A Última Famel

Fui ontem assistir à estreia, em Lisboa, do filme de Jorge Montereal. Uma produção a custo zero, feita com a generosidade e entusiasmo da equipa e de quem lhe deu os apoios.

A palavra despautério foi inventada já a pensar nesta obra. Entra directamente para o top do burlesco nacional. E com uns pequenos toques até ficaria parecido com um filme para levar muito a sério.

Vais gostar. Mas não é possível antecipar porquê nem do quê.

12 thoughts on “A Última Famel”

  1. António, creio que é o resultado da oferta de serviços (actores, técnicos, Câmara Municipal), pelo que o custo zero (que pode ser apenas uma expressão metafórica e não quantitativamente exacta) é relativo ao investimento do produtor (apenas o seu tempo e despesas menores, presumo).

    Contudo, tens toda a razão: algum dinheiro foi gasto, como é inevitável.

  2. A palavra despautério tem uma origem etimológica muito gira: vem do gramático do século XV-XVI Jean Van Pauteren cuja Comentarii Grammatici (1537) é um modelo das gramáticas normativas. Des-pautério é toda a acção incorrecta que se desvia da norma, tendo depois deslizado semanticamente para o sentido que lhe damos hoje.

    Fiquei curioso com o filme, primo. Tenho de ver essa cena.

  3. Nem mais, primo. Ganhou o sentido de desbunda, mas aplica-se com esse endosso etimológico posto que o filme pretende ser tudo menos normativo.

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