivos estarem cumpridos ? como se poderia justificar tal decisºao depois de tantos mortos ? morreram para quê ? a morte converte se a cada dia num mero espetáculo trágico.

  25. Eduardo Ricardo, espero que Moscovo te esteja a pagar pela propaganda. Pelo menos, nesse caso, sempre poderás alegar que a tua cumplicidade com o agressor criminoso te serviu para comprares tremoços e amendoins.

  26. Com essa de não conceberes pensamento divergente que não seja pago pelo “inimigo”, classificando automaticamente a opinião diferente como “traição à pátria”, atingiste o grau zero, pá, o zero absoluto, abaixo de cão. E arvoras-te em campeão da democracia? Não consegues mesmo perceber que era esse o esquema mental de Salazar e de toda a trampa que o mantinha no poder, para quem até o Mário Soares era pago por Moscovo? É que o lugar dos traidores é a prisão, pá! É isso que estás a sugerir para o Eduardo Ricardo, para mim, para o teste, o Lowlander e todos os “hereges” que por aqui te perturbam a digestão? É assim tão difícil entender que o mainstream merdia que te molda a opinião é o mesmo que te aldraba no Sócrates, no Galamba e em tudo o resto? Por que porra de carga de água te diriam a verdade na questão da Ucrânia os mesmíssimos vigaristas que te mentem no resto? A partilha de trincheira com Beijoqueiro, Montedemerda, Catarina Martins, Ventrulhas, Mário Machado e afins não te causa estranheza, não te leva a pensar um segundo que seja? Não arranjas ao menos um minuto para reflectir com os neurónios que te restam antes de martelar o teclado? Porra, pá, perdeste completamente o respeito por ti próprio?

  27. Esta atitude merdosa do Sr. Valupi, para com o Sr. Eduardo Ricardo, é nojenta. Este asno nem percebe que idêntica suspeita lhe pode ser dirigida! Até agora não tinha assistido a coisa tão rasteira dita por este senhor. É o grau zero da discussão e da decência.

  28. orgulho é uma parvoíce do Ego. Quanto maior o Ego, maior a parvoíce…
    Poucos escapam a este facto.
    “(…)A vulnerabilidade do orgulho
    A pessoa orgulhosa está constantemente na defensiva em virtude da vulnerabilidade da presunção e da negação. Pelo contrário, a pessoa humilde não pode ser humilhada porque deixou ir o orgulho. Num estado de orgulho, a nossa energia é dissipada pela constante preocupação com a defesa do nosso estilo de vida: vocação, bairro, roupas, marca do carro, ascendência, país, crenças políticas, religiosas, etc.
    (…)
    Quando os orgulhamos dos nossos bens ou de algumas organizações com as quais nos identificamos, sentimo-nos obrigados a defendê-los.
    O orgulho das nossas ideias e opiniões leva a intermináveis discussões, conflitos e mágoas.
    (…)

    Uma das desvantagens da postura orgulhosa, como dissemos, é a sua vulnerabilidade. Está vulnerabilidade convida o ataque. Como tal, podemos ver que as pessoas orgulhosas atraem críticas e a sua vulnerabilidade explica a máxima: “O orgulho precede a queda”
    (…)
    O orgulho traz consigo o desejo de reconhecimento por parte de terceiros e, como tal, se este demora a chegar, existe uma vulnerabilidade à irá e à desilusão.
    (…)
    A possessividade e o apego são consequências do orgulho.(…)”
    (…)
    O orgulho isola-nos.
    (…)
    O orgulho deixa-nos cegos a muitas coisas que poderiam ser profundamente benéficas l; para uma mente orgulhosa, aceitá-las seria inferir que estamos errados. Quanto mais poderosos somos interiormente, mais flexíveis nos tornamos, de modo que estamos abertos a tudo o que é benéfico. O orgulho impede-nos de ver o óbvio. Milhares de pessoas morrem por causa do orgulho.

    “Deixar ir” – de David E. Hawkins

  29. de certa forma, respondeste por quatro vezes às perguntas que te fiz com contra perguntas. reconheço que essa estrategia em tempos seria uma forma inteligente da tua parte de nos apontares para onde deviamos olhar ou então para “pores à prova” as nossas suposições e incentivares o pensamento critico. Hoje, fazes isso de forma simplesmente jocosa e irónica.
    Repara que a quantidade de posts que tu fazes sobre o tema da guerra reflete o pouco conhecimento que tens sobre isso, daí escreveres poucos posts. se soubesses muito pesquisavas mais , pensavas melhor e havia mais textos teus sobre o tema. no fundo, a ausência desses textos explica a tua posição firme.

  30. Eduardo Ricardo, não posso concordar mais contigo: a raridade com que escrevo sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia reflecte o pouco (quase nada) que sei sobre essa realidade.

    Contudo, na pequeníssima parte a que consigo chegar, folgo em saber que não faço a propaganda do invasor criminoso.

  31. Dizes que há uma “pequenissima parte a que consegues chegar”. Lamento que isso seja resultado de espreitares pelo buraco da fechadura sobre esta questao.

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