A notícia de Adão Silva ter ganhado as eleições para a bancada parlamentar do PSD encheu de júbilo o meu pobre coração amante da política. Porque estamos perante um cromo que é uma pratada de riso, o que irá aumentar a saúde mental de quem acompanhar a actividade parlamentar, e porque tal ocorrência permite-me republicar o vídeo com mais sucesso que este pardieiro alguma vez colocou no éter youtúbico:
A intervenção de Pedro Silva Pereira é de uma perfeição oratória sem rival na minha memória. Desde a estocada inicial, que deixou o adversário pelo chão em agonia, até à construção segura e implacável do argumento, o qual termina em evidência peremptória. À distância de oito anos, atendendo ao contexto de então e ao que sabemos agora, o seu discurso fica ainda mais relevante. E tudo isto de improviso, imediatamente a seguir a uma cena pífia de chicana. Não admira que se odeie tanto este PSP, o medo e a inveja explicam o fenómeno e deixam medalhas de mérito na lapela do alvo.
Chamo também a atenção para os números da eleição:
“De acordo com fonte do partido, votaram os 79 deputados da bancada do PSD, dos quais 64 votaram sim, seis em branco e registaram-se 9 votos nulos.
“
Isto significa que Rui Rio, o Clausewitz ao contrário da estratégia política, tem neste momento um líder da bancada folião – o qual está rodeado por seis deputados que preferiam não ter de votar e mais nove que nem sequer conseguiram apenas fazer uma simples cruz num quadradinho, admitindo-se as mais estouvadas hipóteses sobre o que terão deixado escrito, ou desenhado (cuspido?), nos boletins considerados nulos.
Vou assinar o canal artv já já. Tambem preciso de me rir e a stand-up está pelas horas da amargura.
São ricas peças de oratória política, sem dúvida. Vou ao discurso do Silva Pereira: por que raio o PS deixou cair desavergonhada e cobardemente a defesa do Governo de José Sócrates?
Pedro Silva Pereira a derreter corações (o meu, pelo menos) com um discurso calmo, ponderado, justo, elevado e baseado em factos. Um grande político!
Lindo! Este anjo-papudo promete diversão.
A verdade magoa os aleijados do raciocínio.