Paulo Baldaia, do DN, mostra-se hoje surpreendido e aparentemente desiludido por Mário Nogueira não aparecer nas televisões e nos jornais a protestar contra os “graves” problemas no arranque do presente ano lectivo (ler aqui). Digo “graves” entre aspas, porque, do que tenho observado e lido, o ano escolar arrancou a tempo e horas, com os professores colocados, os alunos devidamente transferidos, os colégios pacificados e apenas uma ou outra escola (contam-se pelos dedos de uma mão) com falta de pessoal auxiliar. Mas, enfim, foi o bastante para afligir o Baldaia ao ponto de clamar pelo Mário Nogueira do pré-perestroika. Ora, perante o gravíssimo problema apontado, que toda a gente facilmente atribuirá ao legado dos enormes cortes efectuados pelo governo da coligação PàF no ensino público e que o atual governo já prometeu resolver, Baldaia gostaria de ver Mário Nogueira, o líder sindical mais furioso, sectário e útil que o país jamais ostentou, a vociferar para as câmaras contra o escândalo. Desorienta-o o silêncio. À direita também e, em desespero, já se tem manifestado no mesmo sentido. Há políticos e jornalistas com uma sensação de abandono por parte do Mário Nogueira. Já choram.
A mensagem que tentam, porém, fazer passar é a de que se sentem injustiçados, ou seja, que, se a direita teve à perna, durante o seu governo de coligação, um homem tão agressivo, ameaçador e contundente como o sindicalista dos professores, então o mínimo seria que o governo do rival PS tivesse de suportar a mesma dose. Não será justo uns terem de sofrer o martírio e outros não. Não compreendem.
Pois bem, meus caros, essa mensagem é impossível de passar. Todos nos lembramos que, durante o governo de Passos e Portas, Mário Nogueira praticamente não existiu (grande parte do país ficou basbaque com a chamada “TINA”, incluindo o sindicalista, também ele treinado há anos para atacar o PS), não organizou manifestações (grandes ou pequenas), assistiu praticamente impávido à degradação da escola pública – cortes de pessoal docente e não docente, aumento do número de alunos por turma, fim das obras de requalificação, fim do programa Novas Oportunidades, criação de novos agrupamentos escolares, alguns ingeríveis, regresso a um ensino de orientação classista e de pendor salazarista, favorecimento do ensino privado (bailando constantemente na orla do cheque-ensino), fim dos passes bonificados para os jovens, etc, etc.
A verdade verdadinha é que Mário Nogueira e o PCP, foram, até ao final do ano passado, uns preciosos aliados da direita. Para não irmos mais longe, basta-nos comparar qualquer situação governativa com o que aconteceu a Maria de Lurdes Rodrigues e ao governo a que pertencia graças à acção do sindicalista furioso. Nunca tal vimos acontecer com um governo de direita e Mário Nogueira já lidera o sindicado dos professores há décadas. A verdade verdadinha é que ficaram sem a muleta.
Portanto, Baldaia e meus caros outros, percebam que, com o Costa, até o Mário Nogueira cresceu. Vocês dirão que se vendeu e lamentam. Eu direi que o PCP negociou. Não pode?
Mas, enfim, estou a gostar de assistir ao desenrolar da vossa nova vida. Vão ter que se esforçar, agora que estão sozinhos.
O problema não é só o Baldaia. O problema está na totalidade da comunicação social (CS). Vejam-se os casos que agora estão na berlinda: o orçamento e o caso de Aguiar da Beira. No orçamento a CS resolveu entrar totalmente em modo de desinformação ( jornais ,rádios, TV´s) e confundir e baralhar as pessoas… No caso do fugitivo, porque as autoridades entraram em modo de silencia ou informação controlada ( já tinha acontecido com um caso no aeroporto…) a CS ficou desarmada e vá de desinformar , isto é mentir,.
Não sei se isto se passa só cá no burgo,, mas cá é muito grave e se não se põe travão aos jornaleiros à tarefa (jornalistas há poucos) isto vai doer. Como ? Não sei, mas sei que assim não pode continuar.
Os jornaleiros ainda não perceberam que já estão em modo “UBER”.
Talvez uma consulta oftalmologica resolva o caso de visão distorcida da Penélope que mesmo sem assunto para criticar Mário Nogueira encontrou uma forma de o fazer. É só um problema de carácter. Paciência…
Há realmente gentinha que é lerda, ou tenta fazer dos outros lerdos. Nunca, como nos dias de hoje, vi tanta gente com a memória curta. Antes até falávamos em décadas…Agora bastam 4 anos e paf!…tudo evapora!
Bernarda, está mesmo a dizer isso sem se rir?! Andei no meio do furacão no governo de Sócrates durante o qual houve a maior greve de sempre dos professores e tantas outras que houve! No governo dos P’s, o Mário quase nem tugiu nem mugiu. É tão fácil de comprovar…
Já estou fora mas desde há muito que defendo a renovação da liderança da FenProf, o Mário já apanhou musgo debaixo do cu e os vícios são mais que muitos. Neste momento, ele prejudica a imagem dos professores.
O Costa não tem nem as qualidades nem os defeitos de um português “normalizado”.
Surpreendeu a esquerda, tanto como a direita.
Uns e outros ainda continuam de “boca aberta”.
Quando fecharem a boca, já estamos todos esmurrados contra o muro.
O Mário anda por aí. Não lhe convém é abrir bico à geringonça. Mas ele sabe atacar na hora. No tempo do PAF o sindicato que coordena mamou 300€ a um professor que foi prejudicado e colocado na prateleira sem horário num concurso para salvaguardar um camarada da cor,tirando-o da prateleira.É a vida
O que eu me recordo do tempo dos dois governos PS, antes do dos PaFientos é que o então Primeiro Ministro (o terrível Sócrates) não podia deslocar-se a lado nenhum sem que tivesse à sua espera uma turba de professores comandados por Mário Nogueira a insultá-lo. Ainda me lembro de, entre outros impropérios, ouvir chamar-lhe «filho da p…». isso mesmo, um professor a chamar «filho da p…» a um primeiro-Ministro, publicamente, em Portugal, em pleno século XXI. Agora o Mário Nogueira não aparece, entre outros motivos, porque passou a pasta à «justiça», nomeadamente à dupla de justiceiros Alexandre e Rosário.
“Ainda me lembro de, entre outros impropérios, ouvir chamar-lhe «filho da p…». isso mesmo, um professor a chamar «filho da p…» a um primeiro-Ministro, publicamente, em Portugal, em pleno século XXI.”
pois, eu lembro-me do governo do passólas indemnizar o charrua com €12.000,00 por ter chamado filho da puta ao sócras e vigaristas aos seus governantes.
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/tribunal-confirma-condenacao-do-estado-no-caso-do-afastamento-de-fernando-charrua-da-dren-1581636
Há muito que o comissário Nogueira foi desmascarado Ponto
Em causa está o comportamento “invertebrado” do director do
DN o P. Baldaia que, como se sabe acumula com o “gancho” de
comentador às ordens da SIC cuja, estratégia passa por num dia
dizer mal da direita e no dia seguinte vir dizer mal da esquerda,
não interessando a matéria em discussão, a isto chama-se um
modo fácil de ganhar a vida porque, de maneira geral as suas
intervenções são pouco sustentadas, fica-se pela rama evitando
enterrar-se mais … é quase um verdadeiro artista da com. social!!!
A sério, Nogueira está à décadas à frente da Fenprof? Pensava que tinha sido eleito em 2007, sucedendo a Paulo Sucena.
Os xuxas socráticos esquecem-se de que nos anos da detestável Lurdes Rodrigues, uma amante louca da burocracia e percursora da despesista parque escolar, rainha dos ajustes directos, Nogueira tinha conjunturalmente ao lado milhares de professores laranja que engrossaram protestos nesses anos. Gente que com Crato se eclipsou caladinha. Depois da péssima Lurdes Rodrigues, o ainda mais péssimo Crato, abencerragem que destruiu tudo, tudo. Nogueira continuou na mesma, já só tinha era peso manifestante da esquerda da esquerda. Felizmente, Brandão Rodrigues faz o que devia ser feito após mais de uma década de enxovalho e demência no sector da educação.