Saímos da escolaridade obrigatória na posse de conhecimentos dispersos, superficiais, mal amanhados. Informações transmitidas e capacidades formadas através da lotaria dos talentos pedagógicos dos professores. A lógica dos programas até ao 12º ano está ao serviço da continuação da aprendizagem, seja na academia ou no ensino técnico. A lógica não está na cidadania, não está na aprendizagem da Constituição, não está na politização dos alunos infantes e adolescentes.
Ou seja, a escolaridade obrigatória não ensina ninguém a usar e a querer o poder. Isto perpetua as desigualdades e atrofia a liberdade, pois os berços das oligarquias são escolas de poder. Isso talvez seja o principal factor de empobrecimento do País.
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aprendam com o meu Dragão.
estive a pensar um pouco sobre a significância de poder e não encontro outra melhor do que liberdade. depois na liberdade cabem os direitos e as obrigações – cabe tudo, ou quase tudo, o que é necessário para se ser livre. e no quase tudo coexistem as garantias se as entendermos como variáveis exógenas que nos condicionam as possibilidades. então, sim, ou somos autodidáctas e conseguimos poder ou somos autodidáctas e não conseguimos poder. também pode acontecer tentarmos vezes sem conta e não termos a oportunidade de tornar possível. se houvesse uma mudança no paradigma da lógica do ensino escolar estaríamos também, e sempre, sujeitos à esfera do carácter individual dos professores perante a cidadania, a constituição, a politização. e, antes de mais, à permeabilidade da educação do ninho. mas aguardo ansiosa por essa mudança para que o poder não seja um nicho.
fiquei agora a saber de que morreu o Professor Adriano Moreira. tendo tudo que ver com esta Dominguice, ao contrário, por se tratar de uma riqueza, quero deixar o meu lamento apesar de ser expectável, um século de vida é muito muito. mas não me inibe de ficar triste.
Volto para deixar a minha homenagem a Adriano Moreira. Das coisas que me fazem fazer uma reverencia a inteligência e uma delas. Outra coisa bonita a que me rendo e a coragem. E ser vertical não dobrar a espinha , lutar pelas convicções sociais, económicas, politicas. Somos poucos e senadores não há muitos. Querem três nomes. Adriano Moreira, Eduardo Lourenço, Jorge Sampaio. No plano estritamente politico Álvaro Cunhal, Mário Soares. Por aqui me fico mas foi com estes que aprendi e muito. Como provocação não posso deixar para trás Antônio Costa. Como e que ele aguenta isto e um mistério para mim. Vamos ver.
Isso é totalmente verdade, e “desembeanhas te o ” bem.
Mas deixa me assinalar um fracasso deste governo e do país. A educação nunca ocupa a mesma importância q outras temáticas políticas como a economia e a merda da fiscalidade q até tem mais “direito” que a educação.
A falta de professores. Há anos que este fenómeno se previa e nunca se fez nada ! Eu já nem falo do q tu escreveste, falo antes da inercia dos sucessivos governos para resolver este problema gravíssimo.
Qql dia teremos professores brasileiros ou doutros países a ensinarem nas escolas e o ensino (é de certa forma a língua portuguesa)irá sair prejudicado por isso.