Dominguice

Que raio pensará da ordem do mundo quem nasce para ser rainha ou rei? O mesmo que pensa o rico, o poderoso, o sortudo.

A felicidade é sempre um a posteriori a priori.

12 thoughts on “Dominguice”

  1. eu acho que deve pensar em linha recta sendo que não existe ponto a nem ponto b e nem felicidade. deve é haver uma espécie de garantia de ter o que do mundo se pode comprar. mas como a felicidade vem do ser, pode ser dar-se o caso de querer ser e então perceber que o mundo de apenas ter é triste e falível e corrupto. por exemplo, eu já sei que nasci para ser rainha de ser e sem linhas e sem esquisso e isso dá-me poder, riqueza e boa sorte para eu ser me ser no mundo. a marca das verdadeiras rainhas está no gesto que marca a vida dos outros no reino do ser. e não é para ingês ver.

  2. sim , que o diga a cristina onassis e todos os pobres meninos ricos e poderosos. deve ser o máximo não poder ter vida própria , como a rainha cadáver.

    viva Eduardo VIII , que percebeu o que é importante!!!!

  3. se está a falar da Rainha Isabel, yo, dobre a língua: não se corrompeu, casou com o único homem que amou – contra tudo e contra todos, e viveu rodeada de cães tentando sempre defender a sua privacidade e não a misturando com o dever. ela era monocromaticamente colorida. !viva! a Rainha 96. e mais, ela não era de morrer já – só morreu porque ele morreu também cá.

  4. manter a privacidade no meio de tantos criados deve ser bestialmente difícil . a mulher deu origem a uma família altamente disfuncional , e isso diz tudo sobre ela. antes de rainha é mãe , ou então não tivesse filhos.
    nascer com a vida toda programada foi das coisas que mais impressão me fez quando dei conta do facto , e nunca fiz o que era esperado de mim , não imagino o que o que poderá ser nascer dentro de um “protocolo” , vida mais miserável não haverá. se apreciasse liberdade , da verdadeira , não da pseudo liberdade política , olinda , perceberia o que digo. não há nada como viver a nossa própria vida , fazendo o que realmente queremos. pergunte as moças do mónaco se não é assim.

  5. quem é assalariado não é criado, é empregado. e não é a mãe que, a partir de certa altura, faz os filhos – estes fazem-se, fazemo-nos, a si mesmos. e não temos culpa do meio onde nascemos, uns nascem no protocolo, outros no bairro, outros no parlamento. dessa condição não nos conseguimos livrar, apenas conseguimos ser livres por dentro. por fora, se depender de outros.

    JPimenta, vá chamar gaja à gaja que o pariu e deve estar arrependida de se ter sentido apimentada. porque quem me chama gaja só pode ser filho de um instante. !ai! que riso

  6. ser livre por dentro é um consolo para tolos. não há nada a invejar a reis e rainhas , olinda , esqueça. não há nada a invejar a ninguém. é a inveja e o ciúme , o desejo doentio de aceitação e reconhecimento social , o não controlar os instintos , que leva as pessoas a tomar decisões erradas e a chegarem ao fim da vida vazias , arrependidas de “não se terem livrado da condição em que nasceram “. toda a gente se pode livrar da superficialidade e de regras idiotas , olhe o maridão da wallis simpson.
    ser desviante é maravilhosos -:)

    mas a rainha merece todo o meu respeito , abdicou da sua vida sem nunca mostrar amargura. e cumpriu o seu papel na perfeição.

  7. .. e ao longo de 96 anos, a Rainha Isabel:
    – Viu enterrar 8 presidentes dos USA
    -Sobreviveu a 5 Papas
    – Viu
    nascer e morrer os Beatles
    -Viu erguer e ser derrubado o muro de Berlim
    – E morreu sem saber onde será construído o novo aeroporto – dito de Lisboa – uma decisão que atravessou todo o seu reinado e ainda não tem solução

  8. é ao contrário, yo: por dentro da condição em que nasceu, lutou pela sua vida e por isso não contraiu amargura. foi realmente desviante e maravilhosa.

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