Aprender a ser humilde com Paulo Pedroso

Ana Gomes convidou Paulo Pedroso para fazer parte da sua campanha presidencial e ele aceitou. Entendo as razões do convite, e aplaudo-o, não entendo as da ligação do Paulo a uma candidata que representa as piores pulsões justiceiras de que o próprio é uma vítima já inscrita na História.

A minha mãe, a poucos meses dos 86 invernos, disse-me “Já tinha decidido que nunca mais iria votar, fosse para o que fosse, mas agora com a Ana Gomes a concorrer quero ir votar nela.” Esta cidadã, com a 4ª classe tirada numa aldeia durante o salazarismo e uma vida de serviço à família, não adquiriu competências e conhecimentos para teorizar a sua motivação. Mas ela, sem carência de inteligir a afectividade motora, está a reagir à marca da personalidade pública. Ana Gomes encena ter pureza moral, integridade inviolável, coragem heróica, fervor anticorrupção. As suas prestações mediáticas são invariavelmente exercícios de pathos em que repete os clichés dos populistas que vingaram como artistas da política-espectáculo num longo processo que remonta aos anos 80 e explodiu com a crise de 2008 e suas devastadoras consequências económicas. Basta um exemplo entre, literalmente, milhares: Ana Gomes diz que se candidata às presidenciais para limpar o país

O País está sujo, emporcalhado, fede, pois anda tudo a roubar menos a Ana Gomes, claro. E não só anda tudo a roubar como apenas se rouba porque eles, os políticos, deixam que se roube. Donde, basta colocar no lugar dos políticos quem odeie os políticos-ladrões para acabar a roubalheira; exactamente como promete, garante e afiança esta garbosa senhora disponível para passar com a esfregona nas fuças dos corruptos, esses porcalhões. É a mesma cassete do esgoto a céu aberto, do Pacheco, do presidente do 10 de Junho de 2019, da claque da Joana e do Calex, da comissão para o regresso do Passos, e ainda do tal Ventura que apenas tem de acelerar na autoestrada da pulhice que a indústria da calúnia foi construindo desde 2004 por causa de um certo Sócrates.

Não há quem se lembre de algo aproveitável acerca da corrupção saído da boca ou do teclado de Ana Gomes por uma simples e incontornável evidência: ela não tem dessa fruta para vender. Tal como os seus restantes colegas caluniadores profissionais, não estudou o assunto e tem alergia aos números. Aliás, quem pretenda singrar nesta carreira tão bem remunerada tem de ter o maior cuidado com as fontes e dados objectivos acerca da corrupção em Portugal. Há que fugir disso como o Diabo da cruz, a realidade só atrapalha e confunde o público. O que se pretende são títulos garrafais, escutas escolhidas a dedo e montadas à maneira, fotografias vexantes e a beleza daqueles videozinhos em que vemos a bandidagem a gaguejar ou a exaltar-se com os santos dos procuradores e suas convicções graníticas. A energia que Ana Gomes gasta a insinuar, ou declarar sem rebuço, que fulano não presta e beltrano é ladrão flui sem obstáculos e vai sempre em crescendo porque ela também tratou há muito de varrer os princípios da presunção de inocência e do direito a um processo justo para debaixo do tapete. Um outro tipo de limpeza, agora dessa tralha toda pela qual tantos deram a vida ao longo de séculos e séculos, portanto.

Nos últimos anos, no quase anonimato dos seus blogues, Pedroso tem sido capaz de fazer o que não vi ser feito por mais ninguém com a sua acutilância e autoridade – a denúncia da sistémica disfunção das magistraturas do Ministério Público e judicial de que resulta a violação do Estado de direito democrático pelo pilar do regime a quem é dado o poder de fazer justiça. Tópico que suscita indiferença a Ana Gomes, ocupada como está com os malvados socráticos e contas desse rosário. Os jornalistas censuram passivamente as palavras de Pedroso porque o sistema partidário, os Presidentes da República e os poderes fácticos censuram activamente o seu pensamento. O regime convive bem, e até mais do que bem, com o festival de se acusar um ex-primeiro-ministro de corrupção. Já não convive tão bem com o aborrecimento de se acusar um superbanqueiro de corrupção porque, lá está, o coitado nem sequer é político e foi generoso com tanta gente. Agora, pensar em questionar o mandato da Santa Joana ou em beliscar os superpoderes do superjuiz e seus clones, isso jamais. O episódio em que Costa chumbou a candidatura de Pedroso para o reingresso activo nas fileiras socialistas é uma lição paradigmática em que o cinismo de um bom líder convencional espezinha sem hesitar a lhaneza e parrésia de quem sofreu a desgraça da perda do bom nome. Razões de Estado, obviamente; estado da razão, consequentemente.

Por tudo isto, não entendo Paulo Pedroso. Mas compreendo-o quando se quer cumprir na sua liberdade. E então, para sempre agradecido e finalmente humilde, desejo-lhe boa sorte no combate implacável contra o absurdo.

24 thoughts on “Aprender a ser humilde com Paulo Pedroso”

  1. a miss gomes sempre usou a peixeirada das acusações como forma de chantagem e pressão para lhe darem cargos políticos bem remunerados, bué despesas de representação e coisas vagas para fazer, especialmente aqueles relatórios na qualidade de observadora com o olho do cu, vai lá passear, tira umas fotos com os desgraçados, almoça com a “oposição”, promete bater o pé no parlamento europeu e depois fica tudo na mesma ou para pior. a independência de timor foi ideia dela, guterres, clinton e suahrto só fizeram o que ela mandou e os sacanas nem a presidência de timor lhe deram. o pedroso deve achar que chegou a hora da indemnização e aproveitou a boleia.

  2. A independência de Timor foi um processo de mudança de apropriação das matérias primas desse país, para aquele que estão todos fartos de saber, logo, foi mais um jogo de interesses económicos, caiu bem na nação “valente”, porque como já foi uma colónia Portuguesa isto “engrandeceu” a “alma lusitana” e contribui para o currículo de Ana Gomes, e claro galvanizou o povo que foi ensinado a amar a “nobre história colonial Portuguesa”. Em relação a Paulo Pedroso, penso que é livre de no espetro político aliar-se a quem bem entende, mas claro, a Ana Gomes com o apoio do titi Balsemão na sua televisão, não está a lutar contra Marcelo mas claro a tentar entalar o Costa e o seu governo, logo depreende-se que de justiceira não tem nada, apenas faz aquilo que o dinheiro lhe ordena. ;-) :P:D

  3. só deu para perceber que a ana gomes é mesmo doida varrida agora , com o convite ao paulo pedroso. não sei , mas mais de metade das intenções de voto há-de perder . é doida mesmo .

  4. Quem acredita em boatos nunca provados e nunca acredita em sentenças de tribunais portugueses e europeus merece ser levado(a) a sério ?

  5. ” … mas mais de metade das intenções de voto há-de perder.”

    yah… dos que nunca votariam nela.

  6. “se não fosse a campanha infame contra o paulo pedroso tinha ganho estas eleições” – miss meco na flash interview presidenciais’21

  7. Num país como este que vem registando desde o século xix níveis catastróficos até aos dias de hoje – vou repetir, catastróficos até aos dias de hoje, para que sejam compelidos a ir consultar as estatísticas – de analfabetismo quando comparado com outros países ocidentais, é notável que se circunscreva o problema à “4.ª classe do salazarismo”.
    Não sei o que dirão as estatísticas sobre o combate ao analfabetismo do Estado Novo vs. Democracia, mas, por exemplo no eu caso pessoal, desde a 1.ª classe até ao 5.º ano da faculdade, sempre em Democracia, frequentei estabelecimentos todos construídos pelo Estado Novo. Isto foi em Lisboa, mas são também conhecidas as escolas típicas que existem ainda (embora não em funcionamento, acho) espalhadas por diversas localidades. É preciso pensar no que existia antes do Estado Novo. Parece-me que era praticamente NADA. Portanto, acho que devemos ser mais honestos quando criticamos a 4.ª classe do salazarismo. Quiçá a mãe do Valupi não teria sequer frequentado a escola não fora o salazarismo. Há sempre que ver os dois lados da questão.
    Ainda hoje ouvi Ferraz da Costa relacionar o quão artificial será aumentar o salário mínimo com os níveis de escolaridade de muitos desses trabalhadores. Perceber que existe muita razão nestas palavras, torna ainda mais lamentável e grave este problema.

  8. “Não sei o que dirão as estatísticas sobre o combate ao analfabetismo do Estado Novo vs. Democracia,”

    não sabes, nem te interessa saber, para não estragar esse comovente amor pelo estado novo
    https://www.pordata.pt/Portugal/Taxa+de+analfabetismo+segundo+os+Censos+total+e+por+sexo-2517

    “Ainda hoje ouvi Ferraz da Costa relacionar o quão artificial será aumentar o salário mínimo com os níveis de escolaridade de muitos desses trabalhadores. Perceber que existe muita razão nestas palavras, torna ainda mais lamentável e grave este problema.”

    o que torna lamentável e grave este problema é darem tempo de antena a um facho megalómano com 1/2 dúzia de empregados e que não gosta de pagar salários. em 2019 ficamos em 16º lugar mundial no ranking da educação.

    http://www.educacao-a-distancia.com/top-20-paises-sistema-educacional-2019/

  9. Paulo Pedroso disse em fevereiro ao Expresso, defendendo a candidatura presidencial de Ana Gomes quando ela ainda nem tinha avançado: “Era importante que houvesse uma candidatura que não fosse de bandeira partidária e fosse uma candidatura que travasse o populismo.”

    As razões do Pedroso são as mesmas que Henrique Neto deu em declarações recentes à TSF, apoiando a candidatura da Gomes, que seria uma candidatura não partidária, logo boa para travar a extrema-direita. O Neto acha que com a Gomes como candidata, muitos eleitores votariam nela e não no Chega!

    A lógica do Pedroso e do Neto é, no fundo, a mesma: o populismo combate-se com mais populismo. Ora não há populismos bons e populismos maus: são sempre maus e têm tendência a tornar-se péssimos.

    Mas o que verdadeiramente une Gomes, Pedroso e Neto é que são três ressabiados do PS, partido que não lhes deu tudo o que queriam ou que se não se curvou às suas vontades. O mesmo se passa aliás com o Francisco Assis, outro ressentido do PS e promotor da candidatura da Gomes desde a primeira hora. No passado, já Salgado Zenha e Alegre se nutriram de idêntico ressentimento. Curioso fenómeno este, que leva os ressabiados do PS a candidatarem-se a PR, como se procurassem fora do partido os apoios que não tiveram lá dentro. Até agora não se pode dizer que tenham tido muito êxito.

  10. “não sabes, nem te interessa saber, para não estragar esse comovente amor pelo estado novo
    https://www.pordata.pt/Portugal/Taxa+de+analfabetismo+segundo+os+Censos+total+e+por+sexo-2517

    Essa estatística confirma o que disse. A taxa de decrescimento de analfabetismo manteve-se praticamente idêntica desde 1970 até 1991 e desde este ano ate 2011 a taxa de decrescimento baixo significativamente, o que é visível pela menor inclinação da linha.
    Consultando os números entre 1900 e 1970 verás que o Estado Novo fez melhor que no passado e consultando os números de 1970 a 2011 verás que a Democracia não fez muito melhor que o Estado Novo (no aspeto da alfabetização da população, claro). Claro que o Estado Novo além de alfabetizar os portugueses do Continente tinha ainda que alfabetizar a população das colónias (pretos e brancos frequentavam a escola e não havia segregação, nota bem) também com algum sucesso.

  11. Tu aí das estatísticas zarolhas, fica-te com mais esta:
    O Portugal do Estado Novo era um império colonial altamente progressista e onde não existia segregação racial estrutural. O que o Estado Novo fez por África em poucas décadas, foi o que nunca a Monarquia conseguiu fazer durante 400 anos. Não tinhas uma única lei onde houvesse distinção entre cidadãos pela sua cor de pele. Compara isso com outras colónias e até com os EUA onde houve segregação racial estrutural até aos anos 60. Sob o modelo do Estado Novo, as colónias portuguesas seriam hoje terras de progresso, vida e felicidade para todos, brancos e pretos. Não tinha que ser assim.

  12. Não tive tempo de ler o conjunto de comentários todo, só lí o último .
    Não existia segregação racial estrutural ?
    Então o Estatuto do Indígena era para quê ?
    E os próprios brancos de Angola referiam que tinham no B.I. escrito, português de 2.ª . Era para quê ?
    Tem que se informar melhor .

  13. Bronx, por favor, sobre o “desde a 1.ª classe até ao 5.º ano da faculdade”; satisfaça o curiosidade deste filisteu: qual é a sua “alma mater”?

  14. D. Pedro Tinto, o estatuto do indígena, pese embora nos dias de hoje soe mal essa expressão, consistia num conjunto de direitos e discriminações POSITIVAS concedidas às populações autóctones. O Acto Colonial de 1930, muito antes do Estatuto do Indígena, já proibia expressamente – vou repetir, EXPRESSAMENTE – qualquer exploração, segregação ou tratamento desumano de negros e consagrava expressamente o respeito pelas regras e convenções internacionais de direitos humanos. Estávamos em 1930, não em 1975 quando todas esses pessoas foram criminalmente abandonadas pelo estado português e deixadas às mãos de fações terroristas sem qualquer respeito pelo estado de direito.

  15. com 5 anos de faculdade deve ser direitolo com passagem administrativa porque os económicos não lêem gráficos de pernas para o ar e depois temos o paleio de argumentista do secretariado nacional de informação: “Sob o modelo de Wiriyamu, as colónias portuguesas seriam hoje terras de progresso, vida e felicidade para todos, brancos e pretos.”

  16. https://virtualucina.blogspot.com/

    lol

    terça-feira, 3 de junho de 2008
    A minha breve visão deturpada da história
    Ao longo, da história, as guerras foram parte essencial, no desenvolvimento, das diferentes raças, principalmente, com o objetivo, de conquistar, as terras, e suas riquezas, e claro, escravizar os nativos, para assim, criar, o aspeto “positivo”, da mão-de-obra barata, que ainda hoje prevalece, mas numa roupagem mais moderna. Claro, que com a ajuda preciosa, da fé, emanada através da religião católica, pegando no exemplo nacional, se impunham, novas crenças, e maneiras de lidar com o desconhecido, aos nativos, assim como, esta imposição, muitas vezes, era feita, da forma mais bruta, ou seja à força. E, claro, a maneira de pensar local, era, aos poucos, silenciada, para com a razão, pura e cheia de dogmas, da evangelização, se formatar o velho mundo dos locais, e abrir os seus horizontes para o, novo mundo, da Igreja cristã. Enquanto esta prática, era realizada, as riquezas das novas terras, mudavam de dono, e os colonos, começaram a criar a primeira versão de tráfico humano, neste caso, para trabalhar em prol do Reino que os tinha conquistado, ou até para serem vendidos, aos burgueses, para assim, estes puderem desfrutar, de mão-de-obra barata, e por vezes, sem despesas adicionais.
    Assim nasceu o “tráfico humano”.
    O caminho marítimo para a Índia (cabo da Boa Esperança) , proeza do navegador Bartolomeu Dias, a façanha da descoberta do Brasil, pelo navegador Pedro Álvares Cabral, ou o feito heróico de Diogo Cão, com a colonização de Angola, são marcos, dos nossos antepassados, que sem dúvida, foram importantes, na medida em que se criaram pontes de comunicação e comércio, para outras geografias do mundo, mas violaram, e desrespeitaram as culturas locais, criaram o comércio de escravos, bastante rentável, e tentaram mudar o paradigma social.
    É claro, que o império português, à medida, que foi crescendo, teve contratempos, como tentativas, por vezes com sucesso, de outros povos europeus, de conquistar as terras de Angola (os Holandeses em 1641), ou, claro, os próprios colonos, que através, de grupos rebeldes, começaram, assim a criar, nessas datas longínquas, aquilo que hoje chamamos, de “terroristas”. Esta conclusão, dá-me vontade de rir, então os tais terroristas, sempre foram, os índios e aquelas outras raças esquisitas, tipo, os pele vermelha, os “escuros”, e os amarelos com olhos engraçados, porque não gostaram, da imposição da inteligência dos povos ocidentais, que coitados, só queriam a suas riquezas naturais, e proclamar uma fé divina e sagrada para os salvar e lhes explicar os fenómenos, como as tempestades da natureza, é claro, os sinais de deus.
    Assim nasceu o “terrorismo”.
    O mundo em constante, evolução, tinha na Europa, o seu coração, donde, os seus povos, além de se terem mutuamente, conquistado, passando pelos, Fenícios, continuando no Império romano, e passando para os Bárbaros, continuava, progressivamente, em busca de novas artérias, como um órgão insaciável, e necessitado, de mais riquezas, para sobreviver.

    Aqui, em Portugal, assim como conquistamos, também fomos conquistados, e temos, na nossa, cultura, língua, todas as marcas dos povos que nos influenciaram, o que só vai enriquecer, o legado histórico, que se vai ensinando a todas as crianças na escola.
    O que se ensina, e como se ensina, além de importante, e fundamental, para a formação, do aluno, como ser aberto, pensador, questionador, e interessado, pela sua sociedade, deve, na minha ótica ser feito, não como forma de entretenimento, ou de visões pré-formatadas, que querem engrandecer, com frases heróicas do grande império, e das grandes vitórias, o que vai encorajar e influenciar os alunos a sentirem, orgulho, por exemplo, na sua raça, necessidades de serem algo que não existe, os tais heróis, que afinal são só mitos e lendas do passado, mas que se eternizam com glória e grandeza, e esquecem-se, ou se explica ao de leve, o que sofreram os povos, dizimados por esses mesmos heróis.
    Claro, que as famílias, que na escola aprenderam, a história, também gostam de contar e enaltecer, a “grandeza” do Império Português.
    “Assim podem nascer, o nacionalismo, a indiferença, o racismo, a xenofobia.”, e tantas outras coisas.
    Nasceram ao longo da história, muitas democracias, orquestradas, como se a sinfonia, fosse, com base, em escalas, pré-definidas, e bem estruturadas, à medida de todos, consagradas, numa pauta fundamental chamada constituição, com grandes virtudes e polifonias, e uma ária, belíssima, que criava a impressão de sermos todos iguais, e possuirmos os mesmos direitos.
    “Assim nasceu o triunfo dos Porcos”.
    Hoje, no séc. XXI, continuamos, a assistir a situações de guerra, sempre com os objetivos estratégicos, de se roubarem, as riquezas, dos vencidos, e alimentarem, os vícios e a preguiça de poucos, para se puder, continuar a ter um estilo de vida “moderno” e não muito cansativo. A forma, é a mesma, mas hoje, os tais “terroristas”, já existem, nasceram no passado, por isso, é fácil, criar um pretexto, e explicar a todos, que, o mal (o diabo = os terroristas), vão ser dominados, pela nova ordem mundial ( deus ou os puros = civilização mais avançada do mundo, a ocidental ), usando uma doutrina denominada de democracia, como formula sagrada dos tempos modernos de evangelização.
    “Assim nasceu a terceira guerra mundial.”
    Esta “guerra tecnológica” com a internet a fazer o mundo marchar em nome do deus MACHINE e claro os robots somos todos nós. Rica evolução começou-se com barcos a fazer escravos, hoje com teclas do télélé ou do com+puta+dor (lol) :P:D

    Divirtam-se isto foi escrito no reinado do grande Sócrates que ajudou a engrandecer a sua terra natal o divertido Portugal. (lol)

  17. Nem vou perder agora tempo a ler o AC de 1930 e o EA para confirmar se é assim como diz .
    No entrementes, só para clarificação, pode esclarecer quais eram eram esses “direitos e discriminações positivas concedidas às populações indígenas “ ?
    Seriam – por exemplo, no caso de Moçambique – o “direito” a serem recrutados à força para irem trabalhar para as minas da África do Sul ( em troca de x por cabeça, a embolsar pelo recrutador, o governador distrital ) ?
    E “a proibição expressa (diz você) do tratamento desumano de negros e o respeito pelas regras e convenções de diteitos humanos “ permitia os castigos a adultos – generalizadamente aplicados pelos colonos em Angola – com recurso à palmatória e ao chicote e a existência de salas servindo de prisões privadas nas fazendas – situação descoberta por militares da “metrópole” ?

    “””
    o estatuto do indígena pese embora nos dias de hoje soe mal essa expressão, consistia num conjunto de direitos e discriminações POSITIVAS concedidas às populações autóctones. O Acto Colonial de 1930, muito antes do Estatuto do Indígena, já proibia expressamente – vou repetir, EXPRESSAMENTE – qualquer exploração, segregação ou tratamento desumano de negros e consagrava expressamente o respeito pelas regras e convenções internacionais de direitos humanos

    “””

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