Dominguice

Troquemos os bebés. Nasceram num continente, vão crescer noutro. Os pais biológicos não serão os pais psicológicos. As culturas de parto radicalmente diferentes das culturas de desenvolvimento. Que diferença faz aos bebés? Para os observadores, as que eles conseguirem e quiserem registar. Para os bebés, nenhuma de nenhuma. O bebé ignora a mudança, o adulto em que se transformar não carece dessa informação para se adaptar ao meio e à comunidade em que está inserido. O destino falsificado é, realmente, o destino verdadeiro.

Tudo poderia ter sido tão diferente. Mas seria sempre tudo igual.

18 thoughts on “Dominguice”

  1. a diferença que faz???? faz toda a diferença não sabermos as nossas verdadeiras origens , não sabermos quem foram os nossos antepassados e não poderosa honrá-los.
    falsificador da história , lá está , clarinho , hoje.

  2. e seria sempre tudo igual. se considerarmos que só somos bebés até aos dois anos e que a nossa memória começa a nascer aos seis meses, então as recordações que temos nesse ano e meio são tão instintivas e tão essenciais apenas na medida exacta da sobrevivência dependente – dependente do exterior, dos pais psicológicos no meio envolvente em a ou em b. seria sempre tudo igual.

    por exemplo, eu lembro-me de começar a andar – consigo ver, porque ficou-me na memória, a perspectiva espacial do que foi erguer-me mas tudo o resto foi-me contado: que foi no cinema passos manuel e com a minha mãe e o meu pai. mas se tivesse sido na broadway com outro casal de certezinha quase absoluta eu estaria a escrever hoje e agora aqui na mesma mas a acrescentar oh my gosh, !ai! que riso, adorei, adorei, adorei e até fiquei com ganas de comer nestum com mel, dadada, love u Val

  3. por acaso pensei nisso , que o objectivo do post era branquear o tráfico de bebés da ucrania para os usa através de empresas israelenses, que prostituem barrigas de mulheres pobres na geórgia e ucrania .muitas vezes para parirem para gays.

  4. acho que é isto teste , os conservadores em costumes mas liberais em economia chamam de esquerdistas aos liberais em costumes e economia.. os liberais em costumes nisso são irmãos do berloque , mas penso que não por convicção , é para dar um ar de modernidade e para conquistar votos dos fumadores de cannabis e lgtb avulsos. -:)

  5. de todos modos as categorias esquerda e direita já não fazem nada pelo povo , nem representam o que existe na realidade. são categorias úteis apenas apenas a quem quer conquistar o poder. são uma farsa actualmente , financiada sobretudo pelos donos disto tudo , já que é a forma mais barata e fácil de comprar políticos.
    hoje , o sistema político económico em que vivemos , tem apenas dois protagonistas : os de cima- corporações , titãs empresariais , banca e os políticos , lacaios de todos os anteriores- e os de baixo – nós , os parvalhões que sustentamos todos estes ogres e que andamos à deriva das suas vontades de cíclicas “crises” artificiais para pouco a pouco , ficarem com tudo.

    suponho que agora virá um cegueta dizer que a culpa não é dos políticos, nem da esquerda , que nunca está tempo suficiente no poder…é do mercado , entidade metafisica , e da cena internacional e claro , da direita .. daaaaaaaaaa

    pense lá , teste , acha que o povo ordenou aos seus representantes que ficássemos todos na mão destes ogres? que foi o povo que ordenou que os políticos deixassem crescer as empresas até serem monstros? acha mesmo que a situação actual resulta de um sistema definido como “o governo do povo , pelo povo e para o povo”? com papas e bolos se enganam os tolos.

  6. yo,

    desde a sua concepção que o conceito de esquerda e direita na politica está ligado à “manutenção do status quo” e à “alteração desse mesmo status quo” no sentido de o tornar mais justo e democrático.
    a qual destas genéricas, generalíssimas, posições políticas é que a yo consegue atribuir as etiquetas “esquerda” e “direita”?
    depois podemos continuar a discutir o resto

  7. a nenhuma , a 2º etiquetaria como irrealista. nenhum sistema se reforma por dentro.

    penso que os homens e lésbicas se apegam tanto à ideia de “democracia” – e república- mesmo sendo ultimamente uma farsa , porque a vêm como uma possibilidade de atingirem poder , o que não acontece com outros sistemas. dominem-se , fazem-nos tanto mal.

    eu não preciso de esquerda e direita , nem de democracia , preciso de um sistema que combata a ganancia , que acredite que todos somos iguais sendo diferentes , que cultive a diversidade humana dando tenta importância a um canalizador como a um médico ,, que estigmatize o luxo , que ponha na moda o decrescimento sustentável., que ridicularize a cagança,, que ensine os cidadãoa a não se deixarem enganar por cantos de sereias publicitárias. e que nos proteja dos ogres que secam tudo por onde passam.

    ou seja , um sistema matriarcal -:) -:) -:)

  8. “a nenhuma , a 2º etiquetaria como irrealista. nenhum sistema se reforma por dentro.”

    não percebo o que quer dizer com isto. a yo não existe na mesma realidade que o resto de nós? temos que esperar pelos extraterrestres para mudar o sistema?
    ou está a dizer que o sistema nunca mudou desde que a humanidade “inventou” a politica?
    e não vale a pena estar a trazer mais pontos pra cima da mesa. só avanço na discussão quando estivermos de acordo quanto aos termos do que discutimos

  9. vamos ter , em primeiro lugar , de clarificar a qual esquerda de refere -:) são tantas as tonalidades da esquerda , a paleta é tão larga , que ando confusa acerca do que é afinal a esquerda. dá ideia que é assim uma etiqueta sem sentido mas que fica bem na lapela.

  10. só pensam em badalhoquices, estes cromos da caixa, em uma relexão sobre bebés. bem visto, pensam naquilo em que se tornaram. pois claro.

  11. yo,

    isso foi precisamente aquilo que tentei esclarecer com a primeira resposta, apesar de reconhecer que é tarefa complificil e que a minha tentativa talvez por falta de tempo não terá sido a melhor. que ela tinha um viés pela esquerda isso admito já, mas estou disposto a ouvir quem me tenta convencer da bondade da direita. já ouvi bons argumentos. talleyrand disse – na altura em que estas coisas se definiam – que “He who has not lived in the eighteenth century before the Revolution does not know the sweetness of life and can not imagine that there can be happiness in life”, por exemplo.
    porque repare, se à proposição de que não existe esquerda e direita eu respondesse para a yo experimentar andar sempre de carro na estrada pela esquerda isso seria um pouco ridículo, não?
    quer outra definição, desta vez mais poética? ouvi alguém dizer uma vez que a esquerda é “a impossibilidade prática de deixar os outros pelo caminho”. já não recordo quem e por isso não posso citar convenientemente, mas lá que é bonita e que na minha opinião representa muito bem o espírito da coisa, lá isso é.

  12. mas isso é em teoria , na prática a esquerda que tem governado , pelo menos aqui , tem deixado muitos pelo caminho . qualquer esquerda que se preze será contra a acumulação de capital astronómica , será contra a concentração dos negócios nuns poucos. em vez de redistribuir rendimentos , redistribuam a propriedade. pouco falta para sermos todos escravos a continuarmos assim. e chagámos aqui pela mão da democracia partidária. que ele há mais democracias.
    mesmo agora li isto , de uma excelente pessoa , com uma forma diferente de viver . é do pcp ,
    “No fundo, no fundo, o grande receio, medo, pavor dos bem instalados, habituados a controlar, é que os descamisados de esquerda e direita se unam.”

  13. “mas isso é em teoria” claro que sim. isto é uma categorização hiper-genérica, como disse acima, maniqueísta, e que portanto introduz um gigantesco erro de generalização. na prática, a politica – como quase todas as actividades humanas – é sempre muito mais “suja” e “cinzenta”. não só mas também porque os humanos são criaturas com sub e inconsciente (ou seja, às vezes fazem, escolhem e decidem sem “saberem” exactamente porquê), extremamente dadas ao erro e a sobrestimar as suas capacidades para analisar todas as variáveis envolvidas no “problema” que tentam “resolver”.

    “qualquer esquerda que se preze será contra a acumulação de capital astronómica” para mim isso também é claro, mas nem toda a gente que se diz de esquerda concorda e esse foi sempre um dos principais pomos da discórdia no seio da mesma.

    para acabar, a ver se finalmente nos estamos a entender porque me parece que sim: se os descamisados de esquerda e de direita se unissem para, e aqui estou a intuir da sua frase porque ela acabou antes de o dizer, “mudar o status quo que faz deles descamisados”, em qual das duas categorias se integraria esse movimento?

  14. já agora, só pra dizer que gosto mais da frase do otto von bismark, que significa mais ou menos (muito mas muito mais ou menos aqui, ok?) a mesma coisa que essa do gajo do pcp:

    “Crowned heads, wealth and privilege may well tremble should ever again the Black and Red unite!”

  15. e se os representantes dessa categoria humanista do bom viver por acaso se sentassem do lado esquerdo da assembleia de condomínio encarregada de decidir o que fazer e como, por economia de palavras faria sentido chamar-lhe só esquerda quando a ela nos referíssemos ?
    pronto, já está :-)

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