A TVI descobriu que Santos Silva é rico

José Eduardo Moniz é o director-geral da TVI e na TVI trabalha Sandra Felgueiras. Dois pesos-pesados na indústria da calúnia, e a receita fatal para isto: Exclusivo. Amigo de Sócrates ainda lucra milhões com o Estado

Quem perder o seu rico tempo a ler ou ouvir o conteúdo da peça vai descobrir que a TVI descobriu ser Santos Silva um fulano que tem muito sucesso nos negócios há perto de 40 anos, talvez mais. O espectador atento também ficará na posse de uma informação potencialmente chocante: existem em Portugal autarquias onde o PS venceu as eleições respectivas e cujos executivos autárquicos recorrem aos serviços de empresas de Santos Silva ou a grupos onde as empresas de Santos Silva estão presentes juntamente com outras. Naturalmente, tal situação não é algo a que José Eduardo Moniz e Sandra Felgueiras consigam responder com indiferença, eles tinham de fazer algo, tinham de reagir.

O discurso é chunga o suficiente para se topar logo qual é o plano. Trata-se de tentar boicotar os negócios de Santos Silva, pelo menos com entidades públicas. Razão? Sócrates. Existindo Sócrates não se justifica que existam para terceiros a decência, a deontologia de imprensa e o Estado de direito. Qualquer pulha assina por baixo este axioma. Donde, há que perseguir sem descanso os alvos da canalhice encartada, de preferência conseguindo causar-lhes irreparáveis danos na reputação e no património. Se depois acabarem ilibados na Justiça ou lá perto, pelo menos deste tratamento já não se safam. E, no arrastão, seja quem for que tenha ligação profissional, social e/ou pessoal aos diabolizados recebe pela mesma tabela.

O absoluto silêncio, quando não é aplauso, com que o regime, a sociedade e a comunidade aceitam o permanente linchamento dos agora acusados na Operação Marquês é um zilião de vezes pior do que a pior versão (a ser verdade) das calúnias que sobre eles se abateram.

13 thoughts on “A TVI descobriu que Santos Silva é rico”

  1. como ousam continuar a emporcalhar a imagem de Sócrates? só se for para o meu Valupi os denunciar cada vez mais e melhor, ah pois, dá-lhes.

    !viva! o Valupi :-)

  2. Convinha desde o início dessa ladainha dizer que Santos Silva é o amigo que lhe enviava fotocópias e não o essele
    ntissimo PAR.

  3. eu vim informar de que os enviados especiais da TVI que vêm aqui estão, certamente, munidos de evidências irrefutáveis que o tribunal se esqueceu de apresentar. cheguem-se, por favor, à frente. estou com a minha ansiedade aos saltos.

  4. dizem pouco , a única coisa que gostaria de saber era qual o peso dos contratos por ajuste directo com o estado no volume de negócios e nos ganhos do carlos silva. se for 5% ou 10 % , vá lá , até 20% , nada de especial; se for mais de 50% é altamente estranho.

  5. Muito bem, Valupi !
    Mas… exatamente em que se distingue o que Felgueiras & Moniz dizem de Santos Silva e aquilo que tu dizes dos “grandes filhos de putin ” ? Ou, se preferires: como se distingue um caluniador de outro caluniador ?

  6. A pergunta do MRocha é retórica, Valupi, como bem sabes. A resposta óbvia é: não se distinguem, não há diferença nenhuma, a não ser no facto de o JMT ter “elevado” o primarismo demagógico à categoria de “arte”, enquanto, no teu caso, o primarismo demagógico não passa disso mesmo: demagogia primária. O caluniador pago pelo Público ainda macaqueia alguns argumentos, mesmo que falaciosos. Tu nem isso tentas, ficas-te pelo primarismo taxista, pela demagogia vazia. Uma sugestão: pede-lhe conselho, umas explicaçõezinhas, um curso rápido. Aquilo são muitos anos a virar frangos, pá, tu ainda estás na fase de maçarico.

  7. Sim, Valupi, faz parte de uma elite portuguesa comummente chamada por RICA MERDA (para além do otário com ares de panhonha Santos Silva que lidera os esquemas pessoais, dar e receber como sabemos há uma série de milénios há, ainda, muito socratista-da-política que entra nesse clube privado). Por falar nisso, recebi um email do clube de fãs do super-super Carlos Alexandre para irmos cantar as Janeiras ao pinguim, perdão, ao ex-ministro Manuel Pinho (e o advogado Sá Fernandes também vai). Bute nessa, brother?

    Olha que é merdoso, o pinguim.

  8. Em causa um passadiço no rio Seia, numa zona dentro da Rede Natura 2000, conhecida como Açude da Ribeira, em Oliveira do Hospital, feito de betão e ferro, que tem sido classificado por um movimento cívico deste concelho como “o monstro”.

    A empresa de Carlos Santos Silva, amigo de José Sócrates, acusado na Operação Marquês e considerado pelo juiz Ivo Rosa como o corruptor do antigo primeiro-ministro, continuou e continua a fazer contratos com entidades públicas.

    Desde o início do processo e da prisão preventiva, no final de 2014, até hoje, foram cerca de uma centena de contratos – 11 deles já este ano – , grande parte por ajuste direto e com municípios.

    Dois desses contratos estão relacionados com uma obra polémica que foi notícia no Exclusivo da TVI (do grupo da CNN Portugal) há três semanas. 

    Em causa um passadiço no rio Seia, numa zona dentro da Rede Natura 2000, conhecida como Açude da Ribeira, em Oliveira do Hospital, feito de betão e ferro, que tem sido classificado por um movimento cívico deste concelho como “o monstro”.

    O projeto de execução e o estudo ambiental que viabilizou a obra foram encomendados e feitos pela Proengel – Projectos de Engenharia e Arquitetura, empresa de que Carlos Santos Silva é o principal proprietário com 90% do capital.

    Os dois contratos com a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital relacionados com a obra no Açude da Ribeira, por ajuste direto, foram assinados em 2020 e 2021 pelo anterior presidente da autarquia, o atual deputado socialista José Carlos Alexandrino.

    Em nome da Proengel, a assinatura é da gestora Inês do Rosário, conhecida por ser companheira de Carlos Santos Silva, que também foi acusada pelo Ministério Público no âmbito da Operação Marquês, mas que o juiz Ivo Rosa decidiu não levar a julgamento.

    _____

    Ah!, o ex-presidente da CM de Oliveira do Hospital que fez os ajustes directos com o Carlos Santos Silva chama-se José Carlos Alexandrino Mendes e, agora, é um deputado silencioso na bancada do PS do António Costa. Tem pinta (e diploma) de mafioso, o gajo.

    O MP anda com olho nele.

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