Ricardo Schiappa entalou-me entre António Vitorino e Jorge Sampaio, dois rapazolas com algum valor; mas em clara vantagem para o entalado, cujas negritadas frases levam um avanço de 6 dias. Creio que fica claro quem anda a copiar quem na fina-flor da política nacional.
Ora, aproveito o insólito críptico do Ricardo para convidar à recordação, ou descoberta, deste O Expresso da Meia-Noite, de 21 de Julho de 2009. Trata-se de uma discussão que não pode ser mais actual, que é uma excelente aula de doutrina constitucional – e que ainda conta com o bónus chamado Eduardo Catroga, um dos aríetes da nova, e última, fase do cavaquismo.
Rever este programa é viajar no tempo e transformar a opacidade em transparência, vendo-se como a estratégia de boicote ao Governo e difamação de Sócrates, em várias frentes, tinha como objectivo entregar o poder a Cavaco através de uma alteração constitucional. Catroga, lembremo-nos, foi nome avançado para chefiar um eventual Governo PSD ou de iniciativa Presidencial.
Cavaco, Ferreira Leite, Catroga, Deus Pinheiro, Pacheco, Santana. Este, aquele e o outro. O refugo que não desiste. Estão caducos demais, nem força têm para travar.
Está hoje clarissimo que nos ultimos 12 meses Belém tinha um e só um objectivo: Liquidar o governo de Sócrates.
Como saíu o tiro pela culatra, voltamos aos discurso da coperação estratégica. Que falta de pudor!
Tentei procurar o linque e diz “o vídeo não se encontra disponível”. Que se passa?
Luís, não faço ideia. Mas ainda agora cheguei ao vídeo a partir do post. Terá sido do website da SIC e já passou a anomalia? Seja como for, tens a data e o nome do programa, não falha.
self-fulfilling prophecies
já vou a caminho de dormir mas não resisti a vir aqui dar novas deste
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não sai o link, era o Menezes a rosnar a dizer que estaria a formar Governo a esta hora se não lhe tivessem feito a vida negra. É tão divertido, pisaram-lhe os calos e ainda não esqueceu. Bem, xonex mesmo.
Que faz nessa lista o Pinheiro? Ele não aquece nem arrefece, limita-se a verdejar.
Os nomes referidos no último paragrafo deste poste, faz-me lembrar quando ia ajudar a vindimar uvas e deixava de propósito uns cachos (gaipas) na ramada – pequenos, para não dar nas vistas – para mais tarde os ir buscar, quando tivesse desejos e fora da época.
É o que me faz lembrar essas individualidades, quando tivermos saudades e fora da época, vamos buscá-las e dizemos: eis aqui o refugo, das uvas, produzida pela herdade Portugal.