Marcelo poderia ter encontrado um meio de levar o PCP a aprovar o Orçamento para 2022, o Orçamento mais à esquerda de sempre. Bastaria que desse aos comunistas uma condecoração simbólica pelo seu patriotismo na forma de uma declaração pública de apelo e outra de aplauso. Jerónimo teria assim recebido a força para fazer valer a racionalidade na Soeiro Pereira Gomes. Só que tal cenário levaria Marcelo a um duplo escândalo, dupla traição para a direita: ficar como cúmplice voluntário e empenhado tanto do PS como do seu acordo com o PCP. Daí ter rapidamente optado por convocar eleições, talvez acreditando que nascesse uma qualquer conjuntura eleitoral que catapultasse o PSD para o poder. Saiu-lhe um pesadelo eleitoral, com a maioria absoluta do PS e o crescimento gigante do Chega.
Enquanto com um PS minoritário a aceitar políticas do BE e do PCP (depois de 2019, só deste último) o papel do Presidente da República assumia relevância estratégica para manter a estabilidade, salvaguardando um ambiente político onde o interesse nacional e o bem comum tivessem respaldo institucional, tal função desapareceu em 2022 com a estabilidade política a ser garantida exclusivamente pelo Parlamento. De imediato, Marcelo deu sinais de ter ficado desorientado, sem saber o que fazer com o resto do seu segundo mandato. Para agravar, a direita igualmente se tinha afundado numa nova fase da sua decadência com o fracasso de mais um líder do PSD, a fragmentação do eleitorado laranja tradicional e o crescimento brutal dos protofascistas do Ventura. Confuso, Marcelo achou, ou foi levado a achar, que sobre os seus ombros recaía a titânica incumbência de salvar o PSD e de se fantasiar líder da oposição (posto não existir oposição válida à direita, só incompetência e chungaria). E, portanto, começou a disparatar com cada vez maior insensatez ao longo dos meses. O corolário deste desatino cognitivo e deontológico aconteceu no passado dia 1 de Maio, noite dentro, quando deu a ordem para se chantagear o primeiro-ministro via Expresso. A crise política assim aberta poderia ter causado danos gravíssimos a Portugal e aos portugueses caso Costa não tivesse resistido à pressão de todos os lados, inclusive ao seu partido.
Ora, Marcelo é um dos melhores actores políticos da direita na actualidade, vai sem discussão nem carência de explicar aos néscios. Há até quem o considere o melhor de todos, incontestavelmente e a muita distância dos restantes. Quando uma figura deste calibre se revela uma ameaça ao regular funcionamento das instituições, em radical violação do seu juramento como Presidente da República, não é só o indivíduo que está em causa. É também o grupo de valores e interesses que ele representa, estendendo-se a responsabilidade a quem é cúmplice da sua ultrapassagem dos limites constitucionais e políticos como Chefe de Estado.
A cena pífia de estar numa homenagem à selecção de andebol em cadeira de rodas a deixar mensagens dúbias para os jornalistas destacarem como armas de arremesso político conseguiu ser superada negativamente pela cena patareca de ontem ter anunciado ir falar sobre não sei quê (leia-se: Galamba) e depois não falar mas afinal aparecer na rua em diálogo com os jornalistas só para dizer que nada tinha a dizer. É o retrato de uma pessoa que perdeu a noção do efeito das suas acções e omissões públicas, um político atarantado.
Que resta à direita? A legião dos editorialistas sectários, jornalistas pé-de-microfone, jornalistas militantes, comentadeiros linchadores e pulhas em geral. São a claque do Presidente que derrete a sua autoridade no desconchavo da verborreia e do Presidente que ameaça destruir São Bento com uma bomba que tem lá guardada em Belém — Presidente que depois passa os dias a abrir buracos na calçada da Constituição para oferecer pedras à turbamulta que faz pontaria ao Governo e ao PS.
!ai! que riso tão grande, não é o contexto – esse faz chorar -, a forma como eu consigo ver, pelo texto, um Marcelo tómónhó calceteiro de pechisbeque que almeja ser o totem da guarda dos interesses dos portugueses. bem visto, Marcelo é Putin nesse imperialismo ideológico atordoado e sôfrego e alavanca torpe para o governo. e quem não se sente a ucrânia, como eu, é marcelista.
Marcelo vai ser recordado como protagonista do filme o calceteiro, que anda dia após dia a ouvir os comentadores televisivos de direita (praticamente todos) que por todos os meios falam e dão conselhos a Marcelo, imagino que este terá dificuldade em ver e ouvir ttanta gente e ande nas gravações automáticas ,pobre Portugal nas mãos desta gente sem qualidade mas têm opinião de tudo tal e qual Marcelo quando estava na TVI e o Garganta funda de Belém Marques Mendes ,são estes actores que farão a longa metragem do filme o calceteiro.
Por Carlos Esperança – maio 20, 2023
O insanável conflito de interesses entre Marcelo e o PR será responsável pela extinção desta segunda República que M. – O PR arrisca destruir.
M. – O PR começou a liderar a oposição ao atual Governo no discurso de posse, onde manifestou acrimónia à sua maioria absoluta. A ameaça ao PM, não permitiria a sua saída do Governo, e a resposta de António Costa, que levaria a legislatura até ao fim, obrigaram M. – O PR a intervir constantemente na esfera da governação para deixar no poder o partido que pretende depois de destruir o líder que não queria – Rui Rio.
Quando António Costa, com sentido de Estado, exerceu as competências próprias, M. – O PR violou a confidencialidade das reuniões com o PM e ameaçou com a vingança permanente, vingança definida como Ihferno pelo seu alter-ego Marques Mendes, na SIC-N.
M. – O PR, hábil a inventar o passado democrático que lhe falta e a criar cenários de afirmação pessoal é hoje o instrumento da desestabilização e o coveiro do regime que ameaça extinguir.
M. – O PR, amedrontado com o bom desempenho da economia portuguesa, resistindo à pandemia, à guerra da Ucrânia e ao seu ativismo partidário, não tem outro remédio para além do desgaste diário a que submete o Governo.
M. – O PR está nervoso com as comemorações do cinquentenário do 25 de Abril, onde não lhe será permitido ainda fazer a reescrita da História e a subversão dos seus valores.
M. – O PR, como líder da oposição, conseguiu pôr os partidos, com a honrosa exceção do PCP, e do PS por motivos óbvios, a transformar a comissão parlamentar de inquérito à TAP, na AR, em discussão à volta de um computador. Chapéu!
M. – O PR, desvairado, de cabeça perdida, reúne a seleção de andebol em cadeiras de rodas, campeã mundial, a pretexto de a felicitar, para manifestar o azedume ao Governo com coreografia diferente; a seguir, reincide com o mesmo esgar de ódio a compor com os pés, o que o Tino de Rãs faz com as mãos, a calçada de um passeio de Belém.
M. – O PR enjeitou a dignidade do cargo para se alimentar do ódio que bolça e o devora. E o raio das sondagens ainda não lhe garantem a vitória do seu partido com o Chega!
O golpe de Estado vai continuar a ser urdido no espaço mediático enquanto for preciso.
golpe de estado?! onde, onde?
na ucrânia?!
este blogue está repleto de putinistas, é o que é!
O PR acaba por ser incoerente no seu afã de destabilizar o Governo pois, reclama atributos que o próprio tem dificuldade em praticar na Instituição Presidência da República, não colhe dizer que,
se limita à magistratura de influência!
Está mais que visto que, estamos perante mais uma inventona contra o Governo e uma crise fabri-
cada pelas oposições à falta de projetos políticos! Qual o problema de o SIS ter sido acionado para
recuperar um computador com informação sensível sobre assuntos do Estado? Não é para isso que
esses erviços existem? Nem merece a pena falar da insustentável leveza da ignorância de alguns
dos deputados que formam a CPI à TAP que, procuram a “chincana” em vez de tratarem do objeto
para que a comissão foi criada … tudo serve para procurar “queimar” o Ministro das Infra Extrutu-
ras para obter um “rombo ” no Governo!
Lamentavelmente, vê-se o PR embarcar ou utilizar a inventona para ameaçar utilizar a sua pode-
rosa arma de dissolução da AR e fazer coro com as oposições e pedir a demissão do Ministro aliás,
bem recusada pelo Primeiro Ministro!
O auto intitulado lider da oposição, a exigir demissões e falar sobre o que não domina, designada-
mente, a orgânica do Estado de Direito e o funcionamento dos serviços de segurança do Estado!
Por outro lado, o chefe dos neo fachos esqueceu o enxovalho que fez na AR no passado dia 25 de
Abril, e permite-se querer impor aos outros aquilo que o seu partido não sabe cumprir … só pode
estar a querer gozar com os portugueses!!!
Mais uma estória da cachorrinha, continua pá, assim já não são só os média que ” metem nojo “. Enfim …
Ao mesmo tempo ( anote na sua memória, Valupi), o G7 reúne em Hiroshima (!!!) com uma notória agenda de Paz!… E Portugal, ao que parece, vai treinar pilotos ucranianos nos F16!
Com “A legião dos editorialistas sectários, jornalistas pé-de-microfone, jornalistas militantes, comentadeiros linchadores e pulhas em geral”, no mesmo lugar, sem qualquer desistência.
Valha-nos, ao menos, Ney Matogrosso e os “Secos e Molhados”:
“Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada.”
https://www.youtube.com/watch?v=7bvrMzwr4wI
tem de ir cantar de galo ao Putin, que faz a guerra, JA, não a quem quer a paz e apenas se defende.
Oh pázzinho! quem matagrosso são os ruzzos.
Metam as rosas nu cu e voltem para casa que a guerra acaba.
estes comentários na semana em que veio a publico que zeleensky tinha e tem planos para atacar o solo russo, são hilariantes
@teste / 21 de maio 9:59
A Ucrânia tem todo o direito, moral e legal, de atacar alvos militares em solo russo. É legítima defesa contra os mísseis, aviões e forças militares provenientes da Rússia para agredir a Ucrânia.