Este estudo – Losing Sight of Piecemeal Progress: People Lump and Dismiss Improvement Efforts That Fall Short of Categorical Change — Despite Improving – abrange observações feitas a 10 556 adultos e obteve a seguinte informação: achamos que menos do que 100% na resolução de problemas públicos (mas não só) equivale a 0% nos resultados obtidos pelas soluções adoptadas. Isto é, não conseguimos reconhecer melhorias numa dada situação colectiva quando a dificuldade inicial persiste após a tentativa para a erradicar. Trata-se de um viés especialmente destrutivo nas democracias, onde as oposições e a imprensa exploram este efeito ad nauseam de acordo com as suas agendas sensacionalistas e políticas – causando um permanente desgaste nos Governos ao arrepio do seu grau de sucesso relativo na administração da coisa pública. Se o fenómeno parece desesperantemente estúpido é porque o é realmente.
Continuam a ter razão os medievais, pois, quando avisavam que a fundamental diferença entre a esfera humana e o reino animal não consiste na capacidade de distinguir entre o bom e o mau. Antes, no conseguir escolher entre o mau e o pior, entre o bom e o melhor, eis a realização da mais alta inteligência.
esse estudo deve ser acerca das medidas implementadas ao longo dos ultimos 40 anos para atacar o problema das alterações climáticas, deve.
ah, se houvesse estudos destes no meu tempo
andei a vasculhar mas não consigo ter acesso à fonte. mas também não preciso, o que aqui está é bom para concluir que a amostra apenas pode ser representativa de adultos comuns. as últimas eleições provam o contrário – que não foi o senso dos comuns a ganhar. os que não são comuns possuem as inteligências necessárias para a detecção do que é uma melhoria para depois querer mais e melhor do bom. se pensarmos duas vezes sobre o assunto até podemos inverter tudo e dizermos que por dentro do que é mau apenas existe o menos bom.
eu quero sempre e só o melhor.
isto é a “serra da estrela vai ficar melhor do que estava” em forma de post. outra temática, o mesmo raciocínio.
olhando para os dados actuais do país , com 5 décadas de propaganda a dizer que estamos bué bem , os resultados obtidos pela governação da democracia partidária estão à vista de todos : um sistema que construiu uma classe de poltrões que mamam descaradamente do trabalho do povo , um sns a cair aos bocados , um sistema de pensões que vai estoirar , um país com um problema demográfico do caneco , um sistema de educação a fingir , um país que ocupa o 8 posto no risco de pobreza , um país onde empresas com potencial para empregar políticos estão à frente do povo , etc etc etc e tal.
portanto : quem pagou esse estudo?
mas claro , dirão : mas temos montes de estradas….estradas que segundo o novo esquema , em breve terão cada vez menos tráfico porque temos de largar o transporte individual e andar de bus ou comboio . ou de bicicleta , o novo desígnio autárquico.
Ed O’Brien
University of Chicago Booth School of Business
com quem este cromo terá feito negócio?
https://scholar.google.com/citations?user=dy1B5DIAAAAJ&hl=en
a serra da estrela é linda, não deixou de ser apesar da catástrofe. e, com todos os esforços, ficará ainda mais linda – com certeza melhor do que antes. vamos erguer as cinzas. !viva! a serra da estrela
https://www.tsf.pt/programa/postal-do-dia/isabel-jonet-e-uma-mulher-muito-pobre-15158188.html
eu sou mais da opinião do holandês que disse que gastávamos o dinheiro em putas e vinho verde e que não nos deviam dar fundos comunitários. os pobres não devem ser ajudados , eles que se amanhem a sair do circulo vicioso da pobreza , deixem-nos morrer de fome com a seringa espetada no braço ou o litrol entornado….é isso ?
Isto é precisamente o que leva pragmaticos como John Dewey a militar em favor do que ele chama o “melhorismo”. Trata-se de compreender que, ao contrario do que se afirma muitas vezes, o melhor não é inimigo do bom. E’ precisamente o contrario, o bom é que é inimigo do melhor. Ou seja : a consideração abstrata do “Bom”, concebido como o resultado ideal, o objectivo ultimo a alcançar – o Belo, o Justo, o Igual, o Util, etc. – ou, no caso to teu estudo, os tais 100 % de resolução de um problema, paralisa-nos muitas vezes e impede-nos de procurar apenas a simples melhoria, digamos, o “melhorzinho” que nos aproxima de facto da meta a alcançar.
Sobre o assunto, e se ainda não o leram, leiam os 3 ultimos capitulos de “Reconstrução em Filosofia” (1919).
Boas
a avaliação das pessoas parte daquilo que foi prometido: não façam propaganda política dizendo que vamos alcançar o óptimo e resolve-se o problema.
por outro lado , esse ponto de vista foi aplicado , pelo menos em Portugal, no sistema escolar ( não se chumba ninguém , todos “melhoraram”) e o resultado está à vista : analfabetos funcionais.
Tirar do “melhorismo” a ideia que “não se chimba ninguém” é curioso. Penso que a Yo nos habituou a melhor…
Boas
Sempre melhorando :
Tirar do “melhorismo” a ideia de que “não se chumba ninguém” é curioso. Penso que a Yo nos habituou a melhor…
Boas
considero que o não chumbar crianças no primeiro ciclo terá por base a ideia, a boa ideia, de que cada um terá o seu ritmo de aprendizagem e, por conseguinte, direito a um ensino à medida. não sei se está mas gostava muito que esta excelente forma de melhoria contínua resultasse.
ocorreu-me isso , assim de repente , é o que parece , ainda que eu saiba que por detrás está os ranking de insucesso escolar (para ficar bem na fotografia europeia) e para poupar dinheiro em retenções.
mas o nosso pm seguramente gostaria de explicar os impedimentos para os prof chumbarem alunos com o a teoria do Ed. -:)
Tss, tss. Ficar bem na fotografia europeia, ou mesmo mundial, na hora em que sabemos cada vez melhor medir a acquisição efectiva de competências basicas pelos alunos, atravês de programas como o PISA, vai me desculpar, Yo, mas não passa com certeza por fazer passar todos os alunos indiscriminadamente e sem nos preocuparmos minimamente com o que eles aprendem. De resto, não consta que, em Portugal, ou em qualquer pais do mundo, se exclua por principio a possibilidade de chumbar. O que pode suceder, e que ja é mais compativel com o melhorismo, é que se procure assegurar que o chumbo é a melhor solução para o aluno em termos de aprendizagem e de acquisição real dos conteudos basicos. O que é bastante diferente…
Boas
não chumbar com 3 ou 4 negativas é melhorismo , João. não há volta a dar.
eu chumbava se tivesse uma negativa , no tempo das avaliações a 100% .
é melhorismo na seguinte perspectiva : não sabe tudo , mas melhorou , sabe alguma coisa…é melhor que nada , ala , passa de ano.
Não sei qual era o seu tempo, presumo que longinquo (pelo que diz), mas em todo o caso sugiro que compare os resultados do sistema de ensino em termos de acquisição de conteudos pela generalidade da população nessa altura e agora. Depois falamos, melhor informados…
Boas
Ah, ja vi que a yo é de um tempo em que se acreditava possivel saber-se tudo. Portanto ha mesmo muuuito muuuuito tempo, e mesmo assim com a condição de ter saido rapidamente do sistema de ensino. Desculpe, mas quanto a mim, a yo não esta a conseguir provar que a situação fosse melhor na altura. Esta até a dar provas do contrario…
Boas
não foi assim tão longínquo.. mas andei num colégio marista em que não era possível repetir ano. tínhamos setembro para recuperar , não conseguindo , ali acabava-se. não queriam repetentes. depois foi para uma faculdade de direito em Santiago em que se deixássemos uma pergunta em branco já nem viam o resto do exame , o que estimulava bastante a imaginação. não acabei esse curso.
que giro , à conta do melhorismo fui relembrar os valores dos meus queridos e amados educadores , os irmãos maristas-. .. ó pá , excepto numa coisa , que não digo qual é , conseguiram incutir-me todos -:)
a importância de uma boa escola é brutal.
Marcelino Champagnat nos trnasmitió el amor al trabajo bien hecho, el afán de superación y el valor del esfuerzo. Seguimos su ejemplo siendo generosos de corazón, constantes y perseverantes en el trabajo de cada día.
Espíritu de familia.
Presencia y cercanía de los educadores.
Amor al trabajo.
Amor a María.
Espíritu crítico.
Respeto y cuidado de la naturaleza.
Talvez, talvez…
Não posso deixar de notar que os maristas eram afinal tão avessos ao chumbo como a Yo afirma que a escola publica de hoje o é. Depreendo, por conseguinte, que o que a Yo lamenta no sistema actual, não é que não chumbe ninguém (como alega), mas antes que não exclua tanto como os maristas excluiam. Dito por outras palavras, a Yo esta convencida que o bom sistema de ensino, é aquele que varre o problema para baixo do tapete, em vez de procurar soluciona-lo, e que se contenta com dar aos que ja têm. Uma bela forma de mostrar que os principios dos maristas servem acima de tudo, para encher a boca.
Boas
nada disso , eles não excluem à toa , excluem quem não se esforça. o único trabalho de um aluno em idade escolar é estudar , não há qualquer desculpa para que não chegue aos objectivos pretendidos a não ser desleixo. dele e da família. e normalmente , exceptuando casos de cunhas , também vai ser isso o que acontece no mundo laboral. nenhum de nós dirá que a escola não nos preparou para o trabalho.