23 thoughts on “Começa a semana com isto”

  1. bem, falaciosos vão falaciar.
    e isso da racionalidade, tudo muito bem, mas não implica que temos acesso a todas as variáveis relevantes (já pra não falar da capacidade para as processar, mas passando ao lado disso agora) da equação para a qual temos de encontrar a “melhor” resposta? e nem sequer falo de acesso aos “valores” dessas variáveis, falo mesmo de sequer sabermos quais são!
    é que senão um apelo generalizado à racionalidade não passará de um facilmente reacionário “facts don’t care about your feelings”, ou não?
    bem, acho que estava mais interessado em discutir o que nos faz “escolher” essa tal da irracionalidade, mas se calhar lá vou ter mesmo que ver o video antes de escrever o próximo comentário.
    alguém que já tenha visto me pode adiantar se ele aplica ou tenta aplicar algum principio de racionalidade à manutenção de um sistema económico capitalista?
    é pra um amigo

  2. não , não aplica de certeza…nem ele , nem o harari. estão ambos extremamente contentes com o capitalismo e com o pós pós pós modernismo. o harari até está desejando a era do pós humano , mentes em máquinas, tal o desconforto que sente como seu corpo e homossexualidade.
    aumentar a racionalidade para ganhar mais dinheiro , deve ser a tese dele -:)

    “Os bons anjos da nossa natureza: Por que a violência diminuiu” do pinker é o equivalente a “Sapiens – História Breve da Humanidade De animais a Deuses” do estafermo harari.

    depois temos ‘O Despertar de Tudo’, David Graeber e David Wengrow… para contrapor aos outros dois , valha-nos isso.

  3. Só vi 15 minutos. Mas pelo que ouvi (e li)….
    O Senhor Valupi, talvez por hoje ser o Dia Mundial do Teatro, criou este post como se fosse uma “cena de rua” brechtiana (visando espoletar um debate sobre a exploração do homem pelo homem ), à semelhança da sua excelente Dominguice do dia 26 de fevereiro em que um “homem junto â porta do prédio deu um estalo na mulher que ia a passar”. Se não foi esse o propósito fico até a pensar que está a promover aquele senhor para substituir o senhor Jacques Rodrigues na imprensa dita cuja, que divulgou durante muito tempo informação prestável, alguma muito prestável, omissa noutros setores da imprensa – até no Ensino. O senhor Jacques Rodrigues já devia ter sido alvo de uma condecoração valente pelos serviços prestados pelas suas revistas. Não fizeram mal a ninguém. Agora está metido em embrulhadas.

    Aquele senhor afirma que a fome é menos comum do que noutros tempos. Tenho dúvidas. Muitas dúvidas.

    “(Famines) occur because of wars and revolutions”
    Não conhecia esta. As guerras e revoluções causam fome?! Nunca me passou semelhante coisa pela cabeça. Grande Pândita.
    É muito provável que mais à frente ele tenha tomates para revelar outras causas da fome.
    Não sei se vou continuar a ouvi-lo.

    (Se alguém não souber o que é uma “cena de rua” de Brecht, tenho aqui um livro sobre isso, é só copiar)

  4. Cá está a fonte onde Valupi foi beber a sua última “Dominguice”! E eu a pensar que era original!
    Cá por mim só gostava que me explicasse, em linguajar coloquial, se pretende “acabar com a raça” daqueles que elegeu como os “maus”. E, se é esse o seu objectivo, conte-me lá, se lhe passa pela cabeça que os ditos cujos que tanto abomina poderão, com a mesma legitimidade, pensar o mesmo de nós, os “bons”! Ou, não conhece o adágio de que “quem vai à guerra dá e leva!”? Ou pensa que a nossa “tribo”, o dito “ocidente alargado” só pode ganhar?! E se não ganhar? E se a Ucrânia perder ainda mais?! Vai conseguir dormir bem, sabendo que tem ajudado a espalhar gasolina num incêndio cada vez mais incontrolável? Não lhe pesará na consciência os milhares de mortos que daí advirão? E quais as suas objeções à procura de soluções diplomáticas paro o diferendo? Onde mora a racionalidade que tanto apregoa?! Pense nisso, se for capaz, homem… Deixe-se de maniqueísmos!

  5. se ontem andava às voltas em fazer a ponte entre a inteligência emocional, como um traço de personalidade, e satisfação vital, hoje – e depois de consumir este discurso excelente -, está tudo muito claro: tive de pensar em transtorno de personalidade para aferir a inteligência emocional, ou seja, tive de agarrar numa espécie de inferência bayesiana para perceber que somos, também somos, determinados pelo padrão de pensar e sentir e agir (personalidade) para que possamos pensar e reflectir e analisar (racionalidade). bem visto, a nossa identidade é esse equilíbrio que reflectimos no mundo. adorei.

  6. Já o disse mais do que uma vez, mas nunca é de mais: o americano vulgar é burro e ignorante, mas, graças a Deus, o americano educado e sofisticado é exactamente ao contrário, ou seja, é ignorante e burro. E tu não te cansas de provar que tenho razão. Este caramelo não sabe sequer que a pólvora não foi descoberta por ele, mas sim pelos chineses, há bué da séculos, e passa uma hora e 20 minutos a desbobinar banalidades muito bem explicadinhas, como se redescobrisse a pólvora e reinventasse a roda, para deslumbramento de basbaques descabeçados ansiosos por ser deslumbrados.

    Para começo de conversa, respondendo à sua própria pergunta “Why rationality matters?”, diz que é porque ajuda a explicar fenómenos que documentou nos seus DOIS LIVROS ANTERIORES: “The Better Angels of Our Nature: Why Violence Has Declined.” What? WHAT!!!??? Violence has declined? When? Where? Fauda-ce! Um gajo fica logo mortinho por ouvir o resto da iluminância! Vou ali perguntar à minha querida almofada se está de acordo… Não? Ela diz que não. E quem sou eu para contrariar a minha almofada querida, que faz o sacrifício de ir comigo para a cama todos os dias? E daí pergunto: “Why fidelity of pillows matters?” E respondo sem hesitação e com admirável profundidade: “Because!” Capisce?

  7. O mundo da racionalidade é o das pessoas que aplicam as suas capacidades em inventar coisas, fabricá-las e vendê-las. Este conjunto de atividades é o mercado, que é o espaço não só da racionalidade como da liberdade. É este mundo que ganha, que domina e que, inevitavelmente, oprime.

  8. Street pooping is a thing in California whereas India is open defecation free

    cagar na rua , god , a nova moda da racionalidade americana -:) -:) quando pensamos que já vimos tudo , alguém nos desengana. omg

    Street pooping is a thing in California whereas India is open defecation free

  9. the issue appears to be related to the city’s struggle to accommodate its homeless population amid skyrocketing rent prices and a decreasing supply of affordable housing.

  10. Metamerdosos, Tipos que passam o dia a dizer merda e a encher o blogue de merda incomodados com a merda dos outros, provocando, em quem os “lê”, o efeito que dizem sentir. Eheh
    Antónimo perfeito dos mete-nojo por superação de desqualificações.

  11. metavaidosos ou enamorados da sua pseudo sapiência “O intelectual é um urubu/ que se julga vestido/ mas que está nu/ com uma pena de pavão/ enfiada/ no cu”,

  12. Vá lá, uma quadra para alegrar os metamerda da nova ordem.

    “Cara al sol con la camisa nueva
    Que tú bordaste en rojo ayer,
    Me hallará la muerte si me lleva
    Y no te vuelvo a ver.”

  13. uma quadra para entristecer os trogloditas enfatuados da velha desordem mundial :

    o te untaré mis obras con tocino
    porque no me las muerdas, Gongorilla,
    perro de los ingenios de Castilla,
    docto en pullas, cual mozo de camino;

    apenas hombre, sacerdote indino,
    que aprendiste sin cristus la cartilla;
    chocarrero de Córdoba y Sevilla,
    y en la Corte bufón a lo divino.

    ¿Por qué censuras tú la lengua griega
    siendo sólo rabí de la judía,
    cosa que tu nariz aun no lo niega?

    No escribas versos más, por vida mía;
    aunque aquesto de escribas se te pega,
    por tener de sayón la rebeldía.

  14. there is enough treachery, hatred violence absurdity in the average
    human being to supply any given army on any given day

    and the best at murder are those who preach against it
    and the best at hate are those who preach love
    and the best at war finally are those who preach peace

    those who preach god, need god
    those who preach peace do not have peace
    those who preach peace do not have love

    beware the preachers
    beware the knowers
    beware those who are always reading books
    beware those who either detest poverty
    or are proud of it
    beware those quick to praise
    for they need praise in return
    beware those who are quick to censor
    they are afraid of what they do not know
    beware those who seek constant crowds for
    they are nothing alone
    beware the average man the average woman
    beware their love, their love is average
    seeks average

    but there is genius in their hatred
    there is enough genius in their hatred to kill you
    to kill anybody
    not wanting solitude
    not understanding solitude
    they will attempt to destroy anything
    that differs from their own
    not being able to create art
    they will not understand art
    they will consider their failure as creators
    only as a failure of the world
    not being able to love fully
    they will believe your love incomplete
    and then they will hate you
    and their hatred will be perfect

    like a shining diamond
    like a knife
    like a mountain
    like a tiger
    like hemlock

    their finest art

  15. ¿Qué hay de nuevo?… Tiembla la Tierra.
    En La Haya incuba la guerra.
    Los reyes han terror profundo.
    Huele a podrido en todo el mundo.
    No hay aromas en Galaad.
    Desembarcó el marqués de Sade
    procedente de Seboim.
    Cambia de curso el gulf–stream.
    París se flagela de placer.
    Un cometa va a aparecer.
    Se cumplen ya las profecías
    del viejo monje Malaquías.
    En la iglesia el diablo se esconde.
    Ha parido una monja… (¿En dónde?…)
    Barcelona ya no está bona
    sino cuando la bomba sona…
    China se corta la coleta.
    Henry de Rothschild es poeta.
    Madrid abomina la capa.
    Ya no tiene eunucos el papa.
    Se organizará por un bill
    la prostitución infantil.
    La fe blanca se desvirtúa
    y todo negro continúa.
    En alguna parte está listo
    el palacio del Anticristo.
    Se cambian comunicaciones
    entre lesbianas y gitones.
    Se anuncia que viene el Judío
    errante… ¿Hay algo más, Dios mío?…

  16. The second coming

    Turning and turning in the widening gyre
    The falcon cannot hear the falconer;
    Things fall apart; the centre cannot hold;
    Mere anarchy is loosed upon the world,
    The blood-dimmed tide is loosed, and everywhere
    The ceremony of innocence is drowned;
    The best lack all conviction, while the worst
    Are full of passionate intensity.

    Surely some revelation is at hand;
    Surely the Second Coming is at hand.
    The Second Coming! Hardly are those words out
    When a vast image out of Spiritus Mundi
    Troubles my sight: somewhere in sands of the desert
    A shape with lion body and the head of a man,
    A gaze blank and pitiless as the sun,
    Is moving its slow thighs, while all about it
    Reel shadows of the indignant desert birds.
    The darkness drops again; but now I know
    That twenty centuries of stony sleep
    Were vexed to nightmare by a rocking cradle,
    And what rough beast, its hour come round at last,
    Slouches towards Bethlehem to be born?

    Yeats

  17. Qué es la Libertad? …podéis decir
    igualmente, qué es la esclavitud…
    Porque su verdadero nombre ha crecido
    hasta un eco de vosotros mismos.
    Es trabajar para un sueldo que
    sólo os permita tirar adelante en vuestros hogares
    en el día a día, como en una celda,
    dejando que los tiranos disfruten todos los placeres de la vida.

    Así para ellos aceptáis la sumisión
    telar y arado y espada y pala,
    queráis o no, os curváis
    para su defensa y alimento.
    Es ver a vuestros débiles hijos
    con sus madres languideciendo y sufriendo,
    cuando los vientos invernales son melancólicos…
    vuestros hijos están muriendo mientras hablo.
    Es codiciar por una comida
    que el hombre rico en su jolgorio
    arroja a los rollizos perros que
    se atiborran bajo su mirada;
    es dejar que el Fantasma del Oro
    tome del Trabajo mil veces
    más de lo que podría su riqueza
    en las tiranías del pasado.
    Los billetes… esta falsificación
    de títulos de propiedad, a los que
    atribuís algo de valor
    de la herencia de la Tierra.
    Es sentirse esclavos por dentro
    y no tener un control firme
    de la propia voluntad,
    ser como a uno le hacen los demás.
    …………..
    Humanos, levantaos como los leones
    después de un sueño profundo
    en un número invencible,
    dejad caer al suelo vuestras cadenas,
    que durante el sueño se hayan posado
    sobre vosotros, como el rocío.
    Vosotros sois muchos, ellos son pocos.

    Shelley , LA MÁSCARA DE LA ANARQUÍA

  18. Não és os outros

    Não há-de te salvar o que deixaram
    Escrito aqueles que o teu medo implora;
    Não és os outros e encontras-te agora
    No meio do labirinto que tramaram
    Teus passos. Não te salva a agonia
    De Jesus ou de Sócrates ou o forte
    Siddharta de ouro que aceitou a morte
    Naquele jardim, ao declinar o dia.
    Também é pó cada palavra escrita
    Por tua mão ou o verbo pronunciado
    Pela boca. Não há pena no Fado
    E a noite de Deus é infinita.
    Tua matéria é o tempo, o incessante
    Tempo. E és cada solitário instante.

    Jorge Luis Borges

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *