A ética nunca alimentou ninguém

No último Governo Sombra, tanto Ricardo Araújo Pereira como Pedro Mexia deixaram remoques acerca de dois artigos seguidos do caluniador profissional pago pelo Público: ISCTE – O braço universitário do Partido Socialista (14 de Abril) + João Leão financiou com cinco milhões o seu novo emprego (16 de Abril). O Ricardo foi sarcástico a respeito da “coincidência”, afirmando que se tratou de um embuste onde o caluniador foi avisado de ir rebentar o caso (daí o primeiro artigo tendo todo o PS como exclusivo alvo). E o Pedro foi explícito no seu protesto contra o que designou como “suspeitas genéricas”, culminando numa enfática declaração de princípios a separá-lo de quem alinha em tais práticas.

A forma como o caluniador profissional respondeu aos seus colegas de programa, tanto na linguagem verbal como na expressão corporal e facial, não carece de intérprete. Trata-se de um agente político que recebe dinheiro de órgãos de comunicação social para atacar – a coberto do estatuto de “independente” e “jornalista” – o PS e personalidades socialistas de forma sistemática. Igualmente sem surpresa e interesse foi o registo displicente do Ricardo, embora tenha valor positivo a sua breve e superficial referência. Está na posição do Pedro algo que importa desenvolver só para satisfazer a curiosidade analítica. E que é o seguinte: este licenciado em Direito, supinamente culto, sabe de ginjeira que ao escolher os vocábulos “suspeitas” e “genéricas” está a recorrer a uma fórmula hiper-eufemística para se relacionar publicamente com o que são evidentes difamações e/ou calúnias.

Ora, que aconteceria na cabeça do Pedro Mexia se lhe acontecesse ver uma figura altamente influente no espaço público como comentador, com presença constante em vários dos mais poderosos meios da imprensa, que se estivesse especializado em lançar difamações contra o PSD, o CDS, agora também a IL, e demais personalidades dessas áreas? Que pensaria vendo esse modus operandi ao longo do que já conta com 13 anos ininterruptos? Que diria se esse fulano, exclusivamente por se prestar a esse papel, tivesse recebido o prémio de ser escolhido para presidente da comissão das comemorações do 10 de Junho? Que diria o filho de João Bigotte Chorão, o consultor de Marcelo Rebelo de Sousa, o colaborador do CDS para a feitura do programa eleitoral de 2019, de uma farsa e deboche desse calibre montados na comunicação social para despachar caudalosos assassinatos de carácter e apelos ao ódio contra a sua família política, contra os seus amigos?

Pois é, Pedrinho. Servir a dois senhores pode fazer-te muito bem ao bolso e ao ego mas não te julgues acima do caluniador profissional. Estás literal e moralmente ao seu lado.

5 thoughts on “A ética nunca alimentou ninguém”

  1. “A ética nunca alimentou ninguém”. Não percebo. Nem os cavaleiros-andantes que animam este blogue e que pugnam dia e noite, de forma totalmente desinteressada, pelo restabelecimento do bom nome de um antigo primeiro ministro. Queres dizer que estes paladinos, afinal são pagos ? Estou sem fala. A sério ?

    Boas

  2. não consigo ver o vídeo (ainda), mas estou maravilhada com esta análise pelo o que já conheço desses fulanos que ora fulanizam naquilo que não conseguem justificar ora deixam de fulanizar naquilo que devem identificar. para mim são todos uns merdas que ganham dinheiro à custa do espectáculo que criam em torno dos outros. há muitos anos o RAP tinha graça por se apresentar genuíno a brincar com o mundo; há muitos anos o Pedro Mexia nunca comovia e agora deveria entrar em lei seca; desde sempre e para sempre o JMT será esse prostituto da elite chunga e piolhosa pago pelos chulos dos piolhos.

    O Pedro Mexia não mexe, não agita, não nada. então, em estado de betinho naufragado à deriva, apenas respira e vai ganhando uns paus sem medir o que diz nem o que diz com aquela voz insuportável.

  3. confirmo tudo o que disse e digo mais: o JMT é tal e qual uma varina do bolhão a querer ser polida depois de lhe sair guito nas raspadinhas. !ai! que riso

    mas o mais importante, e que não posso esquecer, depois de ouvir e ver: são as duas palavras a azul acima riscadas: são o caminho para a poesia do texto. !viva! a liberdade de censurar, mostrando, o roscofe.

  4. A ética é alimento, por assim dizer, moral, – ou se se quizer, espiritual, – e claro que alimenta, alimenta aquilo com que se relaciona, já o alimento físico, esse alimenta o corpo humano, e depende do dinheiro, e, dizem, há pessoas que vivem para comer, e não como deve ser, comer para viver ou sobreviver, valupi pode ter passado fome ou dificuldades em pequeno, apenas isto, e dito sem qualquer alegria .

  5. por favor, por favor, M, diga-me de que cartola é que saiu para eu me rir mais. juro que até me dói a pança de tanto riso. isto é uma mini dissertação sobre o título, está bem, com direito a coisas da gramática do entroncamento. é um fenómeno, !ah!, !ai! que riso

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