Tire lá o “medo” e ponha lá o “dó”

Passos Coelho teve de conduzir um ajustamento que não o deixou ser “social democrata”, tal como Mário Soares não pôde ser “socialista” em 1978 ou em 1983. Mas ao contrário de Mário Soares, Passos não pôde, por causa do Euro, recorrer ao véu da inflação. Na história portuguesa, foi o primeiro chefe de governo que, num ajustamento, não pôde dissimular os cortes com desvalorizações monetárias.  Governou com a verdade. Frequentemente sozinho entre uma oligarquia desorientada, não desistiu e poupou o país à via grega dos resgates sucessivos.”

Rui Ramos, no blogue “Observador” (Título : “Quem tem medo de Passos Coelho?”)

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Mentir é feio. E a si próprio deve ser desgastante e inútil. Já paravam com esse ridículo.

 

Quer dizer, há algum grau de identificação importante entre a opinião da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional e que é a nossa convicção do que é preciso fazer”.

Segundo o presidente do PSD, por esse motivo, “executar esse programa de entendimento não resulta assim de uma espécie de obrigação pesada que se cumpre apenas para se ter a noção de dever cumprido”.

“Por isso, não fazemos a concretização daquele programa obrigados, como quem carrega uma cruz às costas. Nós cumprimos aquele programa porque acreditamos que, no essencial, o que ele prescreve é necessário fazer em Portugal para vencermos a crise em que estamos mergulhados”, reforçou.

Passos Coelho, 1 de Fevereiro de 2012.
Fonte: Jornal de Negócios
Relativamente a quem é que poupou o país à “via grega”:
(Fonte: Correio da Manhã)

7 thoughts on “Tire lá o “medo” e ponha lá o “dó””

  1. Mentir, mas mentir com todos os dentes que tem na boca, foi o Capoulas Santos ao dizer que em 800 anos nunca houve uma limpeza das matas como se vai fazer agora.

    Engana talvez os putos que nasceram há 40 e tal anos para cá.

    Os outros lembramo-nos bem do mundo rural em que não havia eucaliptos e os pinhais, moitas de carvalhos, sobreiros e azinheiras, e matos autóctones, giestas, carqueijas, tojos, etc. tudo tinha proprietários que aproveitavam todos os produtos desde as simples folhagens para camas dos animais.

    De resto, o mundo agrícola que punha milhares de moinhos de vento e azenhas em movimento o ano inteiro, e o mundo pastoril que aproveitavam todos os metros quadrados livres , não deixavam trabalho algum a bombeiros e aviões.

    Que pariu!

  2. Pois, por este andar o Sexagenário estará a afirmar ( a pés juntos, até é capaz de jurar) que no tempo do Salazar é que era bom.
    Não há dúvidas que o Capoulas é um bronco e que a lei da limpeza deixa MONTANHAS de situações que mais tarde ou mais cedo terão que ser contempladas. Isto de tomar mediadas à medida de um local e não olhar para o conjunto só vai dar porcaria e os problemas chegarão na pior altura. Vai uma aposta ? É só olhar para SUL onde a floresta é feita de estevas e tojos , nos piores terrenos do país quer em orografia quer em geologia. E o levantamento cadastral está feito ! É só ver a pirâmide demográfica !
    Entretanto deixa-se cimentar a várzea de Loures.
    O interior só terá algum futuro se a capital for para a Melriça ou Castelo Branco ( nunca para Coimbra!), mas isso deve custar mais que um aeroporto!

  3. No tempo do Antoninho da calçada, não havia incêndios de serranias completas, o máximo pequenas parcelas.

    No tempo do Antoninho, havia as cabras sapadoras, as ovelhas sapadoras, os lavradores sapadores, as vacas sapadoras e os sem terra sapadores que catavam tudo o que podiam nos baldios.

    No tempo do Antoninho era como no tempo do Afonso Costa, como no tempo Fontes Pereira de Melo, como no tempo do Saldanha e assim por diante, só que de uma maneira diferente, deixámos de ser uma colónia inglesa e ficámos orgulhosamente sós.

    Isto tudo por causa de aldrabões ministros que cansam qualquer um.

    Com gente desta o interior não tem futuro F, Soares….por este andar.
    Cansei!

  4. eu vi logo que o que movia o sexagenário eram saudades! São uns saudosos, estes vigorosos apoios da Presunção Cristas. Vai-te catar sexagenário.

  5. O Sexagenário, se está com saudades do tempo em que o Centro Norte do país vivia da agricultura de subsistencia, não deve queixar-se de Capoulas e de Costa. Eles condenaram os velhos que ainda lá estão a trabalhos forçados. Promoveram-nos a jardineiros de espaços públicos sem remuneração.

  6. A direita e o seu “programa” apostou no manequim Passos Coelho para reduzir o peso do Estado na sociedade portuguesa. Acontece que a criatura foi atropelada por uma geringonça e lá se foi desta vida, deixando a empreitada a meio e a orfandade que se conhece.
    RR & Companhia ainda não se recompôs da tragédia. Sorry!

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