25 thoughts on “Começa a semana com isto”

  1. tão lindo, adoro, adoro, adoro, segurança feita de confiança e cumplicidade e protecção e carregadinha de beijos musicais. !ai! que descobri que sou uma égua cadela, Valupi :-)

  2. «Suspeito que nunca passaste sequer a mão pela quinta perna aveludada de um cavalo.», nem mais CAMACHO! E gostaste, diz aqui prá gente…

  3. Vou “à bola” com tudo o q seja música de culto. Não gosto de bandas que enchem estádios. Tenho um artista que para mim é genial, Bryan Ferry. Conheço tudo o que há para conhecer de Roxy Music e o trabalho dele a solo. Permite me mostrar te a interpretação dele de Amazing Grace https://youtu.be/oZJ1Hi3Xne4

    Adoro harmónica, belo instrumento. Ele próprio numa fase mais “americanazada ” serviu se muito dela, juntamente com os outros instrumentos como podes ver aqui
    https://youtu.be/554R4YhXm3U

    https://youtu.be/8nbqNdsqywc
    este último vale a pena ouvir pela qualidade musical do guitarrista Oliver Thompson (q erradamente pensava q era filho do Paul Thompson, baterista.) Para mim as interpretações dele são muito melhores do q os originais

  4. Gosto da do Oliver Thompson. A interpretação do Amazing Grace é interessante, mas parece-me perder um bocado de alma em relação ao original, o que não é o caso do “velhote” da harmónica lá de trás, que, à falta da alma original, lhe injecta outra, a sua, além da da própria harmónica.

    O Brian Ferry nasceu no meu ano (fui à Wikipédia), mas a minha onda andou mais por outros lados: Shadows, depois Beatles, Rolling Stones, etc. Mas sou muito ecléctico em termos de música. Lembro-me de há muitos anos, no antigo Centro Comercial de Alvalade, ter um dia ficado pregado ao chão, à porta de uma loja de discos, com “The Tao of Love”, de Vangelis, de quem nunca tinha ouvido falar:

    https://youtu.be/ZXRmy0dhZVE

  5. Obrigado pela partilha. Sobre Vangelis percebo a razão de ficares siderado (pela positiva) com essa música exótica. Também me aconteceu ao ouvir muitas das sonoridades do filme Blade Runner, compostas por Vangelis. É engraçado que há uma música no filme Alexandre o Grande também composta por esse grupo.
    Sobre “the piano has been drinking” também gostei!

    Sobre essa música dos Roxy, eu adoro os clássicos e essa sem dúvida que faz parte desse conjunto tal como “more than this”; avalon; slave to love; dance away (que é um poema lindíssimo, uma história lindíssima! Lê só este primeiro conjunto de versos

    Yesterday, well it seemed so cool
    When I walked you home, kissed goodnight
    I said “it’s love” you said “all right”
    It’s funny how I could never cry
    Until tonight and you pass by
    Hand in hand with another guy
    You’re dressed to kill and guess who’s dying?
    Dance away the heartache
    Dance away the tears
    Dance away

    Ele está me sempre a dar ensinamentos. Há uma música dum álbum que retrata o auge da época do jazz “as time goes by” que se chama “when your when” deu me a a explicação de uma parte do livro “educação sentimental ” ainda na fase do amor derradeiro de Frederic em que ele diz que já tinha conhecido essa mulher mesmo antes de a ter conhecido, através de um sonho que idealizava o amor perfeito. A música está aqui e da me a tua opinião, se tiveres tempo.
    Todas as interpretações desse álbum são fabulosas. Aconselho

    https://youtu.be/ZZAj2_FgZrI

  6. Esqueci me de te dizer, és um gajo novo, um jovem! Vens aqui dar luta como se tivesses 20 anos, gabo te o espírito ?

  7. “Where or When” é linda, Eduardo. Quanto a “Blade Runner”, foi e continua a ser um dos meus filmes preferidos. O questionamento do que significa ser humano, o verificar que aqueles seres “engenhariados” chamados replicants podiam ter mais de humanos do que os humanos propriamente ditos se gabam de ser. O desejo de uma vida sem fim programado, o simples desejo de viver, ver, sentir, gostar, amar. O amor à vida em si, à vida em abstracto, mas também a uma vida em concreto, que se manifesta numa das cenas finais, quando o replicant Rutger Hauer salva a vida do tipo que o quer matar, e que minutos antes ele tentava matar também, o blade runner Harrison Ford. Salva-lhe a vida, preserva uma vida, só porque de vida se trata, e por isso preciosa. E fá-lo fazendo uso do seu livre-arbítrio, uma das mais humanas características dos humanos (passe o pleonasmo). Fá-lo quando, e porque, pressente o fim da sua própria vida, o vazio, o não-ser, a inexistência, que no caso de um replicant se resume ao fim do “prazo de validade”. Prazo de validade decidido pelo fabricante, o “criador”, que a criatura replicant procura desde que tomou consciência de si, para melhor perceber o mistério da sua própria existência, o que é, porque passou a ser e o que pode ainda vir a ser. A fome de livre-arbítrio, a exigência de livre-arbítrio, a recusa de um qualquer determinismo que um qualquer “criador”, no caso um engenheiro, engenhariou, desenhou para ele. Até a morte do criador, pela mão da criatura, é alegórica. Chiça, haverá coisa mais humana do que isto, a procura de um sentido para o que se é, o que se vê, o que se sente, o que se imagina, o que se pressente? Nós, humanos, criaturas à procura do nosso próprio criador, recebermos tal lição de criaturas por nós criadas (engenhariadas) à nossa imagem e semelhança é de uma ironia e lucidez geniais.

    Post scriptum — Até ganhei uma paixoneta pós-adolescente, ou melhor, pós-pós-pós-pós-adolescente, pela Sean Young, a replicant sem prazo de validade que não sabia que o era e juntou os trapinhos com o Harrison Ford no fim do filme. Faz um papel fabuloso, naquele misto de fragilidade/força que é uma das coisas mais comoventes nos humanos. Cheguei ao ridículo de mandar imprimir, num laboratório fotográfico, uma foto 60×50 dela, que colei numa placa de cartão prensado e ainda tenho cá em casa, em grande parte descolada, encarquilhada e rasgada, mas que recuso deitar fora. Eu sei que é ridículo, mas o que é que queres, aquela coisa degradada faz parte de mim. Quanto à “juventude”, amigo Eduardo, confesso-te que, de cada vez que faço anos, só me dá vontade de rir. Eu sei que é coisa de maluco, o “normal” seria talvez pensar que foi mais um que passou e menos um que irei passar, e “angustiar-me” com isso, mas não estou para aí virado. O que tive foi bom, incluindo o mau e o péssimo sempre incluídos no pacote, e ninguém mo pode tirar. O que estiver por vir, muito ou pouco, é lucro extra, mais-valia, e ainda por cima não paga IRS. Como um dia disse, ou dizem que disse, a insigne filósofa Lili Caneças: “Estar vivo é o contrário de estar morto.” E espero para mim o que os soldados de Monsieur de La Palice (ou Palisse, se preferires) cantaram dele, com orgulho, depois da batalha que o matou: “Un quart d’heure avant sa mort, il était encore en vie” (há controvérsia sobre o que verdadeiramente foi dito, ou escrito na sua lápide, mas eu opto por esta versão).

    A foto da Sean Young/Rachel a que me refiro é esta:

    https://images.app.goo.gl/zGTCRzMUYFq9HZgL8

    Diz-me lá que não é linda! Diz-me lá que não é bela a vida!

  8. Parabéns pelo texto, concordo com tudo o q disseste sobre o filme. São os filmes que nos “acrescentam” que vale a pena serem vistos (e caramba como ha tantos). E os que exploram a complexidade humana oferecem nos múltiplos entendimentos sobre a vida, e Blade Runer dá nos essa lição valiosissima que apresentaste.
    A atriz é belíssima (sobretudo?) por aparentar ser “simples “.
    Fizeste me lembrar esta crónica que li há algum tempo de um escritor que embora as desvalorize (creio que por vaidade) têm uma qualidade superior.
    https://visao.sapo.pt/opiniao/a/antonio-lobo-antunes/2018-04-25-tocar-lira-antes-de-morrer/?amp=
    Vale a pena tocar lira antes de morrer, claro que sim.
    Deixo te só mais uma ultima música que também vai ao encontro do que falamos aqui. Nao te chateies por estar sempre a falar deste gajo (talvez conheças o filme)
    https://youtu.be/BDtZl04-wpc

  9. Lembro-me bem desse filme, com o John Travolta, que de idiota da aldeia passa a génio num fósforo, quando um meteorito, uma nave extraterrestre ou seja lá o que for explode junto dele e o atira pelos ares, desmaiado. Quando recupera os sentidos, começa a revelar inteligência de génio, memória de manada de elefantes e interesse por tudo e mais um par de botas, da política nacional à internacional, da biologia à astronomia e astrofísica. Paralelamente, pode finalmente dar bom uso às qualidades que previamente já tinha de empatia pelos outros, vontade de ajudar toda a gente, aquele género de qualidades que todos gostaríamos de encontrar em amigos, conhecidos e resto de habitantes do planeta (sem esquecer os que conjunturalmente habitam a Estação Espacial Internacional). Inevitavelmente, engata a miúda mais gira da aldeia, que acumula looks com brains, e a vida corre-lhe às mil maravilhas até começar a sofrer uns desmaios e crescentes dores de cabeça que, pressionado pela namorada, o levam ao médico. Diagnóstico: fosse lá o que fosse que naquele dia o atirou pelos ares, provocou-lhe um tumor cerebral que desencadeou um processo imparável de aumento de ligações sinápticas, explicação para o crescimento em progressão geométrica de inteligência e memória. De acordo com o diagnóstico, o tumor não parará de crescer até lhe rebentar com o cérebro e o resultado final será a morte. Em alternativa, poderá ser tentada uma operação de extracção de resultado incerto, sendo que, em caso de sucesso, terá provavelmente uma longa vida pela frente, mas voltará a ser estúpido como antigamente. Conclusão: o nosso amigo Travolta opta por morrer, mas morrer inteligente. The end.

    De volta aos vintage:
    https://youtu.be/OeP4FFr88SQ

  10. Confesso que não vou muito à bola com o Lobo Antunes. É um umbiguista, com um ego do tamanho da Torre Eiffel, livros e crónicas pouco mais são do que exercícios onanistas de exposição da excepcional criatura que em si próprio vê (?), ou quer que outros vejam. E chateia-me o seu ressabiamento com José Saramago, uma inveja mesquinha que não perde uma oportunidade para mostrar, mesmo com o outro morto há um porradão de anos. Em entrevistas televisivas ou radiofónicas, adivinho quase tudo o que vai dizer, antevejo-lhe nos intróitos o disparo final, o “lampejo de génio” que deixará o entrevistador/interlocutor abismado. Lembro-me também de, há alguns anos, ele se gabar de que escrevia em torrente, que nunca relia nem retocava o que lhe saía dos dedos e da mona, pelo que podes imaginar a minha surpresa quando li, na crónica da ‘Visão’, isto:

    “Escrever é sobretudo corrigir, emendar, tornar a fazer mas de modo a que o leitor não se aperceba do sangue que o autor suou até conseguir aquilo. Se o leitor der conta das infinitas emendas, das infinitas correções, das infinitas hesitações cansa-se da prosa.”

    Concordamos numa coisa: o homem é vaidoso. Sorry.

  11. Eu gosto dessa parte do texto, escrever é muito suor e trabalho, por isso é q te admiro e ao Valupi.
    Só li um livro dele que acho que se chama ” auto dos danados”. É um pequeno livro dividido em três capítulos com algumas histórias de personagens interessantes de um Portugal parecido ao que encontrei em hóspede de job de Cardoso Pires. Falo te deste autor pela razão que num livro q acho q deveria ser obrigatório para todos os.medicos “Valsa Profunda” o irmão Lobo Antunes psiquiatra escreveu um.prefacio excelente.
    Sobre o António Lobo Antunes acho q tens razão, mas uma.coisa é a obra outra a personalidade. Não gosto de misturar. Eu como sou um ignorante não falo sobre nada por que não conheço a obra nem a pessoa
    Mas.tambem me parece um homem muito vaidoso e um bocado arrogante ??

    Quando gosto de me informar sobre um tema venho a este blogue e no motor de busca pesquiso pelo respetivo. Achei muita piada a este texto sobre ele (o primeiro)
    https://duas-ou-tres.blogspot.com/search?q=Lobo+antunes&m=1

  12. A história do filme faz me lembra um ou dois episódios de uma serie que se chama Dr. House. Eu não vejo muitas séries, e quando as vejo prefiro as mini series. Mas Dr house. Damm, que coisa bem escrita! Nessa série ele tem acesso a todo o seu subconsciente, e é impressionante o q ele descobre sobre ele próprio .
    Adorava ser um “subordinado” do Dr house

  13. Li dois livros do Lobo Antunes, “Memória de Elefante” e “Os Cus de Judas”, há uma carrada de anos, e não tenciono ler mais. O pai de uma grande amiga minha era da marinha mercante e fazia, por vezes, viagens a Angola. Conta a minha amiga que a irmã mais nova, na altura talvez com três ou quatro anos, quando o pai informava mulher e filhas de que ia a Angola, repetia, orgulhosa, deixando os pais e a irmã com os cantos da boca encostados às orelhas: “O pai vai prà Enrola.” Assim vejo o Lobo Antunes e os relatos onanistas da sua experiência angolana: o gajo enrola, enrola… e chateia. Pelo menos a mim, que também lá malhei com os cornos, chateia.

  14. a partir da morte de carlos gardel deixei de o ler , enreda-se em metáforas e uma pessoa perde-se.
    tenho uma série de livros autografados…disse que era a 1ª vez que alguém o reconhecia , nunca lhe tinha acontecido. ficou todo contente.
    a explicação dos pássaros é dos meus preferidos. fado alexandrino é um pincel. o auto dos danados é giro.

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