A moral não suporta a ética

Ricardo Rodrigues prejudicou-se a si mesmo, e prejudicou o PS e o Governo, ao se ter passado da corneta na entrevista à Sábado. Entrou para o anedotário da política nacional e não mais se livrará dos ecos gozões do burlesco que o seu descontrolo emocional produziu. E acabam aqui os danos. Para os jornalistas envolvidos, para a Sábado, para a oposição e para uma legião de hipócritas, decadentes e moralistas, foi a sorte grande.

Teria sido muito fácil deixá-lo cair. Era politicamente correcto abandoná-lo qual leproso. Felizmente, tal não aconteceu – e espero que não venha a acontecer. Ao aceitar os prejuízos e dificuldades da manutenção do Ricardo no grupo parlamentar, expondo o corpo à continuação dos ataques por causa do episódio, o PS dá um grande exemplo do que é a famigerada ética. Eticamente, há que fazer justiça, tomar o acontecimento pelo que ele é, não pelo que terceiros dizem que foi. A prova da bondade desta postura está no custo que ela implica, tão mais alto quanto o deputado não é propriamente a figura mais charmosa e discreta dos socialistas.

É sempre triste quando aparecem rufias armados em fortes com os fracos. Ricardo Rodrigues é o fraco na história, mal deve aguentar o peso do arrependimento pela estupidez de que se fez vítima. Contudo, preferia estar no seu lugar a ser um dos que o perseguem. A impiedade é alarve e solitária.

50 thoughts on “A moral não suporta a ética”

  1. Gostei do que li, Valupi. Penso que vou exagerar, mas atrevo-me a dizer que faz muita falta, nos tempos que correm, lucidez como a que revelas neste post.
    A mim o que me espanta é o à-vontade, a roçar o desleixo, com que a gente do PS ou até os amigos dessa gente, se movimentam no meio deste meio armadilhado para os apanhar seja como for, onde for e quando for. Nunca tinha visto nada assim. As magistraturas, as polícias, os empresários da comunicação social e os jornalistas transformados em «voz do dono», seja para salvar o emprego ou convertidos, simplesmente, ao jornalismo de sarjeta: todos apostados no mesmo, quase como se isso fosse um «desígnio nacional», que é destruir a gente do PS que tenha conseguido algum destaque quer na actividade pública, quer na privada. Repito, nunca tinha visto nada assim.
    Mas parece que os visados, como Ricardo Rodrigues, não têm a mínima noção do que se está a passar e caem como patinhos em qualquer armadilha. Estou a lembrar-me das escutas feitas a Vara onde é apanhada a Dina Aguiar, segundo o Jornal 24 horas de há dois dias, em que ela alerta que andam a conspirar contra Sócrates e ele displicentemente lhe diz que deixe andar que aquilo já deu o que tinha a dar. Viu-se. E Vara já tinha sido bem acoçado! Será que esta gente é mesmo ingénua ou faz-se?
    Pois continuem a ser palermas. Não sou vosso camarada. Sois socialistas, entendei-vos.

  2. Concordo que o acto de Ricardo Rodrigues não merece tão grande alarido. O primeiro paragrafo de Val está globalmente correcto.

    No entanto, quando está inserido na teia de ambiguidades do negócio da TVI/PT, do jornal da 6ta, da campanha anti-público, na resolução do problema Marcelo Rebelo de Sousa ou Mário Crespo e na pressão generalizada sobre os médias durante pelo menos 4 anos, não podemos ficar surpreendidos com a forma como o meio reage…

    Parafraseando Jorge Coelho: quem se mete com os médias leva… ;)

  3. Suponhamos que sim. Contudo, pergunto: porque é que a ética só há-de ter um sentido? Porque é que o deputado em causa não poupa o seu grupo dos estragos que sabe que lhe provoca, é solidário com ele e sai, ainda que momentaneamente? A defesa daquele grupo concreto (não falo do grupo parlamentar do PS, falo daquele grupo concreto) sobrepõe-se a tudo o resto? E, no meio disto tudo, o comportamento do deputado deixa de ter valor próprio e só se lhe atribui valor relativamente ao desempenho dos senhores que lhe estavam a fazer perguntas? O grande grupo, nós todos, os outros que nós somos, não merecem também outros sinais? Entre a demissão e, por exemplo, um pedido de desculpa formal, há muitos degraus que conduzem a saídas eticamente interessantes para todos.
    E a solidariedade humana que todos merecem só se pode traduzir por solidariedade política total? Ninguém está a defender que deputado RR seja voltado ao ostracismo, deixe de ter o afago da família a companhia dos amigos e a presença dos colegas de partido. Daí a dar cobertura política à actuação, vai o passo do valor que se dá aos comportamentos e a hierarquia do que defendemos e a confusão entre “âmbitos” da vida.

    Normalmente sou muito tolerante em relação a comportamentos menos ortodoxos, por parte dos políticos. Em última análise, prefiro humanos imperfeitos suficientemente desprevenidos para mostrarem as suas “imperfeições” do que humanos imperfeitos (todos somos) com artes de tudo controlarem.
    Neste caso, além das questões éticas e estéticas que o comportamento levanta, é tudo tão básico, tão básico, que, além de tudo, não abona a favor da inteligência de quem o praticou. E eu tenho pavor de pessoas assim, ainda por cima descontroladas. Não adiantam nada e só fazem estragos.

    Como tontas entendo as alardoadas acusações de roubo, que fazem os agarrados ao lado formal das coisas. Não é preciso ser muito aberto “das ideias” para perceber que o sentido do que o deputado fez não tem nada a ver com roubo. Pode até, eventualmente, ser mais grave. Não sei.

    :))

  4. Ricardo Rodrigues é o fraco na história

    Hoje vou roubar umas coisinhas a casa do Val e depois digo que estava debaixo de uma grande pressão psicológica.

    Val desempenha o verdadeiro xico esperto português com um forte cunho de cidadania “Ricardo Rodrigues é o fraco na história, mal deve aguentar o peso do arrependimento pela estupidez de que se fez vítima. Contudo, preferia estar no seu lugar a ser um dos que o perseguem”

    Muito bem é desses portugueses que precisamos…….

  5. Ricardo Rodrigues é o espelho fiel do socialismo sócretino, dai o choro compulsivo dos sócretinos.
    Mas não se envergonhem, até o pai do socialismo na gaveta, não passa de um sócretino de direita.
    Ao que este PS chegou , ressalvo aqui o Val que sempre disse que não era socialista mas única e simplesmente sócretino,
    Quem diz a verdade não merece castigo.

  6. O descontrolo emocional não abona a favor da inteligência da pessoa?

    O que provoca deliberadamente esse descontrolo abona a favor de quê?

    O ministro Pinho revelou a sua “estupidez” no parlamento, mas pouco se referiu a atitude inteligente, ética e estética do provocador.

    Estas coisas ficam para sempre no anedotário. Ainda hoje o “bom…é fazer as contas” do eng. Guterres circula por aí. O que não circula foi que o homem foi bombardeado à saida do IPO onde tinha ido ver a mulher em estado muito crítico.

  7. Este Valupi é o máximo… a fazer malabarismos para justificar atitudes mafiosas! Agora deu numa de nietzscheano invertido e de pacotilha: de um lado estão os decadentes, hipócritas e moralistas, e do outro estão os politicamente incorrectos e amorais, mas «éticos», que avaliam o «ser», o «acontecimento» pelo que ele é, e não pelo que devia ser.
    Mas em que tipo de ética estará o artista de circo a pensar para fazer tábua rasa de um acto de censura e roubo, para elogiar a defesa e a protecção dada ao censor-ladrão, e para se fixar na condenação e avaliação moral dos jornalistas e dos «hipócritas», desviando-se assim do assunto fundamental? Estará a pensar numa ética deontológica ou numa ética teleológica? Se está a «pensar» na primeira, é caso para dizer que entre os princípios que se devem respeitar não está a liberdade de expressão, mas sim a defesa de quem viola essa mesma liberdade. Se está a pensar na segunda, é caso para dizer que o importante neste comportamento não são as consequências que ele traz para a imagem de um (ou mais) representante(s) dos eleitores com responsabilidades num conselho de ética (imagine-se!), mas as consequências que traz para a saudável convivência e «camaradagem» entre cúmplices de um acto imoral e criminoso.
    Temos pois que, neste desvio das atenções levado a cabo pelo comedor-de-parvos, o dito artista de circo mascara-se de nietzscheano, mas para transformar os «fracos» (ou decadentes) em «fortes», e os «fortes» ( ou politicamente incorrectos) em «fracos», chegando ao ponto pedir que tenhamos piedade ou compaixão (!) pelo censor-ladrão-que-é-fraquinho-coitadinho-mas-que-também-é-um-forte-anti-moralistas-decadentes.
    Pobre Nietzche que depois de ter «visto» a sua irmã manipular os seus escritos, vê agora um artista de circo mascarado fazer o mesmo. E pobre Kant, também, que vê o mesmo artista de circo servir-se da ética para defender comportamentos egoístas, interesseiros e mentirosos.

  8. Não. O que o Ricardo Rodrigues fez não tem desculpa. Deve por isso sair do parlamento o quanto antes. Como ele diz, teve os seus azares e, pelos vistos, este é mais um. Agora, a ética não pode nem deve ser deturpada Valupi, ainda que, através de raciocínios bem intencionados. O Ricardo Rodrigues é um personagem sobre o qual recaem dúvidas ponderosas de caracter e não estão em causa o mesmo tipo de subterfúgios utilizados como por exemplo contra o Vara ou mesmo o PM. Aqui, como nos outros casos, dá-se sempre o benefício da dúvida, mas, ainda, não se pode é estar satisfeito com condutas como a que ele teve. Acima de tudo o Ricardo Rodrigues, convém referir, não está num cargo para o qual contou, apenas, o seu mérito. Ele encontra-se na posição de deputado porque foi escolhido entre os seus. No momento em que manifestamente já não pode ser factor positivo para o seu partido e para o governo, ora, deve apenas ir tratar da sua vida…

  9. Uma pergunta teórica ao Valupi e aos seus leitores: é possível ser militante de um partido e não alimentar sujidades no miolo? Dito de outra forma: a militância num partido significa debilidade mental grave?
    Não, não quero ofender as consciências pueris. Mas acho que sim. Esta tese, foi a uns anitos confirmada por Jeremy Paxman, em The Political Animal. O livro foi publicado em Inglaterra e Paxman procurou responder a uma questão aparentemente vulgar: por que motivo não respeitamos os políticos? Por que motivo desprezamos essa triste gente que, com um fanatismo absolutamente inusitado, gosta de chatear o parceiro e impingir voluntariamente a inanidade? Resposta de Paxman: porque o mundo da política partidária acaba por medrar uma casta à parte. E Paxman é claro: ao analisar a vida de dezenas e dezenas de exemplares, o autor não encontrou gente heróica, confiante, sabedora e iluminada. Au contraire. Encontrou graves exemplos de criaturas anedóticas, histéricas, obsessivas e complexadas, sem uma satisfatória vida pessoal. Razão tinha Wittgenstein: nunca procures resolver os problemas do mundo quando não foste capaz de resolver os fantasmas da tua vida privada. Esse é o drama do Ricardo Rodrigues. Nada tem que ver com moral, trata-se de ética pura e dura. A república não deve nem pode tolerar chicos-espertos…

  10. Bem, este já não se livra do acto flagrantemente captado. Teremos sempre pronto um sorriso à lembrança do feito do ilustre deputado.
    Mas há um senão: é que ele tem atenuantes! E das boas, porque são do senso comum: é que toda a gente sabe que os jornalistas, tal como diz o povo, «também são uns bons filhos das putas, tanto põem um gajo em cima como em baixo». Rodrigues é mais um que sentindo-se provocado agiu irreflectidamente.
    Aquilo que é indecente é ver a comunicação social deitar um manto de silêncio sobre actos irreflectidos oriundos dos da oposição (por ex. o Martins “palhaço” do Psd, ou o “palhaço” amigo da deputada da linha de Cascais, ex-Cds).

  11. Nesta não estou mesmo nada contigo, Val.
    Foi-se abaixo das canetas e fez merda? Acontece aos melhores? Não. Os melhores não vacilam sob pressão.
    Ele que vá exercer o ofício dele e deixe isto da política para quem tenha traquejo para a coisa, pois o país está na corda bamba e não pode ser confiado a emocionalmente instáveis ou a segundas escolhas.

  12. Ó valupi és um pandego, bute lá dar guarida a todos os criminosos porque somos uns gajos com uma ética e uma moral a toda a prova.

    Qual é a linha que separa os crimes nos devemos abençoar daqueles que devemos repudiar?

    Ó vida a quanto obrigas …………..

  13. Grande post Val. grande comentario Bocejo.
    Consigo ver mais grandeza no erro do deputado do que na ética de muitos acusadores.
    Don’t fuck with da Jesus.

  14. G. P. Friedrich von Hardenberg , um miúdo cientista português descobriu uns organismos microscópicos que desmentem a teoria de darwin : acontece que os organismos mais fracos cooperam entre eles e conseguem sobreviver aos mais fortes …os partidos não são mais que estratégias de cooperação de medíocres , de aí não encontrar pessoa nenhuma com 3 dedos de testa nos partidos. bajular , trair , conspirar , mentir , lamber botas , andar na corda bamba ao sabor das eleições ? mas alguém que se safe sozinho está para isso ?

  15. Primeira questão: estou de acordo que o Deputado foi BURRO, DESTEMPERADO e IRREFLECTIDO.
    Mas há aqui comentário de gajos sabujos, que tal como a grande corporação que é o conjunto de pretensos “fazedores de opinião”, mais o Presidente do seu Sindicato, que em vez de fazerem uma análise do que deve ser o jornalismo, se refugiam nas banalidades mais comesinhas, no “gozo”, no achincalhamento, quase no deboche. Se é assim que pensam que a maioria das pessoas os vão respeitar e passar a comprar mais jornais, revistas, ou verem tv ou ouvirem rádio que se desenganem. Ainda hoje , dois apresentadores de um programa de rádio na Antena 1 e que são jornalistas, entraram no “gozo” porco, utilizando um espaço que é pago por todos nós e é nisto que, ultimamente, se vão entretendo aqueles que deveriam criar condições para ajudar os ouvintes (ou leitores) a pensar e não “injectar-lhes” doses maciças de demagogias e fast-food canino.

  16. Oh, Val! Eu, que quase sempre concordo consigo, estou estupefacta com este seu post. Um roubo é um roubo é um roubo. Foi isso que RR fez. Bastava-lhe ter-se levantado e saído. Ou, se queria exercer “acção directa” (como disse naquela declaração patética), pegava nos gravadores de forma assumida, nunca daquele modo subreptício, ligeiro, de profissional carteirista. Aquele gesto, a mim, que votei no PS, envergonha-me; e, por mais que o Val não queira admitir, diz muito do carácter de RR: mesquinho, desonesto, dissimulado. Acho incrível que, até hoje, RR ainda não se tenha demitido; acho igualmente incrível que, na ausência do gesto, não tenha o PS tomado essa decisão. Estou indignada, envergonhada, desiludida.

  17. Bocejo, excelente comentário.
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    Sinhã, quais duas?
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    Lúcido, levam e de que maneira!
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    mdsol, a ética têm tantos sentidos quantos os sujeitos éticos. Assim, caso Ricardo Rodrigues tivesse pedido a demissão, por exemplo, estaríamos agora todos de acordo quanto ao acerto ético da sua decisão. Porém, como a ética não é uma moral – essa, sim, com sentidos rigorosamente definidos e unidireccionais – é também possível reconhecer a dimensão ética no simétrico, isso de escolher ficar e enfrentar as dificuldades daí resultantes.

    Não posso concordar mais com esta tua declaração:

    “Entre a demissão e, por exemplo, um pedido de desculpa formal, há muitos degraus que conduzem a saídas eticamente interessantes para todos.”

    Claro que sim. Mas, e daí? Ou melhor, não será a recusa da demissão a saída eticamente mais interessante, e também por isso de não ser de todo interessante para todos? A ética nunca foi consensual nem popular, bem pelo contrário…

    Quanto ao descontrolo do deputado ter vindo para ficar, temos de esperar para ver. Todavia, parece-me que ele está com a pena suspensa, a mínima falha será fatal. Quem sabe, poderá transforma-se num deputado modelo.
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    Manolo Heredia, sem dúvida.
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    Eça de Querós, logo vi que só pensas no gamanço.
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    jojoratazana, deves estar feliz, vendo o PS chegar onde dizes que chegou. Aliás, tens pinta de acordares e deitares-te a pensar no PS. Tens de passar na farmácia e comprar o xarope.
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    edie, bem lembrado.
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    G. P. Friedrich von Hardenberg, a República deve, porque pode, tolerar todos e mais alguns. Por isso, é irrelevante vir falar dos boatos, pois quem se deixa condicionar por eles não é digno da própria ideia de república.

    Quanto à problemática da militância partidária, a caricatura assentará a muitos, mas não a todos. Se calhar, até assenta a poucos e não a muitos. Seja como for, o nosso tipo de democracia depende da existência de partidos. Os que só sabem dizer mal dos políticos não têm qualquer alternativa para apresentar, limitam-se a emporcalhar o ambiente.
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    anónimo, tens toda a razão.
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    shark, quantas vezes é que lhe aconteceu este desvario? E que mal é que daí resultou para os jornalistas ou para quaisquer outros valores da democracia? Parece que foi ao contrário, com todas as vantagens para a Sábado e todos os danos para o Ricardo e quem o apoia.

    Dito isto, é óbvio que é legítimo pedir a sua demissão, como fazes. E a enorme maioria das pessoas que conheçam o caso é o que fazem.
    __

    Ibn, larga o vinho.
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    K., sábia observação.
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    mf, queres acabar com os partidos? Se sim, para os substituir pelo quê?
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    MARGARIDO TEIXEIRA, pois é. Eles assim não vão lá, estamos fartos de ranhosos e imbecis.
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    David Fernandes, dorme. Mas dorme mal.
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    Mónica, estás indignada, envergonhada e desiludida com a natureza humana. Olha que talvez não seja caso para tanto. Este episódio é tão absurdo que não pertence a nenhuma categoria da marginalidade, é mesmo uma explosão emocional destrutiva que ficou gravada para a posteridade.

    Não perco uma caloria com o carácter do Ricardo Rodrigues, embora seja inevitável que ele venha a pagar o preço do que fez. A sua imagem precisará de uma grande volta para conseguir apagar a memória deste disparate.

  18. “…foi o processo ,mais uma vez, sublinho, nada como provado Sr deputado, não foi arguido em nada, penso até que não foi investigado, não sei, a questão … a questão do processo, dos boatos, de pedofilia nos Açores…”
    Tentava-se a tese de que este passado, dos boatos, não é compatível com a o actual cargo de deputado.
    A questão é como lidar com este jornalismo de estrumo-boateiro ?
    Não devia ter-se apropriado dos gravadores, com toda a ética possível devia de os ter mandado às bentas dos estrumo-jornalistas, isto porque não é aconselhável de pegar no estrume com as próprias mãos.

  19. Valupi, para bem da tua saúde espero que sejas, fisicamente, menos redondo que os teus actos discursivos.

    Ó vida a quanto obrigas ……………..

  20. Sinhã, até parece que és bruxa.
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    Vm, teria sido bem melhor, sem dúvida.
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    Larga lá o tintol, Ibn, já estás a embaraçar os turistas.

  21. olha , como dizia chateaubriand , todas as instituições humanas passam por 3 estágios : utilidade , privilégio e abuso. dado os partidos estarem claramente no estágio abuso ( isto nada tem de dempcracia , é partidocracia pura e dura ) está na altura de passarmos à fase seguinte : poder local , em rede , nada de hierarquias , e democracia directa. o estado central só serve a quem o (des) governa.

  22. Obrigada pela resposta ao comentário, mas hoje não volto ao assunto. Apesar de ser azulona, quero aproveitar ser dia de recreio especial. Como, ao meu jeito, assinalei.

    :)))

  23. Se há frase neste post que deve ser salientada é a penúltima:«Contudo, preferia estar no seu lugar a ser um dos que o perseguem». O nietzscheano de pacotilha diz-nos aquilo que todos já suspeitávamos: que o seu desejo é ter um lugar entre os socretinos, entre aqueles que defende contra tudo, contra todos (reduzidos a ranhosos e imbecis) e também contra a moral e contra a dignidade que se exige aos representates dos eleitores. Porque o que o move é apenas a vontade de poder… de pacotllha.
    E, sendo assim, é natural que este seja um post irreflectido, precipitado e mal pensado (ao contrário do que o artista quer fazer crer), escrito sob a mesma pressão e ansiedade que tomou conta do Rodrigues quando confrontado com os podres do seu passado. O artista de circo tem que mostrar serviço para poder ser um novo, ou um outro, Galamba. Azar do caraças! A senhora que controla o trânsito entre os blogues e o Parlamento deu um puxaozinho de orelhas ao artista descontrolado. Percebe-se: de forma indirecta, acabou por sentir-se incluída no grupo daqueles que andam a fazer perguntas incómodas, e a quem, de acordo com o artista de circo (espécie de homem-bala), podem, ou devem, ser roubados os gravadores. Assim, o homem-bala de serviço acabou por ser mais papista que o papa, repetindo nos blogues aquilo que já se tinha passado na DREN com o Charrua (o «decadente» de então) e a Margarida (o homem-bala, ou, melhor, a mulher-bomba de então).
    Tens de ser mais poderado, pá! A pressa é inimiga da perfeição, e demasiada graxa acaba por sujar em vez de limpar…

  24. «ponderado», claro, porque «poderado» ou a vontade de «poderado» são coisas que não te faltam e que te prejudicam, como eu disse.

  25. Sinhã, espero que a dor passe.
    __

    mf, nesse caso, deves lançar o partido que visa acabar com os partidos em ordem a instaurar a democracia directa. Força nisso.
    __

    mdsol, e assinalaste muito bem, indo buscar esse adepto puro do futebol, Chico Buarque, que torce sempre pela equipa que ataca.
    __

    Ibn, olha aí as nódoas do tinto. Vai trocar de camisa.

  26. Oh Valupi. E quando é que uma equipa de futebol está em “situação” de ataque?

    a) Sempre que o jogo se desenrola no meio campo adversário
    b) Sempre que um dos seus elementos tem a posse da bola
    c) Sempre que utiliza um sistema táctico do tipo 4-2-4

    :))))

    [Se pensarmos que da janela do futebol espreitamos o mundo todo, estas leituras “futebolísticas” até nos podem ajudar a ver o resto…, digo eu que sei muiiiiito poucochinho]

  27. Pois é pá as nódoas da minha camisa saem, agora as da tua moral essas serão eternas.

    Mas bem vês cada um é para o que nasce.

  28. mdsol, segundo o Chico, situação de ataque é aquela em que se pretende marcar um golo. A partir daqui, tudo fica mais simples, mesmo para quem alegue saber muiiiiito poucochinho…
    __

    Sinhã, não esperava que fodesses a dor. Deves estar de esperanças.
    __

    Ibn, a pinga dá-te para falar da eternidade. Estás embriagado com o divino.

  29. Ora nem mais, mas a pinga dá-nos ainda outras capacidades, conseguimos ver os vendidos à distância, a ti há muito que te topei.

  30. Sinhã, obrigado. Estamos sempre a aprender.
    __

    Ibn, há muito que me topaste e até me vês a dobrar. Tens de ir curar isso.
    __

    edie, apontas muito bem, um bom vinho não é para emporcalhar. Por isso eu protesto contra a estragação de bom vinho que se anda a fazer. Era melhor que largassem o vinho já que não o sabem beber, eis o que não me canso de dizer.

  31. A Dobrar? Vai de retro Satanás, gentinha quanto menos melhor, tu já fazes mal bastante, dois irraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

  32. Noticia de ultima hora:

    “10 mil presos (por furto) vão sair hoje em liberdade por alegarem pressão psicológica no seu acto! Lider parlamentar do PS apoia a decisão e encoraja os restantes a fazerem o mesmo.”

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