António Borges explicou que está tão “otimista” em relação ao programa de ajustamento financeiro assinado com os credores internacionais e ao futuro da economia portuguesa porque, “em primeiro lugar, a situação de bancarrota desapareceu” e, ao contrário do que acontecia há um ano, o país já não vive “exclusivamente” do crédito externo.
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Há algo de muito meritório, talvez heróico, no dizer-se que um país sujeito a um programa de assistência financeira, onde os credores ditam a parte fundamental das políticas e todas as metas económicas a atingir sob pena de fecharem a torneira, já não vive “exclusivamente” do crédito externo. A frase é tão extraordinária que apela a uma interpretação mais lata, quiçá remetendo para o sentido conotativo onde Borges estaria a reconhecer que, agora sim e ao contrário do anterior, o Governo português já não tem qualquer crédito externo (nem interno, mas não sejamos demasiado exigentes com o senhor).
Este bambino d’oro está optimista porque a situação de bancarrota desapareceu. É uma excelente notícia, até a minha vizinha do 4º andar concordará. Mas que situação é essa de que o laranjal tanto fala, de que o laranjal só fala? Do que se sabe publicamente, a bancarrota aludida pertence à mesma categoria do Bigfoot, do Abominável Homem das Neves, do Monstro do Lago Ness e da responsabilização pela Inventona de Belém. São seres de que milhões de pessoas falam, de que milhares garantem a existência, de que centenas reclamam ter provas e a que dezenas (ou nenhuma, no caso da Inventona de Belém) dedicaram vidas de investigação. Pura e simplesmente, a bancarrota não aconteceu, apesar dos esforços titânicos nesse sentido feitos pelo PSD, CDS, BE, PCP, Presidente da República, sindicatos vários, super-patrões, patrões de imprensa, jornalistas honésticos e o todo da gente séria.
O que existe é a situação de Manta Rota. Consiste num primeiro-ministro populista e estúrdio, nado e criado nos corredores partidários oligárquicos, o qual papagueia o que lhe mandam dizer soberbo de ignorância e bazófia, sendo um fulano cujo braço-direito no Governo e na carreira é o mefítico Relvas.
Val desculpa lá a usurpação…
Ó Borges, larga o vinho!
O ministro privado das privatizações disse que o programa de ajustamento financeiro está a correr “melhor do que o esperado” (estará a pensar no buraco das contas públicas previsto para este ano?) e que a economia poderá voltar a crescer, se não já em 2013, talvez em 2014. Entretanto o PIB este ano diminui quase 4%.
A táctica parece genial: para poder anunciar uma subida do PIB em 2013 ou 2014, nem que seja de 0,1%, a tempo das próximas eleições, não há nada como uma boa recessão prévia de dois ou três anos seguidos, com uma queda do PIB de 5 ou 6%, pelo menos.
Pensar que o Borges é um idiota, é de quem acredita no pai natal.
Basta dar uma olhadela no seu currículo e por onde andou para perceber quem lhe dá ordens a quem lhe obedece. Neste quadro, a sua importância é muito maior do que lhe é atribuida, sendo Passos um mero “testa de ferro” da estratégia do clube do “olho e do triângulo” para rebentar com as economias dos países devedores em prol da Europa liderada pelo BCE.
Basta dar uma olhadela pela lista dos convidados da conferência de Bilderberg deste ano (sim, está lá o “afável” Luís Amado) e cruzá-la com a lista dos 1482 maçons em Portugal, recentemente publicada, para se perceeber quem faz os negócios em nome de quem…
oh mota! o amado entra no filme em representaçao do socras que contratou secretamente o oxigenado broges e acaba como habitualmente, todos no combóio das fantasias de natal.
Como crente fervoroso no Pai Natal, agradecia que não se invocasse aqui o seu nome em vão.
O Pai Natal acha que o Borges é idiota, Rui Mota? Pois se acha isso, ainda sobe mais na minha consideração, que já era enorme.
a tese da bancarrota, dita por um simples cidadão, ainda toleramos,pois foi enganado.Sair da boca, de um homem com formação na area da economia, só confirma, que antonio borges em termos de seriedade politica é um verme, sem o minimo de escrúpulos!.
Ó almas, então vocês não percebem?
O programa de ajustamento não está a “correr melhor do que o esperado” para o Catroga?
E para o Arnault?
E para a Cardona?
E para o João Gonçalves?
E para o Moita de Deus?
E para o Portas?
E para o dótor Relvas?
E para o Amorim?
E para os “mozartianos”
E para os jotinhas cds e psd?
E para a chusma de nomeados para as ARS, hospitais, institutos, ministérios, etc.?
Então, por que razão devia não estar a correr bem para o todo-inchado Borges? Para este existem até razões de força maior evidentes para tudo estar a correr “melhor do que o esperado”.
Tem mais poder que ser ministro apenas, e ganha como vários juntos; sendo um ministro-boy, acumula com um job(inho) de muitos miles/mês para fazer fretes de tráfico de influências ao merceeiro; sendo senhor-rei das privatizações pode fazer que os negócios de vendas corram sempre “melhor do que o esperado”.
O homem, afinal, é sincero consigo próprio, ou não?