Bravo, Miguel Pinheiro

Pessoas que admiro moral e intelectualmente são contra a ideia de se debater com Ventura, mesmo dar a conhecer o que diz. Consideram que tal é favorecer o infractor, dando-lhe a notoriedade e poder de influência que procura para aumentar o número dos que apoiam propostas racistas, xenófobas e fascistas. Compreendendo e aceitando a sua posição, não posso estar mais em desacordo. Penso que os fanáticos só crescem socialmente por causa dessa demissão dos que poderiam prestar um serviço fundamental à cidade confrontando a besta e vencendo-a com probidade.

Assim, procuro saber o que diz o Ventura, e como o diz, e o que dizem aqueles que o seguem. Essa atenção é tão mais urgente quando ele é o primeiro deputado que assumidamente pretende espalhar um movimento de derrube da Constituição e seus valores democráticos e humanistas. Não só isso, o poder político que Ventura conquistou nasceu de uma decisão de Passos Coelho enquanto presidente do PSD. Decisão essa que não foi nenhum equívoco, como escrevem hipócritas, foi uma estratégia consciente para testar uma fórmula assumidamente populista num eleitorado considerado viável para tal. Seguiu-se a tragédia de Rui Rio ser himalaicamente estúpido e ter colado o seu destino ao do Chega com o acordo nos Açores, facto que foi celebrado abertamente por Cavaco, Ferreira Leite e dezenas de figuras gradas do PSD. Por fim, temos uma réplica perfeita de Ventura a concorrer na Amadora com a chancela dos sociais-democratas. Nesta situação, se alguém achar que contém o dilúvio de merda a correr nas ruas por apertar o nariz e fechar a janela está a delirar.

Ora, em meados de Agosto viu-se Ventura a levar os seus dotes de aprendiz de feiticeiro a um novo grau. Depois de ter conseguido normalizar o ostracismo da comunidade cigana, depois de apelar à castração de “pedófilos”, depois de mandar uma deputada portuguesa “para a sua terra” por ela não ser caucasiana, depois de prometer prender políticos por terem ideias políticas democráticas, depois da saudação nazi, entre tantas outras manifestações da sua embriaguez de impunidade, lembrou-se de aproveitar a ocorrência de um fogo para lançar esta ideia: “os incendiários deviam ser atirados às chamas”. O canal foi o Twitter (pelo menos) e teve a curiosidade de o nosso incendiário de incendiários ter feito 3 publicações com a mesma expressão. Porquê 3? Aposto os 10 euros que tenho no bolso que tal resultou de uma aguda frustração pois terá achado que não estava a obter a quantidade de visualizações e comentários que ambicionava. Vai daí, a tripla de rajada. Tripla essa que teve de apagar pois o Twitter considerou que, se calhar, havia ali qualquer coisa de exagerado.

Portanto, vamos lá à continha: neste momento, existe em Portugal um deputado, acumulando com ser presidente de um partido aliado do PSD, que propõe publicamente o assassínio pelo fogo de indivíduos considerados “incendiários”; ainda não se sabendo se, na sua cachimónia, esse estatuto é para lhes ser atribuído com ou sem processo judicial. Perante isto, o que é que os restantes deputados, restantes líderes partidários, os diversos ministros, o primeiro-ministro e o Presidente da República deveriam inevitavelmente fazer em nome da Constituição e da República? E o que é que o comentariado disse a respeito, quem falou sequer ao de leve na coisa? É fácil imaginar como tal silêncio seria explicado havendo imprensa em Portugal para interrogar as personalidades acerca de tamanha aberração. Diriam inanidades, recusariam comentar e rapidamente se calariam – cobardes. Mas não há imprensa em Portugal, tendo vindo a única reacção que conheço de um local improvável, o Observador.

Aqui podemos ouvir Miguel Pinheiro, um furioso caçador de socialistas, a honrar a classe ou, tão-só, o seu nome. Registe-se, porém, o tom contido, quase pesaroso, por ter de estar a tocar na ferida. Tom completamente diferente do que exibe quando está a sovar e a fuzilar os bandidos do Rato que lhe despertam as mais homéricas bravuras. É que, enfim, o Ventura até poderia dar jeito aos direitolas mas, caralho, mesmo para o Miguel Pinheiro há limites na política. O asco que lhe subiu ao goto dignificou a sua imagem e fica como marca de carácter.

48 thoughts on “Bravo, Miguel Pinheiro”

  1. Concordo que as infâmias do Ventura devem ser logo denunciadas e com severidade o que não se deve aceitar é qualquer polémica, porque o que ele quer é troca de galhardetes, dá-lhe visibilidade. Quanto ao Pinheiro, ele é contra a pena de morte ou só contra a morte na fogueira?

  2. enquanto o eco do miguel pinheiro for inferior e servir para ampliar o do ventrulhas tá tudo bem. são experiências laboratoriais para copiar a geringonça do costa, só haverá problema quando o monstro começar a matar a família do pedro frankenstein, aí o pinheiro e os observas atiram as culpas para os xuxas. depois se verá, agora até dá jeito que se comam uns aos outros, aliás sempre o fizeram.

  3. o problema é que têm medo do ventrix , no fundo sabem que os problemas de que fala são reais para alguns, mesmo que não apresente soluções de jeito .quando sabemos que alguém é imbecil ou ridículo damos-lhe palco para que se queime sozinho , ora aqui não se passa nada disso , pelo contrário. medo.

  4. “… quando sabemos que alguém é imbecil ou ridículo damos-lhe palco para que se queime sozinho…”

    é o que acontece contigo, mas churrasco todos os dias enjoa.

  5. Valupro: assinalo que nem um gajo demiolado da categoria do Manojas te endendeu hoje, pá. Não querendo eu discutir o valor que têm as tuas lições de moral sobre a política indígena, sobre o panorma mediático português, mesmo sobre esse curioso Clube Lusitano dos Poetas Mortos onde repousa o/s cadáver/es do cabrão do José Sócrates e o/s da sua pandilha, nem sobre outras abecerragens avulsas como o António Vitorino que lá anda fugido na ONU tendo surgido há dias na SIC ostentando um coletezinho castanho de malha à sua medida* com os poucos cabelos que lhe restam branquinhos como neve, envelheceu bué quando descobriu que o fisco de España anda atrás dele graças a uns dinheiros sujos que foram apanhados no seu nome aquando do escandaloso rol do nuestro hermano Juan Carlismo, o Joãozinho Galamba caladino ao lado do mânfio Matos Correia com o ar comprometido de quem ainda não deu o golpe, viste?, a Marianinha, o Fernandidinho Medina que parece um boneco qu’anda a pilhas, o Tiaguinho com voz de caninha verde, &etc., esta atabalhoada prosa que pariste só aparentemente é sobre o Miguel Pinheiro. Sugiro que dês o nome às coisas, por uma vez a bem da Verdade:

    – Bravo, Ricardo Araújo Pereira! – que, há meses, evocou justamente, e por mais de uma vez, o que pensa sobre e o disse inspiradamente no focinho do André Ventura o mencionado Miguel.

    Asterisco. Algures entre o X-Small (XS) e o Small (S), maiorzinho que a rouparia que se compra na loja online do Ken e da namorada Barbie.

    __________

    Ah! A seguir escreve uma cena sobre os ditos ou os pensamentos do José Pacheco Pereira, mas ganha cuidado: como este tipo é dos mais espertalhões, como sabes, tens de esforçar mais carregando dessa vez no teor da surrice literária. O sempiterno José Neves que nem a Covid-19 é capaz de silenciar, embora abrandando?, vai ficar dividido – entre tu e tu e ele-o-Pacheco.

  6. … e é Matos Fernandes o bicho, amigo do João Leão que pediu emprestado quarenta mil milhões no último ano qu’alguém há-de pagar, do filho do Cravinho e do Augusto Santos Silva que tinha a ambição de figurar nos manuais como uma espécie de Franco Nogueira do pós-Salazarismo, coitado!, e todos a um nível acima da bombeira do MAI e do espião outrora ao serviço da PVDE do Ministério do Interior pois o Cabrita por lá continua amarrado aos ferros da cama. Todos uma bosta, na orquestra desafinada do António Costa banana.

  7. O que eu acho é o seguinte. A comunicação social para vender as suas histórias conta histórias… José Sócrates tinha uma expressão engraçada e correta sobre isso. Dizia ele que ia ler os jornais para ver como é que ele se sentia nesse dia. Os jornais conheciam-no melhor do que ele próprio. E é exatamente isso. A comunicação social transforma a política em novelas. Com intrigas (e enredo) e com outras caraterísticas das novelas. O que é mau pois todo o trabalho da comunicação social torna-se (surpreendam-se!) imaginativo. Inventam o homem. Inventam o vilão, o herói, que na legislatura passada teve o papel de engonçado, inventam o estadista com os melhores atributos possíveis, inventam sei lá mais o quê.
    Já estão a dizer que Costa vai se recandidatar, é ela que diz que Rio está preso por um fio, Passos Coelho aparece em público e fazem leituras para todos os gostos. Lembram-se das eleições nos Açores? Houve notícias e comentadores que disseram que era uma prova importante para o Rio. Como isto é possível ? Umas eleições que é o PSD Açores quem tem que decidir sobre com quem e como se irá coligar. O que o Rio tem ou teve a ver com isso ? Para tornar essas narrativas mais fortes, cruzam datas com objetivos políticos, por exemplo Costas “quer” ir para a europa e 2023 será um bom ano. É triste porque no fundo sentem desprezo pelos factos.

  8. Era assim tão difícil perceber a que tipo de comentários e a que tipo de comentadores chanfrados me referia quando há dias aqui verberei a publicação de comentários porcos e canalhas? Claro que não.

  9. Manojas, cada um de nós é responsável pelo uso que faça da sua atenção. E depois continua a ser responsável pela interpretação que faça daquilo em que atenta. Donde, és tu que estás a valorizar alguns comentários que te desagradam. Em si, esses comentários não têm valor algum; isto é, só terão a importância que lhes deres.

    No meu caso, esse tipo de comentários (quando não me obrigam a retirá-los por algum aspecto mais doentio que calhem ter) reconforta-me pois os maluquinhos que os cá deixam podiam andar na rua a causar acidentes ou magoar alguém e, em vez disso, passam o dia a ler o Aspirina e a teclar furiosamente para a sua audiência de três gatos pingados no cu da Internet.

  10. leitãozinho churrasco@gmail.com , vês , amor correspondido o nosso , porque , normalmente , deixo-te sempre a nadar na tua própria porcaria . faço isso eu , e mais alguns que não gostam de bufões ( os dois significados ) apalermados.

  11. Valupro: tens de escrever melhor. Quando escreves algo mais substantivo e, durante horas, burilas esforçadamente a coisa própria, salvo seja!, a tua prosa ainda se safa, qu’até passa por dotada e/ou natural inspiração! Agora quando escreves por obrigação, e de sopetão, na caixa de comentários… contas feitas tens para apresentar uma arroba de melões mal-pesada. Hoje tiveste azar: ao quase-nada intelectual como normalmente juntou-se o nada literário, há dias assim.

    Manojas, eu pedia o livro de reclamações.

  12. Já agora, Valupi, podias pôr um anúncio a informar os porcos da tua rua que costumam cuspir e atirar lixo para o chão, prejudicando o turismo e a pituitária de indígenas e turistas, que a tua porta está sempre aberta, como alternativa. E depois podes chamar-lhe serviço público.

  13. Pai Natal a tua escrita é o que uma mente meio desordenada consegue parir. Tenho a sensação que passas a noite com pesadelos sobre tudo o que se apresenta identificado com o PS. Vão desde Sócrates, passam por Vitorino ficam muitos pelo caminho e avanças com Costa, Leão, A Santos Silva, quer dizer nenhum se safa neste Governo de energumenos que te ensombram as noites. Nem eu no tempo da troika e do jovem Passos tinha tantos recalcamentos ainda que nuns míseros dois anos me tivessem palmado 5000 “aerios” a um rendimento já de si lingrinhas. Rio não tem culpa de ser “gauche” ele não nasceu propriamente para ser cabeça de cartaz de um partido como o PSD. O PSD sempre funcionou como agregador de muitas tendências que vão do centro esquerda moderado até uma direita amante de poder e que se convenceu que o iria deter durante uns bons anos. Querer poder só pelo poder não funciona, se funcionasse em 2015 não tinha começado a derrapagem. Esconderam-se atrás de Rio a coca da melhor oportunidade, e ela esvaiu-se até nos Açores se terem confrontado com o dilema ou abraçamos a direita, populista e conservadora ou éramos uma vez um partido forte de direita. Estou-me borrifando para os dramas internos do PSD, para a sabujice dos teus comentários, para o fedor que as fraldas do Ventura exalam porque agora, neste momento o PS está na mo de cima e se continuarem a deixar as/os Susana Garcia a solta vão ter muita pedra para partir. Vai mas e tratar das bolas de Natal, do trenó e das rendas.

  14. MJp, tens de fazer uns trabalho forçados (e não serei eu a ensinar-te o aeiou). A personagem André Ventura tal como a conhecemos é resultado directo dos escândalos do cabrão do José Sócrates ampliado pela CMTV, aí esponjado no sofá faz uma cronologia comparada, pede ajuda, e é simples chegar a esta singela conclusão. Quem deu um pontapé nas nalgas do PS nas eleições dos Açores foram os eleitores; o mesmo aconteceu com a pandilha do José Sócrates nas eleições em que o PS averbou uma monumental derrota que quase destruiu tão benemérita associação…

    Depois explica isto ao Camacho, eu não tenho tempo.

  15. o censor do diário de notícias queria o blogue só pra ele fazer publicidade ao partido facho-conservador que governa a rússia. a porta tá aberta para não teres problemas a encontrar a saída.

  16. eduardo ricardo, o nome soa a cacofonia e cheira a fejão com arroz. o texto tem 3 vírgulas, 3 acentos graves, 2 tiles, 1 ponto de interrogação, 1 caracter caixa alta e 68 caixa baixa. o resto parece-me bem dentro de um estilo minimalista. continua a mandar ensaios.

  17. “A personagem André Ventura tal como a conhecemos é resultado directo dos escândalos do cabrão do José Sócrates ampliado pela CMTV…”

    “André Ventura, deputado do partido Chega e candidato presidencial, tem uma foto com Pedro Passos Coelho do seu gabinete (ao lado de fotos com a família e outra de si próprio no Estádio da Luz, além de um busto de Cristo e um galo de Barcelos).”

    https://observador.pt/2020/12/18/andre-ventura-gostava-que-passos-coelho-voltasse-era-util-a-direita-diz/

  18. E também lhes podes sugerir, Valupi, que aqueles sacos de plástico que enchem de merda e depois, bem escondidos atrás de uma esquina, atiram a quem passa na rua, na tua rua, fugindo depois a sete pés com os bofes a sair pela boca, que esses sacos cheios de merda, dizia eu, os atirem, em alternativa, para a tua escada. Podes estar descansado, será um pedido retórico, a maioria não o fará. O bully intriguista residente, por exemplo, o chihuahua porcalhatz, nem pensar. Cagarola como é, atira sacos de merda a toda a gente mas na tua escada passa sempre em bicos de pés, com medo que lhe cortes o direito de admissão. Já agora, se algum dia o contratares como porteiro do pardieiro, como parece ser ambição do canito, não te esqueças de me dizer, pois tenho faz tempo para lhe entregar, em mão (e com o pé), os supositórios de Novichok que o meu amigo Vladimir Putin me enviou para lhe entregar. Tenho sabor com a baunilha, a morango e a pistáchio, como já aqui informei há dias.

  19. Como diz o Jerónimo o Ventura é o sapo que pensa que é boi.
    Val as pessoas que admiras é que têm razão ele só quer é visibilidade, se ninguém lhe der palco ele fica a falar sozinho.
    Se estás à espera que ele meta os pés pelas mãos nos debates, esquece. Há sempre malucos para apoiar as ideias mais parvas, e se tiverem o apoio da comunicação social pior ainda.
    Tens o exemplo da pandemia.
    Houve um aumento do número de infectados em Agosto deste ano em relação ao mês de Agosto do ano passado ( que não havia vacinas )de cerca de 900%. Como não teve eco na comunicação social, não há discussão e as pessoas continuam com as mesmas medidas estúpidas ostracizantes e limitadoras da liberdade.

  20. E como não quero que falte nada aos queridos bacorinhos, aqui vai, pelo conhecido megafone da Moscóvia que dá pelo nome de BBC, mais um luminoso exemplo de inclusividade na única democracia do Médio Oriente:

    https://youtu.be/cRBvGIzz1Ds

  21. A crítica do Pinheiro igual a Ventura, não é uma crítica política ou, melhor dizendo, uma crítica ideológica pois ambos pastam no mesmo campo ideológico e só na forma é que estarão em desacordo.
    O Chega já mudou quase do avesso o seu programa moderando-o e dirigindo-o à classe média baixa e o Pinheiro avisa-o de que deve também moderar o discurso, não porque esteja em desacordo com a ideologia Chega mas para atingir a mente de uma camada maior de ingénuos ou ignorantes visto que a manada da escória anti-democrática dos anti-ciganos e anti-tudo, essa está ganha desde o lançamento da campanha inicial.
    Os empresários que pagam o Pinheiro pagam também o Chega contudo, sabem que com o radicalismo anti-políticos, anti-política e anti-sistema feita à semelhança do racismo anti-ciganos poucas hipóteses tem de crescer a partir de certo patamar logo, é preciso embrulhar, não só o “programa” inicial do mata e esfola como também o “discurso” do “vão todos presos” ou “mando-os prender todos” com ênfase de significado e sentido de “mato-os e esfolo-os todos” quando for o dono disto tudo; e segundo a ideologia Chega ser ddt é ser mesmo um pequeno-totalitário dono disto tudo, das pessoas, das ideias, das vontades e pensamento como foram os totalitários racistas ou classistas do Séc. passado.
    O Pinheiro igual a Ventura apenas quer que o Chega esconda os fundamentos anti-políticos e anti-democráticos e pró-racistas da sua ideologia como estratagema afim de atingir capacidade política de vir a discutir, atingir e extinguir o poder instalado para impor o seu “sistema” concentracionário para ciganos, depois para maricas, doentes, velhos e por fim todos os considerados inúteis, supérfluos e improdutivos num movimento imparável como é conhecido da história.
    Claro que tal só aconteceu nas grandes potências globais o que será de todo improvável num pequeno cantinho perdido do mundo como o nosso; mas apenas haver uma tal tentativa é suficiente para arruinar e destruir por décadas a vida do país e dos portugueses; todo o cuidado é pouco para evitar tal insanidade.

  22. Valupi, tens razão, não toda, mas tens razão, e além disso tens um estomago, muito melhor do que o meu.. Reconheço-o. Além de que apenas sou um modesto leitor e um eventual e modesto comentador do Aspirina B.

  23. “André Ventura, deputado do partido Chega e candidato presidencial, tem uma foto com Pedro Passos Coelho do seu gabinete (ao lado de fotos com a família e outra de si próprio no Estádio da Luz, além de um busto de Cristo e um galo de Barcelos).”

    Acho que também tem por lá um “coiso” das caldas, grandote, com que se entretém a brincar quando não tem nada que fazer.

  24. Ó gente, esclareçam-me lá uma dúvida que me vem atormentando de há uns tempos para cá:
    Esse trongo que se nika de Papai Noel, não será um canastrão que em tempos pastou e postou por aqui, com o mesmo estilo merdoso e direitolas e que se intitulava de Eric?
    E já agora, Eric ou não, ó coiso noel, o José Socrates está-se cagando para ti ( e para trongos semelhantes) duma altura incomensurável e manda-te ires apanhar na parte carnuda que forma o prolongamento das costas.

  25. Snr . Eduardo Ricardo

    Diz o snr. que a comunicação social inventa .
    É precisamente o que o snr. faz . Basta ler o seu comentário.
    É inevitável que cada um tenha um ponto de vista algo diferente para um determinado evento, caso, ou acontecimento .
    A única coisa nos jornais em que não podem existir pontos de vistas diversos, é na folha da necrologia .

    Snr.(a) Valupi

    “ Ora, em meados de Agosto viu-se Ventura a levar os seus dotes de aprendiz de feiticeiro a um novo grau. (…) lembrou-se de aproveitar a ocorrência de um fogo para lançar esta ideia: “os incendiários deviam ser atirados às chamas”. (…) Perante isto, o que é que os restantes deputados, restantes líderes partidários, os diversos ministros, o primeiro-ministro e o Presidente da República deveriam inevitavelmente fazer em nome da Constituição e da República? E o que é que o comentariado disse a respeito, quem falou sequer ao de leve na coisa? É fácil imaginar como tal silêncio seria explicado havendo imprensa em Portugal para interrogar as personalidades acerca de tamanha aberração. Diriam inanidades, recusariam comentar e rapidamente se calariam – cobardes. “

    Entendo que faltou aí mencionar, “ o que diria o Povo ? “
    Sucede que amiúde, pessoas ( populares ) aleatoriamente questionados por repórteres televisivos, defendem precisamente isso . O mesmo que o Ventura referiu no tweet .
    Pode-lhe chamar populismo ou o que quizer . Mas o certo é que a democracia é um sistema do Povo e para o Povo . E o que o Povo quer … deve, em princípio, prevalecer .
    Visto que, não é cumprida a vox populi – que também defende o linchamento sumário para crimes extremamente hediondos, por exemplo envolvendo familiares, e também abusos de menores, ( pedofilia ) temos um problema .
    O que se passa, é que temos uma espécie de elite, – de que aliás o Snr.(a) faz ou julga fazer parte, – que se arroga o direito de conduzir os outros . Inclusivamente, pensando por eles, na medida em que lhe querem corrigir – e refrear – o pensamento.
    Bem sei que certas reações, digamos assim, primárias, tem que ser corrigidas, donde, na aplicação da justiça retributiva, importa conter instintos de marcado teor vingativo ou/e de extrema violência. Daí, os penalistas, que ditam os vários graus e limites da justiça dita retributiva . Aliás, justiça essa que, mesmo nos paises e situações em que é mais “pesada” não solveu e não solve o problema de fundo, a este título, basta constatar que a pena de prisão perpétua não resolveu e não resolve os problemas que se propunha solucionar . Agora, fala-se – em alternativa ou em complemento – em justiça reparativa ou reparadora . Acho que não tem pernas para andar no nosso País, porque envolve indemnizações por parte do Estado, cousa que os magistrados não gostam, porque nao gostam de coçar o braço para fora na direcção da mão ( força se expressão minha ) por outro lado, quanto vale uma vida ?
    Tudo isto para dizer, que existe uma colisão de legitimidades : de um lado o Povo, que quer medidas pesadas e extremas ; do outro lado, as autoridades do Estado competentes para a aplicação da justiça, que admitem medidas mas com limites que consideram mais adequados.

  26. Entretanto no estado afegão do Texas, os talibans dão um prêmio de 10.000 dólares a quem denuncie uma mulher que tenha realizado um aborto ilegal antes das 6 semanas de gestação do feto.

    https://www.theguardian.com/commentisfree/2021/sep/02/roe-v-wade-texas-abortion-law-us-constitution?CMP=Share_AndroidApp_Other

    https://www.theguardian.com/commentisfree/2021/sep/02/us-supreme-court-texas-abortion-law-cruel-partisan?CMP=Share_AndroidApp_Other

    O maior perigo à segurança e aos direitos liberdades e garantias encontra-se dentro da própria sociedade americana, é um problema de segurança interna. A Wade-Roe que reconhece o direito ao aborto, está em perigo com a actual composição do Supremo Tribunal maioritariamente de direita e nomeados por Trump. Não esperem que os defensores da civilização ocidental e dos direitos humanos no Afeganistão venham agora em socorro das mulheres (e suas famílias) no Texas. É uma viagem muito longa para ser feita em tão pouco tempo.

  27. “Tudo isto para dizer, que existe uma colisão de legitimidades : de um lado o Povo, que quer medidas pesadas e extremas ; do outro lado, as autoridades do Estado competentes para a aplicação da justiça, que admitem medidas mas com limites que consideram mais adequados.”

    topa-se logo que é o problema dum polvo legítimo do continente contra o autoritarismo banana dum governo regional à venda em qualquer mini-preço nacional. até parece que o povo portugês são os 1,29% do xunga e as autoridades do estado ou lá o que isso seja, não lhe lhe dão o que os gajos querem porque acham desadequado. deves ter aprendido democracia numa madraça afegã.

  28. palito1 , sem dúvida alguma , e a “elite” sabe ..de aí o medo que o chega chegue lá.
    o povo é que mais ordena , mas se ordenar no sentido correcto (?) -:) parecem aqueles pais dizendo à criança ( obviamente sem capacidade de escolha ) : escolhe lá o que queres
    quero este !
    este não , faz-te mal , escolhe outro
    pode ser este?
    também não , isso não presta
    e por aí fora , até lhe ser impingida a “escolha correcta “.
    é o regime “fachadista ” , faz de conte que é o governo do povo , pelo povo e para o povo -:)

  29. portanto o povo são as crianças sem capacidade de escolha e os adultos impingidores são o governo do regime fachadista, como as crianças não têm direito de voto, estamos perante um problema sem resolução democrática. a solução é o mestre andré ser o legítimo representante das crianças na luta contra a opressão dos douradinhos do capitão iglo. agora vai lá palitar o resto da ervilha que te sobrou da última meningite.

  30. Aconselho os spinners dos partidos democráticos a lerem neste blog os comentários dos Palitos e da sofisticada menina Yo que me tem andado a enganar mas hoje, cedinho soltou-se o lado Chega/Anarca. Nestes comentários dos variados Palitos e da Yo se deteta como funcionam as cabecinhas dos “verdadeiros democratas” e como é posta em causa a estrutura política/social pela qual desde há 250 anos nesta parte do mundo se luta. E não venham com tretas a II Guerra Mundial foi uma luta entre dois pensamentos, duas formas de organização, e sim na Alemanha o que se fez foi explorar e instigar sentimentos de uma população contra uma parte dessa população. Isso é o que os populistas fazem, elaboram pouco e são aceites com facilidade. Onde vêm uma oportunidade aí estão em bicos de pés, e só olhar para a onda negacionista que não é mais do que o aproveitamento de uma situação para ir instigando revoltas a que prontamente dão rápidas e simples resoluções no discurso.

  31. Ela é cheia de recantos como por exemplo o Latim. Aqui agora poria um emoji idiota a rir muito só não ponho porque isto é um blog de gente intect/ superior

  32. ó pá , mas é obrigatário pertencer a grupos? não se pode vadiar por alguma razão especifica ou é só porque parece mal?

  33. Querido, sabes tudo sobre mim, ao que vejo, mas eu de ti só conheço o cheiro. De outra maneira não poderia ser, porque andas sempre escondido e eu não. Mas já que sobre mim tudo sabes, nomeadamente nome e profissão, não terás certamente dificuldade em encontrar-me. Tenho por princípio, saudável princípio, nunca escrever nada que não seja capaz de verbalizar pessoalmente. Sugiro-te que faças o mesmo. Procura-me, quiduxo, e, no nosso feliz primeiro encontro, diz-me de viva voz, por exemplo, o que aqui escreveste há dias: “És o censor do diário de notícias.” Podes até dizer mais, mas isso bastava para fazeres a minha felicidade, amorzinho.

  34. 1. «Sucede que amiúde, pessoas ( populares ) aleatoriamente questionados por repórteres televisivos, defendem precisamente isso. (isso é que “os incendiários deviam ser atirados às chamas”.)»

    2. «Mas o certo é que a democracia é um sistema do Povo e para o Povo . E o que o Povo quer … deve, em princípio, prevalecer .»

    3. «Visto que, não é cumprida a vox populi – que também defende o linchamento sumário para crimes extremamente hediondos, por exemplo envolvendo familiares, e também abusos de menores, ( pedofilia ) temos um problema.»

    És um ás a dar saltos mágicos para chegares às tuas alquimísticas conclusões.
    Ora vejamos; de PESSOAS ( populares ) aleatoriamente questionados por repórteres televisivos” saltas imediatamente para “a democracia que é um sistema do Povo e para o Povo . E o que o Povo quer … deve, em princípio, prevalecer .»
    E sem parares para respirar (pensar) concluis que as “pessoas aleatóriamente questionadas” são a vox-populi que não é cumprida.
    Resumindo; de umas quantas pessoas questionadas aleatóriamente (?), dum salto, consideras tais pessoas o povo ou a vox-populi.
    Fica claro que os milhões de pessoas que votam secreta e livremente não são, para ti, vox-populi contudo para ti meia dúzia de pessoas numa entrevista de rua feita pelo “cm” (ou outro) sobre um assunto ainda quente, um incêndio, que as prejudicou particularmente, essa multidão de três gatos pingados de gente pensante acerca se si e seus bens próprios, dizes, são a vox-populi, o povo e a democracia.
    Percebe-se bem qual a democracia que defendes; a mesma da yo, adoradora do absolutista Hobbes do “Leviatã” da “guerra permanente de todos contra todos”; do totalitarismo ideológico retirado da “lei da natureza”, isto é, da lei da selva do todo poderoso cuja mera existência transforma o povo livre em escravos; e o povo livre só pode existir num estado livre.
    A canhestra tentativa de ligar o povo à ideia de que um incendiário deve ser lançado ao fogo, um violador deve ser castrado, um assassínio horrendo deve ser linchado é um plágio da cultura talibã; um retrocesso civilizacional da humanidade até à justiça da Idade Média.
    A simpatia ideológica do “Palito 1” assim como da yo por um poder totalitário é uma adesão a ideias simples descabidas e imprórias para resolver problemas complexos como são todos que envolvem o homem que, mal se sente peado por outrem, luta pela liberdade;
    E tais ideologias trazem sempre tão insanáveis contradições internas que levam inevitavelmente à sua própria destruição.

  35. tivemos um psicopata/empregado do ps/assessor avençado/chulo da nação/ e um construtor civil/empreiteiro de obras, a darem-se “ao trabalho” de discorrer sobre um texto que no dizer dum, “é nada” – como se o nada existisse, – e no entendimento do outro, o pedreiro, segue o silogismo do boi, que come erva, onde existem larvas, logo, escreví no texto a palavra verme .
    Aplicação de etiquetas, coisa que é para o lado que eu durmo melhor, e prontos, BASTA !
    Não é chega, é basta !
    Portanto, pneu em cima do incendiário reincidente ( muito recentemente, um que entrou para os bombeiros aos 16 anos e depois saiu ) admitiu ter ateado 40 fogos, portanto pneu à volta do pescoço e chegue-se-lhe um fósforo.

  36. As sondagens não dizem nada porque não falam, são isso sim, objecto de conversa – e de bom lucro para os sondageiros, diga-se de passagem.

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