Adopção por casais homossexuais

Se o casal for de duas mulheres, nenhum conservador se escandaliza. Todas as mulheres são mães, isso não afecta as meninas nem os meninos.

Se o casal for de dois homens, aí é que temos sarilho. Mas só no caso de adoptarem rapazes, se forem meninas não tem mal.

É isto, não é?

71 thoughts on “Adopção por casais homossexuais”

  1. O essencial seria terem ou não terem capacidade de educar e saberem posteriormente gerir imparcialmente e respeitar as tendências naturais dos filhos, o que nem sempre acontece, nem nas ditas famílias tradicionais.
    Racionalmente acho normal, intuitivamente sinto-me um bocado preconceituoso.

  2. Eu citaria aqui uma citação que li agora:
    «Sempre que a moralidade se basear na teologia, sempre que a razão estiver dependente de uma autoridade divina, as coisas mais imorais, injustas e infames podem ser estabelecidas e justificadas»
    – Ludwig Feuerbach
    Podem-me dizer que nada tem a ver com o assunto, mas tem tudo a ver com o mesmo!

  3. É, basicamente é isso. Vou talvez deixar transparecer os preconceitos que nem a mim admito, mas uma vez que estamos a falar de identidades sexuais, e do enorme medo que a sociedade tem que a homosexualidade seja uma doença transmissível, talvez não seja muito má ideia, para começar, que os casais homosexuais só pudessem adoptar crianças do sexo oposto. Não sei porquê, mas é um conceito que me deixa bastante mais descansado…Mas isto deve ser o meu lado intolerante a falar.

  4. E que tal perguntarem a um homosexual, se gostaria que um filho seu passasse por aquilo que ele passou para se aceitar a si mesmo e ser aceite pelos outros? Se calhar as respostas seriam esclarecedoras sobre as “tendências” que esses pais incutiriam e a mania que a homosexualidade é uma questão de proselitismo…

  5. Por detrás de (quase) todo o desejo de adopção está uma frustração relacionada com infertilidade.

    Há casais que sabem educar filhos adoptivos.

  6. Eu sou a favor do casamento das pessoas umas com as outras, se forem do mesmo sexo ou não é um problema delas e que eu não me sinto apto nem com vontade de julgar.Aqui sou muito cristão “Amai-vos uns aos outros” ou por outras palavras e numa exegese mais actualizada “vão-se foder e não me chateiem”.
    Quanto à adopção acho que preocupação deve centrar-se na criança e não nos direitos de acesso de um grupo (homossexual ou não) a essa criança.
    A questão para mim reside sim no arquétipo do modelo padrão familiar e na sua implicação no crescimento interior da criança, porque a um dado momento ela ver-se-à confrontada no seu ambiente social e interiormente com as consequências de uma uma escolha que ela não fez.A necessidade de aceitação (a que o Pedro se refere) e a eventual rejeição. Atenção eu aqui não estou a dizer que os pais (neste caso casais homossexuais) não respeitaram o normal desenvolvimento sexual da criança. O que eu quero dizer é que essa confrontação existira sempre fruto do estigma social por este tipo de familias e a que a criança estará sujeita quer externamente quer interiormente.
    De realçar que a maior parte das crianças disponiveis para adopção são já crianças “rejeitadas”.

    Por outro lado não me parece que caso o acesso seja concedido o perigo de abusos seja pior que os casos já conhecidos de crianças institucionalizadas (Casa Pia, Igreja,etc…) ou até em certos meios familiares.

  7. É, penso que é mesmo isso.

    Aliás, em geral o pensamento das pessoas quanto à homossexualidade é precisamente, se for mulheres não faz grande mal, se for homens é horroroso.

    O que as pessoas abominam é a homossexualidade masculina. Casais de lésbicas, com ou sem adoção, não são tão rejeitados. Até porque é normal ver mulheres, mesmo que não sejam amantes, a beijar-se uma à outra, a andar de mão dada ou abraçadas.

  8. Off Topic

    Já agora deixo-vosaqui
    aqui um olhar de um verdadeiro criador, um eterno curioso, intelectual (dos não difamadores) que passou uns dias entre nós.

  9. Mentes doentias, as que definem as coisas nesse contexto do género das pessoas (pais, filhos ou amantes).
    Em última análise é sempre uma forma de meter o bedelho na vida dos/as outros/as.

  10. se me perguntas, eu digo: as opções dos adultos, é pena, não levam em consideração as crianças. isto é uma verdade absoluta em qualquer reino.

    o que não tem nada que ver com o preconceito é – por o não ser – precisamente a criança que irá crescer no quadrado da família não convencional (de homens ou mulheres – é indiferente) e a saber responder a questões perfeitamente contraditórias: os galos põem ovos, sim, e duas galinhas juntas podem dar pintos. isto vai condicionar tudo.

    não somos iguais, perdoem me, e não podemos usurpar os papéis que, na sua natureza, são diferentes. (e ainda bem.)

    direito à diferença: clarinho; diferença com direito: cinzentinho; direito por igualdade: escurinho. :-)

  11. K,

    dizes “porque a um dado momento ela ver-se-à confrontada no seu ambiente social e interiormente com as consequências de uma uma escolha que ela não fez”.

    Qualquer criança adoptada ou nascida biologicamente no seio de qualquer família de qualquer tipo – lembro que a família tradicional já foi extinta há umas décadas pela mão dos heterossexuais – não participou na escolha, ou muito pouco. Podem ir parar a um casa de energúmenos heterossexuais, marginais ou não, etc.

    As consequências, isto é, a estigmatização que os sectores “tradicionais” da sociedade poderão aplicar à criança, constitui uma violação dos direitos humanos e não me parece justo proibir direitos às pessoas com o objectivo de evitar que os percam mais tarde.

  12. Val,

    acho que a justificação do que descreves reside em grande parte no preconceito de associar homossexualidade masculina e pedofilia.

  13. Tal e qual.

    Bom, em rigor, se for um rapazito seco de carnes, e assim meio para o feiote, ou vesgo, ou se tiver outro defeito fisico repugnante, pode-se até expermimentar. O risco é menor, e se se realizar não é tão grave…

  14. O medo vence anos a fio. As pessoas têm medo de tudo o que possa pôr em causa o seu mundo certinho, é só isto. Qualquer teoria de grupo vos dirá isto: ao fim de algum tempo as relações entre as pessoas tendem a estabilizar-se em processos e hierarquias ritualizados que tendem a excluir factores externos desestabilizadores. E ao fim de algum tempo isso acontece sempre – mas o sistema que está instalado é demasiado forte porque mais um modus operandi tornou-se uma estrutura de apreensão do mundo. É por isso que demora dezenas e dezenas de anos a um conjunto alargado de pessoas a aceitarem uma mudança. Portugal, por exemplo, já não é uma ditadura mas ainda vive de forma “salazarenta”.

    A escola é basicamente uma selva. Os putos gozam com os outros e fazem a vida negra uns aos outros por tudo e por nada. Por serem gordos, por usarem óculos, por terem borbulhas, por não terem roupa de marca, não gostarem das bandas de que é cool gostar ou não terem o telemóvel da moda. Melhor ou pior, todos sobrevivemos a isso. Principalmente se tivermos um bom suporte emocional. É esse também o papel da família, dar esse suporte. E isso não depende do sexo dos pais.

    E isso da desculpa da sociedade não estar preparada não é explicação para nada, porque podia ser aplicado a muitas outras coisas, como dizer-se que o 25 de Abril foi um erro porque a população não estava preparada para ser livre.

    Já não há pachorra para esta discussão. As pessoas não discutem o bem estar de uma criança e de uma data delas a médio prazo. Discutem o seu medo. E não há paciência para quando se quer discutir um assunto e no fundo está a discutir-se o medo das gentes. Têm medo? Comprem um cão. Ou arranjem um preto grande como amante. E depois adoptem uma criança. Há muitas por aí a precisar.

  15. Eddie, eu sei que ninguem escolhe onde nasce mas acho que isso não podemos evitar pois não? Por isso existem leis que protegem a criança nos casos a que te referes.
    Neste caso são crianças em que o Estado (a comunidade) tutela a sua guarda e como tal devem aplicar-se as leis que protegem as crianças mais um cuidado especial pela sua fragilidade especifica.A minha preocupação é com o desenvolvimento psico-social da criança e ele deve ter sido em conta em todos os casos e não só no caso dos homossexuais (como eu referi), mas é este que estamos a discutir agora.

    .

  16. Estamos a discutir, parece-me, se o Estado deve prevenir de forma especial a adopção de crianças por casais homossexuais, por comparação a outros casais ou não casais.

    Como alguém que viveu o divórcio dos pais numa altura em que isso era raro, evidentemente senti os reparos especiais das outras crianças e pais. Mas este é o tipo de coisas que não podemos evitar, a não ser que, na altura se proibisse a separação dos pais – como já tinha acontecido – para evitar a estigmatização da criança. São coisas que passam desde que haja um bom suporte familiar, como diz, muito bem, o agent.

    O que há a fazer é trabalhar sobre este preconceito de que um bom suporte familiar só pode ser assegurado através da família normal. E o que é uma família normal?

  17. já agora, uma questão pertinente e alargada. :-D

    por que razão mulheres – que gostam e se relacionam sexualmente – com outras mulheres usam pilas postiças? :-D

  18. Eddie,

    Eu falei do arquetipo de familia, que existe e é o dominante, é uma realidade no desenvolvimento pessoal. É um facto, e admiti-lo não me põe mais longe ou mais perto de apoiar ou negar a adopção por casais homossexuais.
    O meu ponto é que a criança tem direitos que não podem deixar de ser acautelados por causa dos direitos de outrem, homossexual ou não.
    Quem esta fragilizado nesta situação é a criança e é com ela que o estado tem que se preocupar em primeiro lugar. Se vires bem esta minha posição até envolve um aceitamento implicito da adopção desde que nos pressupostos de que a criança seja o centro do debate e não subalternizada no tema da adopção por casais homossexuais.

    Faz hoje 50 anos que Declaração dos Direitos da Criança foi adotada pela Assembléia Geral das Nações Unidas de 20 de novembro de 1959.

  19. Sinhã,

    quanto a essa contradição das pilas postiças para mulheres que não gostam de homens, também acho estranho…embora não perceba onde vês a pertinência face à questão do tipo de famíla que pode adoptar e em que condições…
    Mas mais estranho ainda são as mulheres de cabeça postiça, don’t you think, dear??

  20. K,

    quanto à garantia dos direitos da criança, totalmente de acordo.

    Nem compreenderia que se abrisse excepção para os homossexuais das regras que se impõem aos adultos heterossexuais no que concerne o respeito por esses direitos.

  21. Um menino de 6 anos, adoptado por um casal de homens, deve achar muito estranho quando vê pela primeira vez um homem beijar uma mulher na boca. Mas o pai explica-lhe: é que há homens que também gostam de mulheres…

    Nos primeiros anos de vida o exemplo representa 90% da aprendizagem.

  22. Manolo,

    Creio que ao seis anos de idade, a criança já terá visto tantos homens e mulheres a beijarem-se que talvez não ache assim tão estranho, a não ser que não saia à rua e não veja televisão nem cinema.

    Tanto quanto se sabe, não há associação linear entre o exemplo da sexualidade dos pais e a dos filhos por via da aprendizagem…nesse caso, não haveria praticamente homossexuais, já que estes cresceram no seio de famílias heterossexuais.

    Por outro lado, a genética aponta para o facto de os filhos biológicos de pais homossexuais não virem a apresentar maior tendência para a homossexualidade do que os filhos de pais hetero.

  23. Manolo Heredia, só se o menino estiver isolado do mundo até aos 6 anos. Só nesse caso é que precisa que alguém lhe explique que também existem casais formados por homens e mulheres.

  24. Eddie, nem me passou pela cabeça que estivessemos em desacordo quanto a isto.
    O epicentro do debate deve ser a criança e deve-se partir dai para o tema e não o contrario.
    Esta diferença de perspectiva muda muito a abordagem da questão.

    A questão do Manolo Heredia é pertinente, e insere-se precisamente naquilo que eu quis focar acima. De resto não tenho uma opinião definitiva sobre isto ,nem estou fechado à ideia que os casais homossexuais possam adoptar crianças. Faça-se o debate mas com a criança e os seus interesses bem no centro.

  25. o pai, manolo? (afinal como se distingue quem é o pai? mais difícil será explicar à criança essa distinção) :-)

    obviamente que se uma criança cresce a ver dois homens a beijarem-se, o estranho será ver um homem e uma mulher, né guidinha? :-)

  26. Não, Sinhã. Obviamente, a criancinha, desde que não padeça de problemas cognitivos, que saia à rua, que frequente a escola, etc., percebe que existem casais formados por homens e mulheres. Afinal, os casais heterossexuais estão por todo o lado. São a esmagadora maioria e não me parece que deixem de o ser, apesar de achar que é esse o medo de muito boa gente, que a coisa passe de pais para filhos e… sabe-se lá se não será meio caminho andado para a extinção da espécie. :)

  27. percebe o que vê na rua mas com toda a certeza isso diminuirá o entendimento do que vê em casa. muito mais quando, na escola, começar a falar da reprodução e por aí adiante.

    medo algum: a homossexualidade sempre existiu

    (noutros tempos de forma mais pura, parece-me. nos nossos dias existem poucos naturais. a maior parte são caçadores de modas e preversões. uns rotos).:-)

  28. Sinhã, não percebo esse argumento. E as crianças de famílias monoparentais, ou as que, por não terem sido adoptadas, crescem em instituições sem nenhuma referência de família?

    (não pensei em ti quando referi o medo, mas que ele existe, existe.)

  29. acredito bem que exista por aqueles que não se conhecem, claro. :-)

    precisamente: já bastam essas. para quê aumentar o número de crianças com sete cabeças?:-)

  30. Como se o facto de se ser filho de um casal heterossexual fosse garantia de ausência de sete ou mais cabeças. Não te reconheço. Achas comparável o amor que uma criança pode receber quando adoptada por um casal homossexual com o que recebe uma que cresça numa instituição?

  31. claro que não há garantias. eu não estou a falar de amor, estou a falar de entendimento. e não se pode colocar a questão, assim, como alternativa. eu conheço um menino indonésio que foi adoptado, supostamente, por um casal heterossexual. mentirinha: ela é uma figura pública e ele um gay, amigo. na verdade só assim conseguiram a adopção e a criança vive com ele e com os casos que vai tendo. ela é a madrinha.e, sim, parece me feliz a criança verdinha (é assim que chamo aos indonésios :-)). agora pergunto: a legalização do que quer que seja passa pela potencial felicidade, imensurável, de alguém ou de muitos? a adopção é a pensar nas crianças ou para satisfazer um desejo frustrado de quem adopta? um casal homossexual se vive em amor e por amor ao mesmo sexo sabe que para nascer um bebé tem de haver uma pita e uma pila. o que é, então, a homossexualidade? ou se assumem e vivem como são ou, quê, vamos ser homossexuais e viver como heterossexuais? o que prevalece? :-)

  32. Fui informado que a lei actualmente em vigor permite a uma pessoa singular com mais de 30 anos adoptar uma criança sem especificar se a pessoa deve ser homo ou heterossexual.Assim sendo na pratica um homossexual já pode adoptar uma criança.
    Com a legalização do casamento homossexual passa a haver de facto uma discriminação não de género mas sim de estado civil. E isso para mim não faz sentido em termos legais, pura e simplesmente legais.
    Não obstante continuo a ter as mesmas duvidas e simultâneamente a mesma abertura quanto à adopção de crianças por casais homossexuais em termos do seu desenvolvimento psico-social.

  33. Sinhã, continuo a não perceber os teus argumentos. Um casal heterossexual infértil também tem a sua dose de frustração e ninguém põe em causa o seu direito à adopção. Quanto ao ser necessário uma pila e uma pita para ter um bebé, podia dizer-te que para voar são necessárias asas e nós apesar de não as termos voamos, é querermos. :)

  34. Não tergiverses, Sinhã. :)

    Há muitos nenucos para adoptar, por casais heterossexuais, homossexuais, o que for. E os argumentos que impedem estes últimos deixam muito a desejar. :)

  35. não faças CConfuciões.:-)

    é isso: nenucos. há que tempos não lia essa palavra.:-)

    que proibam os abortos dos bebés deficientes e depois que sejam esses a serem adoptados se é de amor que aqui se fala.:-)

  36. Sinhã,

    depois hás-de ensinar-nos sobre os homossexuais naturais e os caçadores de modas. O José António Saraiva e o papa Bento XVI também já fizeram essa distinção entre os que já nascem com a degeneração ou doença e os que optam por ir em modas. Ambos são pecadores, mas uns mais do que outros.

    Deveria haver análises para determinar qem pode adoptar ou nem uns nem outros?

  37. K,

    essa lei é boa! Além de não pôr em causa a capacidade de uma pessoa singular educar cabalmente uma criança, sem que este se traumatize por não ter a figura do pai/mãe, dá essa possibilidade a quem não se quer casar. Sei de um caso de uma pessoa “single” homossexual que adoptou, mas parece-me que teve de ocultar a sua orientação sexual. Afinal, estas decisões são tomadas por pessoas que têm as suas convicções morais – ou moralistas!

  38. pecado? pecado é a abolição do complexo de édipo.:-D

    análises gerais e com especialistas, já que os de clínica geral andam com ovos debaixo dos braços.:-D

  39. CConfuciões… já não vamos aos treinos há algum tempo. :)

    Diz lá o que tem o aborto, ainda por cima de bebés deficientes, a ver com a adopção por casais homossexuais? É dos tais argumentos.

  40. só se não vais tu: eu ando sempre treinadinha.:-)

    tem que ver que se querem cláusulas especiais, fui buscar casos especiais para falar de amor. amor não é vaidade. :-)

  41. O treinador tem faltado, era o que queria dizer. :)

    Agora já te interessa falar de amor. Essa da vaidade não percebo. Estás a generalizar ou a lembrar-te de mais algum caso particular que conheces?

  42. uma boa jogadora também sabe treinar sem CCoach. :-)

    interessa-me sempre falar de amor. vê se entendes, de que vale o casal ter, para dar, o maior amor do mundo se a criança não entender o básico e crescer sem referências? isso sim, é anti-natura (não é 69 estranho que o casal faz). :-)

  43. Minhas senhoras e meus senhores.
    O vocabulário de hoje está lindo. São sessenta e nove, vibrador e o que mais será? Sobre isso não faço comentários, cada um, sua vida.

  44. Sinhã
    Não levo nem trago asfixia, pelo contrário, até gosto de ouvir falar em coisas porconas e porpiç(i)as.

  45. Sinhã, o que eu gosto da expressão ‘vê se entendes’. :)

    Para já o que entendi é que te desvias de todas as questões que te coloco, e voltamos sempre ao início. Também entendi que os casais homossexuais só querem adoptar porque são uns frustrados do caraças, por vaidade, etc., nunca pelo desejo normal que os casais têm de ter filhos. E para referência ocorreram-te os estranhos 69’s que fazem, aqui não entendi. Portanto, desde que sejam pais heterossexuais não há problemas com as referências. Caso contrário é melhor deixá-los nas instituições onde podem crescer com as melhores referências que se possam imaginar. Não entendo. :)

  46. se gostas, melhor. :-)

    voltamos ao início porque eu, desde o início que estou a dizer a mesma coisa: não estabeleço comparação com os heterossexuais precisamente por haver tantos desequilibrados. falamos dos homossexuais e do facto de uma criança ter direito a conhecer e sentir um pai e uma mãe – homem mulher – insubstituíveis e incomparáveis. se vamos falar nas instituições é outra coisa. ou são os homossexuais que vão liquidar os abandonos? :-)

  47. Devíamos proibir os divórcios, as crianças passam a viver só com um dos progenitores. E as mães solteiras deviam ser obrigadas a casar, com um homem, claro.

  48. Acabei de ler estes 66 comentários. Vou fazer o meu.
    Todos sabemos que as crianças nem sempre são uns anjos. Já aqui, noutro comentário, isso foi dito. Como exemplo, passo a explicar:
    No Ensino Básico, conheço casos absolutamente inesperados, dada a sua crueldade, ou falta de bondade, se quiserem. Uma criança de sete anos vira-se para outra e afirma: «Não brinco contigo, és pobre!» (lá em casa não lhe ensinaram que ser pobre é só uma questão de não ter dinheiro). Um menino, na mesma escola, afirma para os colegas presentes, apontando uma menina: «Ela é preta!» (lá em casa não lhe ensinaram que a diferença da cor de pele não faz diferença). Ainda o episódio de um menino que diz para outro: «O teu pai é um drogado!» (lá em casa não lhe ensinaram que um drogado é uma pessoa doente). Das lágrimas, da tristeza, da «vergonha», do quanto é traumatizante este género de frases não merece a pena falar, ou merece?
    Com estes relatos, quero apenas fazer uma pergunta: que dirá uma criança a outra criança adoptada por um casal homossexual?
    Geralmente, é o pai ou a mãe a ir buscar os filhos à escola. No caso de ser um casal «homo» masculino, será sempre um homem a ir buscar a criança. Quem nos garante que outra não lhe pergunte um dia: «Quem é a tua mãe?» E que um menino ou menina responda por ela: «A mãe é um homem!» (ou vice-versa, se for um casal «homo» feminino)?
    Não me admira que, principalmente as mães das outras crianças, vão olhar a criança adoptada como se fosse um fenómeno. E proibir os filhos de brincar com ela. Tudo é possível. Sei do que estou a falar.
    Não me interessa o problema dos casais «homo» que desejam ter filhos. Mas interessa-me o problema das crianças. Para satisfação desse desejo, humano e natural, vislumbra-se, para a criança adoptada, riscos de ordem psicológica muito dolorosos, profundos. O amor, o mimo, o bem-estar, serão suficientes para pagar o preço de agressões verbais traumatizantes que a vão marcar e acompanhar ao longo da vida?
    A criança não teve direito a escolha. Foi escolhida. Se tivesse oportunidade de escolha, que pais escolheria? Dois homens? Duas mulheres? Ou um homem e uma mulher? A criança adoptada por casais «homo» pode acabar por ser vítima de um desejo que não foi o seu. Principalmente, porque as crianças nem sempre são uns anjos…

  49. É natural que intuitivamente nos incomode a ideia de 1 criança crescer no meio de 1 casal que não seja tradicionalmente pai e mãe, a nossa sociedade sempre foi assim: Passados uns minutos(breves) a mim ,passa-me logo pela cabeça todos os casos mediáticos de horrores que algumas crianças passam ao serem criadas pelos seus progenitores, aí nem exito quando digo que estariam certamente melhores se fossem criados por um casal, homossexual ou não , mas que os ame muito, como eu e o meu marido amamos os nossos filhos .Há que ponderar é se os futuros pais, neste caso um casal do mesmo sexo, estão ou não capacitados para educarem e amarem incondicionalmente 1 ser humano e essa é a única condição que nos deve preocupar.Um casal homossexual é um casal e ponto final.

  50. Concordo que ‘as crianças acima de tudo’ e que essa é a bússula com que se orientarão aqueles que se movem por amor. Concordo tmabém que Portugal é um país bem atrasado, para não entrar em deambulaações freudianas. Noutras culturas isto está ultrapassado. No meio desta complexidade toda e multicomunicação global nada pode dizer para o futuro que um filho adoptado por um casal homo seja menos feliz ou menos realizado ou mais mal tratado que num casal hetero. Basta ter lido nos últimos anos as notícias do Correio da Manhã.

    Vá lá que o Tribunal do Apex do Nepal já se pronunciou favoravelmente aos casamentos gay, gosto muito quando as altitudes falam, fico logo com um ventinho elevatório a passar-me no pelo.

    O technopapa é o rato zinger e seus acólitos. Eu bem te tinha dito que tinha aí um Incal, Vlupi! E agora não sei se vou de metabarão ou de cãozão, só preocupações!

    Nossa Senhora de Fátima sei que posso contar contigo, minha bonita. Nossa Senhora da Conceição: vamos abrir a dança?

  51. Para alguns não terem o desconforto de lidar com a questão da adopção por casais homossexuais, vão ser impedidas de ser adoptadas várias crianças que se calhar doutra forma nunca o seriam. A adopção não é só nacional, é também internacional e há milhões de crianças pelo mundo sem família.
    É preciso ser-se uma pessoa muito egoísta e cruel, para condenar uma criança a viver numa instituição em vez de ser amada e respeitada por um casal de homossexuais.

    A adopção por casais homossexuais é fundamental, não por causa dos casais homossexuais, mas pelo direito de qualquer criança ter uma família. O interesse da criança deve sempre prevalecer e é SEMPRE do interesse da criança não permanecer numa instituição ou em outro sítio ainda pior e ser amada por uma família.

    Não percebo como as pessoas podem ser tão cruéis e egoístas que neguem às crianças o direito de ser adoptadas por qualquer casal que reúna condições para as amar. Parem de pensar apenas nos vossos umbigos!
    Não há falta de crianças para adoptar, o que há é falta de casais para o fazer! Acho que as pessoas que são contra a adopção de casais homossexuais monstruosamente egoístas!

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