Diz SIM à discriminação (e vive em paz com a tua consciência)

Se os namorados se beijam por serem namorados, se os amantes se desejam por serem amantes, se os esposos vivem juntos por serem esposos, se os pais cuidam dos filhos por serem filhos, se os filhos protegem os pais por serem pais, se os amigos preferem estar com os amigos por serem amigos, se os familiares ajudam os familiares por serem familiares, se os professores dão melhores notas aos bons alunos por serem bons alunos, se as empresas contratam empregados competentes por serem empregados competentes, se os patrões promovem profissionais talentosos por serem profissionais talentosos, se os consumidores escolhem certos produtos em vez de outros por serem esses os produtos certos em vez de outros, se a nossa vida é toda e sempre um processo contínuo e inevitável de discriminações instituídas como padrão de normalidade, e temos como legítimo que assim seja — então, porque não aceitar que se discriminem pessoas no mercado de trabalho com base no tom de pele, religião, orientação sexual, idade, deficiência física, opção política, estatuto social, origem geográfica, código genético, altura, fealdade, apelido, clube, capacidade para contar anedotas ou até mera recusa em prestar favores sexuais, posto que já o fizemos antes na esfera privada e ninguém nos acusou de discriminação, bem pelo contrário, e até ficaram todos contentes?

É uma pergunta.

21 thoughts on “Diz SIM à discriminação (e vive em paz com a tua consciência)”

  1. Valupi, a tua pergunta deixa a resposta. Os produtos sao escolhidos por serem os certos. Da mesma forma, um empregado deve ser escolhido por ser o certo, ou seja, pelo nível de competência nas qualidades objectivas desejadas. Não porque é alto ou magra.

    Já no que diz respeito a outras escolhas, eu escolho quem quero para amante por certas competências. Entendo que essas, para serem compatíveis comigo, devem incluir um sujeito do sexo feminino, não muito mais velha ou muito mais nova, sem peso a mais ou a menos e sem tendências extremas para qualquer tipo de idealismo ou religião. Quanto a tons de pele ou sotaques não faço grande distinção.

    Serve para “uma resposta”?

  2. Ah, caríssimo João, não serve… Isso seria supor que um empregado é uma máquina, só contando a sua eficácia. Ora, um empregado é uma pessoa, trazendo para o local de trabalho esse complexo de características físicas e mentais. E o local de trabalho é também um ambiente de interacções sociológicas, psicológicas, afectivas, políticas, culturais. Logo, tu tranquilamente admitirias que uma pessoa racista devesse ser preterida para uma função, mesmo que tivesse competências suficientes, pois estarias a prever eventuais problemas com a comunidade ou, pura e simplesmente, acharias insuportável conviver com uma pessoa desse calibre moral (ou falta dele, no caso). Podemos estender o princípio do exemplo a variegados casos.

    Responde-me a esta pergunta: por que razão as tuas amantes têm de se situar numa faixa de peso qualquer (não definiste com exactidão, mas também não importa)? Porque te sentes à vontade para ser senhor desse critério, o qual irá excluir um sem-número de mulheres da possibilidade de te amarem e serem amadas por ti?

  3. Valupi,

    No dia a dia, se você tiver que optar pela companhia de uma de duas pessoas que em tese são cultural e intelectualmente iguais e igualmente interessantes e de bom trato, você vai preferir o sorridente ao carrancudo, o bonito ao feio, o alegre ao triste, o bem proporcionado ao obeso ou ao esquelético, o saudável ao doente e talvez o da sua raça (que eu não faço ideia qual é) ao de outra diferente.
    Não estranho que isto pese na contratação de um empregado. Acho correcto, acho justo? Não, nem pouco mais ou menos, mas não estranho.

  4. Ora aí está, Luísa. Mas por que será que não parece justo ou correcto? Afinal, é o que fazemos “naturalmente”. Então, qual será o problema de aplicarmos os mesmíssimos critérios para escolher os empregados? Por exemplo, não será legítimo escolher só homens para uma empresa, dado que eles não irão engravidar? Ou escolher entre duas candidatas a um qualquer cargo tendo como critério o tamanho dos seios?

  5. Valupi,

    Não é correcto nem justo por razões tão óbvias que nem vale a pena enumerá-las.

    A nossa natureza estou em crer que é deveras mazinha e só nos resta pôr ou tentar pôr o bom senso acima dela.

    Quanto à questão da gravidez no trabalho, por experiência própria podería
    alongar-me e também por experiência, hoje, acho preferível uma empresa assumir que quer homens a admitir mulheres e depois fazer-lhes a vida negra.

    Não é minha pretensão responder às suas dúvidas.Isto é só o meu modesto contributo para o debate.

  6. Aí está uma questão simples que problematiza um adquirido da segunda metade do sec.XX: a não descriminação dos indivíduos por motivos raciais, tipológicos, etc, etc. A resposta de João André é pacífica dum ponto de vista funcional, creio mesmo que é em função disso que os Recursos Humanos duma empresa se dedicam a criar grelhas de avaliação de candidatos/funcionários, ou seja, a eficácia global na função é mais do que a eficácia no desempenho das tarefas prescritas. E quanto mais claros forem esses critérios de eficácia, tanto ao nível estrito do desempenho da função(habilitações, experiência, capacidade de calculo, domínio de línguas, etc), quanto ao nível das qualidades gerais(socialização, pro-actividade, integração grupal, interesses, etc), mais dignifica a função, o funcionário e a empresa.

    Contudo, a questão persiste: porque não escolher só homens para trabalhar num banco, se o absentismo por razões familiares será previsivelmente menor? porque não escolher pessoas atraentes entre os 20-30 anos para atendimento ao público? porque não escolher expressamente pessoas da religião/etnia/ideologia dominante? Creio que existem dois tipos de resposta:
    1) Porque é odioso, socialmente falando, a descriminação consentida relativamente ao sexo, à raça, à crença. É factor de conflitualidade numa sociedade, e dispenso de apresentar exemplos do passado e da actualidade. É por decisão política que se legisla contra a descriminação, não dando aos indivíduos e às empresas liberdade para aplicarem critérios de selecção ofensivos.
    2)Porque uma sociedade ou uma empresa que aplique critérios de exclusão em função do sexo, da religião ou da raça, tende a atrofiar por razões que também dispenso de desenvolver, e, a prazo, as organizações complexas adaptam-se e evoluem com maior vantagem sobre as que se autolimitam.

    Mas estou a falar ao nível dos principios, tal como a questão está colocada, e não ao nível do que se passa. Sabemos que um rosto bonito predispõe maior receptividade do que um rosto que não o seja, que uma pessoa jovial é melhor companhia do que uma pessoa chata, porém, quem na vida não foi já surpreendido? Afinal, dificilmente um carrancudo nos vigariza, mas já um simpático…e quantas caras bonitas perdem por contraste com o que dizem ou pelo modo como o dizem?
    Não é normal, na vida pessoal, afixar um letreiro a dizer que só se namora com quem for alto, bonito, rico, ou só se aceita como amigo quem for bem colocado, influente e disponível para promover os amigos. Contudo, nas conversas há quem se descaia ou seja suficientemente cretino para o dizer com todas as letras…e qual é o efeito que isso provoca? Se calhar há quem aprecie, claro. Se uma empresa tiver uma direcção assente na personalidade dum indivíduo ou grupo de indivíduos, é natural que, para o melhor e para o pior, se repercutam as suas preferências, preconceitos e valores. Natural. E naturalmente será a empresa avaliada, favorecida ou não, pelas preferências, preconceitos e valores dos seus funcionários, dos seus clientes e outras entidades.
    Creio que uma das explicações para a ineficácia do nosso tecido empresarial está precisamente a nível da gestão de recursos humanos, atrofiando-se a inteligência, a autonomia, a criatividade, a responsabilidade, e pela simples razão de não se saber lidar com essas características, não se saber o que fazer com elas e nem sequer dar conta da mais valia que elas tragam para o sucesso da empresa. Ufa, tenho dito!

  7. Por uma só razão, nas relações pessoais estamos todos ao mesmo nível de poder: eu posso não escolher a rapariga e a rapariga, escolher ou não me escolher a mim.
    Nas relações laborais ou entre Estado e cidadão, há quem tenha a faca e o queijo na mão.
    Para evitar a lei do mais forte, criaram-se regras, critérios até leis.
    No fundo, tudo para evitar, que lá no teu reino, tu te faças às estagiárias…

  8. Ah Valupi, mas eu não descriminaria o racista. Aliás, ele não me teria que dizer se é ou não racista. Tal como uma mulher não tem que dizer a um futuro empregador se está ou se pretende estar num futuro próximo, grávida. É a tal questão da igualdade ou não de circunstâncias de que falou o Nuno.

    Se um racista se abstrair de hostilizar as pessoas de raça ou pensamento diferente que estejam na empresa, eu não veria provavelmente problemas em o contratar. É a questão da funcionalidade. Fosse ele competente nas suas funções e as suas ideias não fariam diferença no seu trabalho, desde que não as propagandeasse, algo que eu não defenderia nem que fossem ideias semelhantes às minhas. O espaço do emprego deve ser apolítico, arracial (isto existe?) e muitos outros a-qualquer-coisa. Claro que há considerações práticas a ter em conta, mas um candidato também pode conseguir enganar um empregador sobre as suas competências e, nesse caso, como no outro, a porta da rua está ao dispor.

    Por fim temos a questão social como bem apontou o pepe. Não gosto da ideia de descriminar ninguém. Também por isso não gosto de descriminações ditas “positivas”, independentemente da direcção ou do sucesso.

    De resto, eu até sou um gajo que descrimina. Se tivesse a minha empresa apenas contrataria mulheres, solteiras, entre os 21 e os 28 anos de idade, com 1,75 m no máximo, sexualmente activas mas sem namorados ou maridos, e que fossem atraentes e tivessem um saudável gosto em usar roupas apertadas e curtinhas. A empresa até poderia ir à falência rapidamente, mas que eu me divertiria, lá isso…

  9. Valupi: a questão que tu colocas não se reduz, mas levanta no essencial, a questão da distrinça entre público e privado: muito em resumo, no domínio do privado, podes dedicar-te, por hipótese, às gordas, mas no público (que não é apenas o Estatal) exige-se um módico de “fairness” que torne a vida possível às magras que tu desprezas (não sei porquê, de resto).

  10. ” Tal como uma mulher não tem que dizer a um futuro empregador se está ou se pretende estar num futuro próximo, grávida.”

    João André: não precisa de dizer; actualmente se estiver dentro de uma cera faixa etária (cada vez mais alargada, aliás), o empregador assume que, se não está e mesmo não pretendendo estar num futuro próximo, há-de estar um dia.
    E isso não só se aplica a quem procura emprego, como a montanhas de mulheres que vêem as suas carreiras progredir (ou nem isso) de forma muito lenta porque ‘não está agora mas vai estar, portanto nem vale a pena apostar nesta’.

  11. VALUPI,

    “Se as empresas contratam empregados competentes por serem empregados competentes, se os patrões promovem profissionais talentosos por serem profissionais talentosos ….. então, porque não aceitar que se discriminem pessoas no mercado de trabalho com base (numa data de coisas politicamente incorrectas)?”.

    Mas afinal o que é isto? Brincar aos posts inteligentes?
    Alem de que discriminar às escâncaras nunca assentou bem nem no tempo do Salazar nem doutros pencudos e representa uma violação dos direitos mais básicos da pessoa humana que vive do seu trabalho e se diferencia em aspectos importantes do chimpazé, não estou a ver muito bem o lucro que empresas e empregadores terão numa aprovação ou eliminação de pobres candidatos a suor baseadas no rego das mamas ou na cor da pele, já que, como tu próprio dizes, os mesmos têm o hábito de contratar e promover empregados competentes. Mas não te alarmes, os patrões não são todos como tu dizes e o que dizes que não se aceita é, na prática, frequentemente aceite. Portanto, adia a batalha, e poupa-me esses nervos, para mais tarde. Nada de novo na frente ocidental.

    No entretanto, vai deixando amontoar os comentários do resto das galinhas. Pode ser que alguma aprenda contigo qual é a diferença entre discriminar e descriminar.

  12. “Chimpazé” é a versão croata do português “chimpanzé”. Coisas da Sida que um gajo apanha a ler estes postos.

  13. muito simplesmente porque há critérios que advêm do mérito da próprio pessoa e algo que está na sua esfera de acção, como ser simpático, e outros não, como o sexo ou a raça.
    se decidimos viver numa sociedade em que o mérito é o que distingue as pessoas, então só o que depende delas pode ser valorado. ou temos de benzer todos os preconceitos deste mundo, só porque o cliente do banco prefere ser atendido por um homem?

  14. Luísa

    E muito obrigado pelo contributo. As dúvidas eram para isso mesmo, suscitar o debate.

    Esse ponto, de ser preferível algumas empresas anunciarem que querem apenas homens, vai direitinho ao centro da questão. Seria até louvável existir uma empresa com essa coragem e lhaneza, em vez das injustiças e indignidades encapotadas. Claro que essa improvável empresa seria alvo de imediatos e virulentos ataques, acabando na falência em pouco tempo (para além de ser levada a tribunal).

    Agora, saber se a discriminação (aqui tomada em sentido lato) é correcta ou não, para mais na aparente existência de razões óbvias, eis algo que precisa de ser questionado…

    Pepe

    Excelente reflexão, muito obrigado. Não posso concordar mais com o remoque sobre a ineficácia do tecido empresarial, e não mudaria uma vírgula ao que escreveste. Aliás, teria (como tantos) era muitos mais parágrafos para acrescentar, ilustrando uma das maleitas endemicamente perniciosas da actual cultura portuguesa. Desperdiçamos talento numa neurose colectiva que as universidades (ou os partidos…) não conseguem estancar nem assumem como combate colectivo. Há excepções, como sempre, e esse é exactamente o problema – serem excepções.

    A questão de a discriminação ser socialmente odiosa é apenas a faceta da hipocrisia política; hipocrisia, essa, que é técnica, não moral. Acontece é que os princípios estão correctos na sua abstracção, mas o concreto é o reino selvagem das inevitáveis discriminações que todos PRECISAMOS de fazer para conseguir a mera sobrevivência e a realização pessoal (whatever that means).

    A questão evolutiva é interessante, pedindo contextualização caso a caso. Porém, esse é um argumento que acaba sempre por favorecer a discriminação, podendo-se até dizer que a essência da evolução é, precisamente, a discriminação… Sim, estamos aqui a falar destes conceitos com desleixo, num enfoque não científico, político ou jurídico. Enfim, estamos num blogue.

    Nuno

    Se alguém andou a criar regras, critérios, e até leis, para evitar que eu me faça às estagiárias, tenho a dizer que estamos perante um dos maiores fracassos do esforço humano. Para júbilo das estagiárias, bem entendido.

    Que mal tem a lei do mais forte? Quando muito, há eventual mal no forte, mas toda a lei é, constitutivamente, do mais forte; ou não seria lei, né? A questão que levanto diz respeito à discrepância entre o discurso e a prática. Penso que seria melhor para a eficácia do discurso e qualidade da prática que começássemos por reconhecer as raízes antropológicas da discriminação. É que elas estão em todos nós, mesmo nos que convivem tranquilamente com o quotidiano esquizóide.

    João André

    Estás a simplificar (e, se calhar, fazes muito bem), pois apresentas a empresa como um objecto social que não se relaciona socialmente com a sociedade. A empresa é, para ti (parece-me), apenas uma máquina. Só assim te permitirias conviver com um racista, desde que o seu racismo não comprometesse a função. O mesmo para um violador e para um assassino, eis o que a tua lógica leva a antecipar. E é legítimo perguntar: não estarias a ser cúmplice do racista ao lhe forneceres um meio de subsistência e um eventual local de propaganda ou ofensa?…

    Problema com o paradigma da funcionalidade? Estás a nivelar os trabalhadores pela função, assim os diminuindo enquanto pessoas e cidadãos. Ou seja, acabas por defender a discriminação suprema e universal: a alienação da humanidade e idiossincrasia do trabalhador. (claro que ainda é esse o panorama da actualidade, passe o exagero não exagerado, mas os modelos das empresas de vanguarda vão em sentido inverso)

    Para te mostrar que, no fundo, sou igual a ti para lá do barulho das luzes destas conversas, ofereço-me para sócio da tua futura empresa.

    António

    Eu é que não sei onde foste buscar essa do meu suposto desprezo pelas magras. Mas passo galhardamente por cima desse ataque ao meu ecumenismo da morfologia feminina e convoco o teu estatuto de jurisconsulto ilustre, e respectivas sebentas de Filosofia do Direito, para te perguntar: porque tem o Estado, a Constituição, que opinar sobre os meus critérios de selecção laboral?

    Catarina

    Pois é. E as mulheres continuam a ganhar menos por trabalho igual; como revelam todos os relatórios, ano após ano.

    Titio

    ‘Tá bem, pronto. Deves ser da venatória, com esse mau feitio (mas não tens um feitio mau, sabemos).

    Heloísa

    Bom ponto de vista. No entanto, perante méritos iguais a discriminação continua integralmente operativa. Porque o que está em causa é a inclusão ou exclusão de indivíduos para um mesmo posto de trabalho, os elementos que transcendem o mérito (como o corpo, a idade, o género, etc.) tornam-se parte inevitável da escolha. Cada pessoa, independentemente da sua vontade e capacidades, transporta uma herança biológica e cultural que é “preconceituosa”. Negar que as vítimas da discriminação sejam também fonte de descriminação, eis o que só a alimenta.

    FV

    Então, volta. E diz mais qualquer coisa, mesmo sem URL.

  15. Um pouco de veneno: Dúvidas sobre as origens da discriminação, em sentido lato? Recomendo o visionamento de documentários da National Geographic, por exemplo, sobre o Reino Animal.

    Chocado? Então veja a besta a sair de dentro de um normal cidadão quando confrontado com uma situação-limite, um cenário de guerra, por exemplo.

  16. Concordo, Luísa. O animal continua em nós, isso vai sem discussão. A humanidade, a cultura, é também (ou assim pode ser vista) um processo evolutivo (ou um horizonte), como todos os outros na Natureza. E o que me interessa nesta questão diz respeito a isso mesmo, aos condicionantes que nos habitam involuntariamente e que são esquecidos na abstracção dos discursos. Esse esquecimento traz consequências funestas para a nossa qualidade de vida e, na prática, sustém e prolonga as mais variadas e subtis discriminações.

  17. ACHO QUE NAO TEM RAZÃO POIS SER DE RAÇA DIFERENTE,ALTO OU BAIXO,GORDO OU MAGRO NÃO É DIFERENTE EM NADA DE NÓS.A DISCRIMINAÇÃO NÃO TEM SENTIDO NENHUM.SERÁ QUE AS PESSOAS SABEM COMO É QUE SÃO?ACHAM QUE AS OUTRAS PESSOAS AO SEREM DISCRIMINADAS SE SENTEM BEM?SE FOSSEM VOCÊS A SEREM DISCRIMINADAS SE SENTIAM BEM?EU ACHO QUE NÃO MAS VOCÊS É QUE SABEM

  18. Da discriminação, temos um objeto válido para propostas. Se discriminamos um negro por ser negro, automaticamnte estamos nos inferiorizando por sermos brancos, utilizamos essa ferramenta para sobrepor-mos as pessoas de cor, por pura falta de segurança e auto-estima, quando nos prendemos a preconceitos, qualquer que sejam eles, nos envolvemos em uma teia de dúvidas, deixamos de ser nós os atores da vida real e passamos a figurar como coadjuvantes de uma cena danosa e que se ao contrario, poderiamos contra-cenar com a paz, fraternidade e igualdade, princípios estes que regem o mundo natural e civilizado; nos preocuparmos com uma realidade inexistente, um mundo sem fronteiras, onde há mera especulação; psicologimente nos asseguramos de que somos superiores para mascarar a realidade e afundamos em um fosso, o fosso da barbárie, da incivilidade, nos autodenominamos civilizados e vemos no outro estranheza e não propriamente o que é; percebemos sim a diferença, isso é óbvio, mas devemos observar a questão, como se observa um prisma, tem muitos ângulos, e num deles podemos nos ver refletidos. Vivemos em uma de milhares de culturas, e observa-se que em cada uma delas existem diferenças gritantes entre as outras.

  19. A discriminação é a pior das coisas que existe neste mundo. Devemos respeitar os outros. É a diferença que nos faz especiais. E a beleza é um conceito abstracto. O que pode ser feio para mim, pode ser bonito para outra pessoa. E as pessoas devem ter a oportunidade de mostrar o seu talento, recordem-se do concurso de talentos onde participou Susan Boyle. Quanto á cor da pele, sou da opinião que não existem raças, apenas diferentes cores, que tornam o mundo mais colorido. Sei que pode parecer um discurso, um pouco utópico, mas era assim que as coisas deveriam ser, cada ser humano é único e especial, e não é por ter a característica física x ou y que deve ser excluído, uma vez que pode ter potencial intelectual para desempenhar um cargo.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *