Soares errou gravemente ao concorrer contra Cavaco em 2006. Tinha 81 anos e manchou a sua biografia com uma derrota vexante absolutamente dispensável. Pior, arrastou consigo o PS para uma decisão insensata que iria ter repercussões também em 2011, de novo favorecendo Cavaco graças a um Alegre manipulado por Louçã. Este disparate de Soares querer ser Presidente da República pela terceira vez numa fase da sua vida onde já não conseguiria cumprir a função na plenitude das suas capacidades ter sido possível é uma lição de humildade para quem ame a política, pois ilustra como factores irracionais tantas vezes se tornam preponderantes para indivíduos e colectividades.
A verdade é a de que Soares poderia estar neste momento a dirigir aquele que até pode bem ser um esforço heróico, dadas as suas fragilidades de saúde, para um objectivo que fosse parte da solução. E para alcançar tal façanha bastaria que recuperasse e adaptasse um conceito que marcou a história política portuguesa – a Presidência Aberta. Se, em 2013, Soares fosse ter com as populações e as deixasse falar, as interrogasse, lhes desse uma palavra de coragem e esperança, as lembrasse ou explicasse que são elas o Soberano e que o seu futuro está cívica e comunitariamente nas suas mãos, o efeito dessa intervenção seria – agora sim, agora bem – o de levantar uma oposição assustadora para os poderes que castigam e exploram esse mesmo povo.
Defender ou disfarçar os apelos à violência que um Soares reduzido à indignação impotente fez poderá vir das melhores razões e intenções – porém, paga-se o preço de ver a honestidade intelectual perder credibilidade. E esse é um bem muito escasso, à direita como à esquerda. Um bem sem o qual não se faz o combate à pulhice que nos traiu e afundou.
por momentos pensei que tinha ido para ao basófias e que estava a ler o cântico matinal que a hiena de matos dedica aos hooligans da frente nacional.
francamente excelente a constatação de que irresponsabilidade e irreverência não são compatíveis com a impotência de um homem sábio e astuto e velho.
pega lá gurosan para misturares no vodka marado que emborcaste (31’30”)
http://www.rtp.pt/play/p1052/e135583/telejornal/326961
mais um post, o 5º, e temos o val a defender que o soares devia estar calado e fechado num lar em parte incerta, assim que fez os 80 anos. a bem do ps e do país.
mais ou menos o que diz aqui mas mais detalhado.
isto está a ficar bonito,está.
Val,
Não compreendo as razões da sua insistência nos erros de Soares. Argumentos que, quer queira quer não, colam ao descaramento da direita, parecem dar razão à direita, favorecem a violência da direita.
O erro é seu e você insiste.
Também eu insisto:
Sócrates, na RTP, já disse tudo sobre esta questão. Disse que é simplesmente ridículo pretender que Mário Soares tenha incitado à violência. Nem mais.
força, Val, faz mais um punhado de textos qu’esta gente teima em confundir opiniões partidárias com razão.
e para que saibas, edie, velhice é o oposto de lares mas antes uma serenidade sábia. não digas que se disse o que não está escrito, intriguista.
ridículo, Roteia, é baseares-te no que diz Sócrates para declarares erro aqui. os semi-condutores cerebrais, que funcionam por contágio, não se coadunam com liberdade e muito menos com razão. o que Sócrates pensa é lá com ele e tu devias fazer o mesmo: pensar só contigo.
e tenho mais uma para vocês: não há paradoxo algum: aos velhos de guerra, que são homens valentes e sábios como Soares, exige-se a promoção – da justiça democrática pelo diálogo – da paz.
val,sandro pertini,foi presidente de italia com mais idade do que mario soares.a saude mental e intelectual de mario soares nessa altura,era a de um homem mais jovem do que passos coelho hoje,que é uma especie de lili caneças recauchutada!
nuno cm, dos homens avançados em idade e experiência e conhecimento a Cidade quer, e espera, caminhadas tranquilas que fazem sossegar – não maratonas revoltas que incendeiam ainda mais os queimados.
Roteia, lamento desiludir-te se achas que a opinião de Sócrates, ou de outra pessoa qualquer, nos deve impedir esse exercício pelo qual nos definimos como seres livres: pensar.
__
nuno cm, não se trata da idade em si, e vejam-se os exemplos do Agostinho da Silva, Manoel de Oliveira e Adriano Moreira, por exemplo, para se constatar que as idades avançadas não são incompatíveis com o pensamento mais lúcido e produtivo. Acontece é que Soares não deu mostras de ter envelhecido com sabedoria, como logo em 2006 ficou patente.
portugal dos pequeninos. se os ingleses fossem assim, não tinham tido Churchill como primeiro ministro aos 81 anos, um homem muito pouco polémico e cheio de paninhos mornos, como se sabe. Herói nacional e internacional. Aqui ao nosso churchill só falta chamarem-lhe doido perigoso. Ah, espera, não falta…
ó edie, dizer-te para tomares magnésio – que apena engorda, e enfatiza, as capacidades cognitivas do cérebro mas não fornece inteligência – seria um elogio que não mereces. vai daí, não digo.
socorro! o mundo está a ficar cheio de velhos gagás incitadores da violência. Agora é o Francisco:
“O Papa Francisco atacou o capitalismo sem limites como “uma nova tirania” e advertiu que a desigualdade e a exclusão social “geram violência” no mundo e podem provocar “uma explosão”, na sua primeira exortação apostólica, divulgada nesta terça-feira pelo Vaticano.”
http://www.publico.pt/mundo/noticia/papa-francisco-apresenta-o-seu-programa-de-governo-e-ataca-a-nova-tirania-do-capitalismo-sem-limites-1613987
“Reduzido à indignação impotente” estás mas é tu, meu.
Tu, eu e o povaréu inteiro.
Ao menos o Soares ainda estrebucha.
Ganda marocas!
Toma mas é juízo (e muitos caldinhos de galinha, que pelos vistos bem precisas…).
Aquilino, combinado, pá.
acabei de ouvir no parlamento um bom discurso de seguro,mas lido por uma” testemunha de jeová” a quem minutos antes, tinham retirado contra sua vontade 2 litros de sangue! um lider não pode ser isto.tem que ter alma até almeida! e seguro efectivamente não tem!
val,há sete anos,andava mario soares a entrevistar lideres politicos de nivel mundial na rtp.
o agostinho silva não foi porque já morreu, o manoel de oliveira porque mora longe e tinha que se deitar cedo, quanto ao adriano moreira, sei que foi convidado, mas recusou sem justificar os motivos. pode ser que a filha saiba e queira explicar.
Val- te- catar, hombre, au soleil! Mas tem cuidado com a moleirinha…
Mário Soares, como diz o outro, está do lado certo e consegue juntar pessoas pela mesma causa, ao contrário dos “jovens turcos” que nos governam que só sabem dividir e matar a esperança que nos resta.
porra, não há dúvida que o mundo precisa que gente que pense fora do rectângulo que é a cama onde se deitam e acordam. que esmifrada mentalidade tão quente, meu Zeus!
Valupi, o que te lixa è o Sòcrates teu patrão não ter tido protagonismo na aula magna.
Mas, por razões pessoais, ele não pode estar presente. Foi uma maçada.
Talvez ele possa, com a tua ajuda, fazer uma coisa igual. Melhor mesmo. Jà que è tão bom.
Fica a ideia.
já há tratamentos para a hiperlexia, Susete Ramos. fica a ideia.
oh escarepe susete! protagonismo em aulas mongas é contigo e com a obimba residente, nota-se que ficaram com o clitóris da indignação a vibrar de tanta violência.
ignatz, não te faltam chineses onde possas comprar uma vulva de silicone para meteres a língua e a pila. aproveita, caramba.
Francamente!O problema do nosso amigo Val com a violência é mesmo sério;antes do mais, impõe-se esclarecer conceptualmente a diferença entre dois valentes pares de socos ou um tiro nos cornos e o exercício do poder orientado na base da pulhice,do perjúrio,do fartar vilanagem a favor de pessoas colectivas ou unipessoais amigas e (ou)correlegionárias dos executores,tendo-se por garantido que as vitimas de tais malfeitorias comportamentais(em absoluto e objectivo ABUSO DE PODER)são os trabalhadores e pensionistas deste País.No que respeita a dois valentes pares de socos ou um tiro nos cornos,a História dos Povos, desde à muito tempo nos demonstra que para grandes males,a coisa só vai lá com,grandes remédios.Acerca da caracterização do poder vigente,se for entendimento colectivo de que tudo é legitimo e os cidadãos, como eu,não passam de um conjunto de tontos dignos de figurar como personagens centrais de um atual “BARRANCO DE CEGOS”. E,complementarmente,continuemos a comer e,consequentemente,digerir os discursos dos montenegros de Espinho ou da loura luís de Braga.
As cantilenas de prima-dona ainda acabarão contratadas para a função de Carpideira no dia do juízo final.Só que nesse dia-Grande e Saudoso José Afonso-o País já foi de carrinho…
Morgado de Basto, estás a defender que se pegue em armas para mudar de Governo?
humor contra teias de aranha e falsos moralismos. muito bom…
https://www.youtube.com/watch?v=l-7IV2qryiQ
Soares explica-se melhor do que eu o explico – “eu odeio a violência. Se falei em violência foi para prevenir as pessoas e para a evitar. ” – http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3553230&seccao=M%E1rio%20Soares&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco&page=-1
E aliás nem é necessário ir aos fóruns de rádio ou à rua para perceber como está latente. Basta ler os comentários aqui no aspirina, inclusive o meu, para perceber como ideias violentas se tornam compreensíveis ou quase justificáveis perante a impotência a que nos remete este governo democráticamente eleito ou a “oposição”.
De resto Soares aglutinou todos em torno de algo mais forte, a minha pátria amada, como disse Pacheco Pereira. Aquela que todos conhecemos, onde o trabalho compensa, onde na doença não ficamos desamparados, onde os nossos filhos podem ser melhores do que nós.
Ninguém se aglutina em torno do vazio.substituir seguro, por mais urgente que seja, não é por si só encher o vazio, é necessário saber por quem.
E depois há alturas em que as coisas se têm que focar no essencial. Por aí não vou.
a pulhice legitimada, porque colectiva, para uma pulhice ilegítima ainda que escolhida pelo colectivo. que tristeza, Morgado de Basto, e que vergonha. também é assim que pensam, e agem, os homens que espancam as mulheres – boas ou reles – que escolheram: a violência como libertação.
ainda não percebeste que este texto responde, na perfeição, a essoutro de Soares, ibmartins? e que não está em causa a intenção da aula magna mas o perigo que há em falar em violência a um povo fustigado pela violência e, por isso mesmo, sedento dela? é assim que actua a programação neurolinguística nas massas e só os ignorantes não o percebem.
ibmartins, e durante a governação de Sócrates, a violência não estava igualmente latente? Achavas bem que se perseguissem ministros e se invadissem eventos partidários? Alinhavas nos discursos catastrofistas que clamavam estarmos a viver o pior dos tempos por culpa exclusiva de um homem ou de um partido?
Não, não acho nada disso bem.
Vamos lá ver o que estou a tentar dizer à uma data de tempo: Soares nunca apelou à violência. E se nos focarmos nas palavras dele prevenindo contra a violência latente, porque não as diríamos da mesma forma, estamos a desfocar dessas outras palavras essenciais e verdadeiramente aglutinadoras que disse. Aliás basta ver com quem estamos a fazer coro.
Avisou contra a violência latente, pronto, está avisado. Agora vamos lá focar-nos no que disse verdadeiramente – defender a constituição e o estado social
Amigo Val,apenas pretendi criar um pouco de vento quanto á seguinte questão:Objetivamente,o atual governo(assim mesmo com letra pequena)pratica a violência desde o primeiro dia da sua existência e,parece,o incomodo não é assim tão relevante.O Senhor Doutor Mário Soares(assim mesmo com letra maiúscula)não fazendo,objetivamente falando,nenhum tipo de apelo à violência,criou um tal estado de alma em algumas paróquias,que,até o Papa Francisco,parece ter-se eclipsado!
Quanto à caríssima Olinda,direi apenas o seguinte:Lições de educação Cívica,não mas dá quer.
só faltava o papa apelar à violência e a igreja portuguesa a bater palmas.
“… o papa Francisco alerta que a exclusão e a desigualdade social “provocarão a explosão” da violência e denuncia um sistema económico mundial injusto.”
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/igreja-portuguesa-diz-exortacao-papa-indica-caminhos-certos
pois, ignatz, também já tinha chamado a atenção para o facto,mas parece que o Francisco não merece uma palavra, ao contrário do Mário, que tem enchido o blogue desde a aula magna. Porque achas que será?
não dou lições a ninguém, Morgado de Basto, só as tira quem quer – funcionam mais ou menos como alertas provocatórios. mas à não violência.
falar em prevenção tem muito o que se lhe diga, ibmartins, e o caminho é sempre o de isenção de perigo. e a responsabilidade do que se diz aumenta consoante quem diz.
Já comparar o papel de um papa com o de um político na Cidade, por semelhança de discurso, é o cúmulo da loucura.
edie, tens razão, não reparei no teu comentário anterior. o caixote foi invadido de posters sexy que perturbam o discernimento.
muito ;)
mas percebes a discriminação?
O Valupi é um brilhante comentador político, tem a liberdade de expressar a sua opinião. Porém, Mário Soares não apelou à “guarnição do couraçado Potemkine” para se revoltar e invadir o Palácio de Inverno. Atenção, afirmar que Soares apelou à rebelião, é corroborar o discurso desta “gente honrada, cumpridora da palavra dada”, que anda a lançar lama sobre o Velho Leão, que é Soares. Ele disse desta gentalha, o que é preciso dizer. Não podemos apoiar a narrativa feita por estes pulhas. Nesta hora, o que precisamos é de unidade na ação.
??????????????
ó Evaristo – olha que só aqui é que tens cá disto: disto de o Valupi ser, mais do que brilhante comentador político, excelente como homem. é que o bom carácter e o sentido daquilo que deve ser o bem comum não se mede pela oposição aos pulhas apenas por estarem no governo mas antes pela oposição ao que desvirtua a democracia e a liberdade. contra tudo e contra todos se assim tiver de ser.
Num país de capados todos se indignam quando percebem que alguém “os tem no sítio”!
de facto é preciso ser mesmo capado, mas capado de ódio, para fazer serviço público diário e gratuito do melhor que há a favor da democracia e ainda ter de levar com estes comentários tristes e broncos. ingratos.
Olinda,
Tu por acaso não seràs um alter ego do valupi?
ibmartins, é válido dizer-se que Soares não apelou à violência. Mas isso implica ficarmos pela interpretação literal das suas palavras. Se começares a juntar o contexto, o modo, a intencionalidade, as repetições, a escolhas das imagens e o efeito que as suas palavras geraram tanto em personalidades públicas como populares, então fica patente que a insistência de Soares nos “avisos” é um recurso retórico que está a transmitir a seguinte mensagem: a violência é inevitável por ser uma resposta a uma violência, logo a violência é justa – e, se é justa, então é algo de que precisamos como um bem.
Ora, quem deu o flanco à pior direita de que temos memória em democracia para vir encher a boca com ralhetes hipócritas e cínicos foi o próprio Soares. Que eu saiba, para defender a Constituição não é preciso dar mostras de fraca inteligência. E surgir com um discurso incendiário naquele momento é ser pouco inteligente, como se está a ver pela completa inutilidade da reunião da Aula Magna para o que mais nos importa.
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Morgado de Basto, estaremos muito mal quando Soares precisar que um papa venha em seu auxílio, carago.
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Evaristo Ferreira, mas se o preço a pagar pela unidade na acção for o da abdicação da honestidade intelectual, nesse caso preferirei fazer o caminho sozinho pois não estarei bem acompanhado.
Val,
A opinião de Sócrates, neste caso da violência, é apenas uma opinião de bom senso. Se a referi, foi porque o uso da palavra “ridículo” me pareceu contundente, definitiva. Mas não creio que Sócrates quisesse inibir fosse quem fosse da liberdade de pensar.
Roteia, tu lá saberás o que Sócrates quer e não quer, posto que o trouxeste como autoridade para esta conversa. Mas o que é que a opinião dele tem a ver com o que penso de Soares, afinal? Se a resposta for nada, no caso de optares por respeitar a lógica, voltamos ao princípio desta conversa: há quem não queira ver violência num registo que permitiu com toda a facilidade ter os ranhosos a malhar em Soares e na iniciativa, e essa apagamento das evidências só revela que também à esquerda a honestidade intelectual é um bem escasso.
o Valupi é o meu super homem, Suzete, tens razão. :-)
e os outros escribas aqui da tasca, não têm opinião ou não discutem “violência” com malucos?
E se Olinda fosse um heterónimo e não alter-ego?
Estes bate-bocas já parecem violência doméstica
Val,
Considero a opinião de Sócrates marcante, sim. Mas não uma “bíblia”. A opinião dele, no que respeita à violência (e é só desta questão que falo), parece-me que se dirige a todos os que leram nas palavras de Soares o que ele não disse. No teu caso não vejo desonestidade intelectual, mas vejo-a nos “ranhosos” que referes, os quais só deixariam de malhar no Soares se ele estivesse quieto e acomodado.
Agora diz-me, porque é que não estamos aqui a discutir a mais importante das mensagens de Soares, ou seja, a exigência de que o presidente da República se demita? Cavaco não é o pai da violência?
quando muito, val ter ego, filha.
Reaça, ora pois claro que essa é uma questão pertinente. :-)
Val toma lá disto
Depois de Mário Soares, o Papa Francisco a apelar à violência:
“Enquanto não se eliminar a exclusão e a desigualdade social, na sociedade e entre vários povos, será impossível erradicar a violência. Acusamos os pobres […] da violência, mas, sem igualdade de oportunidades, as diferentes formas de agressão e de guerra encontrarão terreno fértil que, tarde ou cedo, provocará a explosão”.
⇒ Miguel Abrantes à(s) 26.11.13 5 comentários : Hiperligações para esta mensagem
além de pouco original, altaia, essa ironia também é pouco inteligente e só papa quem quer desviar o assunto.
Cada vez acredito mais que a merda de país que temos se deve á merda de dirigentes que criámos
Não se acerta sempre.
ó faxavor, é obrigatório apanhar com a careta kitschotesca da tua sócia? mas que violência !
Pelo fresco da noite,com a mente mais relaxada e a sobremesa digerida,um pensamento para um sono repousado e retemperador:uns, visitam lojas de chineses e divertem-se imaginando possíveis utilidades regeneradoras de alguns dos brinquedos em exposição.Outros,buscam no horizonte das suas deambulações imaginárias o credo que melhor há-de servir o desígnio do não saber o que se quer e muito menos como lá chegar.Uma terceira confraria,tenta, com o menor dos ruídos,que o euromilhões lhes saia mesmo sem gastar dinheiro numa aposta simples.Entretanto,a caravana dos vencedores do momento e sua circunstância Histórica acabarão o trabalho encomendado e posteriormente alguém apanhará os cadáveres,entretanto amontoados nas bermas das ruas das nossas cidades,e procederá ao seu enterramento.
No dealbar do acontecimento,alguns entoarão cânticos de alegria e elevarão taças de generosos néctares até que uma voz mais grossa se faça ouvir, gritando:hoje,nascerá o Homem Novo!
Caríssima Olinda,no texto anterior,na parte em que me referi à menina,entre o dá e o quer,escapou-me o quem.(…)
susete, da-me a impressao que socrates te deu uma nega.tu gostavas é que ele fosse teu patrao, não é verdade?
OU A PULHICE NO COMBATE
Diz Val que Soares manchou a sua biografia com uma derrota vexante absolutamente dispensável.
Fala elucidativa de um pensamento de carreirista. Depois de 70 anos de luta política com tantas vitórias e derrotas e um percurso que atingiu todos os mais altos cargos da Nação, uma derrota numas eleições é vexante? Será vexante e um ressentimento envergonhado para quem pensa da política fazer uma carreira com uma vidinha certinha, de risco mínimo, calculista estilo cavaco e, de certo modo Eanes, que exigiu sempre ‘todas as condições reunidas’ para ir à luta.
MS jamais deu mostras de ser deste estilo medroso e merdoso. Para quem tem o elevado faro histórico de futuro como MS sabe que uma derrota por ideias políticos hoje poderá sempre ser amanhã uma vitória dos mesmos ideais, porque nada é definitivo na corrente de pensamento e opinião.
MS é daqueles que se tivesse só e sempre vitórias até desconfiaria dele mesmo, aliás com um cepticismo de bom senso dado que, em política só os ditadores totalitários obtém sempre vitórias ‘esmagadoras’.
Já são várias vezes Val se refere à idade de MS para desacreditar as suas faculdades. Já o fazia no tempo da sua candidatura como velho de 81 anos como agora o renova, obstinado na sua não-razão. Ainda não fez como jmf no público que o queria insultar utilizando a palavra ‘ancião’ em cada frase, mas falta pouco.
O que se constata hoje é que afinal, com excepção dos seis meses de recaída, e pela lucidez, força e coragem de sua luta actual em defesa da Democracia, ele teria cumprido perfeitamente os dois mandatos e com certeza o cavaquismo estava enterrado e o passismo não teria saído da sombra, caso tivesse vencido.
Em todo e qualquer caso equiparar alguma incapacidade física ligada à idade a uma incapacidade intelectual é torcer argumentos para ter razão.
Também diz Val que “Pior, arrastou o PS para uma decisão insensata que….bla, bla, bla”. Não foi ele que arrastou o PS para a insensatez mas sim o Alegre que, para entalar o seu inimigo Sócrates, lançou uma candidatura à margem do partido entalando-o. Alegre ameaçou e esteve quase a provocar uma cisão levado pelo rabaça I e sobretudo pelo ódio a Sócrates pela derrota que este lhe infringira (aqui sim, neste prosápias alegre tem o Val o exemplo típico para quem uma derrota é um vexame).
Soares foi a peça forte, talvez a única, que Sócrates tinha à mão para combater a companhia Alegre enlevada pelo ‘socialismo grande’ e ‘socialismo verdadeiro’ do rabaça I. Perdeu? Tenho sérias dúvidas de que se Alegre ganha o PS de Sócrates duraria tanto como durou. Não esquecer que Alegre já andara na rusa a fazer campanha contra Sócrates (caso da incinerização e outros).
Não fora o grandezas Alegre e o partido teria podido escolher um candidato ganhador face a um cavaco já naquela altura reconhecido pela maioria como incompetente. E se deixasse o campo aberto a Soares este talvez tivesse ganho numa 2ª volta como fizera ao outro.
Culpar MS pela derrota do PS nessa campanha é atirar ao alvo errado mais uma vez para forçar uma razão com base num pensamento preconceituoso.
Mas a maior contradição no argumentário de Val é querer que MS vá pelo país fora fazer Presidências Abertas para fomentar o “levantar de uma oposição assustadora”.
Ó Val, então o Homem não estava na plenitude das suas capacidades para exercer o cargo de Presidente e agora, ao 90 anos, está na plenitude das suas capacidades para correr o país a fazer comícios a explicar política e consciencializar o povo a levantar-se em peso numa oposição assustadora. Uma espécie de PREC sem militares pcp mas com Soares a fazer educação política por aldeias, vilas e cidades.
O querer manter obstinadamente um preconceito contra Soares devido a uma visão distorcida do que é a política e moral filosoficamente e o que é a acção polícia, leva à criação de ideias incoerentes como fundamento de proposta ridículas.
vilase sua variante dea plser Predidente e agora está jo
Adenda
Ainda sobre o facto de Val querer que Soares vá percorrer Portugal com o fim de criar uma “oposição assustadora” aos poderes.
Calma Val, então criar uma força de oposição “assustadora” não caberá no âmbito da violência? Uma manif de dez mil polícias já pode ser uma oposição assustadora capaz de violência o que seria o país todo feito oposição assustadora para mais educada por um Soares pouco capacitado, quer para educar como para usar essa força de oposição assustadora.
Mas que grande susto que era.
A intenção de Soares é óbvia para o Val e não é óbvia para outros. Os processos de intenção têm disto. Porque este post e os outros que o antecedem, o que são é um processo de intenção, algo que pensava eu, Val, classificarias, precisamente, na categoria de desonestidade intelectual.
claro que poderei dizer o contrário: a intenção de Soares não é óbvia para Val e óbvia para outros. Bottom line: o melhor é restringirmo-nos ao que de facto o homem disse e não ao que o Val e os ranhosos da direita o acusam de ter querido dizer.
é óbvia para mim também. :-) e este post e os outros que o antecedem, edie, são de uma honestidade intelectual imensa – daí não serem óbvios para os outros onde tu te incluis: já se habituaram ao mau e também aos pensamentos das elites que se espalham pelo povo, que está habituado à papas pré-cozinhadas, como o vento. ó, que chatice.
edie, larga o chá de parreira.
” ignatz diz: 26 de Novembro de 2013 às 21:50 e os outros escribas aqui da tasca, não têm opinião ou não discutem “violência” com malucos?”
Tenho saudades de ver certos desses escribas como comentadores. Ficava a caixa bem mais interessante; mas agora, desde que foram promovidos a co-gerentes, quando o Val fala, baixam as orelhas. Pena.
ouve um fadinho de consolação, edie. ou então, abre-te ao ignatz e poupa-lhe a vulva dos chineses. :-D
ó faxavor não há por aí shelltox para eliminar a oh bimba e os piolhos da bulbadela? o grau de toxidade ultrapassou os limites.
Valupi,
Ainda não percebeu que a “Olinda” é o Fernando Moreira de Sá do Aspirina B?
tenho uma pergunta, sobre esse assunto tão importante, para ti jose neves: as aspas servem para quê? :-)
a ò-de-fodasse é uma variante de creutzfeldt-jakob que ri, parasita as caixas de comentários onde lhe dão troco aos dixotes de nonsense parolo com pretensões intelectuais. deve ter sido mais uma das descobertas literárias que desaparecido francisco aqui plantou de estaca.
esta gaja é o máximo, tirou um curso de correctora ortográfica para andar a meter vírgulas nos pensamentos alheios.
viva eu! e também os meus perseguidores cabeçudos! :-)
(acabei de deixar cair uma pinguinha, de tanto riso, na cueca)
nota-se o cheiro, cada vez que abres a boca.
Roteia, mas estamos aqui a discutir a mensagem de Soares, só que sob um ponto de vista que me interessa, posto que eu fui o tonto que escreveu o texto. E a mim interessa-me a questão relativa à violência vinda, precisamente, de quem lutou para que ela desaparecesse da sociedade portuguesa, durante o salazarismo, e para que não voltasse depois do 25 de Abril, face à ameaça comunista.
Repara que Soares não estava obrigado a pedir a demissão de Cavaco de uma forma tão infeliz para os seus e nossos interesses como o fez.
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altaia, as Testemunhas de Jeová também têm mensagens giras que tu e o Miguel Abrantes poderão ir repescar.
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jose neves, larga o vinho.
ai que riso: vinho e mensagens das testemunhas de jeová. boa! só falta uma taça de moelas para outros esfomeados de ódio. :-)
Val,
Explica lá qual seria a forma feliz para os nossos interesses de Soares pedir a demissão de cavaco.
jose neves, estás a dizer que Soares só tinha uma forma de pedir a demissão de Cavaco, aquela onde apareceu cheio de entusiasmo com a violência que está para chegar em vez de se concentrar na violência que já chegou faz tempo?
o Soares focou-se sobretudo na violência que chegou faz tempos designando-a quase como traição ao país e declaradamemente traição à Constituição, quando o PR eleito o/a trai para favorecer o seu partido custe o que nos custar.
nem mais: Soares centrou o discurso na potencial ameaça que o Cavaco corre se não se demitir ao invés de abrilhantar a sala referindo-se ao que se fez e tem vindo a fazer, por parte do actual governo e seu presidente, aquilo que está na origem – inclusive o afundamento do governo anterior – desta miséria social e intelectual. deixou-se corromper pelo ódio.
a teoria do quanto mais se fala, mais se potência só se aplica ao soares. violência doméstica, igreja e discursos securitários ficam de fora.
Prefiro acreditar nas boas intenções daqueles que por experiencia própria «levou nas trombas aqui na minha cidade» do que em gente alvoroçada com ameaças que se infiltraram nas suas cabecinhas certamente sem razão aparente.
E fazes tu muito bem, altaia.
http://vitaminl.tv/video/885
Olha querida já passei pela guerra havia por lá muitos mas não me assustaram tanto como parece assustar o che-che
altaia, com os cumprimentos do esperança
http://1.bp.blogspot.com/-arvwZmEfil0/Ts5WcOlWKsI/AAAAAAAAFxc/i2VLYK4Du18/s320/M%25C3%25A1rio+Soares+com+populares+durante+os+com%25C3%25ADcios+e+manifesta%25C3%25A7%25C3%25B5es+da+Marinha+Grande.jpg
Val,
Desculpe voltar à carga. Em primeiro lugar para lhe dizer que os seus textos e os seus pensamentos me agradam muito e quase sempre. E é por isso mesmo que tenho dificuldade em compreender a sequência de textos centrada nos “erros” de Soares.
Posto isto, sobre Cavaco, estou em total desacordo consigo. Considero um momento histórico que um ex-presidente (e com a dimensão de Soares) tenha finalmente proclamado publicamente a necessidade da demissão de Cavaco.
Não vi até agora nem coragem, nem pensamento claro sobre essa necessidade. Não vi em blogs, e o que vi no jornalismo cheira sempre a deferência e embevecimento. Mesmo quem abomina a criatura remete-se a pesado silêncio quando se trata da abdicação de sua excelência. Será o fantasma do tabu que se apoderou do pensamento político português?
Soares, indignado, falou no momento certo, no momento em que se tornou insuportável observar que aquele que jurou defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição, nada faz quando esta é atacada interna e externamente.
Volto a perguntar-lhe: Cavaco não é o pai da violência?
“… cheio de entusiasmo com a violência que está por chegar em vez de se concentrar na violência que já chegou faz tempo”.
Val parece ter sido contaminado pelo jogo de palavras e trocadilhos incoerentes à maneira da “olinda”, enviada especial do moreira sá para degradar o Vitamina.
Se a a violência já chegou então MS estará sendo brando apenas avisando sobre uma violência em crescendo potencial. Mas o que devemos ter em conta foi o dito realmente e não a intenção que Val lhe atribui como bem assinala eddie. Aliás, salta à vista que é, precisamente o facto de Val crer que a violência ‘chegou faz tempo’ que o leva imediatamente a associar que MS apela à violência.
Certamente haverá inúmeras maneiras de pedir a demissão de cavaco, contudo MS fá-lo com a longa experiência e elevado faro político que tem: com veemência e determinação como deve fazê-lo um político que quer ser tomado a sério. E desse modo vai ao cerne da questão dado que é em cavaco que reside o comando da situação como já havia sido o comandante-em-chefe no derrube de Sócrates. E MS nunca se enganou nos grandes factos históricos.
Teve razão na luta contra salazar pela Democracia e Liberdade.
Contra cunhal, idem, idem.
Contra Eanes, errático criador de partido anti-partidos.
Contra cavaco, anti-político fingido, cerceando-lhe veleidades direitistas e desmascarando-o nas Presidências Abertas.
Enganou-se, inicialmente, com passos mas rapidamente viu ao que vinha a besta e corrigiu imediatamente o tiro.
E, acerca do que discutimos aqui, acredito de todo que terá razão novamente contra o que pensa Val. A política não se faz esperando ou aplicando paninhos quentes. Faz-se atacando com antecipação e lutando para que o que tem de acontecer se precipite.
O reino está podre já percebeu MS, é preciso fazê-lo cair antes que faça piores males ao país.
Tudo o que o governo queria neste momento era uma oposição à base de jogos florais ao modo de Val. MS é político de visão e acção determinada, construtor do próprio caminho político que defende e nunca, nem culturalmente, homem de jogos florais.
Penélope, o Val anda baralhado, anda lá dar uma maozinha, não deixes a sua defesa a cargo das engraçadices taralhocas da “Olinda”.
Obrigado Ignatz um abraço
eu sou a destacada da minha consciência para combater a pulhice esteja ela onde estiver. acontece, amiúde, ser aqui. e é por isso que me perseguem e tentam difamar. tentam.
os pulhas que continuem – é que eu não vou deixar de apoiar quem e o que, considerando ir de encontro ao que penso e sinto e faço, é melhor. sempre o melhor.
Roteia, se te dizes apreciador do que escrevo, e se por cá andas desde o Verão de 2009, então saberás que estás num dos raros locais no Universo onde sempre se considerou que Cavaco devia ter sido alvo de uma condenação geral pela Inventona das Escutas. E onde se deixou registada a perplexidade por tal indivíduo ter conseguido ser reeleito. Ora, como te lembrarás, ou poderás agora investigar, não só Soares nada de nada disse ao tempo em relação a esses acontecimentos inauditos e sórdidos como em 2011 andou a levar Passos ao colo, o tal” bom rapaz”, e a dizer que Sócrates devia sair de cena.
É este mesmo Soares que agora tem aparecido aqui e ali a sugerir que Presidente da República e Governo poderão ser alvo de actos de violência física, inclusive de atentados. Não achas que de tal figura tão importante na História de Portugal se esperaria mais inteligência política? É que as suas intervenções não têm ajudado a causa de quem sofre, está a ser ao contrário.
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jose neves, larga o tintol.
oh pázinho! não sejas aldrabão, o soares não fez apelo à violência. quem se saiu com essa treta foi o portas e a partir daí, não queres outra coisa.
ignatz,
Exactissimamente.
A linguagem e fundamentação manhosa de val para atacar Soares é precisamente a mesma dos ultra-demagogos portas e outros do mesmo jaez.
E para tal joga com a mistificação, à moda dos extremistas dos dois lados, isto é, de que o pensamento político é estático como se nada tivesse passado e alterado nestes cinco anos. No fundo faz o elogio dos burros que nunca mudam mesmo que o mundo se volte do avesso. Desde Heraclito que se ficou a saber que tudo fui mesmo que não o vejamos e às profundas alterações de circunstâncias provocadas à bruta reage a consciência de igual modo. As máquinas é que têm um funcionamento repetitivo e inalterável mas as pessoas têm um comportamento e reagem racionalmente.
Mário Soares não é o rapaz do blogue para comentar tudo em cima da hora. Ele tem um peso e responsabilidade política enorme na sociedade portuguesa pelo que tem de pesar bem as palavras e actuar na altura que acha as condições maduras para tal.
Ele foi até no 25A, com Eanes e Sampaio discursar a pedido de cavaco mas não fez o discurso do cavaco. Ele joga o jogo político tentando persuadir os outros jogadores a alinharem consigo. Claro, quando todas as munições estão gastas sem resultados, bem, então a coisa muda de figura.
E para MS as coisas estão de tal modo que agora, face ao ponto a que chegou e para evitar males maiores, acha que quem tem de mudar de figura e de cadeirão é o presidente cavaco.
O val não gosta ou não quer assim? Mas também com tais argumentos só convence tropas para jogar à bisca consigo.