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Passos, ao longo deste ano, tem largado invectivas contra a retórica, a demagogia e o populismo. Ao mesmo tempo, agarrou-se ao termo “realismo” como muleta discursiva para embrulhar qualquer medida que o Governo tome ou deixe de tomar. Mas Passos é o mesmo que fez uma campanha eleitoral demagógica e populista, apresentando propostas ultra-simplistas para uma realidade ao tempo já demasiado complexa para ser lidada sem um fundo consenso nacional entre os partidos do projecto europeu. Nessa altura, aqueles que apelavam ao realismo eram catalogados como mentirosos e delirantes por um Passos que nos garantiu ter uma alternativa muito melhor, muito mais fácil, muito mais real do que as “fantasias” de Sócrates, Barroso e Merkel.
Estamos, portanto, face a uma manifestação da loucura. A loucura tem de ser isto, ou também isto: a capacidade de afirmar uma coisa e o seu contrário sem responsabilização pela automaquia. Esta a hipótese bondosa, a de uma loucura generalizada, institucionalizada, onde o Presidente da República igualmente se apresenta louco, a sua palavra para nada valendo e, por isso, nada de errado encontrando no comportamento do primeiro-ministro. Uma loucura de regime, onde a maioria dos deputados faz com que a Assembleia da República seja cúmplice de dois outros órgãos de soberania actualmente sem representantes dignos do estatuto e do poder que lhes foi dado pelo Povo.
Esta situação é nova em Portugal. Não tínhamos defesas para ela e sentimo-nos, passados dois anos de loucura diária, em completo esgotamento de recursos mentais para lidar com a perversão política e cívica em curso. Eis o maior desafio lançado aos fundamentos da comunidade que somos, e queremos ser, desde o 25 de Novembro.
Val
Se um milhão de portugueses tivesse acesso
a este post, uma imensa maioria assinava por
baixo. Atendendo que as legislativas estão tão
longe no tempo, o problema que se põe, já
não é o que a canalha faz ou fez, mas sim o
que têm os portugueses de fazer para que
cesse este inferno.
Não vai cessar, Adelino, não vai cessar. “Abyssus abyssum invocat”. A loucura pode não ser de todos, e não é, como prova este post lúcido do Val, mas os loucos estão ao leme e a História revela-nos, à saciedade, que somos um povo manso, amorfo, conformista, indolente, deixa-andar, “Deus lá está”, “logo se vê”. O 25 de Abril não foi obra do povo. O povo limitou-se a ir atrás de um punhado de soldados que já enfrentaram um adversário morto. Penso que isto só vai parar quando estiver tudo devidamente apodrecido. Mesmo que um milhão ou dois ou três de portugueses lessem este post, de nada adiantava. A iliteracia é a nossa marca distintiva. Secular, tragicamente velha de novecentos anos. Mas todos aprendemos bem, e bem cedo, a conhecer os pais Adão e Eva e o paraíso que nos aguarda depois da morte. Nisto somos os maiores. Até mesmo uma “nação fidelíssima”.
às armas !
contra os canhoes,marchar marchar!
Em tempo.
O espectáculo degradante de ministros mentirosos, apanhados em flagrante mentira, protegidos pelo presidente da república e PM, Cavaco e Passos, e o silêncio das nossas hipotéticas elites académicas, políticas e sei lá que mais, é a prova rotunda de que somos, moralmente, um país de côrnos mansos.
gostava de saber porque é que o pcp foi tão meigo com o machete, ontém, na comissão de inquérito. o silva pereira e helena pinto resolveram o problema em 1/2 hora, o resto foi encher xóriços e perseguições à trivia.
o pcp esta´a guardar os cartuxos para o governo ps.
guardou-as para este episódio rocambolesco. cds sozinho contra as balas do be e pc (PS ausente). Está muito bom, sim senhor.
http://www.publico.pt/politica/noticia/psd-deixa-cds-sozinho-a-defender-corte-nas-pensoes-1608574
Adelino Ferreira, Maria Abril, Nuno cm, F. Soares e outros,
tal como nos tempos apodrecidos e irrecuperáveis do fim da Monarquia, que em grande medida se parecem, pelo menos MORALMENTE, com os que hoje vivemos na nossa Pátria, BASTA UM PAR DE CORAJOSOS para acabar com tudo em menos de nada!
Esta cambada de cobardes vão, um dia, ter o fim que merecem. Não tenham dúvidas.
Cobardes e, sobretudo, TRAIDORES!