Da monotonia

Os que festejaram o 11 de Setembro são os mesmos que festejam a agressão a Berlusconi.

Os que disseram terem sido os americanos a planear o 11 de Setembro são os mesmos que dizem ter sido Berlusconi a planear a agressão.

Os que odeiam a democracia são os mesmos que odeiam a liberdade.

15 thoughts on “Da monotonia”

  1. Eu também não tenho pena do Berlusconi, Cláudia
    Tenho é pena de quem acha que este tipo de acções conduz a alguma coisa como já vi nalguns blogues.
    Não estou a dizer que seja o seu caso.
    Cumprimentos

  2. Claudia. Não se trata de ter pena ou não. No meu entendimento, o Valupi tem razão ao dar os exemplos que dá. Reparemos que a vitimização que vai acontecer com aquela “alminha” vai extrapolar tudo que se possa pensar, reforçado, como é bom de ver, pelo poderia mediático de que dispõe.
    Tenho para mim que os adversários se vencem PELA ARMA DO VOTO. Aniquilar os adversários fisicamente só os pode tornar “mártires” e ainda há muita gente a acreditar nos ditos cujos.

  3. Todos os 3 Silogismos são falaciosos. Non sequitur.
    A agressão ao Berlusconi é lamentável.
    Não seria, porém, ainda mais lamentável ainda, caso o agressor tivesse falhado, e não lhe tivesse acertado em cheio no focinho?

  4. Há sapatadas ou murros que vêem por bem:
    Há pessoas que são umas felizardas em receber tal dádiva, parecem caídas do céu e em tão boa hora. Não posso compreender como um qualquer indivíduo se consegue aproximar dum 1º Ministro com tanta facilidade. E logo em Itália que a polícia ou o corpo segurança tem experiência necessária para este tipo de coisas.
    Sei que me podem confrontar com as agressões feitas a Mário Soares e Vital Moreira, mas desde já digo que os casos são totalmente opostos. Berlusconi é um primeiro-ministro recheado de seguranças enquanto os outros andavam em campanha eleitoral e julgo sem seguranças “polícia”.
    Depois de agredido entrou no carro esteve uns poucos minutos e depois sai para mostrar os ferimentos. Não sei se dentro do carro havia algum caracterizador para tornar mais belos os seus ferimentos. Sei que se fosse comigo ia directamente para o hospital – caso necessário – e não desfilar os meus ferimentos como se uma dama se tratasse.
    Há alturas em que andamos na mó de baixo e certos arranjos vem mesmo a calhar. Desconfio que o agressor vai ser perdoado e ainda receber uns milhares de euros.
    Acabo como comecei. Há pessoas felizardas e um murro ou uma sapatada são dádivas que caem do céu.

  5. Eu começo onde Manuel Pacheco acaba: há realmente pessoas felizardas e um murro ou uma sapatada são dádivas que caem dos céus: que pena você estar debeixo do telhado… A imaginação que o sr tem é digna de uma sapatada ou de um mosteiro dos jerónimos em miniatura.Não suporto Berlusconi mas o facto é que este homem de que eu não gosto foi eleito por 2 vezes consecutivas, PM de Itália, ora este é um país democrático e com eleições livres … A violência não se justifica nem na Itália ,nem no Afeganistão nem em lado nenhum do mundo.Como poderiamos nós explicar então a sua passividade quando Robert Mogabe nos “agraciou” com a sua visita? um tijolinho teria dado geito não?

  6. 16 pedro oliveira
    14 Dez 2009 às 0:50
    Vitimização?
    Um gajo leva com uma barra de ferro nas trombas, fica todo desgraçado e depois ainda é acusado de vitimização.
    O Theo van Gogh, também se deixou matar só para se vitimizar.

    19 Daniel Oliveira
    14 Dez 2009 às 1:00
    pedro oliveira, estamos a falar de vitimização política depois de uma agressão de um homem com distúrbios mentais.

    in: http://arrastao.org/sem-categoria/esta-lancado-o-mote/

    Ora bem, porque repito isto aqui.
    1. Porque concordo com o «post» do Valupi (quem será o Valupi?)
    2. Porque a questão da vitimização é inevitável. Qual seria a atitude ideal que o primeiro ministro, democraticamente, eleito deveria assumir? Dizer: Levei com uma estatueta no focinho, ia ficando cego, partiram-me dois dentes mas tenho de reconhecer que merecia ser agredido.
    3. Imaginemos que Louçã numa das suas tiradas infelizes (estou-me a lembrar daquela em que disse com ar paternalista a Paulo Portas: «o senhor não sabe o que é o sorriso duma criança») levava uma trolhada, partiam-lhe os óculos, ficava com o rosto (de realçar a diferença um tem trombas e focinho; o outro, rosto) cheio de sangue.
    Será que o Bloco de Esquerda não faria um aproveitamento político dessa agressão?

  7. Pequena síntese:
    – Claudia: Eu também não, com tipos desses excedemo-nos!
    – António P. : Não posso discordar!
    – Margarido Teixeira: você é um cândido. Andamos a dizer isso há séculos, e o resultado é o que se vê. Valha-nos a sua fé.
    – K: Como eu o compreendo… Infelizmente, e dado que nem só as claques milanesas votam, temos que concluir que a Itália é um país de masoquistas.
    – Vox: Aprecio o seu bom senso. Se isso fosse uma qualidade comum, a indústria das estatuetas seria florescente e viveríamos mais felizes.
    – Manuel Pacheco: gastou muitas palavras mas não inutilmente!
    – Rosa: você demonstrou num pequeno parágrafo duas coisas. A primeira, é que uma democracia não gera necessariamente boas escolhas. Sobretudo em Itália, mas não só. A segunda, é que você não gosta do Berlusconi! Pois não se sinta só, há imensa gente que a acompanha nessa apreciação.
    – Oliveiras: vejam se se entendem no tamanho da estatueta para o nosso. É que não tem nada a ver, mas utilizam palavras que já li noutras ocasiões…
    – Enfim, falando em apreciação, também tenho a minha. A primeira reacção à notícia foi do género “Nada de exagero, o gajo também é filho de deus!”. Mas quando ouvi dizer que o agressor, doente mental, tinha sido preso e acusado de terrorismo, DE TERRORISMO, lembrei-me cá para mim que ele pode ser filho de deus, mas também é um grande fdp, e como tal acho que o escultor deve pensar em fazer estatuetas mais consistentes.

  8. Este post do Valupi dá-me que pensar. Então não fui eu um dos que puseram a chamada teoria conspirativa americana no rol dos possíveis? E não sou eu um dos que não puderam reprimir um secreto prazer ao ver a tromba machucada do mostrengo? E, sim, não sou eu também um dos que põem no rol dos possíveis a possível encenação do tal acto só aparentemente tresloucado? Louvo a contrição de Valupi. Ele é de certeza um bom samaritano e eu um pobre pecador.

  9. Até me arrepio todo quando leio por aqui: coitados dos americanos (enfim, por outras palavras), ou se elogia a acção da Igreja – arrepiante, simplesmente. Mas é com estas mentes que o sistema que “escraviza” a humanidade se reproduz. E convém que sejam mentes inteligentes e cultas, isso dá mais força à sustentação da terrível manipulação planetária, em que os “maus da fita” aparecem como (cá está) VÍTIMAS – “diabólicas”, acrescento eu!

  10. Assessorado, compreendeu mal!
    Depois de um guarda nocturno corrector só faltava um assessorado agregador/interpretador de comentarios, fonix.:))

  11. Rosa:
    Quando tive conhecimento da notícia o que disseram foi que tinha sido um murro ou uma sapatada. Agora assim, acho que aqui existe um pouco de teatro, pode discordar ou não, não escrevo para que todos abanem a cabeça afirmativamente. Numa aglomeração de pessoas os serviços de segurança não se precaver! Acho amadorismo a mais. Não sou favorável às agressões mas, também não sou ao espectáculo e à vitimização, e neste momento, tudo o que vier e se disser só há um que vai sair favorecido. E esse é Berlusconi.
    A imagem que fiquei depois de Berlusconi ter saído do carro faz-me lembrar uma jornalista portuguesa da RTP, num directo da cidade de Luanda, no tempo dos confrontos MPLA, UNITA. Uma criança estava ferida, ia ser levada para ser socorrida, essa dita jornalista pediu para esperar um pouco para fazer esse tal directo. Isto é ou não aproveitamento? As pessoas feridas e esperar para serem exibidas.
    Se Berlusconi estava muito ferido o que se tinha a fazer era levá-lo ao hospital e não estar-se a exibir. Quer apostar que com este “drama” Berlusconi ganhou uns milhares de votos que iam para outro opositor?
    Pelos meus escritos aqui no Aspirina B sou a favor da paz e não da guerra.

  12. Quem semeia ventos colhe tempestades.
    O fim da democracia é a liberdade, a justiça e a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos. A civilidade e a segurança são fantásticos e de muito valor mas são instrumentais.

  13. Não festejo o 11 de Setembro, porque morreram demasiados inocentes nesse dia e nos subsequentes devido aos mesmos acontecimentos…
    Não festejo a agressão a Berlusconi, apesar de não ter pena dele e achar que foi merecida…
    O 11 de Setembro foi um “inside job”, a agressão a Berlusconi não me parece, especialmente no estado em que ficou… Mas pode ter sido um aviso da Máfia!!!
    Os que odeiam a Democracia são os mesmos que odeiam a liberdade???
    Sim, chefes de estado e governos, “Fat cats” da Banca e empresários detentores de monopólios e impulsionadores de lobis… São os que mais falam em liberdade e democracia e os que mais a oprimem…

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