Que vamos fazer com ele? Tornou-se um cliché dos discursos solenes ao mais alto nível, mas não se conhece nenhuma estratégia para começar a criar riqueza a partir do pedação de Atlântico que nos saiu na lotaria da geografia. Temos de ser nós, o peixe miúdo, a lançar-nos à agua e navegar na questão.
Boa Valupi,
Os quinhentistas (ou d.Diniz?) olharam o mar à frente e pensaram ir averiguar se o mar tinha fim, e se tinha o que havia no fim. E desde então o mar passou a ser uma espécie de “saudade” lacrimosa portuguesa. Tanta invenção técnica e científica, do mar e da terra, foi descoberta relativa a possíveis actividades derivadas do mar, comerciais e industriais, e o nosso mar imenso, oferecendo-se virgem, continua de pernas abertas olhando a nossa impotência.
O mar tem peixe (pescas), tem peixe e pescas (indústria), tem ondas (energia), tem baías com bons portos de mar (transportes), tem ventos (energia). As faculdades de ciências marinhas que estudam? Não se dedicam ao estudo coordenado com nenhuma actividade comercial/industrial?
Se os antigos foram explorar a superfície do mar porque não vão os modernos explorar os fundos? Petróleo, minerais? Não sei, não faço ideia, mas os cientistas podiam procurar dar uma resposta par nos devolverem o mar outra vez.
Portugal tem dono(s), só por acaso o(s) dono(s) de Portugal poriam um cientista português a estudar as potencialidades do mar português. Mas se esse acaso se cumprir, é para fazer crer aos incautos que o mar de Portugal é dos portugueses.
(olha que isto poderia, bem, ser uma piada foleira se eu fosse filha de pescador).:-)
O problema é que o mar português é muito fundo. A pouca distância da costa já a profundidade é de mil metros e mais. Com fundos dessa ordem é difícil fazer muitas coisa.
O Mar do Norte tem uma profundidade da ordem dos 100 metros. Aí podem implantar-se eólicas no fundo, pode-se explorar petróleo “facilmente”, etc.
será que sai o vídeo?
o Ricardo Salgado do BES no meio da campanha falou do Eixo Atlântico como eixo de desenvolvimento do mundo, e eu também acho há anos, porque infelizmente aquilo no MO está sempre tremido, e felizmente estamos longe. Um eixo bifurcado por aí fora a virar para a América Latina por um lado e para África por outro. Nada que os nossos antepassados não fizéssem. Que coisa incrível, ainda hoje me parece surreal, a quantidade de capitanias e entrepostos que Portugal segurava nos reinados de D. João III e D. Sebastião, como é
Os marinheiros que perderam as graças do Mar.
Este poste só vem demonstrar que os provérbios têm razão de ser.
Em casa de ferreiro espeto de pau.
:-) e fui ao mar colher cordões e vim do mar cordões colhi (muito rápido, manelinho).:-D
Sinhã
Se for muito rápido fazem-me doer.
:-D
(mas olha que isso que eu disse tem que ver com o drama dos pescadores.):-)