Fui ontem assistir à estreia, em Lisboa, do filme de Jorge Montereal. Uma produção a custo zero, feita com a generosidade e entusiasmo da equipa e de quem lhe deu os apoios.
A palavra despautério foi inventada já a pensar nesta obra. Entra directamente para o top do burlesco nacional. E com uns pequenos toques até ficaria parecido com um filme para levar muito a sério.
Vais gostar. Mas não é possível antecipar porquê nem do quê.
Depois do Ninja das Caldas e dos Balas e bolinhos já nada surpreende.
o que é uma produção a custo zero? ou antes, como é que o custo de uma produção se quantifica em zero?
António, creio que é o resultado da oferta de serviços (actores, técnicos, Câmara Municipal), pelo que o custo zero (que pode ser apenas uma expressão metafórica e não quantitativamente exacta) é relativo ao investimento do produtor (apenas o seu tempo e despesas menores, presumo).
Contudo, tens toda a razão: algum dinheiro foi gasto, como é inevitável.
A palavra despautério tem uma origem etimológica muito gira: vem do gramático do século XV-XVI Jean Van Pauteren cuja Comentarii Grammatici (1537) é um modelo das gramáticas normativas. Des-pautério é toda a acção incorrecta que se desvia da norma, tendo depois deslizado semanticamente para o sentido que lhe damos hoje.
Fiquei curioso com o filme, primo. Tenho de ver essa cena.
Nem mais, primo. Ganhou o sentido de desbunda, mas aplica-se com esse endosso etimológico posto que o filme pretende ser tudo menos normativo.
Ambiente de golpe, bufaria e delação
F. A. M. E. L.: alguém me soprou ao ouvido que esta sigla significaria “Foda-se, a mota é linda!”.
É disso mesmo que trata o filme, Marco Alberto Alves.
quem é o jorge montereal?
Não te lembras do Montereal na Quinta das Celebridades, assis?
quinta das celebridades? (a minha ignorância é infinita)
então e onde é? Essa da moto é linda eu topo…