A verdade é a de que o PSD surge, neste momento, como um partido indigno, sem vergonha, canalha. Apostou tudo numa campanha de assassinato de carácter, de suspeições, de medo, de anulação da política enquanto exercício de elevação cívica e de inteligência para o bem comum. É uma desgraça, pois atinge muita gente que tem tido muitas responsabilidades públicas e sociais ao longo de muitos anos. O que o PSD faz, manipulando faixas da opinião pública – cultural e cognitivamente fragilizadas – com torpes e canhestras mentiras, é uma patifaria.
Já no PS, é óbvio que qualquer indício de falha grave em Sócrates seria imediatamente transformado em afastamento e substituição da liderança. Foi isso que se viu nesta legislatura, com constantes manifestações de divergência, oposição, e até dissidência interna, por parte de algumas figuras socialistas de referência. Estas mesmas pessoas, que representam muitas mais, estão nesta campanha ao lado de Sócrates, e mantêm intacta a sua independência. Isto, infeliz e tragicamente, é uma lição para o PSD. Mas, feliz e gloriosamente, é uma garantia de liberdade para Portugal.
estava a ler as notícias e eis que surge mais uma pérola da velha: “Em declarações à Rádio Renascença, Ferreira Leite afirmou não ver razões para deixar a presidência do PSD, mesmo em caso de derrota no próximo acto eleitoral, uma vez que «estou a fazer o meu trabalho, a conseguir o meu objectivo. Se não o conseguir, foram os portugueses que não o quiseram».”
Mais fome de poder que vontade de servir.
Valupi,
exactamente, desde aquela reunião magna que foi a “fonte luminosa”, sob a qual, fora o pcp e adidos, estava o país inteiro sob a protecção do guarda-chuva do PS, que este partido é o equilíbrio da Democracia e o garante da Liberdade em Portugal. O resto são variantes de mais ou menos ou total asfixia, sob a bandeira das mais ou menos amplas liberdades.
Apetece completar com um velho ditado: “Quem com ferros mata, com ferros morre”
O PSD tentou concretizar um assinato de carácter ao Socras e ao PS. Acabou por sofrer uma estocada mortal com a queda do Lima.
Coisas do dia-a-dia
Num tempo ido numa aldeia deste Portugal fez-se um evento que consistia numa corrida tipo a Lebre e o Sapo-concho.
Esta prova era efectuada por dois participantes durante quinze dias, o primeiro a chegar era o vencedor, num terreno bastante sinuoso e de difíceis acessos. No entanto os dois concorrentes acordaram com estas condições e propuseram-se respeitar as normas estabelecidas.
O Sapo-concho sabia de antemão as dificuldades e truques com que ia deparar, mas mesmo assim ia jogar com essas adversidades, arriscando tudo por tudo. Tinha a percepção que do outro lado estava-se a cozinhar algo, assim como o principal árbitro era afecto a essas hostes, que no seu trajecto iam pôr todos os obstáculos para o derrubar.
A Lebre quando soube do percurso regozijou-se e de antemão começou a cantar vitória desprezando o adversário, confiava nas suas capacidades e desde logo começou a inventar um sem números de coisas. Que o passado do Sapo-Concho era mau, que atropelava tudo e todos no seu andamento, que eram favas contadas, por isso tinha tempo de começar a sua prova, para este adversário não era preciso grande esforço e beneficiava da simpatia do principal árbitro.
Lá ia o Sapo-Concho no seu passo lento ciente das suas possibilidades e constantemente a ser apedrejado quer da direita e da esquerda, mas como a sua pele é dura resiste a tudo isto, não se importando com estas atrocidades e admirado com a falta de fair-play tanto do adversário como do árbitro principal. Sabe que melhores dias vêem e pode ser que de um momento para o outro haja um volte-face.
A Lebre ao ter conhecimento desta situação fica satisfeita e também contribui para que ela tenha mais efeito e diz aos seus aficionados para cada vez o apedrejar mais, porque ele está a resistir a tudo e a todos. Continua convencida que com o seu passo o há-de apanhar a qualquer momento.
Os dias vão passando o Sapo-Concho continua com dificuldades o terreno cada vez é mais difícil e torna-se custoso. Dá pena ver a sua caminhada, é só pedradas e mais pedradas, que triste é ter de concorrer nestas condições, olha para trás e vê a aproximar-se a Lebre. Fica pensativo como é possível depois de todo este esforço! As pedradas são cada vez maiores, mas milagre dos milagres, a maior pedrada que lhe queriam atirar foi acertar na Lebre, esta rebolou e caiu inerte. Os seus aficionados vieram logo em seu auxílio e protestavam que a corrida estava inquinada, que o árbitro principal tinha de tomar medidas, as regras deviam de ser cumpridas. Não se lembravam do que tinham urdido, virava-se o feitiço contra o feiticeiro, ameaçaram com os seus pesos pesados e que a partir daqui valia tudo. Não se lembravam o mal que causaram ao Sapo-Concho se não tivesse a pele rija e uma têmpera de aço, neste momento já tinha desistido. Sabe que nestes quatro quilómetros que lhe faltam para atingir a meta muita coisa vai ser dita e feita, mas quem suportou tudo isto, só tem um objectivo, é tentar chegar em primeiro lugar. Quanto à lebre continua combalida, recebeu um pouco de ar e presume-se que vá continuar em cena, não é por falta de apoio moral, mas ela sabe que tem de pedalar a sua própria bicicleta, espera que ao Sapo-Concho lhe continuem a arremessar com tudo o que houver à mão, a ver se ganha esta batalha. Esperemos pelos últimos quatro quilómetros para se ver o resultado.