A vocação do Homem é livrar-se da cegueira

Todo o santo dia há quem se esteja a apaixonar pela primeira vez. Ou pela última. Quem se embriague com os odores da terra ou do mar. Quem decida mudar o passado ou repetir o futuro.

É deles que nos fala Fernando Alves nestes dois minutos que vais ouvir. E eu aproveito para recordar dois belos testemunhos dos nossos amigos Manuel Pacheco e antonio manso. Dois exemplos de um país que também está a mudar a sua paisagem interior, que não só a exterior, e para melhor. Muito melhor.

É chocante ver tantos, e tão privilegiados, rendidos ao pessimismo, ao desânimo, ao catastrofismo. Mas não lhes faremos bem se nos fizermos mal. Deixá-los e partir.

O caminho é o da aprendizagem, o da experiência, o da liberdade. Do espanto. Sempre o foi e sempre o será. A nossa vocação.

60 thoughts on “A vocação do Homem é livrar-se da cegueira”

  1. Dizem-me que todas as novas tecnologias são encaradas de diferentes maneiras conforme a idade que se tenha quando aparecem: até aos 15, sempre existiram e são a coisa mais natural do mundo. Dos 15 aos 45, são revolucionárias e vão mudar o mundo. A partir dos 45, são uma ameaça ao mundo e devem ser controladas.
    Eu estou na segunda categoria (por pouco, sou da geração Spectrum), e todos os dias me espanto com a naturalidade com que os meus filhos, 9 e 4, usam não só o Magalhães do mais velho, mas fazem com a maior naturalidade do mundo aquilo que ainda hoje me espanta: navegar e deixar-se ir. Mesmo a mais nova, sem saber ainda ler, já interiorizou perfeitamente o conceito de rato, link, mail, e sobretudo a noção de que está a interagir com algo sem limites, onde há sempre qualquer coisa muito para além da televisão. E como o mais velho aprendeu a usar Powerpoint sem que ninguém o ensinasse, apenas experimentando e trocando impressões com os colegas da escola. Aprenderam entre eles, com pequenas dicas e muita competição para ver quem fazia a apresentação de Pokemons mais gira. Isto não tem preço, o valor disto está para além do que qualquer estudo possa avaliar, ou qualquer métrica possa medir. Ainda este ano, vão abrir um blog. E vendo isto, eu pergunto: como, mas como é possível que haja pessoas que ainda hoje trocem do programa Magalhães, e o gostassem de enterrar.
    Não posso infelizmente dizer o mesmo que nesta reportagem sobre os membros mais velhos da família (vou tentar outra vez quando sair o iPad), mas é bom saber que há, como sempre houve, quem se esteja marimbando para o desânimo e a resignação e queira descobrir o mundo, nem que seja aos 90. Aliás, sobretudo aos 90.

  2. Vega, quando era miúda, também sou geração Spectrum, havia em casa dos meus pais uma aparelhagem de som em que estávamos proibidos de tocar. Era um Quad com amplificador a válvulas que o meu pai tinha mandado vir de inglaterra e montado com todos os cuidados. Eu e os meus irmãos nem nos aproximávamos da bicha que as ameaças eram muitas. Um dia uma das minhas primas, com 8 ou 9 anos como nós, decidiu que queria ouvir nela os singles de histórias. Tirou cabo, ligou cabo, rodou botão, e o som da Cabra Cabrez que nos fazia em três saiu da enorme coluna.
    Ainda hoje acredito que grande parte da fúria do meu pai não foi por ela ter mexido mas por ter conseguido fazer o que ele achava ser o único capaz.
    A minha filha mais velha tem 15 anos e síndrome down. Um dia, teria 4 ou 5 anos, nem falar sabia, dei com ela a jogar um dos muitos joguinhos de palavras no meu computador. Era normal que ela o fizesse e só se me acendeu a luz quando percebi que eu não lhe tinha posto o cd nem ligado o pc. Na altura o windows não era propriamente o vista, feito para dummies, e ela teve de ligar, pôr o cd, escolher a drive e executar. Nunca a tinha ensinado a fazer isso. Ainda hoje, cá em casa, é ela quem instala a playstation, a Wii, o dvd, sabendo exactamente quais as fichas scart que tem de ligar e onde.
    Há pouco tempo comprei um telemóvel novo. Um touch. Percebi que estava ultrapassada quando dei por mim a ler o livro de instruções com as minhas filhas a gozarem comigo.

    Eu acho que eles não são mais espertos, ou que nascem ensinados, ou que a a evolução os capacita mais. Penso que eles só não têm, como nós, o medo a tolhê-los. Atiram-se ao novo sem qualquer receio e exploram porque tudo é novo. Nós, que já aprendemos há muito que se metermos os dedos na ficha levamos um esticão ou que se estragarmos o pc temos de o pagar, reagimos pavlovianamente e recuamos com medo quando não sabemos o que vamos encontrar.
    As três fases de que falas, a infância, a idade adulta e a velhice, poderão assim ser caracterizadas pelo maior ou menor grau de medo do novo e pelo espaço que esse novo ocupa na vida. Na infância tudo é novo, na nossa idade já quase nada é novo, na velhice o novo é a excepção.
    Na infância tudo é explorável e não há medo porque também ainda não há memórias. Um copo aos pedaços no meio do chão não é um copo partido ou um perigo potencial mas tão só uma imensa maravilha, uma quase mágica mudança de forma.
    E isto leva-me até à paixão de que o Valupi fala e ao velho “não há amor como o primeiro”. Mais uma vez é o medo que nos comanda a vida. Atiramos-nos sem limites se nunca tivermos conhecido a dor, reprimimos-nos se tivermos medo de sofrer como já aprendemos que é possível sofrer. O que me parece então é que a vocação do homem não é livrar-se da cegueira mas sim da visão, das muitas visões que guardamos como se fossem relíquias, e tentar olhar como se olhássemos sempre pela primeira vez, como se fossemos eternas crianças deslumbradas e dessassombradas com o mundo sem medo de navegar por ele fora e esquecendo que ao cabo da boa esperança chamaram antes o das tormentas. Descobrir o novo todos os dias.

  3. Para o Tiago Mouta, recomendo mais um link: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/mercados/bolsa-market-markets-agencia-financeira-bolsas-psi20/1146114-1727.html

    “A OCDE felicitou a estratégia de consolidação orçamental de Portugal, que considera estar na direcção para assegurar a confiança dos mercados e suportar o crescimento da economia. Este era o estímulo que o mercado aguardava, que uma entidade internacional reconhecesse a credibilidade do plano português para equilibrar as contas nacionais.

    Além disso, Portugal emitiu mais dívida pública do que se esperava, reflexo de uma maior procura, a um juro mais baixo do que nas últimas emissões. Isto mostra recuperação de, pelo menos, parte da confiança no mercado português.”

    O PSI20 valorizou 1,48%; Lá por fora, a Europa fechou com ganhos à volta de 0,8%.

    Tereza, adorei ler o seu texto.

  4. Daniela

    O que eu quero é uma consideração de médio longo prazo!
    Não quero links que me remetam para uma OCDE que aplaude medidas imediatas de “parecer” positivo e não de “SER” positivo…

    A Daniela acha mesmo que o PEC reduzirá o défice para o valor proposto em 2013?

    Já agora, a Daniela o que acha das privatizações?

    Eu venho aqui para auscultar as opiniões de pessoais de cada um… Não para me remeterem para links de comunicação social, os quais não são mais que mera propaganda imperialista, a bem da coesão dos estados membros!

  5. Se estamos a falar de esperança, aqui fica mais um contributo: depois de considerar que a guerra não é um fatalismo genético, John Horgan avança, afirmando que «há razões para ser optimista.No século XX , cerca de 100 milhões de pessoas morreram por causas relacionadas com a guerra, incluindo fome e doença.O total teria sido de dois biliões se as taxas de violência fossem tão altas como na sociedadde tribal primitiva média. Por outras palavras, as coisas estão a melhorar» (in A Ciência Terá Limites?).

  6. (Tiago eu de política não percebo nada mas quer-me parecer que o imperialismo não pretende a coesão dos estados mas a fusão num único, grande e glorioso estado. Mas isto é só um aparte…
    Daniela, obrigada)

  7. Tereza, muito bom. A questão é quem quem tem miúdos pode aprender novamente, através deles, esse prazer de exploração quase puro, essa naturalidade de olhar para tudo como um desafio e não como uma dificuldade. Há quem perca totalmente essa capacidade com o tempo, há quem fique diminuído, em maior ou menor grau, conforme vamos encaixando a nossa visão do mundo em certezas que nem nos apercebemos que são apenas construídas por nós. Há apenas que vencer as resistências naturais, e dou por mim muitas vezes a olhar para os miúdos e a pensar “afinal, é tudo tão simples”. Não é – a maturidade também conta para alguma coisa – mas é bom mantermos isso na cabeça. Mesmo sabendo que sim, se o PC se estraga, sou eu que pago.
    E o incentivo de não ficar atrás de um miúdo de 9 também conta… ;)

  8. Mário, por acaso não sei se as taxas de violência serão menores ou se interiorizámos o tal provérbio popular do quem com ferros mata com ferros morre.

  9. Vega, também acho que o contacto com miúdos é uma excelente forma de nos mantermos em forma desde que não interiorizemos a função exclusiva de mestres. Cada porquê deles deve voltar a ser nosso também.

  10. Cá está um dos motivos porque gosto disto. Na mesma caixa vários assuntos a serem discutidos, a única dificuldade é escolher em qual meter o bedelho. É ou não é um privilégio dos novos tempos? :)

    Concordo com o Vega quando diz que a maturidade também conta para alguma coisa. Os miúdos não deixam de ser miúdos por causa das novas tecnologias. Por vezes não é fácil convencê-los disso, mas nada que não se resolva. Descobri um truque que tem resultado, vou para o terreno deles, não jogo a tudo (não sou doida, e não gosto de perder), mas quando percebo que os posso ajudar a subir de nível nalgum jogo, por exemplo, não perco a oportunidade. Passo de imediato a heroína do dia. Fico com crédito, digamos assim, para que me oiçam em relação a outras matérias. Além disso, a verdade é que se junta o útil ao agradável…:)

  11. Guida, eu também costumo fazer isso, olho de longe e só interfiro quando tenho a certeza que não me vou sair mal e passo a heroína da pequenada. E durante muito tempo, enquanto não me descobriram as manhas, era fácil, ia à net sacar os truques e era uma limpeza… :))
    Mas mesmo assim, com a careca a descoberto, ainda consigo que não me expulsem do mundo deles apesar de ter há muito explicado que isto cá em casa não é de todo uma democracia e que eu tenho sempre direito de veto. E tenho-me dado bem com isso porque elas interiorizaram já o timbre da tal última palavra que não é discutível.
    Claro que a maturidade conta e é necessária mas convém nunca tirarmos completamente os pés da Terra do Nunca.

  12. Tiago, desconfio que se a OCDE se tivesse pronunciado em sentido contrário, o seu parecer era utilizado, e de que maneira, como argumento contra o Governo. O que todos os entendidos dizem é que temos de estar atentos às reacções das entidades internacionais, aos mercados, etc., que, por acaso, têm sido positivas. Para alguns, parece que só contam se discordarem das medidas propostas…

  13. Tereza

    O que eu queria dizer era “coesão dos estados”, sabendo a ambição existente acerca do único grande e glorioso estado… nada de novo!
    O que eu acho é que este PEC é mais uma pequena alavanca neste sentido!!!

    Mário

    Na sociedade tribal, não existiam bombas nucleares… Um homem matar outro com uma espada, uma flecha ou uma pedrada obviamente que era violento, agora imagine quão impessoal é, carregar num “botãozinho vermelho” e exterminar milhões de pessoas…
    Claro está, que carregar no botão é muito menos violento, do que desfazer crânios à pedrada, mas nem por isso as consequências são menos atrozes…

    Guida

    Governos vão e vem, O País espera-se que fique, pelo menos tem sido assim nos últimos 900 anos…
    Não me movem as opiniões da OCDE sejam elas quais forem ou o ataque ao “governo” mas sim onde é que estas medidas (PEC) nos conduzem como nação!
    Claro que seria catastrófico do ponto de vista económico se o PEC fosse rejeitado pela comunidade internacional…nomeadamente OCDE e agências de rating!

    P.S- Sou do tempo do Spectrum 48k, adoro jogos e raras não são as vezes que me encontro a “debater freneticamente” tácticas e estratégias com figuras bem mais novas do que eu…eheheh.

  14. :)))))))), há infinitas capicuas, dá e sobra para tod@s! Uma coisa muito prática com os infinitos é que não se gastam,

  15. (e ainda dá para deixar tudo arrumadinho nos números surreais, mas atenção que é uma classe e não um conjunto, não pode ser conjunto porque violava a lei da cardinalidade, que é mais ou menos o mesmo que violar-se a si próprio, ora há que ter cuidado com a coluna sobretudo na Primavera :)

  16. às tantas, o que eu ainda gosto mais é que cada um pode usar a metáfora que mais lhe agradar, também pode ser um lugar de plenitude absoluta estática, extática quiça, raios de sol?

  17. O computador Magalhães:
    A maioria crítica a sua existência mas não tem outra alternativa. Gostavam que nada houvesse, ou se houvesse, que as crianças filhas de famílias humildes não pudessem usar dos mesmos privilégios que eles. Já é de há muitos anos que querem que os seus (meninos) sejam diferentes dos outros. Quer tenham capacidades ou não, só eles é que deviam ter computadores.
    Agora vem este Sócrates, com estas ideias onde é que se viu tal? Devia de lhes dar uma lousa como era antigamente, agora um computador! Um computador não pode habitar numa casa pobre, onde lhe falta tudo, nem sítio para o colocar. Deviam de ver como o meu Luizinho gosta dele. Gosta tanto que nem lhe mexe para não o estragar e um dia, tenho a certeza que ganha um diploma pela estimação que teve para com ele. Com este diploma mais tarde vai ser colocado numa das empresas do pai.
    Computador é coisa fina, coisa de rico. Já viu o meu Luizinho chegar à escola e ver o Manel, filho do Zé da Miséria, com um igual e com muito uso de tanto estudar. Para quê se sabe de antemão que não vai passar de um simples servente de uma qualquer obra. Os melhores lugares estão reservados para pessoas como o meu Luizinho. Ou queriam o quê? Ser igual! Cada macaco no seu galho. E o galho do meu Luizinho é alto. Ou muito me engano ou o mundo está para acabar. Este Sócrates está a fazer para que isso aconteça.

  18. Voltei do repasto, e gostei, como sobremesa, disto:”Todos os números reais estão rodeados de números surreais, que estão mais próximos de si do que qualquer número real”…Fez-me muito sentido :)

    Claro que as capicuas vão já para o &, que as merece.
    Mas, &, as tuas patas não estavam lá :(

  19. tereza,

    comé?? Então cá em cima é que há sol?? Se for preciso, faz-se já uma dança do sol dirigida aí para o sul ;)

  20. não viram o meu ? lá em cima?

    a teoria dos números é de uma beleza incrível e deixa sempre uma janela aberta,

    mas amanhã a ver se arranjo coragem para perguntar uma coisa de política, coragem quer dizer tenho de alinhar o pensamento primeiro, no meio do paper, a coragem é para andar em duas pistas ao mesmo tempo,

    entretanto: maravilha, nasceu-me uma fórmula nova muito promissora mas ainda ando à caça das soluções óptimas, aí é que sou mesmo gato atrás do rato, mas essa não é para o paper, é para o futuro,

    e agora vou ficar mais assim se é que sai,

  21. Tereza: quando estiver a caminho de voar vou pedir Sol para aí amanhã, junto-me à Edie,

    simpática L* mas olha que eu estou maroto escondido algures,

  22. Agora sim, dois gatarrões em grande estilo, sobretudo o que se encontra imperialmente estendido nas pedras.

    Vá, optimiza-me isso, então.

  23. edie, não que tenha alguma importância, mas a que está estendida nas pedras é uma gatarrona. Tem três cores, não engana. Coisas da genética. :)

  24. Edie: eu já aprendi há uns anos a não estragar um brinquedo logo à dentada, esta fórmula vai-me dar água pela barba e para brincar longamente, surfar inclusivé, só sei que a solução óptima existe, porque se enquadra num teorema abstracto que assim o garante de todo, mas ainda não sei lá chegar e já andei à catanada, tropecei num buraco negro e depois sentei a fumar um cigarro,

    quanto à política: temos de pensar que nos livramos do garrote das prestações da dívida publica ou externa ou lá que é no conjunto dos países do Mediterrâneo, anda aqui um problema de soberania entre os Estados e os bancos, repito: soberania. Ora quando é soberania sobem-me as citocininas que me dão um esticão nas auxinas e não digo nada,

    vá lá que ando distraído com o paper.

  25. Pronto, bem visível agora…

    Guida, confesso que estou para aqui a mandar bocas mas não percebo nada de gatos (fiquei a saber essa das três cores, vou fazer um brilharete junto dos meus amigos gatófilos). A minha paixão, aquilo que me tira do sério, que me leva a fazer figuras ridículas na rua e a babar-me solidariamente cara acara ou cara a focinho, são os CÃES…

    Acho que é amor…

  26. nós somos tolerantes com x&y, e com umas bicadas pelo PS não ter maioria absoluta, regressando à filosofia,

    wiki: Rudini observa que Anaximandro tinha um argumento contra Tales: o ar é frio, a água é úmida, e o fogo é quente, e essas coisas são antagónicas entre si, portanto um o elemento primordial não poderia ser um dos elementos visíveis, teria que ser um elemento neutro, que está presente em tudo, mas está invisível. Anaximandro foi um dos pré-socráticos que mais se diferenciaram na sua concepção da arché por não a ver como um elemento determinado, material. Considerava o infinito como o princípio das coisas, e o chamou de apeíron, considerava então, que o limitado não poderia ser a origem das coisas limitadas. Explica que as coisas nascem do infinito através de um processo de separação dos contrários (seco-úmido). “Anaximandro ainda afirmaria que os primeiros animais nasceram no elemento líquido e, pouco a pouco, vieram para o ambiente seco, mudando o seu modo de viver por um processo de adaptação ao ambiente, extremamente coerente com as teorias evolucionistas de Charles Darwin.”

    “… o ilimitado é imortal e indissolúvel…”

    bazar,

  27. &:

    lindos os teus gatos! :)

    o riscado chama-se ‘patas’?…..é muito parecido com a minha 1ª gatona (a mimi que viveu 11 anos).

    agora tenho um 4 patas que parece uma pantera: … é o blackie…o ‘terrível’ e adorável :)

    os meus pais têm uma princesa amorosa (olho azul; pêlo fôfo branco com riscas castanhas)…

    Mas também gosto muito de cães….

    se tivesse espaço dava abrigo a muita bicharada :)

  28. Na onda dos pré-socráticos vou pelo Heraclito:

    “não nos banhamos duas vezes na mesma água de um rio”…

  29. edie, também gosto de cães, mas apesar de já ter tido dois confesso que não me sinto completamente à vontade com eles. Acho que o facto de ter sido mordida duas vezes em miúda não ajuda. :)

  30. &, não são bicadas, são garras de fora e pêlo ouriçado, porque… é óbvio que o PS devia ter ganho com maioria absoluta. Assanha-te, vá. :)

  31. guida: é óbvio que o PS não ganhou com maioria absoluta nem vai ganhar proximamente, e sabes porquê? É aquela história de sol na eira e chuva no nabal, te recuerdas? Chama-se trade-off.

    Já do resto não vou comentar nada porque não gostei nem um pouco dos sinais que li hoje por aí, estou de luto. Quanto aos sexos até o Aristóteles se enganou relativamente às hienas, pensava que eram hermafroditas tal o tamanho do clitóris.

    Vem aí o choque dos titãs, ao menos vejo o Sam outra vez. Hasta.

  32. &, claro que recuerdo, mas não concordo e expliquei-te porquê logo da primeira vez. E de lá para cá, não tenho apreciado o espectáculo. Nem vou falar de coligações negativas nem de faces ocultas e respectivas comissões para tudo e mais alguma coisa, porque hoje temos Sol na eira e no nabal.:)
    Lamento é que se mantenha aquela situação de Sócrates ser preso por ter cão e preso por não ter (lembras-te?), por exemplo: se no PEC tivessem mantido as três linhas de TGV, seriam acusados de tudo, desde falta de diálogo, a estarem convencidos que ainda governam em maioria até serem irresponsáveis por aumentarem a despesa, enfim o costume, como cederam e só vão avançar com uma linha, são acusados de serem troca-tintas, de não respeitaram o que prometeram em campanha, etc. Assim não dá. De resto, a ameaça de moção de censura é permanente, como sabes. Talvez por cegueira minha, ainda não percebi o que ganhamos com esta situação.

    Desconhecia essa característica das hienas fêmea. Fiquei a pensar na estranha (ou talvez não) conclusão de Aristóteles. Serão os pénis das hienas macho tão reduzidos que na altura ninguém reparou neles? :)

  33. governar é assim e o Socrates sabe. Aliás num certo sentido é mais divertido. Imagino que a guida tenha boas razões pessoais para querer um ps a governar sem ter de fazer quaisquer concessões mas não é assim.

    Mas está Sol. sim. Quanto à história do Aristóteles e das hienas é tal e qual dessa maneira que é contada, mas também não sei a que exemplares ele teria acesso, porventura aos que lhe eram mandados por Alexandre?

  34. Ah, pois, deve ser divertido, pelo menos para alguns. O problema é que tenho outra noção de diversão. Sócrates sabe o que é governar, não sei é se os restantes líderes dos partidos sabem o que significa fazer oposição.

    Tens uma imaginação do caraças. Não sei onde foste buscar essa ideia de eu ter razões pessoais (??!!) ou outras para querer um PS que não faça concessões. Mas pronto, os caminhos da desconversa são infinitos…

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