Back to this future

Um forma de iluminar os dias correntes é regressarmos a 2009 para voltar a olhar o futuro a partir daí sabendo o que hoje sabemos. Por exemplo, sabemos que a direita admitia governar em 2011 calhando ter maioria parlamentar mesmo sem vencer as eleições. Ora, porque não logo em 2009? Acontece que ninguém sequer pensou nisso. E ninguém quis governar com o PS, apesar deste ter aberto negociações formais sem excluir qualquer partido. À esquerda, porque Louçã não fazia maioria absoluta com o PS e, portanto, não estava em condições de obrigar Sócrates a pagar o preço gigantesco que este Napoleão vermelho iria exigir. Embriagado com os votos dos professores apavorados com a avaliação, acreditou mesmo que iria destruir o PS nas eleições seguintes. Quanto ao PCP, jamais alinharia numa solução tripartida, pois vinha de uma derrota histórica para o BE e havia de cavar ainda mais trincheiras para reforçar o sectarismo, como manda a ciência da História. À direita, uma coligação PSD-CDS não daria maioria absoluta no Parlamento, não existindo qualquer possibilidade de juntar mais deputados, fossem eles quem fossem. Logo, seria uma iniciativa sem viabilidade. Quando hoje se invoca essa situação de 2009 para dar mais força à nomeação de Passos como primeiro-ministro em 2015 está-se apenas no campo de uma retórica primária para primários.

Em boa verdade, a verdade que nasce de termos regressado ao futuro com o filme destes 6 anos passados, é claro que ter um Governo minoritário liderado por Sócrates era a melhor situação possível para toda a oposição e, em especial, para Cavaco. Com eleições presidenciais em Janeiro de 2011, a legislatura iria ser desde o seu início um alvo da campanha presidencial cavaquista, estando condenada a terminar assim que a reeleição se consumasse e se abrisse uma crise política. Para a oposição, tratava-se de ir queimando tempo e queimando os socialistas, o que fizeram com entusiasmo incansável e espírito de união nacional que culminou no chumbo do PEC IV com o imediato afundanço do País e a entrega do poder ao casal Passos-Relvas. A existir alguma moral nisto, só a eventualidade de a esquerda pura e verdadeira ter entretanto aprendido a lição.

Cavaco – ao ostracizar BE e PCP, partidos que representam directamente 1 milhão de cidadãos neste novo Parlamento e que são partidos tão legítimos como os restantes, ao apelar à revolta contra a liderança de Costa adentro do grupo parlamentar socialista, e ao convocar entidades estrangeiras para prejudicarem os interesses de Portugal – está não só a revelar perfeita coerência com o que tem mostrado ser capaz de fazer desde 2008 como está a reclamar ser ele o mais importante chefe histórico de uma certa direita portuguesa decadente que se tem multiplicado com Passos e Portas, e que reapareceu em força com a derrocada do BPN, BPP e, em especial, BCP. O Ricardo Salgado, como se vê, é um menino meio tonto ao pé do outro senhor.

Esta direita despreza a Constituição e usa o Estado de direito como arma de perseguição política, explorando recursos policiais para devassarem a privacidade de alvos que depois expõem tanto secreta como publicamente só para destruírem o seu bom nome e a sua influência. Até agora, têm contado com a cumplicidade do PCP e do BE para o irem fazendo a seu bel-prazer, sem protesto nem repúdio. Talvez, com mais esta cena de ódio, Cavaco tenha ido longe de mais no seu rancor cego e soberbo. Talvez.

Estão criadas as condições óptimas, pois, para cada um dos nossos políticos favoritos mostrar o que vale.

42 thoughts on “Back to this future”

  1. “Esta direita despreza a Constituição e usa o Estado de direito como arma de perseguição política, explorando recursos policiais para efectuarem a devassa da privacidade de alvos que depois expõem publicamente só para destruírem o seu bom nome e a sua influência. Até agora, têm contado com a cumplicidade do PCP e do BE para o irem fazendo a seu bel-prazer, sem protesto nem repúdio. Talvez, com mais uma cena de ódio, Cavaco tenha ido longe de mais no seu rancor cego e soberbo. Talvez”

    Você continua sem entender. O PCP e o BE não têm levado em conta na sua acção política os interesses do PS e a razão Cavaco hoje expô-la. O PS do sistema é um PS amarrado às políticas autorizadas pela direita. Tem sido dever do PCP e do BE agir sem levar em conta os interesses do PS porque este abandonou de facto a perspectiva de acordos de fundo à esquerda e sempre tem preferido a direita.

    O PS que temos tido é basicamente o PS com a mentalidade do Assis. Até agora. Algo pode ter mudado no PS de Costa a que corresponderam por seu turno mudanças na atitude do PCP e do BE. Cavaco Silva conta com divisões dentro do PS, conta com o PS-Assis, e conta porque é o que tem tido até hoje vamos ver se não tremem aos pernas ao PS.

  2. “Cavaco Silva conta com divisões dentro do PS, conta com o PS-Assis, e conta porque é o que tem tido até hoje vamos ver se não tremem aos pernas ao PS.”

    ò nhonhas, duas semanas para juntar a palavra “duradouro” a acordo é o quê? ir para o governo!… nem pensem nisso. ah… e o engonhanço verde. isto não é tremer as pernas, é parkinson.

  3. Meu caro, não é líquido que todos os deputados do PS vão rejeitar o governo do PSD portanto o compromisso do PCP e do BE com o PS tem que ter em conta as próprias reticências no interior do PS em rejeitar o governo do paf e formar um governo alternativo de esquerda. Essas reticências, tendo em conta que a rejeição e formação alternativa de governo é perfeitamente constitucional, significam a existência de uma afinidade significativa de parte do PS com as políticas de direita.

    António Costa, nesse sentido, tem o mérito de reafirmar uma inclinação do PS à esquerda e essa inclinação já teve o resultado de uma abertura do PCP e do BE ao PS. Agora, dadas as divisões no PS, essa abertura tem que ser cuidadosa.

  4. Decisão lamentável:
    Depois da comunicação de ontem ao País do Presidente da Republica deu-me para pensar e rever toda a historia do antes e depois do vinte e cinco de Abril. E não e´ que me veio `a lembrança os fascistas do antes do vinte e cinco de Abril.
    Sabe-se que morreram desde essa data muitos portugueses. Mas também se sabe que uma grande maioria ainda esta´ viva. Ainda bem. E´ sinal que o avanço da medicina leva a que o ser humano prolongue a sua vida.
    Sendo assim, esta´ vivo, muito adepto do anterior regime e que prima ainda pelos seus antigos ideais. Por isso politicamente tem lugar nos partidos da direita.
    Portanto não e´ de estranhar que Cavaco Silva ainda não perdeu essa ideologia e tudo faz para que ela vigore. Basta atentar na ficha que escreveu na PIDE. São pessoas como esta que temos de estar atentos e se for preciso nos reunirmos todos em manifestações públicas para defender o nosso maior bem: a democracia. O PS ao longo da sua história sempre deu aos portugueses a confiança na democracia.
    Por isso mais uma vez apelo a todos os socialistas e democratas se preciso for fazer uma manifestação para corrermos com os fascistas que perturbam a democracia. Sendo que o primeiro e´ Cavaco Silva. Não vamos ter medo de chamar os bois pelo nome como se diz no adágio popular. E´ que se tivermos condescendência para com esta gente, ela não tem por nós.

  5. No Jornal da Noite de ontem, na SIC, a propósito de um eventual governo PS-BE-CDU, o ministro Pires de Lima, em permanente e incansável esforço atlético para bater o seu próprio record de alarvidades (o que acontece apenas quando se lembra de abrir a boca), debitou, refinando a pesporrência que o caracteriza, esta magnífica pérola:

    “A única coisa que tenho visto é a Dra. Catarina Martins, que teve 10% dos votos na última eleição, estar sistematicamente na televisão como se já fosse ministra da Economia ou do Emprego do próximo governo.”

    Ouvir o ministro da Economia que representa no governo um partido com 6,48% ridicularizar os 10% de outro partido é, sem sombra de dúvida, assistir a uma proeza digna da medalha de ouro olímpica nos dois metros e meio de alarvidade sem barreiras.

    Acresce que aos 10,19% do Bloco corresponderam 550892 votos, enquanto os vaidosíssimos 6,48% do partido do senhor ministro resultaram de apenas 350278. Ou seja, a agremiação deste garotelho arrogante, com 350278 votos, teve menos 200614 que o partido de Catarina Martins, mas ele fala como se fôssemos todos parvos e ninguém reparasse nisso. Será doido ou pura e simplesmente idiota?

    E que dizer dos 445980 votos da CDU, que resultaram em 8,25%, o que, obviamente, também é mais do que os 6,48% do PP? É claro que a participação do PP na coligação do Pote à Frente permitiu rendibilizar os 6,48% em 18 deputados, contra os 17 da CDU, mas os 445980 votos no PCP-PEV significam mais 95702 eleitores do que os 350278 do partido-muleta do governo ladrão e o resto não passa de aldrabice.

    A arrogância bacoca do alarve com 6,48% ao falar da representante do partido que teve 10% e quase o dobro dos votos não mereceu o mínimo reparo do pivot, o bondoso e carinhoso Rodrigo Guedes de Carvalho. Já aqui manifestei, há dias, a minha preocupação com a saúde do Rodrigo, depois de o ver com a ministra das Finanças ao colo durante uns 15 ou 20 minutos, e vaticinei-lhe uma boa meia dúzia de hérnias discais em resultado da comovente ternura. Mas o rapaz deve ter o coração prenhe de amor e carinho e hoje reincidiu com o ministro pesporrente, pelo que estou em crer que já deve ter mais hérnias discais do que vértebras. Ou então nem vértebras tem, aquilo deve ser só próteses, provavelmente de um material bastante maleável.

    Resta dizer que, à laia de bónus, ofereceu-nos ainda o senhor ministro outra magnífica pérola, quando aludiu a “uma solução tão ‘OBSTRUSA’ (sic) como a que tem defendido António Costa”. Enfim, não se pode ter tudo, e o senhor ministro tinha, pelo menos, um fato de finíssimo corte e uma belíssima gravata, a embelezar uma nonchalante e sensual pose de fazer inveja à Claudia Schieffer.

  6. Ó Joao com ponto final estás a ver a coisa ao contrário, a a haver dúvidas nas cabeças cá do burgo elas são todas para se o pcp e o be vão ser consistentes no seu apoio ao governo do ps.

  7. Ó João.
    Não sei porquê, apetece-me mandar-te bugiar. Mas não o faço.
    Será porque também eu sofro da síndrome de “um PS amarrado às políticas de direita”?
    Ou será que o não faço porque procuro comportar-me urbanamente, dum modo civilizado e já distante dos tempos da pedra lascada?!
    Não sei se me estás a perceber.

  8. Momento maravilhoso de entendimento.
    Um regresso ao passado de 40 anos para fazer Futuro.
    Belo texto para enquadrar.

    Prova dos Nove Histórica.
    Nos jogos políticos que fervem Francisco Assis foi ontem o líquido revelador esquecido da era digital de imagem imediata.
    A realização do programa deve ter-se divertido muito naquela “regi”.
    Constança Cunha e Sá estava a fazer História em directo sem ter que perguntar e deixando falar.
    Fernando Rosas com palmadinhas de consolo no Assis entrou directo no fascinante Mundo Novo dos brilhantes jovens com discursos de coerência e destemor.Os ilustres filhos de 60 a mostrarem que foram ensinados a pensar.
    Foi a melhor noite Política dos últimos 40 anos.
    Cavaco detonou o que faltava para total compreensão.
    O atraso fatal daquela figura claque dos Marretas totalmente confiante no momento a que o chefe dera o mote vinha convidar Assis para “dançar” e acabou a falar sozinha.
    Foi a Prova dos 9 da agressividade anti-democrática e bafienta da aparvalhada e descontrolada direita que cavaco sustenta com sua MÃO ATRÁS DO ARBUSTO.

    Talvez o martírio de José Sócrates não esteja a ser em vão.
    Talvez seja hora do mãnhas despedir toda a equipa da acanalhas e oferecer outro jornal a taxistas e avós.

    Que bom ser o gelo político de António Costa a liderar o PS do momento.

  9. “António Costa, nesse sentido, tem o mérito de reafirmar uma inclinação do PS à esquerda e essa inclinação já teve o resultado de uma abertura do PCP e do BE ao PS. Agora, dadas as divisões no PS, essa abertura tem que ser cuidadosa.”

    ò joão, pareces o pires de lima a cagar lérias de cima dos teus 8,5%, que são inferiores aos 10% da catarina que diz serem curtos para impor coisas a 30%. ninguém te está a pedir para traíres os camaradas, só para colaborares no alívio do sofrimento. mas se não quiseres, tudo bem, afoga lá os gajos na austeridade dos pafúncios e continua o discurso a-culpa-é-dos-socialistas a ver onde vais parar no prolongamento destas eleições. será que estes burros do caralho alguma vez irão perceber que isto é um problema de sobrevivência da democracia, que o que está em causa é a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação, a liberdade de mudar e decidir e que os gloriosos amanhãs cantantantes já não convencem ninguém.

  10. Em primeiro lugar e como ainda se voltou a ver ontem, devemos estar todos muito agradecidos a um partido que se auto intitula Social Democrata e que já se deixou sequestrar por um Botas reciclado e por uma Quadrilha com gangsters do calibre do Marco António e do Relvas. Entre outras fases gloriosas do partido do fuza. Sempre fi!

    Em segundo lugar mais que cumplicidade, a verdadeira responsabilidade de figuras sinistras como estas na nossa vida pública também é em última análise dos eleitores portugueses! Nomeadamente com o protagonismo que se lhes reconhece, porque infelizmente também foram todos eleitos. Como aliás também se constata no Aspirina, com as maiores asneiradas de quem se diz muito preocupado com a Constituição Portuguesa?! Só ignorância pura e dura. Como o aliás o Cadáver, que na última tomada de posse avisou logo ao que vinha e não era para ser árbitro.

    No caso do Botas então é paradigmático. Albergue de escândalos como o BPN e para muitos portugueses ainda hoje contínua a passar sobre os pingos da chuva no que diz respeito à sua própria idoneidade?! Verdadeiramente espantoso. Se bem que na actualidade também sei de várias razões que me levam a pensar que já não consegue ser responsável por quase nada que lhe queiramos imputar hoje. Inclusive o comunicado ontem. Apesar de também não ser grande partidário de debater questões de índole mais pessoal – seja de quem for – em qualquer tipo de ambiente. A verdade é que o Botas ontem extravasou e em muito a última linha da decência política como PR. Logo ele que nem nunca foi político. Depois de dois mandatos como PM e outros tantos como PR. Parte dos quais como Cadáver Presidencial, é certo. Como aliás também já tinha acontecido com o Botas original. Inclusive e como o Valupi refere e muito bem, mais uma vez a apelar a quem só nos pode fazer mal. Mais uma traiçãozinha. Só por si suficiente, para o seu afastamento compulsivo em muitas Democracias.

    A única boa notícia é que depois do nojo e/ou bluff, nunca terá outro remédio que indigitar outro PM!

  11. Num sistema parlamentar o poder que tem o Presidente da República em Portugal é excessivo no que respeita a decisão de indigitar o Primeiro-Ministro. Ou tal vez seja que este concreto PR. Utilizou a instituição para mal interpretar a constituição dando mais importância os seus prejuízos ideológicos que a imparcialidade e o papel de representante de todos os portugueses e garante da estabilidade institucional e o arbitragem entre todos os parceiros da governabilidade. Num sistema parlamentar o grande protagonista e o Parlamento neste caso a assembleia da República representante da Soberania Nacional. Se o PR actua de tal forma está mais próximo a uma monarquia absolutista que duma República. O Rei de Espanha não tem a liberdade para nomear candidato a primeiro-ministro que tem o PR.

    Digo que o sistema tem falhanço, porque deve prever que um personagem como Cavaco seja PR e siga sendo fazendo política partidária. Por isso digo que tem excessivas faculdades.
    As palavras que o PR dirigiu ontem a todos os portugueses para indigitar a Passos Coelho são palavras mais parecidas a um personagem do Século XIX a dar um golpe de Estado do que um democrata do XXI.
    As razões dadas pela escolha feita são desideratos ideológicos do Sr. Aníbal.

    .- Não respeita igual a todos os partidos, distingue entre votos que tenham valor para o sistema que ele quer continuar, e votos que não devem ter-se em conta.
    .- A avaliação programática e ideológica dos partidos que foram eleitos não é própria dum PR. É o discurso feito por um chefe de um facão da política. O seu tono e o seu argumentário não faziam sentir a todos os portugueses amparados por a máxima figura institucional.
    .- O PR não tem nada que perder, é o seu último serviço os seus partidários políticos. Aliás jogou com o tempo da nova eleição Presidencial para fazer e o tempo de novas eleições para a toma da sua decisão.
    .- Sentiu mais perto as influências da governança europeia e as chamadas de Merkel, Mariano Rajoy e a convenção do PPE em Madrid, do que o seu posto de PR,
    .- As chamadas do PP espanhol, dum patético Mariano Rajoy, que vêm num governo da esquerda em Portugal uma imagem da que não gostam de ver como influe nas eleições do 20 de Dezembro na Espanha.
    Ou seja, uma vez avaliado que há uma coligação que suma maioria na assembleia da República para um PR neutral tem que ter a máxima predilecção na sua escolha porque garante a estabilidade política da legislatura. Para isso recebe e fala com os partidos da coligação, e devem ter tanta fidelidade para ele como os demais. Se a coligação fracassa no futuro não é responsabilidade sua.

    .- O senhor não quer deixar o posto vendo os seus inimigos políticos a governar.
    .- Não é próprio pôr como argumento que é uma tradição em Portugal que governa que ganha as eleições. Que razão constitucional é a tal tradição, como se a corrupção que pertence também a tradição também fosse boa. Pode ser esta ( como diria Valupi) uma ração primária para primários.
    .- Não é próprio argumentar insinuar que não todos os membros do partido socialista iam garantir a estabilidade.
    .- Não é próprio dar queijas de que não se puseram de acordo o PS e o PSD para governar e assim não tinha ele que intervir. É vergonhaço pôr tal argumento.
    .- Não é próprio trasladar o medo dos mercados. Esse medo já o sentiriam os eleitores no seu dia embora eles manifestaram-se e o senhor PR só tem que respeitar essa vontade.

    No entanto o orçamento vai ser feito pelo novo governo e o tempo vai avançando e a vontade popular é esmagada, e como bom moço de fretes vai cumprindo os recados dos senhores da austeridade para continuar com as políticas

  12. É a Democracia Parlamentar! E nunca devia ter estado mais nada em causa depois de apurados os resultados definitivos das eleições. O PR primeiro indigita o líder do partido com mais representação parlamentar. Que por acaso e devido ao nosso sistema proporcional nem sequer foi o partido mais votado pelos portugueses, como também estou farto de ouvir dizer. E só por isto o PS devia lembrar todos os dias que foi o partido mais votado! Da mesma forma que na Campanha Eleitoral nunca foi capaz de desmascarar o único programa eleitoral da coligação, o sound bite: “o Sócrates vem ai outra vez! Ao invés ainda deu o seu programa para discussão quando todos sabemos que as eleições hoje ganham-se com sound bites. Infelizmente o país não está mais inteligente!

    E como o líder do partido com mais representação parlamentar não consegue passar no Parlamento o PR chama o líder do segundo partido com mais representação parlamentar. Que entretanto até já tinha anunciado ao PR o acordo maioritário. Dúvidas? Nenhumas!

    Só a resposta a outra pergunta. Onde é que já se viu alguma coisa parecida ou igual? Em todas as Democracias Parlamentares Europeias. Em que os PRs não se põem a dissertar sobre os programas dos Governos ou dos outros partidos, matéria de facto do Parlamento. Ou de regimes presidencialistas. Ao PR o que é do PR e ao Parlamento o que é do Parlamento! Custa muito? Custa, a enviados providenciais à Terra, como se deve julgar o actual Cadáver Presidencial.

  13. João., compreendo sem dificuldade que possa existir um grau de ambiguidade, ou até de confusão, naquilo que escrevo. Potenciais ambiguidades e confusões que aumentam na proporção em que aumentar a natural distorção interpretativa nas leituras. Acontece a todos, e ainda mais quando as paixões politicas estão a condicionar a comunicação. Porém, causa-me sempre estranheza essa redução à partidarite de questões que remetem para o Estado de direito. É preciso estar fortemente mergulhado no sectarismo para tal acontecer. E a cultura do PCP, por razões também fáceis de entender, é essencialmente sectária.

    Conta lá: quando um Presidente da República promove, ou aceita, a invenção de uma campanha de alarme sensacionalista em cima de umas eleições para com isso prejudicar um partido e favorecer o seu, ou quando alguma imprensa especializada na defesa da direita comete crimes com a finalidade de usar escutas de conversas privadas em ordem a assassinar moralmente adversários políticos e prejudicar um partido, tu dirias que estamos a lidar com situações sobre as quais os restantes partidos e os cidadãos republicanos e democratas se devem abster de comentar por dizerem apenas respeito “aos interesses do PS”?

    É essa atitude, que sempre tenho visto na esquerda pura e verdadeira, que rotulo como de cumplicidade, no mínimo complacência divertida. No entanto, caso o alvo fosse alguém ligado ao PCP, ou o próprio PCP, tu verias o PS e todos os socialistas, dos militantes aos simpatizantes, a saírem de imediato a terreiro na denúncia dos abusos e na defesa dos direitos violados. Esta é a puta da verdade.

    O teu sectarismo de cassete leva-te a falar do PS como sendo um partido de direita porque tu fazes por automatismo cognitivo o apagamento da história do PS na sua totalidade, onde estão muitos dos valores, causas, conquistas e realizações que os comunistas apregoam. Como estás dominado pelo maniqueísmo, tens de agarrar-te a certas partes das governações socialistas onde podes apontar diferenças radicais. Só que tal má-fé, tal desonestidade intelectual, apenas consegue reforçar a tua imagem de fanático para quem a ideologia é superior à democracia.

    Quem está a mudar, caso venha a existir um acordo entre o PS e o PCP para uma governação comum nesta legislatura, não são os socialistas. Quem está a mudar são aqueles que sempre se tinham recusado a qualquer negociação a este nível a menos que pudessem impor o seu programa como se tivessem vencido as eleições. Acontece que nunca o PCP venceu o PS e, por isso, se a ideia for mesmo a de se negociar, muda mais aquele que vale menos.

    Azarinho, ó pá.

  14. «Por isso mais uma vez apelo a todos os socialistas e democratas se preciso for fazer uma manifestação para corrermos com os fascistas que perturbam a democracia. Sendo que o primeiro e´ Cavaco Silva. Não vamos ter medo de chamar os bois pelo nome como se diz no adágio popular. E´ que se tivermos condescendência para com esta gente, ela não tem por nós.»

    Bem cada um tem direito à sua opinião. Só que esta genta fala TANTO, TANTO do passado, apela à «revolução» mas NÃO TEM SOLUÇÃO. Venham novas eleições, claro, e aí veremos os ABSTENCIONISTAS a manifestarem-se.

    Um país cheio de POLÍTICOS CARREIRISTAS, com partidos políticos com gente a ser investigada e a investigar e, no entanto, estes portugueses que se arrogam o DIREITO de impôr a sua democracia, persistem em Sísifo de forma que faz dó! Mais ainda, quando proveniente de alguém que até menciona o antes 25 de Abril …

  15. Caramba, e há até quem comente sobre órgãos de soberania e sistema parlamentar! Esquecem-se que o PR é um OS…e que o sistema parlamentar PORTUGUÊS VALE AQUILO QUE O TRATADO DE LISBOA QUISER! Pois…deste lado não se fazem cursos por fax…

  16. enganas-te, numbejonada; se o triunvirato (Cavaco, Passos, e Portas) for deixado a governar com poderes diminutos, o que te garante que o (ou a) próximo presidente vai dissolver o parlamento e não tenta antes a solução ready-made que lhe oferece o parlamento? Ao contrário de Cavaco, o próximo PR vai precisar de ganhar eleições; e não as ganha sem previamente se pronunciar sobre este pírrico enredo;

    teremos aí, não há-de tardar muito, o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa a exigir que o Triúnviro Primeiro lhe desampare a loja.

  17. Peço, desde já desculpa, pelo atalho, mas ouvir montenegro dizendo que Ferro , não se apresenta como idónio à Presidência da Assembleia, é como acreditar, que assunção , na noite eleitoral, tenha recebido, um telefonema da filha, dizendo ter ganho o Jackpot do casino de…

  18. “Ó João.
    Não sei porquê, apetece-me mandar-te bugiar. Mas não o faço.
    Será porque também eu sofro da síndrome de “um PS amarrado às políticas de direita”?
    Ou será que o não faço porque procuro comportar-me urbanamente, dum modo civilizado e já distante dos tempos da pedra lascada?!”

    Faz o que quiseres mas, de minha parte, os ataques do PS ao PCP e ao BE não ficam sem resposta – e não sou militante de nenhum deles, sou eleitor do PCP.

    Se há tréguas para uma coligação de esquerda que venham elas. Se não há tréguas e se continua o choradinho do PS coitadinho abandonado pelo PCP [quando nunca quis acordos de fundo com ele, preferindo-os com a direita] no parlamento então siga a marcha.

  19. “… não sou militante de nenhum deles, sou eleitor do PCP.”

    poizé, se calhar vais ter de mudar de partido. os camaradas depois fazem-te um desenho.

  20. reis
    23 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 14:40
    sobre órgãos de soberania e sistema parlamentar e cursos por fax.

    Meu caro, não abro linques ( sendo certo que abri um ou outro de um comentador aqui – PIMPAUMPUM).

    De qualquer modo, permita-me dizer-lhe que, por formação académica ( uma de várias, perdoe a menção) posso dizer-lhe que a decisão tomada pelo PR português está correta. Está ESCORADA na CRP e, acredite, foi bem estudada pelos seus assessores na matéria ( que ensinam e doutrinam sobre a matéria). Tudo se resolve numa moldura de competências, atribuições e ESTATUTO do decisor – neste caso, o PR.
    INCRÍVEL é o espetáculo que se passou neste país, e que o mesmo tenha estado politica e institucionalmente parado por causa de políticos carreiristas que querem à viva força PODER, MANDAR e neste perpetuar – apanágio da ESQUERDA DITADORA ( esta sim, sangrenta e vingativa).
    Quanto ao curso por fax, pois…desculpará…a via telemática é importante, mas ainda assim, deve ser usada em conformidade.

  21. “… não sou militante de nenhum deles, sou eleitor do PCP.”
    poizé, se calhar vais ter de mudar de partido. os camaradas depois fazem-te um desenho.”

    A mim isto parece-me um comentário idiota.

  22. Comentador João! Eleitor do PCP? A sério? Diga-me uma coisa boa do PCP, a nível nacional e internacional….Ora mande aí.

  23. IGNARALHO, ofendes um dos teus? Mas tu pensas que és o quê, pá? Tu és um desertor do PCP, pá, que gosta de dizer que é ESQUERDALHA e anda de bandulho cheio armado em capataz, desejando ser direita…mas tem vergonha… Caramba.

  24. joaopft
    23 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 14:28
    numbejonada, o tratado orçamental vai querer um orçamento já, não daqui a oito meses.»

    Oiça, haja movimento e discuta-se na perspetiva do INTERESSE SUPERIOR do PAÍS. Umbigos de lado.
    Há reprovações? Siga «a marinha» dentro da lei…
    Agora, algo que esta gente não tem considerado chama-se TRATADO de LISBOA. Ou será que pensam que a TROIKA é a única ….filha da UE? Aí é que se vai ver o que é SOBERANIA, PODERES e PODER PARLAMENTAR.

  25. “Diga-me uma coisa boa do PCP”

    – O programa do PCP para o país. A contínua acção de proximidade – junto das populações – das lutas políticas do PCP. Frontalidade. A confiança no povo português.

    “internacional”

    A afirmação da ideia de um Portugal com voz, sem medo de existir. Só um país sem colhões pode reagir como reagiu o PSD e o CDS à iniciativa do PCP no parlemento Europeu de propor um fundo de apoio a países que queiram sair do Euro. Qual é o problema disto? O PCP não andou a pedir fundos para Portugal sair do euro, andou a solicitar a inclusão de uma provisão orçamental para a hipótese geral de algum povo, de algum país da euro-zona querer sair do euro.

    Não esteve a Grécia com o apoio do PSD-CDS a ser pensada para sair “temporariamente” do euro? Em que medida então é que segundo a direita parece ser impensável e impronunciável a hipótese de saídas do euro na UE se a direita foi a que esteve mais próxima de o realizar com a Grécia.

  26. joaopft
    23 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 14:23
    «solução ready-made que lhe oferece o parlamento? »

    Mas acha que o AR OFERECE alguma solução?!
    O que tem sido a história político – social e económica dirigida pela AR?! Em TODOS os assentos naquela existentes? Já pensou que a solução de gestão não pode continuar na mão de POLÍTICOS CARREIRISTAS, como os que existem em Portugal?! Olhe bem a composição de TODOS os partidos portugueses. Que fizeram eles em Portugal?! NADA! Estragaram, delapidaram, passaram e passam impunes porque NUNCA HOUVE um juíz que tivesse sido apoiado na concretização da responsabilidade política geradora de danos. Na verdade, até houve uns poucos, mas sabe o que eram os bastidores desses MAGISTRADOS?!Veja, agora o que acontece no caso em que SÓCRATES está aparentemente implicado. Já viu a obstrução que tem sido feita aos MAGISTRADOS que dirigem a investigação? São CRITICADOS pelas fugas de informação ( acusam-nos e imputam-lhes crimes de tomo, a sua competência é posta em causa, temos advogados a fazer AUTOS PROBATÓRIOS à frente da televisão, outros a usarem o boletim da OA para pavonearem as suas «suposições»! ISTO É O QUÊ?
    Temos BURRAS ministrando doutrinas armadas de competência académica, o que ilustra bem o pensamento português! A cegueira é tal que NEM LER SABEM! E invetivam porque se discorda deles. Isto é Portugal e é AR! Só falta termos um parlamento do género Kosovo, em que um dos deputados largue gás lacrimogéneo, quando alguém dele discordar! E isto porquê? Porque se dá IMPORTÂNCIA ou não se modera a IMPORTÂNCIA dada a estes POLÍTICOS! Que adoram o «five minute of fame» e se realizam no protesto sem SOLUÇÃO. Borrifando-se para os eleitores.
    O espetáculo da ESQUERDALHA é impressionante e, ainda por cima, DÃO TRUNFOS ÁQUELES que QUEREM DERRUBAR.

  27. “Quem está a mudar, caso venha a existir um acordo entre o PS e o PCP para uma governação comum nesta legislatura, não são os socialistas. Quem está a mudar são aqueles que sempre se tinham recusado a qualquer negociação a este nível a menos que pudessem impor o seu programa como se tivessem vencido as eleições. Acontece que nunca o PCP venceu o PS e, por isso, se a ideia for mesmo a de se negociar, muda mais aquele que vale menos.”

    Você provavelmente não se lembra, não sabe, ou quer esconder, que houve uma altura no passado em que se colocou a alternativa no PS de coligar-se com o PCP ou com a direita. Fez-se um referendo interno no PS e ganhou a preferência pela direita. Este tem sido o PS realmente existente até chegarmos aqui.

  28. João., constato que te calas em relação à violação do Estado de direito. Será o Estado de direito uma invenção do imperialismo capitalista, um luxo burguês, alguma coisa que só interessa a socialistas vendidos à direita e congéneres? No entanto, o PCP sempre se arrogou como o mais fiel intérprete e defensor da Constituição. Como será que concilias essa contradição na tua cabeça de comunista, ver os defensores do texto constitucional a ficarem calados quando ele é pervertido e usado contra democratas? Pelo que se lê, não concilias, apagas. Segues a prática estalinista de refazer as fotografias que já não ficam bem na fotografia oficial. Só te preocupas com os teus, és um fanático religioso obsessivamente ocupado pela tua tribo e sua mitologia. Tudo o resto vês como inimigos a cercarem a Soeiro Pereira Gomes.

    Se tudo o que tens a dizer é fazeres referência a “uma altura no passado” que não sei quê, não tenho mais nada para conversar contigo.

  29. O que eu falei em relação aos interesses do PS falei em relação a interesses eleitorais – ou seja, em relação à crítica política do PCP ao PS. Quanto ao mais o PCP não lançou, nem participou em nenhuma das campanhas negras da direita contra o PS, e houve algumas e bem graves, nomeadamente aquela das escutas lançada do palácio de Belém por Cavaco Silva – razão pela qual não consigo entender a simpatia de Assis, Beleza, Brilhante e outros por alianças com a direita em caso de ter minoria. A direita já mostrou não conhecer limites no que respeita a campanhas negras.

  30. Outra vez, e a talho de foice, peço desculpa pela interrupção,

    Costa, quando têm de dizer, Diz, e a primeira palavra foi para, Negrão, o que demonstra apreço por quem , foi empurrado para o sacrif.
    Não deixou, de pôr o cavaco no seu lugar, ( mais latim seriam pérolas para porcos )
    Lamentável, montenegro, que sente o tapete fugir do chão

    Muito positivo – Ferro, que pareçe desenhado para Pres. Assemb., ao contrário de sua cinzenta antecessora, e ouso esperar que lá permaneça por, Bons e Largos anos.

    Muito negativo – Bancadas à direita, que ao fugir o chão, estrabucham, como se lhes valesse de qualquer coisa.

    Tivessem andado na rua, nos últimos quatro anos, E MEIO, e talvez não estranhassem tanto.

  31. «João.
    23 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 17:09
    “Diga-me uma coisa boa do PCP”

    – O programa do PCP para o país. A contínua acção de proximidade – junto das populações – das lutas políticas do PCP. Frontalidade. A confiança no povo português.»

    Meu caro, perdoe-me a franqueza, mas isso é onde? Quais populações? Quais lutas políticas? Olhe bem para o Código do Trabalho ou para os empatas que são p.e. os dirigentes sindicais … ou para os trabalhadores que pensam que as empresas se aguentam sozinhas e vivem ao toque de «ACT´s» e direitos, mais direitos…

    «“internacional”

    A afirmação da ideia de um Portugal com voz, sem medo de existir. Só um país sem colhões pode reagir como reagiu o PSD e o CDS à iniciativa do PCP no parlemento Europeu de propor um fundo de apoio a países que queiram sair do Euro. Qual é o problema disto? O PCP não andou a pedir fundos para Portugal sair do euro, andou a solicitar a inclusão de uma provisão orçamental para a hipótese geral de algum povo, de algum país da euro-zona querer sair do euro.»

    Meu caro,

    Se Portugal NÃO tivesse medo de existir OPUNHA-SE INTELIGENTEMENTE à globalização…
    Mas NÃO SABE que Portugal pode saír da UE se QUISER? Qual é, então, o problema com o seu partido? Onde estava quando foi assinado o Tratado de Lisboa? Sabe o que está lá?

    E essa história universal! Você sabe a vivência comunista de ex -URSS´s, ou de outros comunistas (franceses) que quando visitaram esse maravilhoso sistema comunista?! Fome, discriminação, ATÉ PROPRIEDADE PRIVADA para chefias comunistas!
    Mas a Grécia atual ou de um passado recente é EXEMPLO para alguma coisa? A não ser, evidentemente, na minha opinião, para encenações de «barrigas cheias» que querem protagonismo…como foi o caso. Só reforçaram a Alemanha ( que os delapidou com o consentimento do povo grego).
    O PCP português lembra-me o folclore do «Malhão», desculpe lá….

  32. E. claro, nem falemos da reação comunista histórica na Rússia – violenta, sangrenta, saneadora…nem crianças escaparam. Eram os descendentes….

  33. Se o PCP responde eternamente pela URSS então a direita responde por coisas como esta. Responde pelos seus “heróis”.

    Da responsabilidade das “democracias”, neste caso da Inglaterra, passando por tempos de governo de Churchill:

    Caroline Elkins, a professor at Harvard, spent nearly 10 years compiling the evidence contained in her book Britain’s Gulag: the Brutal End of Empire in Kenya. She started her research with the belief that the British account of the suppression of the Kikuyu’s Mau Mau revolt in the 1950s was largely accurate. Then she discovered that most of the documentation had been destroyed. She worked through the remaining archives, and conducted 600 hours of interviews with Kikuyu survivors – rebels and loyalists – and British guards, settlers and officials. Her book is fully and thoroughly documented. It won the Pulitzer prize. But as far as Sandbrook, James and other imperial apologists are concerned, it might as well never have been written.

    Elkins reveals that the British detained not 80,000 Kikuyu, as the official histories maintain, but almost the entire population of one and a half million people, in camps and fortified villages. There, thousands were beaten to death or died from malnutrition, typhoid, tuberculosis and dysentery. In some camps almost all the children died.

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    The inmates were used as slave labour. Above the gates were edifying slogans, such as “Labour and freedom” and “He who helps himself will also be helped”. Loudspeakers broadcast the national anthem and patriotic exhortations. People deemed to have disobeyed the rules were killed in front of the others. The survivors were forced to dig mass graves, which were quickly filled. Unless you have a strong stomach I advise you to skip the next paragraph.

    Interrogation under torture was widespread. Many of the men were anally raped, using knives, broken bottles, rifle barrels, snakes and scorpions. A favourite technique was to hold a man upside down, his head in a bucket of water, while sand was rammed into his rectum with a stick. Women were gang-raped by the guards. People were mauled by dogs and electrocuted. The British devised a special tool which they used for first crushing and then ripping off testicles. They used pliers to mutilate women’s breasts. They cut off inmates’ ears and fingers and gouged out their eyes. They dragged people behind Land Rovers until their bodies disintegrated. Men were rolled up in barbed wire and kicked around the compound.

    Elkins provides a wealth of evidence to show that the horrors of the camps were endorsed at the highest levels. The governor of Kenya, Sir Evelyn Baring, regularly intervened to prevent the perpetrators from being brought to justice. The colonial secretary, Alan Lennox-Boyd, repeatedly lied to the House of Commons. This is a vast, systematic crime for which there has been no reckoning.

    http://www.theguardian.com/commentisfree/2012/apr/23/british-empire-crimes-ignore-atrocities

    Então “olho” para maltinha como você e sei o que vocês acham. Acham que vocês têm o direito de matar, de massacrar, de exterminar uma vez que só aos outros pedem contas.

    Se quer mais de Churchill e da Inglaterra também se arranja:

    “Some three million Indians died in the famine of 1943. The majority of the deaths were in Bengal. In a shocking new book, Churchill’s Secret War, journalist Madhusree Mukherjee blames Mr Churchill’s policies for being largely responsible for one of the worst famines in India’s history. It is a gripping and scholarly investigation into what must count as one of the most shameful chapters in the history of the Empire.”

    http://www.bbc.co.uk/blogs/thereporters/soutikbiswas/2010/10/how_churchill_starved_india.html

    Repare que estes dois casos brutais ocorrem num espaço de 10 ou 15 anos. O que mais terá ocorrido.

    E isto falando só da Inglaterra.

    Se a argumentação é crimes, que a URSS cometeu, é verdade, então assumam também os vossos que não são poucos.

  34. O MES finalmente tem a 2ª figura do Estado…
    Esteve por um fio para ser abafado no caso Casa Pia, a exemplo do protegido Pedroso, mas lá se safou (com o esquema da perninha que foi fazer no Parlamento Europeu) e agora já anda ali a mandar nesta merda toda…

  35. Ó Teodoro, mas que raio de comentário .

    O MES já não existe .
    E salvo erro, o ex-Presidente eleito Jorge Sampaio, também militou no MES .

    Mas que tem isso de grave ?

    Processo Casa Pia ?
    Associa a pessoa ao caso de que modo ?

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