Chef’s Table é uma série documental que, alegando estar interessada em comida, serve-nos horas e horas deliciosas a respeito de dois pratos principais: a importância da sorte e da criatividade, e de como ambas são deusas caprichosas e indomáveis.
Cada episódio preocupa-se em contar bem uma história simples, emocional e convencionalmente bonita. Tão convencional que usa sem qualquer vergonha, mas também sem qualquer mau gosto, clichés expositivos e melodramáticos como embrulho ou laçarote. A produção prima por ser esteticamente irrepreensível, em muitos momentos sedutora e até encantadora, sempre ao serviço da narrativa.
O sucesso do conceito e da execução oferece neste momento 38 felizes descobertas, incluindo neste grupo 6 temporadas do formato original, 4 episódios do Chef’s Table: France e 4 episódios do Chef’s Table: BBQ.
Deixo o meu pódio, seguindo o critério do entusiasmo pelos protagonistas:
*** Alain Passard – Chef’s Table: France
** Nancy Silverton – Chef’s Table 3º temporada
* Ivan Orkin – Chef’s Table 3º temporada
Ao ritmo de um episódio por dia, receita para mais de um mês de prazer, este produto televisivo alimenta o espírito a cada toma e deixa-nos doidinhos para ir logo a seguir alimentar o corpo.
Já tive Netflix. Não correu bem mas serviu-me para ver o formidável Gervais numa série de que não me lembro o nome feita nestes últimos 2 anos. Mas já que se fala de séries vou recomendar O Dia que está no Canal 2 e que retrata dos mais diversos ângulos um assalto a um banco. Ângulo polícia e investigação, ângulo como se monta uma rede a volta de um sistema de desvio interno, problemas familiares de alguns dos personagens e como os mesmos condicionam a acção, afirmação profissional . O IMDB dá-lhe 8.