O Zé Manel aproveitou uma eventual violação do segredo de justiça, ou uma pura invenção, para voltar a falar de Sócrates. Juntou uma entrevista de Seguro e estava pronto mais um capítulo da sua paixão funesta: Sócrates, o activo tóxico do PS. E do país. Um pormenor despertou-me a curiosidade, ter usado duas vezes a expressão “animal feroz”. Algo me dizia que havia aqui coisa. Encontrei estes casos:
Onde conduz a falta de humildade 10/10/2007
Para baixo todos os santos ajudam? 04/07/2009
Ninguém morreu na arena dos dez debates 13/09/2009
Quem não tem dinheiro não tem vícios. E não pode ter Sócrates 25/03/2011
Não esqueceu nada. Não aprendeu nada 29/03/2013
Os títulos são fixes, mas a repetição do petit nom ao longo dos anos exibe uma sensibilidade agarrada à dimensão animal, à ferocidade, ao sangue e às vísceras, ao suor e ao ranger de dentes – em suma, ao lado selvagem de Sócrates, a besta imunda. Só que não estamos ao abandono. Perante a ameaça que paira sobre a civilização, o Zé Manel assumiu a missão de combater o mal armado apenas com a sua aquilina inteligência, a sua exemplar deontologia e a sua devoção cívica, uma trindade de virtudes apolíneas que já tem lugar reservado na História.
O texto é um festival de insinuações, difamações, calúnias, boatos, deturpações, delírios e pulhices. Termina com uma prece: que finalmente apareça alguém para meter o animal feroz na pildra. Basta que se façam as “revelações” respectivas, algo que antigamente se fazia às pazadas até por analfabrutos no meio do deserto ou na Região Centro. Será desta?
A angústia do Zé Manel em 2014 recorda o desespero do Zé Manel em 2009. Também nessa altura, finais de Setembro, o nosso cavaleiro andante chegou a ameaçar o Presidente da República caso ele não lhe entregasse a cabeça de Sócrates numa bandeja:
"Das duas, uma: ou a seguir a 27 de Setembro fundamenta as suas suspeitas, e age em conformidade, ou se se limitar a iniciativas pífias terá enfraquecido a sua autoridade como Chefe de Estado, porventura de forma irremediável."
As suspeitas eram aquelas que o Zé Manel, em conluio com Belém, tinha andado a espalhar a 1 mês de umas eleições legislativas. Cavaco não lhe fez a vontade. Em contrapartida, ofereceu ao País o mais patético e degradante espectáculo que alguma vez se viu na Presidência depois do 25 de Abril.
Mas o artigo teve outra imprevista vantagem, a de ter levado a sair da toca esta peça de ourives: Os tablóides e a outra escrita. Francisco Seixas da Costa é uma figura simpática e produtiva, devendo já ter publicado no seu blogue material mais do que suficiente para fazer um delicioso livro só com episódios saborosamente anedóticos do seu passado diplomático. É também um socialista que apoia de muito perto Seguro sem ostensivamente hostilizar António Costa. Estamos perante um grande diplomata, pois claro.
Eis que o nosso embaixador resolveu destacar a porqueira do Zé Manel. Para a louvar. O educadíssimo e elegantíssimo Francisco Seixas da Costa rotula de inteligente e eficaz a manifestação doentia de uma perseguição de ódio. Mais, confessa ter-se divertido à inglesa com o exercício. Ocasião para perguntar: mas haverá alguém que apoie Seguro e que tenha, em simultâneo, uma mínima noção do que é a decência?
Fico grato pela sua atenção ao meu despretencioso escrito. Compreendo que, no mundo maniqueu que frequenta, o meu texto destoe. Por ele, fiquei a saber que apoio “de muito perto Seguro sem ostensivamente hostilizar António Costa”. Graças a si, o próprio Seguro deve ter sabido que o apoio “de muito perto”, coisa que talvez ele não suspeitasse. E, também pelo seu texto, Costa ter-se-á dado conta que eu o não o hostilizo, pelo menos “ostensivamente”. Terão eles ficado surpreendidos? Quando encontrar esses meus dois amigos, não deixarei de lhes perguntar. Agora, essa de que eu “louvei” o texto de JMF é digna de alguém que, se tivesse de submeter-se à prova que o tal Mário Nogueira contestou para o professorado, com certeza ia passar o resto da vida a dar explicações a recibo verde. Saber ler é o mínimo que se espera de quem escreve. E tenho a certeza de que o meu (também) amigo José Sócrates concordará comigo. Passando por sobre os seus gratuitos insultos, reitero que, por muito que custe a alguns, o mundo não se pinta a preto e branco. E que se pode ser educado sem, com isso, deixar de ser decente. O contrário é que é difícil.
ajudantes de merceeiro, um trabalha para o pinguço e o outro trabalhou para o belarmino, o seixas avia mercearias finas e o zé manel tratas das grossas. vendem banha rançosa ao poder e não aceitam reclamações, o finório diz que é falta de educação e o casca grossa responde com má educação, quando não agrada ou dá jeito censura pra cima.
oh costa! difícil é encontrar alguém conhecido de quem não te intitules amigo, paranóia vipeira.
a nossa história está cheia de cognomes interessantes que apenas os notáveis tiveram direito… :-)
Para este senhor Seixas da Costa, pouco importa que um texto “inteligente”, “elegante” etc tresande a calúnia contra uma pessoa concreta e profusamente nomeada. Evidentemnte,, desde que a pessoa caluniada, vilipendiada, avacalhada não seja a de sua excelência Seixas da Costa. A elegância da palavra escrita ou falada justifica tudo, desde que não seja a nossa excelência a estar no centro da calúnia artística, elegante, inteligente? Cada vez compreendo melhor porque chegamos ao ponto de ver os ministros, um a um, mais o senhor presidente da república, nemtir descaradamente e nada acontece. Afinal, há mais Seixas da Costa do que nós poderiamos imaginar. Quantos, neste universo de 9 milhões? Temo que os suficientes para eleger e reeleger mentirosos para os mais altos cargos do Estado. E da diplomacia.
Normalmente concordo com o que escrevem neste blog, mas este texto é uma crítica tremendamente injusta a Francisco Seixas da Costa. Eu interpretei o texto dele como uma crítica ao tom da crónica, pretensamente sério mas insidioso e cheio de preconceitos e meias verdades.
“De facto, num tom pretendidamente despido de preconceitos ideológicos (os quais, no entanto, transpiram por todo o lado), JMF combina com grande maestria um conjunto de insinuações, meias-verdades e inferências oblíquas (com pequenos truques de escrita, de efeito subliminar garantido para um leitor desprevenido), ficando sempre na soleira de poder ser visto a fazer alguma acusação concreta, não vá a mão da Justiça tecê-las. “
1) um doce para encontrares um destes escritos cheios de bílis dedicados aos socras, antes da opa falhada da sonae.
2) falta aqui aquela prosa do zé manel dedicada ao cavaco logo após a descoberta da conspiração das escutas, a dizer que não se deveria malhar na figura do presidente porque senão só ficava terra queimada…enfim, uma pérola vinda de quem fazia (faz!) aqueles ataques de pulha ao primeiro ministro.
3)vejo o escrito do seixas diferentemente: está a dizer ao zé manel (de modo simpático, concedo) que o conteúdo das suas prosas está ao nível da porqueira dos tablóides. também não me parece (acho que é mesmo o oposto) que seja um apoiante do seguro.
Desta vez o meu prezado Valupi meteu a pata na pôça. Acontece a todos.
Costumo ler e apreciar bastante os escritos de Seixas da Costa e penso que há aqui alguma injustiça na critica ao texto referido.
Não o percebi de todo como um artigo lisonjeiro, mas como uma boa estocada dada de forma subtil e educada.
Por outro lado concordo que no tratamento de JMF não vale a pena gastar o latim e os punhos de renda. O tipo é um pulha e um jornalista desonesto que faz do código deontológico do jornalismo um tapete imundo onde limpa as botas borradas todos os dias.
Mas numa coisa Seixas da Costa tem razão : o texto de JMF é inteligente e eficaz, não pelo conteudo em si ( que é podre, insultuoso e caluniador) mas pela forma como atinge plenamente o objectivo que se pretende : lançar lama para cima de uma figura publica que o próprio JMF odeia.
O sr. embaixador, que, como nos diz, sabe da urticária que JMF provoca a muitos dos seus amigos, não se pode queixar da virulência do texto acima. Por mim, acho que o Valupi o entendeu perfeitamente bem (tirando a parte do Seguro/Costa, que me parece um tiro na água). E tendo a concordar com ele: o(s) texto(s) do JMF não merece(m) qualquer cortesia (na parte que me toca, nem leitura)
o estilo de campanha de seguro,está a dizer-nos, que no papel de derrotado,não terá mais lugar no seu partido.é impossivel a convivencia com quem tão mal diz dos seus camaradas. uma coisa é contestar-mos a eficacia de uma liderança,outra coisa é entrarmos no ataque pessoal.
oh bécula, o blogue do senhor embaixador é que é baril para debitares prosa esquizóide e botares figura de intelectual no meio diplomático português, desamparavas a loja e combíbias com a fina flor da educação, elegância & inteligência nacionais. não tacanhes, faz link permanente disto: http://duas-ou-tres.blogspot.pt/ e vais ver o que é glamour de tróia, ali mesmo ao lado das tias da comporta.
oh maria, acho que o valupi entendeu muito bem o texto do senhor em baixa dor alheia, partilhada com o zé manel e mais do que isso, topa o baixador à distância. o embaixas nunca se compromete e quando se descuida, alega ironia. andou na campanha novo rumo a bater-se aos negócios estrangeiros do seguro, mas já concluiu que o tózero não chega lá e vai daí, já começou a dar banha ao costa e a dizer que é amigo do sócrates, inté lhe ofereceu um livro. só não diz que é empregado do mais rico e mal educado patrão português, o pinguço alex.
Seixas, felicito-te por teres vindo a este tugúrio numa madrugada de um Agosto frescote. Imagino o incómodo. Bute lá, então.
É difícil escolher a parte mais interessante nos presentes que trouxeste. Começo pela relação com Seguro, pois a audiência está com justificadas dúvidas acerca do acerto da minha afirmação. E eu também. Mas tu, se quiseres, irás esclarecer para que os cães se calem.
Eu cataloguei-te como apoiante de Seguro porque acreditei no que um Francisco Seixas da Costa aparecido no Expresso, a 27 de Maio, declarou. Isto:
– “Francisco Seixas da Costa sublinhou ainda que o Governo de coligação está a aproveitar esta situação [a candidatura de Costa] para ‘apagar’ a “estrondosa derrota” nas eleições europeias.”
– “Eu colaborei com Seguro na convenção Novo Rumo, dei a minha contribuição para uma proposta que considero sólida. (…) O PS apontou 80 propostas. É um programa sólido que mostra que o PS é uma alternativa”.
http://expresso.sapo.pt/para-a-direita-hoje-e-capaz-de-nao-ser-um-mau-dia=f872531
Ora, é possível que este Francisco Seixas da Costa não sejas tu, o nosso Seixas. Admito-o. O que não é possível é vocalizar esta prosa e não ser apoiante de Seguro. E daqueles próximos, que até fazem contribuições para propostas sólidas e tudo. Concordas, né? Pois.
Passando para outras temáticas. Dizes que sou maniqueu e que tenho a literacia de um típico professor português (não sei se estou a interpretar bem devido, lá está, à iliteracia que me aflige). Coisa que me parece justa de se dizer. Contudo, está assim para o curto, precisarias de explicar melhor. Sei que não o vais fazer, pois andas sempre ocupadíssimo, mas fica aqui o meu lamento.
Falta só tratar das questões afectivas. Diria que a tua amizade com Costa e Sócrates não devia sequer ter sido para aqui chamada. Mas isto, repara, somos só nós a falar, aqui onde ninguém nos ouve (literalmente). Uma vez que a trouxeste, chamo a tua atenção para o seguinte: seres amigo desses dois, seja lá em que grau e tipologia for, não me diz respeito – seres amigo do Zé Manel, e por isso achares que a sua obsessão odiosa deve ser alimentada com o teu aplauso público, ofende a cidade.
Disse.
Volupi. Não o trato por tu porque o não conheço de parte alguma. Quanto às europeias, se a ex-maioria não teve uma “estrondosa derrota” (com apenas 28%) então não sei o que é que obteve. Coisa diferente seria ver-me a dizer que o PS teve uma “expressiva vitória”, coisa que eu nunca repeti. Quanto ao “Novo Rumo”, no qual colaborei com muito gosto a convite de AJSeguro, continuo a considerar que fez um excelente trabalho, no qual colaborou muita e divera gente, tendo-se o próprio António Costa associado publicamente ao exercício. Último ponto: não julgava que, do meu texto, se pudesse inferir um “aplauso público” e que sou “amigo” de JMFernandes. Mas cada um lê o que lhe dá mais jeito. E, digo-lhe, mesmo “ocupadíssimo”, não me causa nunca o menor “incómodo” tentar (provavelmente sem êxito, mas é a vida!) repor a verdade, assinando por baixo, como sempre faço.
o texto do seixas é de uma inteligência refinada. como o do fernandes mal lavado.
o seixas é diplomata. e é civilizado.
por isso está disponível para dormir com todos.
o fernandes mal lavado terá percebido que o seixas o está a tentar engatar?
mas take it easy. é de ser verão.
Sobre o estipêndiado j m fernandes é gastar cera com
ruím “defunto”, desde que foi descartado perdeu por
completo a noção de decência, será que alguma vez
foi jornalista ???
oh seixas! deixa-te de merdas pá, tratamentos por tu e desconhecidos, não tarda estás a falar da cobardia dos anónimos e das valentias de quem dá a cara a troco de qualquer coisinha. já sabemos que não gostas de te comprometer sem ter a certeza de quem ganhou, mas poderias esclarecer o pessoal se votas no costa, no seguro ou em ambos e se fazes tenção de participar nas iniciativas do costa ou fica para depois, quando ganhar as primárias. poderia fazer-te estas perguntas lá no teu tasco, mas como habitualmente censuras o que não te agrada e truncas os diálogos a teu favor, faço-as aqui, uma vez que segues esta porra em directo às 3 da matina e ainda há por aqui quem se deixe impressionar com os teus feitos heróicos ao serviço da democracia.
Continuo sem perceber como é que é possível interpretar o texto de Francisco Seixas da Costa como um “aplauso público” a jmf quando é precisamente o contrário…
Seixas, trato-te por tu precisamente porque não te conheço pessoalmente. Admito que nessa eventual circunstância desse por mim a tratar-te por “vossemecê” ou “vossa senhoria”. Mas isso diria mais de ti do que mim, deixa-me cá lavar as mãos. No entretanto, trato-te como gosto de ser tratado – na boa tradição da aristocracia portuguesa de antanho.
Constato que não me deste nenhuma lição, sequer esclarecimento, acerca do meu maniqueísmo e da minha iliteracia. Fico eu a perder, escusado será dizer.
Por respeito pela tua e nossa inteligência nem sequer vou comentar o primarismo da falácia a respeito da diferença entre “estrondosa derrota” e “expressiva vitória”. Fica-me é uma dúvida: será que a tua carreira diplomática foi construída a partir destas inanidades? Temor e tremor só de pensar nesse cenário…
Vamos para o naco mais saboroso, e mais nutritivo. Alegas que o teu texto não configura um aplauso público ao Zé Manel nem permite a inferência de serem amigos. Nesse caso, as seguintes afirmações carecem de uma pitonisa:
– “JMF é um jornalista que leio sempre, desde há vários anos, com quem mantenho uma relação pessoal bastante cordial, a quem devo algumas atenções que não esqueço.”
– “Considero JMF um homem inteligente, que escreve muito bem, que tem a vantagem de ter uma agenda político-ideológica muito óbvia e transparente”
– “Como profissional de imprensa, é reconhecidamente hábil, o que não foi seguramente alheio ao facto de ter sido convidado para principal responsável por essa operação de construção de um projeto jornalístico de direita, solidamente apoiado em empresariado “com agenda” (dos acionistas à publicidade) que é o “Observador”, que existe como evidente objetivo de reforçar o controlo conservador na sociedade portuguesa, através dos “media”, apostando principalmente na faixa etária das redes sociais. Nada que seja ilegítimo, note-se! E, vale a pena deixar claro, o “Observador” é hoje um excelente produto jornalístico, que tem a virtualidade de não meter debaixo do tapete as cartas ao serviço das quais está, no caminho para as “échéances” eleitorais de 2015 e 2016.”
– “Volto, contudo, à “opinião” que ontem JMF publicou no “Observador” a propósito de José Sócrates, tendo como pretexto Ricardo Salgado. Muito me fez ela lembrar o modo como os “quality papers” britânicos agarraram, há mais de 30 anos, os temas mais delicados da família real. ”
– “JMF revisita, mas com a arte e a elegância de escrita que é a sua, o pacote de argumentos que é típico dos “tablóides” a que temos direito”
– “De facto, num tom pretendidamente despido de preconceitos ideológicos (os quais, no entanto, transpiram por todo o lado), JMF combina com grande maestria um conjunto de insinuações, meias-verdades e inferências oblíquas (com pequenos truques de escrita, de efeito subliminar garantido para um leitor desprevenido), ficando sempre na soleira de poder ser visto a fazer alguma acusação concreta, não vá a mão da Justiça tecê-las.”
– “É apenas um texto inteligente, quiçá eficaz.”
– “JMF pode ter uma certeza: terá sempre em mim um seu leitor .”
Calma, Seixas, vou fazer a síntese. Como sabes, se calhar até muito melhor do que eu, Aristóteles divide a retórica em três instrumentos de persuasão: ethos, pathos e logos. O último trata da racionalidade do discurso. O do meio do aparato emocional. E o primeiro é relativo ao carácter do orador. Ora, no que escreveste a respeito do Zé Manel está uma intencional, e elaborada, valorização do seu carácter. Começa logo por seres seu leitor fiel por boas razões, não por escabrosos motivos. Tu admiras no Zé Manel a inteligência, a habilidade, a arte, a mestria, a elegância, a qualidade da escrita e até a galharda transparência ideológica. Um caso em que a estética é a própria ética. Mas não só, tu divulgas o laço pessoal que vos une, prenhe de cordialidade e de atenções especiais. Se isto não configura uma amizade, o que será da amizade?…
Claro, a amizade é puta. Na política, o que não falta são os amigos. O que é chato, mesmo alérgico para a cultura diplomática, é arranjar inimigos. Uma vez que te dizes amigo de Sócrates, eu pagaria para vos ver a discutir esse texto do Zé Manel, onde ele despeja todo o arsenal das campanhas negras para cima do mafarrico. E texto esse que não te suscita nenhuma reprovação ética, antes o elevas a uma peça digna do “Times” onde se discorra sobre os cabeludos escândalos da família real.
Uma vez que estás a fazer o enorme favor de prestigiares este pardieiro com a tua presença, vou soltar um lancinante apelo. Peço-te que identifiques no texto do Zé Manel as “meias-verdades” que declaras existirem à vista desarmada. Estou seguro (pun intended) de que será um contributo notável para resgatares algumas almas do inferno do maniqueísmo, quiçá da iliteracia.
Força nisso, Seixas!
ò seixas, tá na hora de alegares que o texto era uma ironia, que somos todos burros com falta de humor para entender gajos inteligentes, educados e decentes, que não merecem a ração de perolas que serves diariamente no 1x2coisas.blogspot.pt
Volupi. Aos donos de alguns restaurantes costumo dizer: “vim cá três vezes: a primeira, a única e a última”. Aqui também. É que a gente da publicidade não é, de há muito, a minha praia. E o “tutoiement” aristocrático também não vai bem com o meu jacobinismo. Passe melhor!
Seixas, Seixas… Les beaux esprits se rencontrent.
pois é, ò seixas, no teu blogue é qu’é bom, aqui não podes censurar. podes ir à vontade que não deixas sódades e ainda deves ficar agradecido por ter tido direito a resposta, coisa impensável no teu democrático tasco. já agora e a propósito de praias para publicitários, li aquele blogue de morfes onde armas au gourmet e nem nisso te safas, tirando as borlas e atençãosinha nos pontos de comes.
as discussões com este presumido educado acabam sempre com a birra do costume: não gosto que me tratem por tu e não discuto com mal educados. a diplomacia portuguesa no seu melhor.
Tenho sido leitor com alguma regularidade do blogue do SENHOR EMBAIXADOR.
Confesso que quando li o post agora comentado fiquei com pele de galinha.
É um texto a elogiar um crápula e meia dúzia de linhas a dizer, delicadocemente, que o dito cujo crápula é um mestre oblíquo.
SENHOR EMBAIXADOR: grande sonsice a sua.
Não, não é sonsice…ou será?
Sonsice – qualidade de sonso, dissimulação, velhacaria, hipocrisia. Dicionário da Língua Portuguesa 2006 Porto Editora
custa-me nadinha dizer que a diplomacia precisava de testes psicotécnicos para aferir carácteres que conduzem nações. vou aos arames quando confundem boa educação com boa formação, foda-se!
e se eu estivesse a ser caluniada, ainda para mais sendo educadíssima e burilada pelas melhores artimanhas diplomáticas, defendia a minha honra até me doer a voz . a voz e o resto.
e ainda por cima faz questão de mostrar que o nome do autor do post é-lhe tão desconhecido que nem o sabe ao certo, tamanha é a distância da educação. puta que pariu tanta falsidade, tanta encenação. estou farta.
Gostei do confronto entre Seixas da Costa e Valupi. Continuo a crer que o senhor embaixador é muito mais convincente a opinar sobre coisas de gourmet e bons vinhos.
O Valupi foi assertivo e original, como sempre.
Quanto ao mal-cheiroso, viperino e maquiavélico Zé Manel Fernandes, tendo em conta o seu papel nas “escutas a Belém”, não merece sequer um traque. Dar-lhe corda, aqui ou no “Osculador” online, é contribuir para dar fama a gente como Fátima Bonifácio, Helena Matos (Sierra Maestra), Rui Ramos (historiador de um só olho), Maria Joana Avilez, Manuel Villaverde Cabral, e outros tansos.
Parabéns Valupi. Força Ignatz.
Ora esta! Que maçada, que aborrecimento, que contratempo, direi mesmo que chatice do caraças ver dois dos meus bloggers preferidos aqui a espadeirar sem necessidade por causa de um cretino como o JMF que francamente não merece o incómodo. Val, acho que a ironia do texto te escapou. E escapou-te com razão. Porque a ironia ou a subtileza, que o Sr. Embaixador tão bem cultiva, desta vez cultivou em excesso. Não é possível, ou não vale a pena, tratar com floreados uma criatura crapulosa como JMF. Por muito que aprecie a diplomacia, há situações perante as quais é inevitável tomar partido, a amizade não pode aceitar tudo, etc, etc. Dito isto, e tinha que dizer isto por muito banal que seja, lamento imensamente que estejam a perder tempo com alfinetadas até porque estou em crer que é mais aquilo que os une do que o que os divide. Isso é cada vez mais importante.
Gostei de passar por aqui, só não gostei de ver nomeado o pasquim.
nem o pai do zé manel taxista da direita,o vê com os olhos do senhor embaixador,pessoa que respeito.um socialista minimamente solidario com o partido,não pode tecer este tipo de comentarios a respeito de um dos maiores fdp da democracia portuguesa!
Ó linda, um educador é um formador e versa – vice.
Ariane, é possível que a ironia me tenha escapado. Mas achas mesmo, pelos comentários do autor aqui neste covil, que é esse o caso? Parece exactamente ao contrário, o de não haver no texto ironia alguma para o lado do Zé Manel, apenas para o de Sócrates…
Li a tal porcaria do Fernandes — o marmanjo que dirigia o Público quando da inventona jornalística das escutas de Belém e que, de seguida, ainda acusou Sócrates de mandar o SIS interceptar as comunicações do jornal.
Alguma alma bondosa lá acabou por dizer ao estupor que a porcaria dele era demais, mesmo para o jornal do vingativo Belmiro — a quem Sócrates não quis servir a PT numa bandeja, lembram-se? Correram com o Fernandes da direcção do jornal, mantendo-lhe os tostões de uma coluna de opinião, mas o gajo ficou até hoje a pensar que o autor do despedimento foi… José Sócrates. Além de porco, o marmanjo é lunático.
O Fernandes é mesmo porcalhão e não há inteligência nem talento que lhe valha, porque mesmo de borla e capelo será sempre um suíno. O texto “atento” do Seixas parece esquecer essa pequena verdade, em nome de confessadas “relações cordiais” e favores passados que não se esquecem.
Diga-se que a intenção do Seixas era boa. Ele criticou e denunciou à sua maneira palaciana (uma deformação profissional) a porcaria do texto que o Fernandes tinha vertido no estilo mais sujo dos tablóides a soldo. Mas o Seixas fez isso com tantas vénias e salamaleques de permeio ao suíno que acabou por ficar lambuzado nele.
Como é que se têm relações cordiais com um sabujo, se devem favores a um porcalhão e se elogia a inteligência de um suíno? Foi nisto que o diplomático Seixas não pensou. É pena, porque gosto de o ler no seu blogue.
oh júlio, se frequentas a tasca do embaixador já deves ter reparado que aquilo funciona à base de anedoctas reader’s digest, episódios profissionais de auto-elogio e tributo a sacanas, tudo na forma de relatório tradição estado novo . não há uma opinião pessoal que o comprometa, foi tudo ouvido a terceiros, lido de quartos e quando muito concluiu pela soma daquilo que ouviu dizer. nem no blogue do comes & bebes consegues apanhar uma opinião sobre o que comeu ou bebeu, fala sobre a decoração da sala, bota fotos da mobília, diz que se recomenda e se é caro ou barato, sem falar do preço. tudo o que escreve tem um objectivo: eu sou o maior, vejam lá se não se esquecem de mim. o zé manel faz o mesmo e melhor, sem ter necessidade de se defender a dizer que é socialista. quando espremido em discussões objectivas, como esta, dá de frosques porque o trataram por tu, não discute com mal educados, falta de inteligência para apreciar as ironias e subtilezas do diplomata, tangas de cagão que só consegue impor na tasca dele, onde censura o que não lhe convém e tem um séquito de lambe-botas no aplauso diário das vacuidades que debita e no pateada de quem afronta o alinhamento daquela comunidade de pêssegos.
Só se for para ti, Carlos Sousa. ou achas que os adultos, e os tolos, se educam?
e depois acho piada virem falar de fina ironia quando o autor em causa se pôs a andar com a carapuça enfiada até aos dentes. se não conhecia, muito menos agora passarei a conhecer o blogue de alguém que é uma maria vai com todos. e agora, com um jeitinho, até está a ir com o aspirina. importa ficar bem. ando farta de sustentar pançudos.
oh bimba! aproveita que os granfos precisam de táxista lá no blogue do embaixador.
se calhar até te deixavam publicar aqueles poemas que aprendeste a fazer com o xico da benedita.
Ignatz, tento apenas ser justo, é barato e não dói.
O blogue do Seixas era, tanto quanto sei, único no género na profissão das Necessidades. Era o único embaixador que ousava dialogar na blogosfera e contar umas coisas da sua secretista área de actividade, de cujo dia a dia o comum dos portugueses em geral sabe zero, ou menos. Enquanto foi embaixador, o Seixas era mais prudente com o que dizia, tentava passar opiniões de forma um pouco tortuosa, só para os happy few que o podiam entender. Desde que se reformou, essa contenção tem-se atenuado bastante e já emite opiniões claramente. Não gostas delas? São opiniões. Manteve, porém, um certo estilo Necessidades e outros atributos pelos quais não o recomendo. Mas como também tento aproveitar o lado positivo das coisas e não me tenho dado mal com isso, continuarei a gastar dos bytes do “duas ou três coisas.” Também gosto de ler aqui as tuas tiradas truculentas e os teus pensamentos , embora não goste de tudo. É assim a vida.
Sem hard feelings, o teu admirador selectivo,
Júlio
há gajos e gajas quem tem orgasmos quando falam com embaixadores em carne e osso e se o gajo responde, fónix, orgasmo duplo, mas tirando os problemas sexuais que o gajo possa causar em desconhecedores da raça, salvo raríssimas excepções, aquilo resume-se a cagança, conversa fiada e especialmente viver bem, fazendo muito pouco à custa do oge. as tais coisas que gostarias de saber, eles não contam para não correrem o risco de irem presos. se conseguires um poste do méne com uma opinião dele próprio, nada de redacções ou compilações de ideias alheias, bota aí o link para eu mudar de opinião.
Val, pode ser que eu me engane, pois pode. Estou a julgar pessoas pelo que escrevem sem as conhecer pessoalmente. Mas o meu julgamento é um exercício legítimo e não tenho nada a perder a não ser mais um pouquito de ilusão. Posso bem com isso. Em relação ao Sr. Embaixador posso dizer-lhe exactamente o mesmo que ele disse a JMF: “pode ter uma certeza: terá sempre em mim um seu leitor . Porém, atento.” Entendi isto como um alerta e pela minha parte é mesmo. Leio o blog dele desde sempre. Quando era Embaixador no activo teve bastante coragem de assumir posições nem sempre fáceis, com todas as limitações de quem tem que representar o seu país e não pode tomar partido publicamente. Agora que deixou de estar no activo vejo-o adaptar-se a uma nova situação em que já pode dizer tudo mas ainda não reganhou o hábito. Irá aos poucos, ou não irá de todo? Veremos com o tempo se a profissão se colou à pele. Não sou tão radical que descarte toda a gente e reduza o mundo a eu e eu e eu. Mas, é claro, no meu mundo também não entram certas pessoas. Espero para ver.
Ariane, é natural que surja uma confusão entre a imagem que cada um terá feito do Seixas da Costa ao longo dos anos e uma eventual análise onde essa imagem seja questionada de alguma forma. Como também assinalei no “As deixas do senhor Seixas”, o homem é uma das presenças mais simpáticas na blogosfera, tanto pelo seu estatuto e experiências partilhadas como pela sua produtividade. Numa altura em que os blogues perderam por completo a sua relevância e público para o Facebook e Twitter, ele cumpre um dos ideais originais da actividade do blogger: escrever pelo menos um texto por dia. Assim, criou um grupo de leitores fiel e heterogéneo, com todo o mérito.
Aquilo que me levou a escrever sobre ele, porém, não tem nada a ver com essa imagem generalizada. A mim interessou-me a forma como ele expressa o seu apoio a Seguro, pois neste caso tal passou por ir destacar a escória do jornalismo português. Não tenho qualquer dúvida: se o texto do Zé Manel lhe fosse repulsivo, ele ou o teria atacado abertamente ou, caso não quisesse expor a sua reprovação, simplesmente teria ficado sem lhe fazer referência. Acontece que nada disso se passou, e o que vimos foi um minucioso trabalho de justificação para conseguir levar mais leitores para o texto do Zé Manel.
No fundo, é a minha convicção, o nosso embaixador deliciou-se com o balde de merda que o Zé Manel tinha para despejar no espaço público. E tal perversão cívica só se explica à luz das paixões políticas. É cristalino: tudo o que sirva para manter a diabolização de Sócrates está ao serviço da sua colagem a Costa.
isso é o prato do dis na tasca 1×2, ontém havia broches ao carlos costa e ao pires de lima. hoje diz-se voyeur da direita para concluir que nas próximas primárias do ps vai ter de escolher entre o seguro e o costa que chafurdam peixeirada política, mais própriamente os apoiantes, deixa os chefes de fora à cause des mouches. tudo isto no mais elevado patamar de educação, elegância, cultura e civilidade a que nos tem habituado e que deve ser prática corrente nas reuniões de administração, que frequenta na mercearia do rico mais mal educado de portugal. prontes, tou farto de seixas.
Cópia da “tese” de um Anónimo sobre o JMF. Pode ser que tenha razão…
Lá que a obsessão é doentia, é.
A natureza da pulsão é que tem de ser encontrada.
Anónimo disse…
Sr. Embaixador
Foi um autêntico achado dar com o seu post.
Há muito que ansiava por poder contactar alguém que conhecesse pessoalmente o JMF e no seu caso, até, com alguma amizade pelo homem.
Ele já foi diretor de um grande jornal e a sua situação profissional tem estado em queda desde há muito.
A causa parece-me ser a obsessão doentia que ele tem pelo Sócrates.
O SR. Embaixador aconselhe-o a consultar um bom psiquiatra.
Um indivíduo de que me falaram, tinha um obsessão semelhante por um político e afinal a obsessão era devida a uma forte pulsão sexual reprimida pelo mesmo político.
Hoje em dia há muitos tratamentos disponíveis.
6 de Agosto de 2014 às 23:00