Ainda não chegámos a Aveiro

Quanto ao BPN, posso dar uma contribuição: eu aprovei a nacionalização do BPN face a uma lei que a Assembleia da República aprovou. Em relação a essa lei manifestei muitas dúvidas e o Governo, e o Banco de Portugal, disseram-me que era a única alternativa para que não acontecesse um descalabro no nosso sistema financeiro e para proteger os depositantes. Eu tenho toda essa documentação na minha mão, na minha mão, e o que me surpreende é que em Inglaterra tenham ocorrido perturbações grandes, grandes prejuízos em bancos, tenham sido nomeadas administrações profissionais independentes e tenham conseguido recuperações notáveis. O que me surpreende é que esta administração do BPN não tenha conseguido fazer aquilo que fizeram as administrações em Inglaterra. Era bom ouvir o doutor Horta Osório, que conhece bem essa matéria.

Cavaco Silva

Eu vou ser muito claro, read my lips, como dizia o outro. O que eu percebi daquilo que o prof. Cavaco Silva estava a dizer não era que a competência técnica das pessoas que lá estavam estava em dúvida, não era isso. Era a interferência do Poder, de interesses que não eram simplesmente os interesses da recuperação económica do banco. E que o banco foi encarado pelo Poder não exclusivamente como uma empresa que tinha de ser profissionalmente recuperada a todo o custo, evitando mais encargos para os contribuintes, mas, provavelmente, como uma fonte de poder, como receptáculo de informações que poderiam ser usadas no combate político.

Lobo Xavier

Se Cavaco continuar sem encontrar alguém que o leve ao tapete, daqui a uns anos virá explicar pimpão o que fez no debate com Alegre: sabendo que o assunto seria inevitável, montou uma estratégia de ataque que passava por achincalhar os responsáveis pela remediação do BPN. Desta forma friamente calculada, com o supino cinismo de lhe chamar contribuição, pretendeu dar o salto do charco imundo onde é um alvo para o poleiro onde caga sentenças de papo cheio. Mas como de Cavaco nunca ouvimos qualquer laivo de censura ao que os seus amiguinhos fizeram e deixaram fazer – amiguinhos esses que lhe deram muito dinheiro a ganhar e que ele levou para o Conselho de Estado – podemos também ver nestas declarações soezes a continuação da manobra que PSD e CDS (com a entusiasmada colaboração do Bloco e PCP) montaram para apontar todas as armas a Vítor Constâncio, culpado de crimes alheios porque… é do PS. Agora, Cavaco diz que voltou a assinar documentos cujo conteúdo o revolta, coitadinho, e que o Governo não passa de uma cáfila de incompetentes que nem consegue imitar os bifes. Isto dito em campanha eleitoral, estando o banco envolvido em desvairadas situações ilegais que não têm comparação com os exemplos desonestamente invocados, é um obituário para o carácter político de Cavaco.

E depois temos o António Lobo Xavier, um cromo da política-espectáculo que faz pandã com o Pacheco para tentar equilibrar o páreo televisivo contra um xuxa. Como não resulta, Xavier tem vindo a especializar-se na modalidade do vale tudo com notável talento. Veja-se o que conseguiu fazer com as palavras à prova de estúpidos de Cavaco: inventou uma versão alternativa para insinuar que o Governo e a CGD estavam a usar, ou viriam a usar, as informações na posse do BPN para ataques políticos. Vamos conter o ímpeto para esgotar o vernáculo em cima desta proto-calúnia e atentar no curioso pormenor de não existir qualquer exploração ilícita ou imoral do caso BPN para ataques políticos. Qualquer! Não há fugas ao segredo de Justiça, não há declarações dos envolvidos, não há fontes não identificadas a falar para os jornais, não há a mais incipiente tentativa de lançar uma campanha negra, não há sequer boatos. E, claro, não há nenhuma investigação jornalística até agora – talvez porque não existe imprensa em Portugal.

Foi criado um gigantesco buraco financeiro de dimensões ainda desconhecidas por motivos criminosos, o Estado acorreu com os seus recursos face a uma ameaça de contaminação sistémica, tivemos uma comissão de inquérito parlamentar cujo objectivo era desviar as atenções dos verdadeiros responsáveis, a qual levou Oliveira e Costa até à Assembleia só para ele gozar com os deputados e fazer ameaças, e temos um Presidente da República que chegou a prejudicar o País, ao adiar a convocação do Conselho de Estado, de forma a proteger um suspeito. Todavia, para o Lobo Xavier que se passeia nos alcatifados corredores da sua agenda política, esta desgraça nacional não chega para um assomo de vergonha ou uma réstia de pudor cívico. É preciso continuar a dinamitar a credibilidade do Estado, das autoridades e da consciência pública. É preciso lançar atoardas deste calibre e com este veneno, as quais põem em causa, antes de todos os outros no Governo, os nomes dos administradores da CGD e do seu presidente, Faria de Oliveira. Espantoso.

Dir-se-ia que na tua velhacaria, António, já chegámos a Aveiro. Olha que não.

42 thoughts on “Ainda não chegámos a Aveiro”

  1. Ter-lhe-á Cavaco encomendado a «interpretação»? Coisa mais disparatada. Acho que se deve continuar a insistir no BPN e SLN. Está visto que é um assunto que lhes põe os miolos à roda! L. Xavier está a falar de quê? Fico à espera de ouvir algum jornalista perguntar amanhã a Cavaco se concorda com este extraordinário intérprete.

  2. Álguém ficou gazeado em Estarreja… e pretende agora fazer-se de muito sério junto dos tontos.
    Pois é, este béu, béu, não vai dar em nada. O melhor é arrumar com o entalanço do cavaco, de uma vez por todas, através do voto.

  3. Levar com cavaco tem dois inconvenientes, um é levar com ele, outro com a Maria.

    Como dizia o outro, é mais fácil encontrar um corvo branco que um algarvio bom!

  4. Oportunidade de oiro:
    Nunca um candidato a Presidente da República recebeu dos adversários uma oportunidade igual à que foi dada a Cavaco Silva. Se realmente andam a enlamear a sua imagem como diz tem a oportunidade de pôr KO os seus adversários. Apresente as provas em com não está comprometido com o caso SLN/BPN e praticamente tem a sua reeleição garantida. Aliás, quase afirmo que não precisa de fazer mais campanha eleitoral.
    Mas como diz o provérbio quem tem cu tem medo. E a prova disso consiste em que Cavaco está comprometido até aos cabelos com a SLN/BPN, Oliveira e Costa, Dias Loureiro e tantos outros. Não há nada mais prejudicial para o País que ter o seu Presidente refém de negócios escuros. Como podemos dar o nosso voto a pessoas que diz que tem provas e não as apresenta? Se até ao fim da campanha eleitoral Cavaco não as apresentar demonstra o que digo em cima: é refém dos negócios em que se meteu.
    Depois. A encomenda é igual ao cabaz.

  5. Não é meu hábito, talvez por ser um tipo fora de moda, fazer comentários a coisas não assinadas, como é o caso desta anónima diatribe. Mas, como foi um amigo que ma mandou, aí vai.
    Como diria Churchill em relação à Democracia, Cavaco é o pior dos candidatos… à excepção de todos os outros.
    Era preciso arranjar-lhe um rabo de palha, nem que com isso se transformasse a campanha eleitoral na indigna trafulhice que por aí temos visto. Poderá dizer-se que o trambolho político que o Presidente é, seja ele quem for, o merece. Mas, apesar disso, um mínimo de respeito pelas instituições deveria levar a que se não entrasse por este tão porco caminho.
    À falta de melhor, no vazio de ideias que caracteriza a campanha, na ignorância cada vez maior do que sejam os poderes do trambolho presidencial, havia que arranjar alguma coisa que pusesse o homem em causa. Sendo mais que certo que os erros ou omissões de Cavaco não chegam para o prejudicar eleitoralmente, havia que o atingir pessoalmente.
    Dos alegados “cúmplices” de Cavaco, um está preso e vai ser julgado. O outro,não se sabe porque não está preso, mas é evidente que tal não é da responsabilidade do homem.
    Então, os mesmos que defenderam à outrance as malfeitorias do Sócrates, malfeitorias cujas provas foram cirurgicamente destruídas ou ignoradas num mar de protecção político-judicial, vêm acusar Cavaco de ter comprado e vendido acções de uma companhia sobre a qual, à altura, suspeição alguma se levantava. Quer dizer, tratando-se de Cavaco, passa a ser ilegítimo, para não dizer mais, possuir acções de empresas fora da bolsa! Passa a ser ilegítimo, e altamente suspeito, vendê-las a quem lhe der mais por elas. A partir de agora, na opinião dos torquemadas do socialismo pacóvio dos alegres, passa a ser crime entrar no capital de uma empresa por proposta de alguém em quem se confia, e tornar a vendê-las com o lucro que uma nova cotação determine. Passa a ser ilegítimo, voire criminoso, serem as próprias empresas a cotar-se sob a vigilância e a chancela do BdP.
    Cavaco não mexeu uma palha para proteger o seu antigo (há 20 anos!) secretário de estado, que foi preso como qualquer suspeito, e agora acusado e em vias de julgamento. Não expulsou o outro amigo do Conselho de Estado, nem o podia fazer, diz a Lei. Esperou que saísse, não tinha outro remédio. O erro não é dele. Mas, para os anónimos trafulhas de serviço, é como se fosse. Serve até para o acusar de nepotismo.
    Muito bem faz Cavaco em não responder ao que não tem resposta. Está tudo escrito e arquivado onde de direito. Ainda não vi nenhum trafulha, anónimo ou não, ir procurar os documentos. Não interessa. O que interessa é usar o único argumento que têm contra Cavaco, já que não têm nenhuma ideia (alguém terá?) quanto ao que é isso de ser Presidente da República, ou trambolho do sistema, como se queira.
    Nesta comédia, como em todas as eleições tão idiotas e inúteis como esta, apresenta-se uma série de candidatos-palhaço. Em relação ao “mais elegível”, à falta de melhor, comanda o ódio pessoal, muito mais que o legítimo interesse político. Nem que, para isso, os próceres do “socialismo democrático” ou da “social-democracia”, façam os impossíveis para dar cabo do único verdadeiro social-democrata que se apresenta com hipóteses de eleição.
    A verdade é que, às vezes, quem ganha é a trampa (veja-se o Sócrates). Coisas da democracia, o pior de todos os regimes… à excepção de todos os outros.
    5.1.11
    António Borges de Carvalho

  6. Lembro a A B de Carvalho que, nos últimos dias, quem trouxe o BPN à baila foi Cavaco Silva ao apontar com ligeireza e à-vontade baterias à actual administração do banco, revelando ignorância (ou fazendo demagogia barata com a questão do part-time), fazendo comparações sem sentido com os bancos ingleses, tentando assim passar assim uma esponja sobre a fraude do BPN, aliás já em tribunal. É evidente que quem tem acordos particulares, altamente lucrativos, com o dirigente de um banco acusado de práticas criminosas, que, além do mais foi seu ministro e amigo, quando se candidata a Presidente da República devia saber que vai ter de se explicar. Muitos dos envolvidos fazem parte da comissão de honra da sua candidatura.
    Quanto a Dias Loureiro: não está lembrado, mas, na altura, Cavaco Silva manteve até ao limite do possível a sua confiança no conselheiro. Oralmente e em público.

  7. “Ex-dirigentes do BPN integram comissão de honra de Cavaco”:

    “Abdool Vakil, Joaquim Coimbra, Alberto Figueiredo, accionistas e ex-dirigentes do SLN, e ainda Fernando Fantasia, integram a comissão de honra da recandidatura presidencial de Cavaco Silva”.

    “A ligação de Abdool Vakil, economista e líder da comunidade islâmica, ao actual Presidente é antiga. Foram contemporâneos na faculdade, ambos passaram pelo Banco de Portugal, e o ex-presidente do Banco Efisa foi mandatário de Cavaco nas últimas presidenciais. E foi como presidente do Efisa, vendido por si em 2002 a Oliveira Costa, que passou a integrar a administração do BPN SGPS”.

    À mulher de César não basta ser séria é preciso parecê-lo.

    Palavras para quê!

  8. “Então, os mesmos que defenderam à outrance as malfeitorias do Sócrates, malfeitorias cujas provas foram cirurgicamente destruídas ou ignoradas num mar de protecção político-judicial, vêm acusar Cavaco de ter comprado e vendido acções de uma companhia sobre a qual, à altura, suspeição alguma se levantava. Quer dizer, tratando-se de Cavaco, passa a ser ilegítimo, para não dizer mais, possuir acções de empresas fora da bolsa! Passa a ser ilegítimo, e altamente suspeito, vendê-las a quem lhe der mais por elas”

    Subscrevo inteiramente o comentário do António Borges de Carvalho e destaco o parágrafo supra por ser tão certeiro. Eu não acho que Cavaco Silva seja a pessoa mais séria do mundo e reconheço-lhe, sem dificuldade, vários defeitos, mas acusá-lo de ter lucrado com um negócio de venda de acções de uma empresa dirigida por pessoas em quem confiava, quando se tem tentado branquear José Sócrates até aos limites do absurdo – sim, Valupi, refiro-me a ti – é de uma tremenda lata. Ou falta de noção.

  9. Por favor, tenham tino, não comparem a sabujice colossal que fizeram a José Sócrates com esta exigência básica e higiénica de explicações urgentes e cabais sobre um negócio pessoal e familiar do candidato ainda Presidente da República, que envolve o cancro de dois terços do nosso esforço orçamental actual! Mas estão a brincar com o Zé Pagante, ou quê? Pois olhem que ele não está para brincadeiras! E o “António Borges de Carvalho”, que não conheço de lado nenhum (nem sequer sei se tal nome existe), que não se arme em Frei Tomás, pois para quem pensa ele que está a escrever? Olhe que isto aqui não é própriamente o Mercado do Bolhão, nem a praça de táxis do Jardim da Parada (e nem ele próprio parece estar convencido do sermão que alinhavou…)!

  10. “…Quer dizer, tratando-se de Cavaco, passa a ser ilegítimo, para não dizer mais, possuir acções de empresas fora da bolsa! Passa a ser ilegítimo, e altamente suspeito, vendê-las a quem lhe der mais por elas. A partir de agora, na opinião dos torquemadas do socialismo pacóvio dos alegres, passa a ser crime entrar no capital de uma empresa por proposta de alguém em quem se confia, e tornar a vendê-las com o lucro que uma nova cotação determine. Passa a ser ilegítimo, voire criminoso, serem as próprias empresas a cotar-se sob a vigilância e a chancela do BdP…”

    ABC deve pensar provavelmente que se dirige a parvos…só assim se justifica tão estapafúrdia argumentação.
    1º ninguem diz que Cavaco não pode ter acções fora da bolsa: o que se estranha é que tenha feito uma transacção de compra e venda de acções de uma empresa dirigida e detida por amigos, que lhe proporcionaram uma mais valia de 140% em ano e meio.Empresa essa está no lamentável estado que se conhece.
    ABC incorre noutro lapso, quando diz que “…e tornar a vendê-las com o lucro que uma nova cotação determine…”. se as acções não estão cotadas, não há cotação que determine o seu preço. o preço foi ajustado bilateralmente entre o comprador e vendedor. o que se pede a cavaco é que fundamente esse preço.
    Finalmente nova imprecisão de ABC, quando refere que “…Passa a ser ilegítimo, voire criminoso, serem as próprias empresas a cotar-se sob a vigilância e a chancela do BdP…” as empresas cotadas estão sob a vigilância da CMVM e não do BDP. As empresas financeiras (designadamente os Bancos)´estão, essas sim, duplamente “vigiadas”, caso estejam cotadas em Bolsa, pela CMVM e BDP.

  11. António Borges de Carvalho, a que te referes com a alusão a “coisas não assinadas”? Não estarás enganado no blogue?
    __

    HG, a que “limites do absurdo” te referes? Não estarás enganado no blogue?

  12. estes cavacoisos andam equívocados, as perguntas que se fazem ao cavaco são legítimas e as acusações que fizeram ao socrates foram ilegítimas ou pensam que isto é bater com a mão no peito e reclamar o franchising da honestidade?

  13. Eu não percebo algo, mas lembro-me de algo. É verdade que Sócrates tem sido até aqui muito protegido judicialmente, porém, nã é pelo facto de Sócrates se escapar como as enguias, considerando os escandâlos em que está envolvido, que se vai também estender a «maré de sorte » a Cavaco Silva.

    Este – Cavaco Silva – cala-se muito, entra mudo e sai calado e realmente implantou um novo regime de responsabilidade presidencial, qual seja, a irresponsabilidade presidencial. Ele nada sabe, nada diz, nada comenta, nada tem que ver com o governo, mas vai dizendo que até sabia o que ia acontecer no futuro.
    Foi este Cavaco quem defendeu Leonor Beleza, quem deu voz pela dita, quando se deu a contaminação da comunidade hemofilica. Afinal, o homem fala, até que fala. Mal mas fala. Será que é a idade que agora o faz calar ou simplesmente tem o rabo mesmo entalado? Portanto, eu dispenso os comentários que «nem sim e que nem não». Factos! Há factos? Descubram-se. Para tanta gente do Poder estar calada, é porque há-de haver muito rastilho que um dia vai acender e rebentar com os «Metralhas»todos.

    Cavaco foi um mau primeiro – ministro, cimentou o buraco, foi um péssimo Presidente e francamente, ele e outros bem que podiam ser exilados para longe daqui.

  14. tens toda a razão.

    neste caso se fosse o teu amigo “socras” a ter lucrado 140% em acções, imagino o que já tinha saído nos jornais.

    mas o que mais me irrita na criatura é a facilidade com que sacode a água do capote, perante a serenidade dos jornalistas.

  15. Okay, Cavaco Silva é sério à partida. Fica assente. E depois? Isso isenta-o de ter de explicar dúvidas legítimas, ou, pelo contrário, coloca-o numa situação confortável para lhes responder e, assim, mostrar na prática como é que se tem uma experiência de vida honesta, capaz de inspirar o país nessa direcção? Pedagogia que, tratando-se de um candidato a PR, nem é despicienda como trunfo político.
    Mas isto sou eu aqui a falar, bem entendido.

    :)))

  16. Caros senhores
    Àquele que não sabe quem eu sou recomendo o google. Alguma coisa lá há-de aparecer. Farei o mesmo em relação a ele, a ver se existe.
    Ao que me trata por tu (conheces-me de algum lado, ó Val?) peço que me diga onde está a assinatura do post em causa. Só sei que é do aspirinaB, ou do Val, ou do Valupi. Conheci uma poetisa (Maria Lupi Osório de Castro) que usava o pseudónimo Maria Valupi. Mas já morreu há muitos anos. Mantenho, pois, a referência ao anonimato.
    Não se sabendo quem é o autor do texto, verifico que se trata, com alguns amigos, desse magnífico escol socialista que o senhor Pinto de Sousa criou e protege e que o senhor Louça, tão ternurentamente vai vendo a apoiar o seu (dele) candidato, o qual, à falta de melhor, para além de inconsequente blabla, se entretém a dizer mal do adversário. Como os palhaços, que se vão entretendo em conformidade.
    Devo ainda esclarecer um outro senhor (um tal FV) sobre as sociedades financeiras não cotadas em bolsa. Estas enviam diariamente ao Banco de Portugal as cotações das suas participações sociais. Se O BdP tem dúvidas, pede esclarecimentos. Se as dúvidas não são esclarecidas, manda fiscalizar. Se há marosca, procede. Mas não têm tais sociedades nada a ver com a bolsa ou com a CMVM, a não ser em casos muito bem definidos.
    Às vezes, senhor FV, quando não se sabe do assunto o melhor é ficar calado. Deixar as emoções dominar o discurso dá quase sempre asneira.
    De qualquer maneira, se quiser saber o valor das acções à data da transacção, o BdP poderá, sem sombra de dúvida, esclarecê-lo, a fim de que não continue a asnear. Não diga é que não havia cotação. Há sempre cotação. Se Cavaco vendeu as acções acima da cotação do dia, também não quererá dizer nada de especial uma vez que ainda há liberdade de pagar e receber por um produto o preço acordado entre as partes. E, se nenhuma se queixar, nem em especulação se poderá falar.
    No entanto, quem quer acusar Cavaco não sei de quê (nem os acusadores o sabem ao certo…) talvez fosse de começar por aí. Nada levo pelo conselho. Nem de agradecer precisa.
    O senhor Mário Alberto Alves (vá lá, este tem nome) dá largas ao seu humor. Devo esclarecê-lo que a socratite aguda de que sofre, e o blog também, não pode ser comparada com o mercado do Bolhão ou a praça de táxis da Parada sem grave ofensa para estes.
    Quanto às “sabujices” cometidas contra o senhor Pinto de Sousa, as mais importantes já acabaram. Foram destruídas à tesourada pelas autoridades judiciais (um bom exemplo dos “limites do aburdo de que fala HG), certamente saudosas da velha censura das duas primeiras Repúblicas. Outras “sabujices” ficaram e estão para aí a marinar, nunca tendo sido objecto de esclarecimento algum que passasse de mera vitimização do “atingido”, coitadinho…
    E pronto. Assim vai a coisa.

  17. Também não percebo por que raio os defensores de Cavaco trazem Sócrates para esta discussão. É que nem era preciso ter sido Sócrates a lucrar com este negócio das acções, bastava que fosse alguém que lhe fosse próximo, ou nem isso, bastava que estivessem socialistas envolvidos e já tinha caído o Carmo e a Trindade, as fugas ao segredo de Justiça eram o costume quando há socialistas envolvidos, enfim, rios de tinta teriam corrido. Assim não, o buraco do BPN é grande, mas não o suficiente para despertar a curiosidade dos jornalistas, ainda ontem ouvi na SIC o José Gomes Ferreira dizer que sim que Cavaco devia responder a algumas questões, só não percebo por que razão o diz só agora, sendo ele jornalista e o negócio já ter ocorrido há tanto tempo, de que tem estado à espera?

  18. Caro António Borges de Carvalho, EXA,
    Se não conhecesse a poetisa, tratava de a meter em que “escol socialista” ou em alternativa dava por certo que a senhora era instrumento pago por que forças?
    Muito agradecida e atrevendo-me a sugerir que reveja o conceito de anonimato.
    Isabel Mayer

  19. “Antonino Borges de Carvalho”, o “senhor Mário Alberto Alves”, se acaso existir, não é para aqui chamado ao caso. Quanto ao “google”, estou pouco interessado em ir perder o meu tempo com um simples nome, que até pode constar desse “google”, que nada de nada me garante corresponder de facto à(s) pessoa(s) concreta(s) que digitou(digitaram), no todo ou em parte, o seu comentário. São assim as regras desta “esfera” e não fui eu que as encomendei, elaborei, aprovei, ou ratifiquei. A mim interessa-me apenas, em sede deste fórum informal, aquilo que sai das suas meninges, para confrontar com o que sai de outras e igualmente com a produção das minhas. E quanto ao conteúdo, se é mesmo de “começar por aí”, como diz, por se saber ao certo o tal “não sei de quê” de que acusam Cavaco, nada melhor do que uma resposta pronta, convincente e inequívoca do próprio, para nos descansar a todos. Mas ainda não a temos.

  20. Dona Penélope
    Engana-se, minha senhora. O assunto andava há muito, e à bruta, nas bocas sujas dos candidatos palhaços, e na do poeta Alegre, mais suavemente.
    Uma pergunta: se a nacionalização resultou na entrega do BPN à CGD, para administrar e se, dois anos passados, o buraco atingiu níveis inimagináveis à partida (partida dada pelo governo), de quem será a culpa? Da dona Penélope, do Barbosa du Bocage, minha, do Cavaco? Ou de quem tão eficazmente geriu a coisa?
    Cavaco tem carradas de razão.
    Já agora, uma sugestão para si e para o aspirina: já que os desmandos, os roubos, as trafulhices, como foram feitos pelos ex-ministros do Cavaco, são culpa do Cavaco, porque não incluir no pacote o presidente da CGD, que também o foi? Ou há moralidade ou comem todos, não é?
    Não é.

  21. « Se Cavaco vendeu as acções acima da cotação do dia, também não quererá dizer nada de especial uma vez que ainda há liberdade de pagar e receber por um produto o preço acordado entre as partes. E, se nenhuma se queixar, nem em especulação se poderá falar.»

    Cavaco Silva é Presidente da República. Tem, por isso, um dever acrescido perante os administrados.
    Não deixa de ser cidadão, mas é estranho e muito estranho que justamente no BPN e com toda a polémica que o envolveu e que os «pacóvios» vão ter de pagar, tenha vendido acções e logo acima da cotação do dia! É quanto basta para em países como EUA, presidentes destes «irem a andar», quanto mais recandidatarem-se!Que não se diga que sofro de trambolhice socrática, pois já agora, nem de Direita nem de Esquerda, na verdade nunca gostei de integrar o rebanho das ideias dos outros.

    Não sei quem é o Sr.António Carvalho. Tenho de saber? Farei com todo o gosto a viagem internáutica, mas com que objectivo?

  22. De onde venho, valorizações de 140% e mais valias de €150K em sociedades não cotadas carecem no mínimo de explicação lógica, principalmente qdo essa sociedade é propriedade de um banco associado a actividades criminosas que tem, até ver, um buraco de €5’000M que andamos todos a pagar. Há tb o pormenor importante da filha ter beneficiado de idêntica valorização!

    Se não há nada a esconder e é tudo legal como muitos alegam o candidato cavaco que dê as necessárias explicações! Andar como li acima a bater no peito a dizer que se é honesto não chega, mandar areia para os olhos da malta e dizer que perdeu mto dinheiro na bolsa muito menos!

    O que Sócrates tem a ver com esta história é algo que me escapa!

  23. De muito, mas muito mais explicações carecem as alegações de escutas a Belém e a actuação do Fernando Lima e do Público! Estou certo que durante esta campanha haverá tempo para isso!

  24. António Borges de Carvalho, conheço-te de ginjeira. Conheço-te daqui, onde escreves (és um dos mais famosos escritores nesta caixa de comentários) e conheço-te do “google”, onde praticamente só se fala da tua magnífica pessoa. És uma celebridade – e, na minha modesta opinião, já merecias uma estátua.

    Constato que para ti o nome “Valupi” não é aceitável. Suponho que só admitas nomes convencionais, de boa cepa portuguesa, de preferência em modo ternário. São opções que respeito, e até admiro.

    Quanto aos teus amigos, cuidado com essa malta. Ao te dizerem que andam por cá serventuários do grande líder Louçã, trabalhando para o seu candidato, esses amigos estão a querer-te mal. É que um amigo não deve enganar o seu amigo – compreendes, amigo?

  25. Cavaco só tem razão numa coisa – O SILÊNCIO É DE OURO.

    O homem que visualizou no futuro, que sabia o que ia acontecer, encolheu-se nas pantufas, encheu o papo de bolo – rei, cuspiu-o no repórter e agora sacode a águinha do capote, que esta por mais necessária que seja ao nosso corpinho, quando é demais incomoda. Ou não é? É.

    Concerteza que a culpa é de quem geriu, de quem sabia que estava a gerir – mal-, e de quem sabia que a gestão do mau gestor enveredava por onde não devia. Sabendo, como publicamente tem bufado a torto e a direito, do «que vinha por aí» – um «bruxo», um «vidente», calou-se, aceitou resultados, tratou da vidinha e agora, sedento do «quentinho» de Belém, presta-se a integrar o espectáculo de circo das presidenciais. Cavaco é o que mais faz rir – é o palhaço mudo, e quando abre a boca, mostra que ele e o bom senso – o tal que se esforça por ter, como o disse um dia -, são definitivamente incompatíveis.

  26. Ainda bem que hoje apareceu o ABC a tentar explicar o bê-a-bá. E fá-lo com mestria, centra-se na questão essencial levantada no post – a estafada discussão do anonimato, lateraliza o assunto do post – saca do Sócrates para a conversa e quase faz ciência daquela científica a sério quando generaliza a sua experiência perceptiva – aqui é tudo uma cambada acéfala, a defender em bando vá lá saber-se o quê e que não assina com nomes normais porque se lhe digitassem o nome próprio no google, vergonhosamente não aparecia qualquer entrada.

    I lobe it (esta pronúncia do norte, mata-me)

  27. Cum caraças, num ma diga male da pronuncia do nuorte, caragoe. Já fui ao guggale e num bie lá nada subre o antóniu em causa. Se aparecere no gugale é condiçaoe de se sere famoso, bou já a metere lá o meu nome e o que façoue em prole da suciedade.

  28. AB de Carvalho: Justamente, a falta de tino (tontice, que já é habitual) do candidato Cavaco (ou a tentativa trôpega de desviar as atenções da fraude anterior à nacionalização) levou-o até a desconsiderar o seu amigo, que, imagino, estará a ferver… Não sei se leu a interpretação que A L Xavier fez das palavras do “carradas de razão Cavaco”. Os amigos bem estão a tentar ajudar… não sei se lá vão. Se todos seguirem a via do delírio do A L Xavier, vamo-nos rir imenso.

    O buraco ninguém o conhecia ao certo. Vai-se sabendo. A imprensa, como o próprio diz, é muito comedida (em relação a ele, claro! Olhe para a inventona das escutas e diga-me se não era caso para destituição, assim o assunto tivesse sido aprofundado). O processo judicial em tribunal só agora começa. Além disso, como sabe, não dispomos dos milhões e milhões que os ingleses injectaram nos bancos falidos (que não foram casos directos de polícia!).

    Confesso-lhe que estou a gostar dos tiros no pé que Cavaco, obrigado a falar, vai dando ultimamente. Precisamente o primeiro grande tiro no pé que deu foi ao referir-se ao caso BPN da maneira como o fez no debate com MA. Por isso, a campanha aqueceu. Repare que Manuel Alegre (considerado o principal adversário) até tinha sido meigo.

    Chegar a primeira figura do Estado, para ele, que tantas coisas absurdas foi fazendo ao longo do 1.º mandato, não pode ser um passeio, como certamente esperava. É sobretudo nas adversidades e perante os ataques que se mede a qualidade dos indivíduos. Se tiver nível e argumentos para se defender, tanto melhor para ele. Mas queremos ver! E queremos saber.

  29. Repito (e vou fazê-lo apenas uma vez): uma resposta pronta, convincente e inequívoca descansar-nos-á a todos. Só que… ainda não a temos! E enquanto nós não tivermos descanso, Cavaco bem pode nascer várias vezes, que também nunca mais o terá. E, que não o esqueça, ainda menos se for re-eleito – espera-o um tormentoso calvário de pelo menos cinco longos anos, pois esta mega-trapalhada não chegará ao “transitado em julgado” antes disso, é o chegas…

  30. QUID JURIS??? Após o desaire eleitoral com Jorge Sampaio (1996), Cavaco Silva logo se preparou para um novo ataque em 2006, e assim recebeu um ilicito (?) benefício monetário do seu também financiador de campanhas, o então banqueiro Oliveira e Costa (BPN)!… Modus faciendi: 1º Em 2001, aquisição à entidade X (grupo BPN) por Cavaco Silva, e sua filha, de 255.018 acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a 1 euro por acção (1 euro! porquê 1 euro?)

    NOTAS

    a) A SLN era uma sociedade anónima detentora do capital do BPN i.e. “dona” do BPN , donde Cavaco Silva também era um “dono” indirecto do BPN e com acesso a informação privilegiada do BPN.
    b) A SLN não estava cotada na bolsa.
    c) A SLN estava tecnicamente falida
    d) Sabemos que Cavaco Silva não compra “gato por lebre”. Só pode ter feito a operação com plenas garantias do seu amigo Oliveira e Costa.
    e) 255.018 euros que entraram nos cofres do BPN (conta entidade X).
    f) Os ganhos obtidos com a venda de acções estavam isentos de IRS, se estas acções fossem possuídas por mais de 1 ano.
    Assim , logo em 2003, decorrido mais de 1 ano,
    2º Por ordem de Oliveira e Costa, a SLN ,VALOR – co-accionista de Cavaco Silva na SLN – compra a Cavaco Silva, e sua filha, aquelas 255.018 acções a 1,40 euros por acção (1,40 euros! porquê?) + 40%!!!
    3º O pagamento a Cavaco Silva e filha foi feito através do BPN.
    4º Cavaco Silva e sua filha tiveram um especulativo e usurário ganho monetário de 102.007,20 euros!
    5º Aos ganhos (mais valias) obtidos por Cavaco Silva e sua filha, corresponderam PREJUIZOS (menos valias) para o grupo BPN e que por consequência os contribuintes portugueses terão hoje que suportar…

    QUID JURIS in the U.S.A. ???
    QUID JURIS in the U.K. ???
    QUID JURIS in PORTUGAL ???

    Como economista, financeiro e técnico do Banco de Portugal, qual era a cumplicidade e o conhecimento de Cavaco Silva sobre as ilicitudes penais e outras praticadas pelos agentes do grupo BPN?

    NOTA
    a) Ao tempo Cavaco Silva não tinha qualquer obrigação declarativa para com o Tribunal Constitucional como também não tinha para com a Administração Fiscal, em relação aquelas mais valias, pelo que são desonestas as referencias que, para sua defesa, faz a estas duas entidades.
    b) Este descritivo pode eventualmente ser corrigido com uma análise dos fluxos contabilísticos e financeiros e, afinal, encontrar-se uma realidade muito mais dolorosa: existir uma simulação…

  31. Dona Isabel Mayer Moreira
    Vejo que, ou não percebeu, o que não acredito, ou não quis perceber, o que é mais provável.
    De forma bem disposta, quis dizer que o nome Valupi (inventado pela poetisa) me não era estranho, mas que não acreditava que a defunta senhora se pudesse dedicar à defesa do socratismo. Jamais me ocorreria cometer os dislates que para mim imaginou, não sei com que intenção.
    Por outro lado, falei, ironicamente, do actual “escol” socialista, coisa que já foi escol e que o socratismo transformou em “escol”. Não falei em forças ocultas, coisa que é especialidade do tal “escol”.
    Por último, aceito a sua crítica quanto ao conceito de anonimato. Sou, com certeza, um oldtimer com pouco préstimo para certas modernices. Antigamente as pessoas sérias nunca eram anónimas. Era coisa reservada à PIDE e apaniguados. Valores…

    Dom Giraldo
    Aconselho-o a tratar o assunto com bases documentais que estão à sua disposição, como aliás, diz o visado candidato.
    Depois, talvez possa reestruturar o seu relatório de forma mais credível, ainda que menos imaginativa.
    E até eu, veja lá, sou capaz de rever a minha posição quanto ao assunto se os torquemadas como o meu caro fidalgo forem capazes de descobrir alguma coisa que se veja. Até lá…

  32. Ai Val, assim não vale!
    Foi a primeira vez que aqui vim, e deve ser a última. Vejo onde estou metido e, a avaliar pela quantidade de “protestantes”, percebo que sou persona non grata no seio do “escol”. Assim, não, os vou chatear mais. Fiquem com a vossa que eu fico com a minha. Não tenho vocação para malhar em ferro frio.
    Só mais uma observaçãozinha: vocês talvez não sejam serventuários do Louça, mas imitam muito bem. Objectivamente, andando a fazer a propaganda do pateta, andam a servir mais o Louça que o dito…

  33. O’ António Borges de Carvalho, o Louçã pode não ser gente com nivel para o seu ginásio (health club, desculpe) ou rotary (lions? maroto!) ou semanas em gstaad, mas merece o til no nome. Merece o til no apelido. Ou acharia bem que fossemos por aí a dizer “…coisa e tal, hoje no aspirinab escreveu um drogado que se chamava António Borges do Caralho e era mais burro que o Américo de Deus Rodrigues Tomás…”? Acharia bem? Não, pois não? Um bem haja pela sua partida (a não ser verdade que não volta a este blog faço google ao seu nome e ponho-lhe uma puta de uma denúncia numa esquadra da psp, com as fugas ao segredo de justiça do costume, que você vê como nunca mais lhe dá para se identificar). Ass: Pedro de São Gonçalo e Tenreiro da Silva Lopes Castro Loureiro Malheiro. Google.

  34. ABC,

    Que não seja a última, foi um deleite ver como aparou os golpes de quem o queria codilhar no voltarete, mais o bonus do cheirinho a salsa fresca, etc. Mas está enganado nas vassalagens ao Louça. Tem-se partido aqui muita na cabeça do dito cujo, mas sempre sobreviveu e não se consta que esteja de abalada. Vai haver mais facada depois das eleições.

  35. ehehehhe. Toma, embrulha e deita pró saco. Vai chamar acólito do Louçã à tua tia, António Google. Eu só sou acolito da minha cabeça.

  36. Ó ANÓNIMO, embora não aprecie por aí além a tua escatológica expressão, não resisto a acrescentar que…se não foi, fazia muito bem em ir. Pouco, ou nada mesmo, tenho a acrescentar aos comentários já feitos. Apenas uma observação que suponho já por aqui terei deixado mas que julgo oportuno repetir, tantas têm sido as ocasiões em que tenho visto serem feitas esperançosas afirmações a respeito do tema.

    Trata-se da ideia muito corrente segundo a qual se aguarda com ansiedade o julgamento do Oliveira e Costa, no pressuposto de que ele, à semelhança do que, aqui e além, já foi fazendo na célebre Comissão Parlamentar de Inquérito, no decorrer dele, irá “pôr a boca no trombone” e muitas verdades virão ao de cima para terror da gentinha do PSD. A este respeito até já se ouviu que o julgamento só terá início depois das eleições presidenciais, “à cause des mouches”.

    Desiludam-se os que assim pensam. O snr. Oliveira e Costa pode ser tudo mas parvo é que não é. Ele, como infelizmente todos nós, sabe bem que a curto prazo o Poder, todo o Poder cairá nas mãos dos amigalhaços que o apoiaram nas vigarices que cometeu e que, por certo já lhe sopraram ao ouvido – o que nem sequer seria necessário – : Vê lá como te portas se queres continuar a contar com a nossa amizade. E se pelo caminho fores deixando cair algumas daquelas insinuações canalhas contra a Governo, o PS e o Sócrates, ao estilo miserável e sem vergonha do Lopo Xavier, isso então é “ouro-sobre-azul”. Podes contar connosco!!!

    Ó ANÓNIMO, desculpa lá! Ai estas nossas mentes tão perturbadas andam! Vê lá que só agora reparei que o tal borges para onde foi…foi para o CARVALHO!

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