Começa a semana com isto

Acerca do capitalismo, a bem da inteligência, reconhecer que era inevitável no processo civilizacional, por um lado, e que na verdade não existe, por outro.

16 thoughts on “Começa a semana com isto”

  1. estava a demorar.
    é a definição literal de “nunca acima da fivela, sapateiro”.
    mas não surpreende que um socialista da tua igualha subscreva um video a explicar o capitalismo que nem na definição de “capital” acerta.
    entretanto, apesar de coloquial e sensacionalizado q.b. para a sociedade actual, este video de resposta acaba por apontar uma boa parte das falhas no raciocínio explanadas no que linkaste. segue no espirito de te manter o mais actualizado possivel nos debates de teoria económica/social feitos por *verifica notas* físicos e matemáticos.

    https://www.youtube.com/watch?v=TQ3l_cGpBWQ

    se algum dia quiseres um video mesmo mesmo a explicar o que é o capitalismo, avisa!

  2. não é preciso, a mula russa despeja aqui fardos disso todos os dias.

  3. o marcelo já torce pela resposta de bruxelas ao pacote que chumbou e ainda vai reclamar créditos pelas rezas que fez para dar certo. já o estou a ver em frente a uma caixa multibanco com um microfone à frente e a dizer como é que o governo vai ter de gastar as ajudas que forem dadas.
    https://www.publico.pt/2023/09/04/economia/noticia/bruxelas-reconhece-problema-precos-habitacao-lembra-ha-financiamento-investir-2062169
    se alguém tiver contactos com o rangelito e aquele gajo do cds que ainda é eurodeputado mandem-lhes a notícia do público.

  4. Logo no início do vídeo, a sra disse ao que vinha, não enganou ninguém!… Depois de explicar que a moeda só será viável se houver um poder soberano que a imponha aos agentes económicos, exemplificou, nos seguintes termos: se tais agentes se tornarem irracionais, endoidecerem, ou perderem a confiança no dólar e começarem a trocá-lo por euros, então a coisa vai correr mal, não devendo fazer isso, aconselha! Julgo que estes pormenores não terão escapado ao Sr. Valupi! Outra curiosidade da explanação da senhora reside no facto de que cada vez que tropeçava nas maleitas mais gravosas do capitalismo, chutava para canto, com o argumento de que tal não vinha ao caso. Afirmar que o capitalismo era inevitável é capaz de ser uma ideia demasiado arrojada e totalitária, tendo em conta que os caminhos – o processo -podiam bem ter sido outros. Aliás, ainda hoje existem sociedades que não funcionam dentro dos parâmetros expostos pela senhora. Sobre a inexistência do capitalismo, convinha que Valupi, explicasse bem essa sua ideia.

    PS. por não falar inglês recorri a tradução do Google, aceitando que possa não ter entendido tudo devidamente.

  5. que interessante a forma como ela explicou tudo simplificando o que é complexo: o capitalismo abraça a microeconomia, imprescindível para que cada grupo social viva, utilizando sempre por base o princípio do utilizador-pagador e a responsabilidade partilhada. este princípio também faz viver o estado social – assim como o indivíduo, em última análise, perante as externalidades. está tudo ligadinho. e é aí, por omissão, que o capitalismo infalível, infalível porque não existe na sua impossibilidade na civilização, falha. hoje já não consigo explicar melhor.

  6. sim , este capitalismo abraça imenso a microeconomia. abraça-a tanto que a estrangulou e converteu todos em assalariados meio escravos.

    a senhora deve querer referir-se ao distributismo, esse sim , baseado na microeconomia e na pequena propriedade e cooperativas. um sistema onde blackrocks e vanguard não poderiam existir.

    a seguir vem o vídeo a tecer loas à globalização do monstro?

  7. JA, provocaste em mim uma irreprimível vontade de ver o vídeo. Ainda que para uma boa gargalhada nunca me falte o prestimoso contributo do burgesso recauchutado Milhazes, do caga-mísseis Rogeiro ou do bimbo-general Isidro Morais Pereira, a cavalo dado não se olha o dente. O capitalismo d’après la garina que o Valupi descobriu a jogar ao bilas com o camarada Tucídides deve ser um fartote. Vou já tratar das pipocas!

    Post scriptum — Se me frustrar as expectativas, vou exigir o Livro de Reclamações. Se não houver, o Valupi que se prepare para prestar contas à ASAE.

  8. Safaste-te da ASAE, Valupi. O simplismo vigarista com que esta feirante quântica de terceira nos tenta impingir missangas como rubis e esmeraldas é genuinamente hilariante, já ganhei o dia. E a elegantérrima subtileza paquidérmica com que contrabandeia subliminaridades everésticas reforça com eficácia o potencial humorístico da bosta: “Capitalism is pure genius!”, garante a garina, sem se rir. E, com o freio nos dentes, acrescenta logo de seguida: “Capitalism is a system that combines markets with governing rules to efficiently distribute resources.” É realmente o que o capitalismo faz melhor: “EFFICIENTLY DISTRIBUTE RESOURCES.”

    E o que dizer da elegância não menos paquidérmica com que exagera um British accent pretensioso, surgido de lado nenhum, dado que nasceu, estudou e se formou na Alemanha e fez depois carreira em universidades e outras instituições dos Estados Unidos, Canadá e Suécia, com o Reino Unido completamente ausente do currículo?

    Pois é, merda fina é outra coisa, mas, tão certo como eu me chamar Joaquim, em verdade vos digo que merda é merda e há-de sempre cheirar a merda, não há volta a dar-lhe.

  9. Joaquim Camacho,
    O que eu estranho é ver o sr. Valupi tomar como seus estes exemplos tão básicos, ao mesmo tempo que, em discussão com Niet, perora com tanta erudição, sobre Marx e Engels acerca do manifesto do partido comunista! Há dias ouvi de um americano que me pareceu bem informado que os neoliberais e os neoconservadores que pululam pela Administração são ex-esquerdistas – trotskistas – recauchutados! Serão?

  10. podemos observar ao vivo como os ogres se apoderam de tudo e com a complacência dos que tinham obrigação de nos “proteger” no florescente mercado de artigos, sobretudo roupa, em 2ª mão : tendo os jovens , e não só, aderido em massa a apps como a vinted para comprar e vender entre particulares , já os ogres se perfilaram para abocanhar o “negócio” abrindo secções de artigos em 2ª mão nas suas lojas.
    é assim com tudo, os particulares inventam para se desenrascarem , os do “negócio” apropriam-se do criado para lucrarem ainda mais.

  11. JA,
    A erudição, ou “erudição”, nos tempos que correm, é frequentemente filha da copypastagem e torna-se por vezes difícil distinguir uma da outra. Daí talvez o facto de inesperados “exemplos básicos” nos deixarem de boca aberta de espanto.

    Quanto à questão dos ex-esquerdistas recauchutados da América, li há alguns anos análises sobre o assunto, inclusivamente com nomes e currículos, mas não os tenho presentes na cachola. Lembro-me que os neocons mais influentes, nomeadamente na era Bush, eram os mais afectados pelo abençoado fenómeno e a matriz era principalmente maoísta, mas também havia trotskistas recauchutados, sim senhor. Enfim, matrizes e meretrizes não faltam por lá. Por cá também tivemos trampa recauchutada do mesmo calibre, como o Durão Burroso, mas este teve mais a ver com dinheirinho e uma absoluta falta de escrúpulos e vergonha na cara. No caso dos americanos, ainda que longe de menosprezarem o pilim, havia apesar de tudo, tanto quanto percebi, uma forte carga ideológica e geostrategicamente fundamentada, a tal história da “nação indispensável” e coiso e tal.

  12. Joaquim Camacho,
    A imbrincação entre trotskismo e neoconservadorismo é uma questão que ocupa zero espaço nas minhas preocupações; pela minha parte já não dou para esse peditório da querela ideológica pura. Hoje procuro algum pragmatismo, que a vida já se me faz curta. Acontece que sempre me fizeram confusão alguns “alinhamentos” do sr. Valupi. Ora, os seus diálogos com o sr. Niet, vieram fazer luz sobre essas suas posições: hoje percebo-o melhor! Explica-se, assim, o sentido do meu comentário anterior. Se achar que vale a pena, dê uma vista de olhos sobre artigo da folha de S. Paulo, acerca da génese da ligação, em https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1310200209.htm

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