Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Abismo? Ou luz? De quem sabe que aliviar-se com rabiscos de provocação pífia, infantil, à distância, nada resolve, antes pelo contrário, e vai destemida à linha da frente colocar o holofote na raiz da ameaça?
Lucas Galuxo, que era, ou é, suposto que os “rabiscos” resolvam?
Ok. Podemos tirar o “resolve”. Ficamos só com o “antes pelo contrário”.
“A maioria das respostas, como quase sempre nas redes sociais, não tinha pés nem cabeça.”
Não é que discorde do Henrique, um cronista que felizmente tem pés e cabeça. Pena que use tão pouco a cabeça.
só consigo ler um pedacinho do artigo. :-( no entanto, julgo que o resto andará à volta de que caricaturar e parodiar é um grande mal – e um mal maior depois do sangue. ora o que está aqui errado é o sangue, não é a paródia. e isso remete-nos para o que é uma ofensa e o que a palavra diz sobre nós. porque quando na isenção se vê pretensão – a da ofensa – a coisa cai no poço.
A verdade é que os cartoons da charlie hebdo são uma forma de assédio destinado a deprimir, gozar, e ridicularizar reiterada e descaradamente certas pessoas. É bullying, é perseguição e só faz rir até ao ponto em que semana após semana os alvos da chacota são SEMPRE os mesmos. A Ana Gomes tem alguma razão e aliás o Papa Chico também, que agora, certos esclarecidos, preferem já não citar.
Paródia. Boa palavra, mas a paródia esporádica é uma coisa, a paródia persistente é assédio. Julgo que ninguém se chocaria se gozassem com os muçulmanos como pessoas os seus hábitos e costumes, eles aceitariam isso na boa. A questão é parodiar o profeta deles, algo que consideram um tema sagrado e mais digno de proteção até do que a sua vida privada e íntima. E notem que no ocidente não me parece que nenhuma revista se dedique a parodiar sistematicamente a intimidade e a vida privada de nenhum grupo de pessoas.
“E notem que no ocidente não me parece que nenhuma revista se dedique a parodiar sistematicamente a intimidade e a vida privada de nenhum grupo de pessoas.”
ora deixa cá ver… correio da manhã, sol, i, expresso, sábado, domingo, segunda, anos bisexos & anestesia geral da comunada.
a equipa da radio comercial estava quilhada, ou mais do que matada, se de cada vez que satiriza e parodia uma tragédia ou uma alegria lhes dessem um tiro, Enapa. sem a realidade não há riso. e o que seria do mundo sem riso em parelha com o sono e o amor? o amor que ri também descansa – ou não é amor: é disfunção em vigília.
Abismo? Ou luz? De quem sabe que aliviar-se com rabiscos de provocação pífia, infantil, à distância, nada resolve, antes pelo contrário, e vai destemida à linha da frente colocar o holofote na raiz da ameaça?
http://causa-nossa.blogspot.com/2015/01/visita-ao-curdistao-iraquiano-23.html
Lucas Galuxo, que era, ou é, suposto que os “rabiscos” resolvam?
Ok. Podemos tirar o “resolve”. Ficamos só com o “antes pelo contrário”.
“A maioria das respostas, como quase sempre nas redes sociais, não tinha pés nem cabeça.”
Não é que discorde do Henrique, um cronista que felizmente tem pés e cabeça. Pena que use tão pouco a cabeça.
só consigo ler um pedacinho do artigo. :-( no entanto, julgo que o resto andará à volta de que caricaturar e parodiar é um grande mal – e um mal maior depois do sangue. ora o que está aqui errado é o sangue, não é a paródia. e isso remete-nos para o que é uma ofensa e o que a palavra diz sobre nós. porque quando na isenção se vê pretensão – a da ofensa – a coisa cai no poço.
A verdade é que os cartoons da charlie hebdo são uma forma de assédio destinado a deprimir, gozar, e ridicularizar reiterada e descaradamente certas pessoas. É bullying, é perseguição e só faz rir até ao ponto em que semana após semana os alvos da chacota são SEMPRE os mesmos. A Ana Gomes tem alguma razão e aliás o Papa Chico também, que agora, certos esclarecidos, preferem já não citar.
Paródia. Boa palavra, mas a paródia esporádica é uma coisa, a paródia persistente é assédio. Julgo que ninguém se chocaria se gozassem com os muçulmanos como pessoas os seus hábitos e costumes, eles aceitariam isso na boa. A questão é parodiar o profeta deles, algo que consideram um tema sagrado e mais digno de proteção até do que a sua vida privada e íntima. E notem que no ocidente não me parece que nenhuma revista se dedique a parodiar sistematicamente a intimidade e a vida privada de nenhum grupo de pessoas.
“E notem que no ocidente não me parece que nenhuma revista se dedique a parodiar sistematicamente a intimidade e a vida privada de nenhum grupo de pessoas.”
ora deixa cá ver… correio da manhã, sol, i, expresso, sábado, domingo, segunda, anos bisexos & anestesia geral da comunada.
a equipa da radio comercial estava quilhada, ou mais do que matada, se de cada vez que satiriza e parodia uma tragédia ou uma alegria lhes dessem um tiro, Enapa. sem a realidade não há riso. e o que seria do mundo sem riso em parelha com o sono e o amor? o amor que ri também descansa – ou não é amor: é disfunção em vigília.