Cavaco passou o mês de Fevereiro de 2011 a ouvir as personalidades mais relevantes para a política nacional e a preparar a sua intervenção na tomada de posse. Sabia que o Governo estava a negociar uma solução com a Alemanha e com os parceiros europeus que até tinha gerado um título na imprensa que deixou a direita partidária a espumar-se de raiva: “FMI já não vem”. Por estas exactas razões, quando decidiu atacar o Governo explorando o tema dos “sacrifícios” e apelando à revolta popular estava a antecipar-se ao anúncio iminente, por dias, do PEC IV.
Cavaco e Passos poderiam ter atendido à racionalidade óbvia daquele momento, onde o interesse nacional obrigava a aprovar o plano acordado com a Europa para tentar escapar ao resgate. Poderiam ter esperado pelo Orçamento de 2012 para derrubarem os socialistas, mas aí num contexto onde continuaria a ser viável manter a soberania. Ou poderiam ter esperado ainda mais, que o Governo provasse ter a capacidade de encontrar e concretizar as melhores soluções numa conjuntura de emergência pátria e caos político europeu. Não o fizeram por uma única razão: temiam que Sócrates vencesse o Adamastor da crise. Nos seus cálculos rapaces, ver o Governo a chegar à elaboração do Orçamento para 2012 sem quebrar e com o apoio da Europa, quiçá da China e do Brasil, tornaria cada vez mais difícil a golpada para interromper a legislatura.
Ter agora Portugal nas mãos de um desqualificado irrecuperável como é Passos, cujo braço-direito é esse farrapo de seu nome Miguel Relvas, e ambos a servirem de lacaios para um economista fanático e com asco aos políticos e à política, tem uma história, uma lógica e uma moral. Estas: Cavaco, Cavaco e Cavaco.
O desqualificado do Passos agora até à tropa quer tirar 30%.
O Otelo já se pronunciou, um 25 de Abril sem cravos, só falta meio ano!
O Passos ainda vai entrar no Chaimite, ai vai,vai!
Nem mais!