A democracia é a lei, a liberdade e o caos

A vitória de Moedas é linda. Digo-o sem qualquer ironia. A beleza vem de ser tão imprevista e tão insensata. Uma surpresa cujo único paralelo que me ocorre é o resultado do primeiro referendo ao aborto, quando todas as sondagens revelavam a realidade sociológica e o voto expressou os condicionalismos antropológicos.

Que se segue? Completamente impossível adivinhar, dada a maioria de esquerda na assembleia municipal e os fanáticos direitolas que influenciam o novo presidente da câmara, à excepção desta certeza: Moedas continuará a ser mais uma fraude política na direita.

5 thoughts on “A democracia é a lei, a liberdade e o caos”

  1. Mais uma vez fica evidente:
    Para a esquerda a democracia (o voto) só é válida quando produz resultados que lhe são favoráveis.
    A vitória de Moedas pode ser imprevista mas não é insensata!

  2. O “caos”. É uma afirmação de um conservador como o Marcelo. A instabilide política, ou crise política, como se costuma dizer, é uma expressão que não faz sentido nos termos que vocês (tu e o Marcelo) usam. Numa democracia também é possível viver sem governo. Há quantos dias a Holanda não tem governo? A Bélgica? Há mais de 400 e o país continua. O parlamento continua aberto.
    Isso do caos é uma mentira retrógrada e conservadora.
    Não existe caos algum.
    As democracias também sobrevivem sem governos.

  3. creio que o mais parecido ainda é a primeira eleição de rui rio no porto, após muitos anos PS. pela surpresa e pela atitude sobranceira dos “incumbentes”, lembro-me que até ao dia das eleições havia a ideia que fernando gomes tinha a eleição ganha. é algo engraçado, no sentido que nos parece revelar uma verdade escondida, que rui rio também esteja associado a esta. começa a mostrar-se um especialista em reviravoltas vindo de trás. ps devia ter cuidado.

  4. Para se perceber o que sucedeu, tem que se partir da premissa certa: Moedas não teve vitória nenhuma.

    Medina é que sofreu uma estrondosa derrota. Da qual nunca mais irá recuperar. À semelhança de João Soares.

    A vitória em Lisboa, magra, mas real, foi de facto de Rui Rio.

    Ao surpreso (e tolhido?) Moedas cabe agora apenas aprender muito depressinha a matéria para o exame (daqui por quatro anos?) e, entretanto, alinhar num póquer muito perigoso e sem margem de erro com o arrojado João Ferreira.

    E ao PS, sobretudo a António Costa, cabe recolher-se em reflexão profunda e tentar compreender que o poder nunca se mantém. Conquista-se, sempre! Senão, perde-se.

    Olhe para o lado do mar e aprenda alguma coisa com esse colosso autárquico incomparável chamado Isaltino.

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