Henrique Monteiro assina o texto Ainda bem que o MP investigou Centeno. Nele defende que a palavra de Mário Centeno não vale nada, que o Ministério Público deve estar ao serviço das agendas comerciais e políticas da Cofina, que o PS é um partido de bandidos e que a Isabel Moreira não passa de uma tontinha. Estas quatro ideias, aparentemente díspares, radicam no mesmo tronco mental cuja substância consiste numa ilimitada estupidez.
Vejamos como esta pícara figura consegue atingir a quadratura da sua obtusidade:
«[sem a intervenção do MP] Ter-nos-íamos que fiar na palavra do próprio e uma mancha qualquer ficaria adstrita ao atual presidente do Eurogrupo. Mário Centeno tem agora algo melhor do que a sua palavra [...]
»
Um pasquim criminoso lança uma acusação ignóbil e absurda contra um governante, ainda por cima numa altura em que este acaba de assumir um papel de representação de Portugal de notoriedade europeia e até mundial. Para o Monteiro, quem não tem crédito é a vítima. Precisa de ver a sua honra e bom nome resgatados pelo Ministério Público, caso contrário já não se livra da sujeira onde se enterrará se recusar ser investigado judicialmente.
Axioma do Monteiro: “Todos os governantes, todos os políticos e todos os cidadãos são suspeitos até arquivamento pelo MP em contrário“.
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«As suspeitas ridículas sobre Centeno foram investigadas. Ainda bem. Com isso o ministro teve ganho de causa.
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A direita decadente e o seu império na comunicação social tentam abater uma das principais figuras do Governo. A operação estende-se a Estrasburgo e à imprensa internacional. Durante dias e dias o assunto é explorado com mentiras, gerando manchetes, notícias e opiniões caudalosas. Até que Marcelo resolve acabar com a bandalheira. Para o Monteiro, o desgaste e desprestígio que atingem inevitavelmente Centeno e Governo são coisa boa. Tão boa que precisa de ser coroada com uma pulhice só ao alcance de um estúpido do seu calibre: declarar que Centeno recolheu vantagens do episódio.
Axioma do Monteiro: “Todos os governantes são alvos legítimos da indústria da calúnia, mas só se o Governo for socialista que é para gozarmos de pança cheia antes, durante e depois da torpe exploração mediática e política.“.
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«[os que protestaram contra a abertura do inquérito a Centeno] pretendem um controlo do MP, controlando também o ‘ridiculómetro’ para se saber quando deve atuar.
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Ai dos que levantem cabelo quando assistem a um Ministério Público a invadir e devassar gabinetes ministeriais a mando das parangonas absurdas e infames dos profissionais da calúnia. O Monteiro quer bico calado e bola baixa, dure o que durar a humilhação, a violação da privacidade e a difamação em manchete e abertura de telejornal. Se alguém se atrever a falar, vai logo corrido com o carimbo de “socialista”: bandido que não descansa enquanto não reduz a Procuradoria-Geral da República a uma sucursal do Rato.
Axioma do Monteiro: “Para esconder a eventual agenda política do Ministério Público há que carimbar como agentes políticos malignos todos os que questionem o que é evidente e gravemente questionável.“
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«No seu habitual estilo de ir mais depressa atrás de palavras do que de raciocínios, a deputada Isabel Moreira afirmou o seguinte: “Achar que o ministro das Finanças se vendeu por dois bilhetes é digno de um Estado persecutório”. Independentemente de a deputada saber o que é um Estado persecutório, daqueles que prendem pessoas às quatro da manhã sem processo nenhum, sem nada, como aconteceu durante 40 anos em Portugal, o caso é que investigar seja quem for é digno de um Estado de Direito democrático. Mas se pessoas como Isabel Moreira e outras mais doutas [béu, béu, béu]
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Monteiro a dar um responso à Isabel, reduzindo-a a uma garotinha parvinha que não sabe nada de perseguições estatais, de História, de direito constitucional, de ciência política, de participação política, de intervenção cívica, de democracia, de coragem, de liberdade. Uma miúda parva, que fala sem pensar e só diz disparates, coitada da gaja, e que, fatalmente, apenas ocupa o seu bestunto com o diabólico plano de conseguir meter no bolso a independência do MP, bolça o infeliz. Só possível, esta rancorosa e grotesca visão, quando a inenarrável estupidez do bronco supera a soma de todas as protecções morais que a sua consciência lhe oferece por automatismo genético.
Axioma do Monteiro: “Tendo um poleiro na comunicação social, e calhando não suportarmos a superioridade intelectual e a exemplaridade cívica de alguém, estamos autorizados a recorrer à pesporrência canalha para nos desforrarmos do complexo de inferioridade assanhado na sofrida comparação“.
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O conjunto destes axiomas permite identificar um superaxioma do Monteiro: “Quando se vai para o Parlamento fazer queixinhas aos deputados por causa de um telefonema que durou 90 minutos – mais ou menos hora e meia de paleio livre e privado, portanto – é natural, obrigatório e honesto assumir o que se é: «Sou do género estúpido.»”
Esta gente só se endireita quando apanhar pela frente um Ministério Público que trate jornalistas, passistas e cavaquistas, como o actual tratou Sócrates e tudo o que lhes fez frente.
Prendeu Sócrates e pretendeu investigar depois. Hélas,o tiro saiu-lhe pela culatra… Quando viram que nada conseguiam de palpável,quando as certezas do Correio da Manhã mostraram do que eram feitas,começaram a alargar o raio (também geométrico) da investigação. Raio que tendeu para mais infinito,sem que encontrassem raízes que resolvessem as equações que,desesperados, engendravam. Uma acusação de 4.000 páginas… mau sinal, mau sinal,no meio de tanta parra como divisar uvas, como evitar os pássaros bisnaus que, ,por natureza, vivem na folhagem,como defender-se dos gambozinos que apreciam de sobremaneira aquelas frescas sombras? Como evitar ser visto em manobras arriscadas onde sempre se mostra o que se não quer?
A farsa com Centeno mostra que aquela gente começa a ter a noção do ridículo,a posteriori,lamenta-se…
Estarei enganado,concedo por princípio,mas a festa vai ser boa…
Henrique Monteiro é o produto da cultura irradiada pelo Círculo de Leitores como ele próprio o revela. O que esperar de um alentejano que renega as suas origens e se afunda numa sociedade sub-urbana sem consciência de classe que Pinto Balsemão premeia dando-lhe a mão e a promoção de fachada cultural?
O monteiro ficou retratado nas declarações que prestou na Comissão da AR ao
afirmar que foi torturado por José Sócrates numa longa conversa pelo telefone!
Estou convencido que, muito pouca gente perde tempo a ler as parvoíces que
vai escrevendo para receber o estipêndio do militante nº 1 do PSD! Vale nada!!!
«[sem a intervenção do MP] Ter-nos-íamos que fiar na palavra do próprio e uma mancha qualquer ficaria adstrita ao atual presidente do Eurogrupo. Mário Centeno tem agora algo melhor do que a sua palavra […]»
Ora, dado que o Henrique nunca foi motivo de intervenção do MP como podemos nós saber e ter como garantido que o dito Henrique seja pessoa séria e limpa apenas conhecendo a sua palavra e opiniões?
Porque não vai já o Henrique imediatamente ao MP exigir querer e obter algo melhor que apenas a sua palavra!
Ó desgraçado país, ó pobre Portugal que tem filhos-cromos desta indigência intelectual.
«As suspeitas ridículas sobre Centeno foram investigadas. Ainda bem. Com isso o ministro teve ganho de causa.»
Ó grande pensador burro sem qualidades fizeste-me perceber porquê não houve investigação pelas suspeitas ridículas de Cavaco estar a ser escutado por Sócrates.
Já viste o choque doloroso insuportável na tua cabeça que seria o facto de Sócrates obter um formidável ganho de causa!
E entretanto, também tu, não és investigado pelo Instituto de Medicina Legal aos miolos para continuares dono de um ganho de causa e com isso poderes continuar a soltar caca rala da cabeça.
axioma para o Monteiro: és do género estúpido, alarve e estupor. consegues escrever sobre a biologia do teu cérebro? :-)
Ha um estupido nesta historia, mas não é o Monteiro (de quem não gosto, mas isto não vem ao caso), que diz uma coisa muito simples, que qualquer pessoa com mais de 8 anos de idade pode entender, salvo se for paga para denegrir a justiça porque sim (ou porque isso interessa a um idolo qualquer) : a investigação preliminar rapida e séria, que conclui que não existe motivo para abrir uma instrução criminal é a melhor protecção que uma pessoa pode ter contra boatos e maldizeres, e “campanhas sujas”. E’ mais eficaz do que a palavra do interessado, o que não quer dizer que a palavra não valha nada, mas apenas que é facilmente posta em causa, sendo este blogue uma optima ilustração desta verdade de bom senso.
Isto é verdade em geral. Mais ainda num sistema como o Português, onde o principio em matéria de investigação é o da legalidade e não o da oportunidade. A Isabel Moreira tinha a obrigação de saber isso.
Tu não tens obrigação nenhuma a não ser, pelos vistos, a de escrever qualquer coisa, por mais disparatada que seja, para criticar os magistrados porque sim. Depois queixa-te que as pessoas vejam cabalas e complots, e corrupção em todo o lado…
E agora podem javardar à vontade que eu não torno a este post, reles demais para os meus habitos…
Boas
porra, joão viegas, és fã da psicologia positiva mesmo quando lês certas alarvidades infelizes. há aqui um axioma paradoxal. :-)
Oh Viegas: palavra facilmente posta em causa se houver provas.para além de qualquer dúvida razoável,para tal….
Os estagiários de advocacia só ocasionalmente falham esta!