Consta

Consta que o Governo escondeu informação aos portugueses, e que o PS mentiu no seu programa eleitoral, porque não se falou da Grécia e dos CDS antes das Legislativas – ao contrário do que fez Ferreira Leite com tenacidade e audácia; a qual até receava falar ao telefone, ou mandar uma carta, com medo de ver as suas milagrosas soluções para a crise grega copiadas pelos mesmos bandidos que se empoleiravam nos muros do Palácio de Belém e tiravam polaróides sem pedir autorização.

A ser verdade, e a dupla PSD-BE em breve fará a investigação que se impõe, ainda mais urgente fica a necessidade de enxotar uma oposição tão má, tão bera, tão reles que deixa estas barbaridades acontecerem à frente dos seus ramelosos olhinhos.

14 thoughts on “Consta”

  1. E quando é que essa gente se dedica a ter ideias para o país??
    Mesmo os simplesmente cretinos devem reconhecer que se amanhã ficássemos nas mãos desta escumalha, a Grécia pareceria um país de economia saudável e folgada…

  2. A Grécia também lá deve ter uma escumalha jeitosa…

    Não será a despropósito que tentam colocar-nos nesse nicho tão apetecido e apreciado pelos grandes especuladores.

    E lá continua o regabofe. Estou para ver o que fazem se outra bolha financeira vier a implodir, conforme já se vai falando devagarinho.

  3. É verdadeiramente horripilante.

    Em 2008 falávamos de bancos que iriam falir. O capitalismo especulativo galgou de tal forma que agora falamos de dividas soberanas

  4. “a dupla PSD-BE”
    deixa cá ver se percebo, esta dupla é pq o psd está a implentar o fim dos beneficios fiscais conforme o BE propôs, mas que o lider do psd tinha jurado que era uma parvoice e até disse “jamé”, é isso?
    O cds mentiu pq prometeu 150.000 empregos e o Jerónimo jurou que o deficit era de 5 e na volta foi 10.
    (safa, que isto da politica está cada vez mais complicado).

  5. Mas que alegria!

    Basta que Valupi escreva umas “coisas” e a plateia levanta-se e aplaude, com regozijo.
    Sentido crítico? Para quê, se “ele” é dos nossos?
    E se “ele “ é dos nossos nunca se engana e nunca terá dúvidas.
    E se “ele” é dos nossos, que continue a escrever “coisas”, que nós – a plateia sem sentido crítico – cá estaremos para aplaudir, de pé e com regozijo.
    Depois, ficamos todos muito contentes porque “ele” escreve umas “coisas” que nos faz esquecer as outras “coisas” que, essas sim, nos deixariam muito tristes.
    Viva “ele”, porque é dos nossos…

  6. Bolas…
    Não me digam que acertei no alvo!
    Pelas respostas, só pode.
    Mas isso só me faz sentir mais confortado, com a certeza de que lhes toquei num ponto sensível, algo que eu nunca esperei que tivessem.
    É a vida, alguém dizia…

  7. O que eu gostava de saber é porque ainda ninguém se tinha lembrado de fazer o que acaba de fazer Joaquim Oliveira: processar o Estado pela podridão na Justiça, que está a devastar o bom nome dos cidadãos. E não vai à comissão da ética da treta coisa nenhuma, porque não tem nada a ver com “aquilo tudo”. Aliás, “o que se sabe” é o que não se devia saber, se o Estado-Justiça cumprisse a sua obrigação. Temos uma comissão de ética da treta que devia estar a analisar a podridão da magistratura e não ampliar a vergonhosa e incompetente (quando lhes convem, porque no caso BPN não há fugas, e a comissão de inuérito foi só para limpar o bom nome dos intervenientes no caso) actuação dos magistrados. Finalmente uma vitima enfrentou a podridão da justiça!. Todas as vitimas deviam fazer o mesmo e quanto às comissões fazer como Joaquim Oliveira: recusar lá pôr os pés e avançar para os tribunais, mandando à bardamerda os palermas da “comichão” da ética. Mandou-os coçar-se para outro lado.
    Era tempo de uma pedrada no charco.

  8. Editorial “Um pouco de chá, senhor ministro”, Público, 20 de Agosto de 2001:
    “[…] Mas mesmo que fosse de um rigor a toda a prova o que ontem José Sócrates foi dizer à televisão, que toda a razão lhe assistisse e que a sua fosse a única leitura possível da Convenção de Estocolmo, isso não o autorizava a ser malcriado. Isso não o autorizava a dizer que uma notícia que objectivamente não desmentiu “distorcia objectivamente a verdade. Isso também não o autorizava a dizer que o Público desenvolve, sobre o assunto, “uma campanha”. Este jornal não faz campanhas – informa. Por vezes essas informações não agradam a José Sócrates, político com alguma dificuldade de encaixe quando é criticado. Por vezes essas informações são incómodas, e a sua divulgação irrita quem já tem alguma tendência para se irritar em público. Mas isso é um problema que nos ultrapassa. […] Um jornal como o Público é pois um espaço de liberdade onde não devemos obediência a conveniências, mesmo de ministros. Mas a estes, antes de escreverem comunicados e irem à televisão, fazia-lhes bem tomar chá – o chá que, aparentemente, lhes faltou tomar em pequeninos.”

    Artigo “A insustentável arrogância do PS” de Eduardo Dâmaso, Público, 25 de Agosto de 2001:
    “[…]É espantoso como no PS ninguém percebe os milhares de votos que perde de cada vez que o ministro Sócrates lança as suas ofensivas de determinação e inteligência nas televisões. O homem dá uma imagem decidida e combativa aos telespectadores, é certo. Mas a sua arrogância política é um espectáculo inaudito. Vítima de de todo o tipo de campanhas, ele ralha com as televisões e rádios por propagarem um notícia “absurda” do PÚBLICO sobre a co-incineração, ele discorre sobre as motivações alheias, ele esbraceja contra as campanhas que correm contra si, ele enrola-se nos trejeitos de uma gesticulação furiosa, enfim, o impacto visual e auditivo de tão ruidosa passagem pelos ecrãs é patético.”
    Lembram-se? Não é que não é d’agora? Existem ódios que permanecem, e permanecem, e permanecem… de facto, o Sócrates não é um personagem fácil, que o digam os adversários politicos e, claro, os mesmos de sempre ligados a alguma imprensa (chamemos assim)

    Logo ao lado, na mesma página, no “Sobe e desce”, José Sócrates, então ministro do ambiente, tem uma seta para baixo e o seguinte texto:
    “Sócrates representa algumas das coisas piores que a política pode ter, como a intolerância e a soberba. Num momento em que será exigível alguma humildade ao PS para reconhecer alguns erros da sua governação, o ministro do Ambiente limita-se a agitar fantasmas de campanhas e perseguições por todo o lado. É um caso típico e porventura insolúvel de um político demasiado deslumbrado com a sua estrela. O problema é que as estrelas também caem. Não se sabe quando, mas caem.”
    (H.P/E.L./E.D., Público, 25 de Agosto de 2001)

    Na secção “As frases” do Público de 21 de Agosto de 2001 pode ler-se:
    “Se eu estivesse na situação dele [Sócrates], demitia-me”
    “Para ele, o poder está acima do resto”
    Manuel Alegre, deputado do PS [em 2001].

  9. …é verdade.
    Tal como o Brandy Constantino, a fama (e porque não o proveito?) de José Sócrates já vem de longe.
    Triste vida a dos governantes, esses incompreendidos!

    “Também tu, Brutus?”
    Perdão: “Também tu, Manuel Alegre?”.

    (Será que ainda não é desta que o PS vai apoiar Manuel Alegre? Depois queixem-se “do” Cavaco…)

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