A única lição

A questão do chumbo do PEC IV é crucial em qualquer análise das causas da presente situação, mas não só pelo óbvio prejuízo financeiro, económico e social causado tanto pela abertura de uma crise política naquelas circunstâncias como pela entrega directa e alargada da soberania aos credores. Há um outro aspecto tão ou mais relevante.

A razão pela qual a direita, em geral, e o PSD, em especial, se sentiam tão ameaçados por Sócrates encontrava-se no seu carácter; o alvo de todas as calúnias, ora pois. Aquele socialista não se limitava a não ter medo da oligarquia – como a raiva que despertou em Belmiro de Azevedo e Soares dos Santos o demonstra à saciedade, por exemplo – igualmente o seu pensamento e tacto político o levava a conseguir conciliar agendas do agrado de empresários e do agrado de vastas camadas sociais, inclusive conseguindo esvaziar o BE das suas queridas e mediáticas bandeiras vanguardistas ou tão-só contemporâneas no campo dos direitos e dos costumes. Talvez o conflito com os professores tivesse chegado para retirar a maioria absoluta em 2009, mas, num universo paralelo onde a crise de 2008 não tivesse acontecido, quem sabe o que se teria passado? A dinâmica da requalificação, do investimento em ciência e tecnologia e do alargamento dos mercados exportadores só poderia melhorar o que já era notável: o começo da mudança de paradigma da economia portuguesa.

Olhemos, então, para a equipa de Sócrates no seu núcleo perene: Teixeira dos Santos, Santos Silva, Luís Amado, Pedro Silva Pereira, Vieira da Silva e Alberto Martins (primeiro como líder de bancada até 2009 e depois como ministro). Se reuníssemos as suas ideias sobre as origens da crise encontraríamos como mínimo denominador comum algo parecido com isto que Teixeira dos Santos verbalizou há dias:

O antigo ministro das Finanças Fernando Teixeira dos Santos afirmou hoje, em Braga, que a Europa não estava nem está ainda preparada para responder à crise e defendeu um orçamento federal para ajudar os países em dificuldades.

Teixeira dos Santos, que falava à margem de uma conferência na Universidade do Minho, disse que, neste momento, a Europa ainda não tem instrumentos de política orçamental para poder intervir, para poder suportar ou apoiar o esforço de crescimento dos países e para atenuar os impactos da austeridade nos países que têm processos de ajustamento.

“A Europa deu claramente mostras de que não tem instrumentos de intervenção”, disse.

Aludiu ao caso da Grécia, que pediu ajuda aos parceiros europeus mas a União Europeia “não tinha meios para lhe valer”, pelo que houve necessidade de recorrer a “um esquema de empréstimos bilaterais.

Este entendimento, que é uma posição de módica prudência face às evidências, caso tivesse sido mantido por um qualquer Governo português maioritário desde 2010 – o ano a seguir àquele em que a Europa apostou tudo no investimento público para evitar uma depressão e sair o mais rapidamente possível da recessão, o que gerou o aumento da dívida em todos os países europeus – levaria a que jamais o País se tivesse afundado num agravamento demente da crise como aquele a que assistimos em Março de 2011. E o que veio a seguir foi verdadeiramente desastroso, pois subiu ao poder um grupo de fanáticos e de incompetentes.

Em 2011, Portugal tinha um Governo cujo elenco era o que melhor conseguiria defender o interesse nacional face às alternativas em compita. Sim, a austeridade continuaria e os protestos de tudo e de todos igualmente. Mas não estaríamos mergulhados na miséria intelectual e ética de uma direita decadente. Esta é a única lição que se aproveita dos últimos dois anos e meio.

29 thoughts on “A única lição”

  1. Caros amigos,

    Vão depressa consultar este site muito instrutivo (em alemão) : http://www.sedo.ArchäologieundBiblischeDogmatik.com/brokerage/acquisition.php

    Como poderão verificar, os estudos mais recentes dos especialistas em hebraico revolucionam completamente a leitura tradicional do livro do Gênesis. Por exemplo, onde constumamos ler “Eva deu a maçã a Adão que a comeu”, parece que afinal o original diz “Eva chumbou o PEC IV”.

    Incrivel, não é ?

    Boas

  2. Ah, ganda Viegas, é assim mesmo. Estás sempre vigilante contra essa súcia que insiste em falar do PEC IV quando deviam era estar caladinhos e sossegados. Sim, senhor, tu é que a sabes toda.

  3. O PSD e o seu apêndice que formam a maioria que nos desgoverna, foram incentivados
    para derrubar o Governo rejeitando o PEC IV pelo actual patrono da espécie de gover-
    ninho que continua a destruir o País, composto por aprendizes, incompetentes e “sena-
    dores” de cabelos brancos que só nos deixam ficar mal!
    Ainda hoje, no circo de S.Bento como discurso de despedida (foi eleito para uma Câmara) um deputado do PSD acusava quem discorda das políticas seguidas e demonstra serem
    flores murchas, como sendo falácias!?!
    Diziam eles, eram muitos PECs e nem se importavam de governar com o FMI, agora o
    magno argumento é mandar a troika embora, ganhar a soberania plena … os bancos
    foram financiados (recapitalizados) mesmo assim, o rich afirmou que este governinho era
    para ser executado por falta de competência!
    O patrono mais uma vez, ouviu algo desagradável sobre o País lá em Cracóvia mas, como
    de habitude deve ter olhado para o lado e assobiou baixinho !!!

  4. heheheheh,

    Devias fazer o seguinte :

    Todas as manhãs durante uma semana, em frente ao espelho, dizes “o capitulo III do PEC IV esta um bocadinho mal paginado”. Primeiro baixinho, depois em voz alta.

    Na semana seguinte fazes o mesmo exercicio diario, mas desta vez dizes “as medidas propostas na pagina 65 do PEC IV não serviam para nada”.

    E assim sucessivamente até seres capaz de proferir um discurso frio e objectivo sobre o PEC IV.

    Depois fazes a mesma coisa com Socrates. Começas devagarinho. Por exemplo durante a primeira semana dizes “Apesar de ser um estadista fora de série, um dia, porque foi com certeza mal aconselhado, José Socrates podera ter cometido um erro”.

    Na semana seguinte dizes a mesma frase, mas em vez de “podera ter cometido” dizes “se calhar cometeu”, na outra semana, tiras o “se calhar”, etc.

    Vais ver que com disciplina e método até tu chegas la…

    Boas !

  5. É com tipos como este, designado de “joão viegas” (que vómito só de escrever!!!), que a direita mais reaccionária e salazarista, aliada aos partidecos oportunistas chamados de extrema-esquerda, vão destruindo o país e empobrecendo o povo verdadeiro – e este é reaccionário convencido, porque eu penso que a maioria dos que votaram anti-Sócrates, foram mais “anestesiados”… Que vergonha! Viva José Sócrates pelo que fez e tentou fazer pelo povo português, contrariando os interesses mais ignóbeis das grandes riquezas nacionais! Por isso foi derrubado pelos votos manipulados por uma campanha eleitoral do PSD, completamente contrária às decisões posteriores do respectivo governo, de traição nacional! Abaixo, por isso, este governo, ILEGÍTIMO e fora também, com o PR seu mentor e apoiante incondicional!

  6. Meus meninos, estou sem tempo mas, a pedido de todos, volto a postar um comentario escrito ha uns meses, que assenta belissimamente (ou assertadissimamente, como é mesmo que diz o Valupi ?) nesta caixa de comentarios.

    Enjoy :

    Parem de estar de ma fé, por favor !

    Como é sabido, as crises internacionais – e muito especialmente a crise internacional de 2008 que é paradigmatica – combatem-se com Peques quatros, que a Wikipédia define como um tipo muito especifico de varinhas magicas que funcionam depois de um peque I, de um peque II e de um peque III.

    As varinhas magicas do tipo peque IV não têm NADA a ver com medidas de contenção do estilo das que aparecem normalmente nos memorandos com credores. Cruzes credo ! Mesmo nada, nadinha a ver ! A diferença entre as duas coisas é mais ampla ainda do que a distância que existe entre o Santo Imaculado do Socrates e o horrivel traidor do Passos Coelho.

    Portanto a historia é simples e não vale a pena falsifica-la :

    Apos ter feito os 3 primeiros peques, sem nenhuma razão especial outra do que ter pressentido com grande inteligência qual seria o momento ideal para dar a espadeirada definitiva do peque IV na fuça do mostrengo crise internacional, o Santo Condestavel José Socrates resolveu que o momento para avançar seria nos primeiros meses de 2011.

    Eis senão quando, numa aliança morbida contra natura, o Louçã, o Jeronimo, e outros tipos como o Alegre, e a Ana Gomes, etc. TRAIRAM o cavaleiro andante passando-se para o inimigo.

    Agora que a tragédia ocorreu, de que serve falar em alternativas, em livrar-se de um circulo vicioso ou em construir novas propostas eleitorais ?

    A alternativa, a unica, a absoluta, era terem deixado o Socrates fazer o Peque IV. Ai sim, tinham visto como o Pais teria passado no espaço de 6 meses a primeira potência economica europeia, ou mesmo mundial. Hoje em dia, o Socrates estaria em Berlim a pedido da Merkel, para lhe dar uma ajudinha com a condição de ela passar a ser mais social democrata no futuro. E não o contrario…

    Não quiseram.

    Agora é tarde.

    Lixem-se !

  7. Joaozinho se achas que o PEC IV e o programa de assistência são a mesma coisa, e seria aplicado da mesma maneira como este está a ser, desde já te peço muito desculpa, mas já não tens remédio, pelo que discutir contigo é como discutir com uma parede em ruínas.

  8. Como é óbvio, a recusa de prosseguir a luta contra o resgate financeiro, chumbando o PEC IV, só prejudicou o país. Qual foi o grande beneficio que se extraiu de provocar uma crise política, precipitando eleições e atirando o país às mãos dos estarolas?

  9. joão viegas, eu já cheguei lá. Tu é que andas à nora, perdido entre os disparates e as casmurrices. Mas estás divertido, né? Pronto, continua lá a brincar que quando forem horas da papinha a malta avisa.

  10. Caro “aquaporina”, é muito simples:

    “o grande benefício que se extraíu” foi apenas UM: a Direita voltar a pôr as unhas no “cockpit”, à vontadex! Achas pouco (sei bem que não…)?

    Para o País, ou seja, para o Povo, o “grande benefício” foi apenas… o PIOR MALEFÍCIO DE SEMPRE, desde o 25 de Abril!!!!!!!!!! E ainda agora a procissão vai no adro…

    Já para a (suposta) Esquerda, nomeadamente o imaturo BE, o encarquilhado PCP e as mosquinhas Alegre e Carrilho, o “benefício” foi népia. Nicles! Niente!

    Ah, para o Seguro, sim, para ele também houve um benefício inestimável, que foi poder dar o último salto possível antes de provar na pele o verdadeiro significado do princípio de Peter!

    Ou a aplicação daquela velha fórmula: de vitória (de Pirro) em vitória (alheia), até à DERROTA FINAL – estrondosa, como ele merece!

  11. ehehehehe,

    Caro Anel de Soturno, julgo que v. se esta a esquecer de um importante beneficio, inclusivamente para o proprio Socrates : poupar-nos ao triste espectaculo de um PEC V, seguido de um PEC VI, e assim sucessivamente até ao vitorioso PEC XXVIII.

    E ainda outro : o de vocês poderem continuar a martelar sempiternamente na mesma tecla e de atingirem com isso o ridiculo de uma argumentação purista, apenas aferivel no dia do juizo final, que é absolutamente simétrica da que vocês criticam, com algum fundamento, no BE e no PCP…

    Politicas de direita e recreio para mais algumas dezenas de anos, é o que nos espera enquanto não compreendermos que a esquerda nunca vai conseguir aceder ao poder efectivo (e não a um poder refém do PSD, com as consequências que se viram) enquanto se deixar entreter com purismos, venham eles de que lado vierem…

    Boas

    PS : E o facto de os Alegres e Gomes estarem antecipadamente nos Infernos, como provavelmente estão, não me parece auspiciar nada de particularmente construtivo, mas isto é porque, contrariamente a v., e aos leitores habituais deste blogue, eu tenho duvidas quanto à iminência da ressurreição socratica…

  12. Caro João Viegas, está a falar de quê?

    Quer fazer-nos esquecer o acontecimento histórico-político mais importante desta década em Portugal? Ou quer fazer um esforço para você próprio se esquecer desse trágico 23 de Março de 2011? Trágico para Portugal, mas trágico sobretudo para aqueles que o Bloco e os comunistas dizem defender?

    Você nem sequer vive em Portugal, sabe lá o que são as diferenças do PEC 4 para o “napalm” fiscal que nos atiraram para cima! Cale a boca, seja mais prudente, faça bem as continhas, passe por cá um dia destes e, entretanto, não diga baboseiras…

  13. Nada disso, murphy, tu é que estás completamente obcecado com o Sócrates, man! Liberta-te dessa obsessão, que aqui ninguém tem, e verás as coisas com outros olhos. Mais racionais e menos passionais…

  14. AN, Racional?!

    Comparem as metas de défice inscritas no pec IV com as do memorando… é um bom ponto e partida para uma discussão racional.

  15. oh murfi! compara mazé os resultados eleitorais do bloco desde votou contra o péque4. deram um tiro no pé que lhes acertou na mona e agora vêm práki estrebuchar.

  16. Como assim “desta década” ? Deste milénio, quer v. dizer, ou mais propriamente desta Era ! Trata-se do acontecimento mais importante desde a Glaciação.

    Alias, vejamos as coisas com frieza (la esta !) e objectividade : a crise de 2008 existiu apenas para justificar o PEC IV e permitir mostrar ao mundo como os aflitos se poderão sempre socorrer do Paladino José Socrates.

    E foi isto que impedimos, tornando-nos objectivamente, não apenas responsaveis, mas CUMPLICES, sim, CUMPLICES, do regabofe da direita que tem agora as mãos livres para sugar o sangue do nosso bom povo. Com uma compreensivel emoção, v. até se engasga e fala em “Napalm Fiscal”, esquecendo-se de que o imposto é normalmente a forma mais eficaz e (potencialmente) justa de repartir os sacrificios necessarios para o bem publico. Mas não interessa que ainda tenha guardado tiques da época em que o PS namorava quotidianamente o PSD. Isto foi quando ele estava no governo, historia antiga, mitica, no tempo ante-PEC IV de que falam os anciãos e não é nada ao pé da vil traição de que os esquerdalhos como eu foram protaggonistas.

    E tudo isso porquê ? Meu Deus, porquê ? Por NADA, apenas pela ganância de meter ao bolso os trinta dinheiros que o Passos Coelho nos prometeu.

    E vivemos no estrangeiro, ainda por cima, quem sabe, talvez em Moscovo !

    Uma arvore onde nos enforcar ! Meu Deus, onde ha uma arvore onde nos enforcar !

    Boas

  17. O PEC IV… pôrra Valupi, já escreveste 1357 vezes sobre o PEC IV. Cresce meu, o PEC IV já era, pensa no futuro.

  18. Val,

    Em pleno estado inebriado, apelo à tua sobriedade, e diz-nos pf qual era o défice previsto, por ex., para o ano corrente.

  19. murphy, os PEC nunca resolveram os problemas nem os iriam resolver, pelas simples razão de que os problemas são sistémicos a toda a zona euro e à própria União Europeia. Por isso, as sucessivas metas não passavam de horizontes de possibilidade consoante as conjunturas do momento que teriam de ser corrigidos à medida dos resultados que se fossem obtendo. Qual é a novidade disso?

    O que me parece que não consegues, ou não queres, ver é que a decisão de chumbar o PEC IV não só agravou os nossos problemas como levou para o poder aqueles que ainda os foram agravar colossalmente mais. Qual é a parte que achas desinteressante nesta questão?

  20. O João Viegas está a alucinar, paciência. Bom fim-de-semana, man!

    Já o murphy apela à nossa capacidade para discutir sobre papelada e previsões, ignorando realidades: o que o PEC 4 nos traria não poderemos nunca saber, pois, mas em contrapartida sabemos é muito bem o que o “ir além da tróica” nos trouxe! Para quê insistir no “se cá nevasse”?

    E as duas situações não têm comparação possível, porque aquilo que sabemos, mesmo, é que NUNCA os PEC’s 1, 2 e 3 tiveram CONSEQUÊNCIAS ECONÓMICAS E SOCIAIS COMPARÁVEIS ao que nos sucedeu E ESTÁ A SUCEDER com o “napalm” fiscal (que ali o pobre João Viegas, pelos vistos, ignora, ou faz que não conhece)!!!!

    Mas é tempo perdido discutir com crentes fanáticos, para o peditório das testeminhas de jeová o pessoal já deu…

    Oiçam o ignatz e tenham bem isto em conta: o pessoal que vota no BE de parvo não tem nada. Se tudo fosse como o fanatismo vos faz parecer, o Bloco teria crescido imparávelmente a partir de 2011, como vinha crescendo desde 2002 até 2009! Não, meus caros, o tiro no pé foi mesmo acertar em cheio na cabeça. E enquanto não assumirem esta verdade cristalina, podem continuar a andar à volta do Sócrates, que isso não aquece nem arrefece aquilo pelo que Portugal anseia dramáticamente: uma solução para esta merda para onde o derrube do PEC 4 o atirou!

    «E quem não a combate [esta merda], é porque dela faz parte», já dizia o Sérgio…

  21. Val,

    O que acho interessante é constatar que te recusas a discutir o assunto fora da ideia metafísica do “o pec IV é que era o caminho!”.

    Porque será? Eu respondo, porque o pec IV era uma fantasia pegada… Vá lá Val, escreve aí quais eram as metas de défice inscritas no pec IV para sabermos do que estamos a falar. A partir de dados objectivos será mais fácil perceber se aquele documento tinha alguma adesão à realidade.

    (recordo que a meta ainda há dias defendida pelos socialistas, era de 5%…)

  22. Murphy,e qual era a meta original do Memorando? 4,5,certo? Mais tarde,passamos a metas de 4,5 no ano a seguir,que mudou para 5,5.Ou seja,verificamos que as metas foram se alterando consoante o rumo que a economia estava a tomar.É assim com o memorando,seria assim com o PEC IV,é assim em qualquer pais.Em boa verdade,quem dita a meta orçamental acaba por ser a própria economia.

  23. “é tempo perdido discutir com crentes fanáticos”

    Precisamente. O debate sobre o PEC IV é teologico. Tenho muita pena mas é. Na melhor das hipoteses, o destino do PEC IV era aguentar-se seis ou oito meses… e dar lugar a um PEC V.

    Mas esta claro que, para vocês, é perfeitamente evidente que, com o PEC IV, o pais saia a correr da crise internacional e hoje o Socrates estaria viajando pela Europa a dar conselhos em como sair da crise em 15 dias…

    Tenham juizo !

    E, ja agora, também não vi ninguém, pelo menos nesta caixa, defender que os outros partidos de esquerda estiveram muitissimo bem, ou que não tiveram responsabilidade nenhuma na crise politica.

    O que eu vi, foi que alguns comentadores lembraram que continuar a martelar nesta tecla : “com o PEC IV é que era, vocês estragaram tudo definivamente” a esquerda não vai sair da cepa torta, onde ela não se encontra apenas desde 2011, contrariamente ao que v. dizem.

    E’ verdade que esses comentarios foram ditos muito depressa antes de os seus autores se atirarem vorazmente ao garrafão, mas mesmo assim…

    Boas

  24. murphy, eu é que constato que não tens interesse em dialogar. Preferes repetir a cassete nascida da tua alucinação. Se lesses o que te dizem, constatavas tu que concordo contigo: “o PEC IV era uma fantasia pegada”. Pois claro que era, e por várias razões. Até podes ir mais longe, toda a resposta da Europa à crise das dívidas soberanas é uma fantasia pegada. Exacto. É isso que qualquer comentador lúcido tem de reconhecer face aos resultados.

    Pelo que não sei a quem te diriges com essa tua obsessão em lutares contra moinhos de vento.

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