Sim, abelhas

O Kremlin acusa os Estados Unidos e a NATO de serem os instigadores da insubordinação “separatista” ucraniana ao acenarem (com a ajuda da CIA) com uma possível adesão da Ucrânia àquela organização. Verdade ou não (e quem começou o quê?), facto é que os ucranianos (representados pela maioria que os governa) não são entusiastas das condições que vêm associadas à garantia de segurança que lhes é dada pelos russos, como a falta de liberdade e independência, e, sim, desejam imenso pertencer à NATO (e à UE). Desejam.

Sucede que os ucranianos vivem há anos numa relação de violência doméstica psicológica e física crescente com a Rússia. Governos fantoches, governos não fantoches, respeito de fronteiras, que fronteiras, respeito de minorias ou acantonamento de minorias, etc. Num desfecho trágico, acabam a levar com bombas para aprenderem a controlar os desejos. Suspeito que o desejo morra com quem morre, fatalmente, mas não morra com quem vive. E muitos vão viver.

Mas o Governo russo não só não quer a Ucrânia na NATO (não estava nas perspectivas mais próximas desta) como também quer que os países europeus vizinhos da Rússia saiam da NATO, anulando o que chama a “expansão para leste” ocorrida nos últimos anos, que ameaça (segundo o Kremlin) a sua segurança. Ora, é difícil alterar a geografia. A Europa é, e sempre será, vizinha da Rússia. Durante muitos séculos, pouca ou nenhuma animosidade mútua existiu, pelo contrário. Hoje, e depois de peripécias históricas várias, dramas e experiências políticas radicais e muita miséria, a Rússia encontra-se demasiado bem armada e nuclearizada, considera o Ocidente e a Europa um inimigo, uma ameaça e… infelizmente não mudou de sítio. Vista de cá, continua a ser nossa vizinha. Os vizinhos, por definição, habitam dos dois lados de uma fronteira. Pode a Estónia, por exemplo, exigir que a Rússia desloque o seu arsenal bélico para a Sibéria? Não pode, sem provocar um ataque de riso junto ao Moskva. E, no entanto, a Estónia, a Letónia e a Finlândia ali estão, esta à mercê.

Desproteger estes países europeus militarmente é nem mais nem menos do que colocá-los numa situação de vulnerabilidade semelhante à da Ucrânia. Jamais o aceitarão, muito menos agora.

Por isso, o Sergei Lavrov faria melhor em ir dar banho ao cão em vez de se pôr com exigências patéticas de recuo da NATO enquanto ameaça usar os “nukes”. Sei que é absurdo dizer isto, mas, se a Ucrânia já pertencesse à NATO, não teria sido invadida. Simples. Quão mau teria sido esse facto? Nada mau. Nem para a Rússia, que pouparia milhares de homens e rublos e continuaria a poder usufruir do Mar Negro, pois não deixa de ter costa para ele, e, se tivesse juízo, a fazer bom comércio e bons negócios com a Ucrânia.

Quanto à “ameaça que a NATO representa”, trata-se de pura estratégia de propaganda e dominação. A NATO não tem qualquer interesse em atacar a Rússia. Nem interesse nem veleidade. Já o contrário não se pode de todo afirmar. Ao recuo da NATO seguir-se-ia a exigência de extinção da NATO, isto sempre sob a ameaça da guerra nuclear. Diria que temos um problema.

24 thoughts on “Sim, abelhas”

  1. O mito da traição ocidental no alargamento da NATO a Leste.
    https://blogs.lse.ac.uk/politicsandpolicy/exposing-the-myth-of-western-betrayal-of-russia/

    O problema da Rússia é ser um estado quase falhado que nunca conseguiu competir com outros estados em termos de bem estar social, liberdade, direitos, nem mesmo a nível de desenvolvimento económico ( ao contrário da China). O seu poder baseia-se em:
    -Na exploração das riquezas naturais como método de chantagem.
    -Influência comprada, através dos biliões dos oligarcas num ocidente rendido a Cresus.
    -Hard power. Capacidade militar de constante ameaça aos estados limítrofes.

    Sendo um gigante euro-asiático não tem capacidade de atração para os seus vizinhos, é um estado paranóico que vê todos como uma ameaça, que serve de justificação para a solidificação do poder interno dos autocratas. Um urso ressentido. Pobre povo russo.

  2. Em relação ao texto principal nada a dizer. Apenas a comum miopia intelectual e ingenuidade geopolítica habitual de quem lê as coisas pela rama e se acha munida de um conhecimento absoluto sobre o tema. Já que falamos em medicação aconselho a toma de algo para o efeito Dunning-Kruger.

    Em relação ao primeiro comentário é bastante cómico-trágico o Sr. Joe Strummer (vocalista dos Clash) ter postado, post mortem, um link para um texto de Kristina Spohr uma conhecida neo-liberal seguidora convicta dos dois Helmuts. O paraíso não está a fazer bem ao Joe.

    Outros temas que ajudariam a ter mais noção do que se escreve são a Doutrina Monroe de 1823 e a Doutrina Wolfowitz que dão uma visão clara sobre o que os EUA pretendem da sua estratégia internacional.

    Ainda assim, teria sido importante também ler com atenção o texto e as suas referências antes de o colocar no comentário. O pacto Nato-Rússia aquando da negociação da reunificação da Alemanha é bastante claro:

    “The member States of NATO reiterate that they have no intention, no plan and no reason to deploy nuclear weapons on the territory of new members, nor any need to change any aspect of NATO’s nuclear posture or nuclear policy – and do not foresee any future need to do so. ”

    Ora tendo em conta que já são dezenas as bases militares US e NATO espalhadas pela Europa com centena e meia de ogivas nucleares ativas percebe-se a visão distorcida da sociedade em relação ao assunto e a continuada dispersão de posts e comentários ignorantes.

    At.
    AAR

  3. O tratado assinado é bem claro. Logo de início:
    Respect for sovereignty, independence and territorial integrity of all states and their inherent right to choose the means to ensure their own security, the inviolability of borders and peoples’ right of self-determination as enshrined in the Helsinki Final Act and other OSCE documents;
    https://www.nato.int/cps/su/natohq/official_texts_25468.htm

    Logo não há restrição de entrada de novos membros. O que há é uma promessa de não alojar ogivas nucleares no território dos novos membros.
    Quantas ogivas nucleares estão estacionadas nos novos países aderentes? Nenhuma, logo não viola o tratado .

    https://www.google.com/amp/s/www.gazetadopovo.com.br/mundo/relatorio-acidentalmente-revela-localizacao-de-armas-nucleares-dos-eua-na-europa/amp/

    https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/os-eua-tem-100-bombas-nucleares-instaladas-em-territorio-europeu

    Directamente do Paraíso, não do terreno claro, esse já teve melhores dias.

  4. Strummer:
    No Ocidente a informação é livre! Atente-se no caso da RT…
    Proponho uma saída “muito democrática” para a presente crise:
    A Rússia fará um bloqueio total à Ucrânia, que nunca perdurará menos de 60, sessenta anos.
    Assim contrabalançará o bloqueio USA a Cuba e ficarão quites no campeonato de bloqueios.
    Portugal, membro fundador da Nato, será autorizado a trazer da Ucrânia um atleta do triplo-salto para substituir o cubano e ainda um patinador no gelo, para concorrermos pela 1ª vez em dança masculina nos próximos jogos Olímpicos de Inverno!
    Assim se juntaria a fome à vontade de comer e viveríamos felizes para sempre

  5. “A NATO não tem qualquer interesse em atacar a Rússia. Nem interesse nem veleidade.”

    Está bem, abelha. No fim da Primeira Guerra Mundial, quando a revolução soviética ainda gatinhava, um assessor do então presidente americano Woodrow Wilson declarou (sem qualquer originalidade, aliás) que a Rússia era demasiado grande e que deviam ser desenvolvidos planos e acções no sentido de a dividir em quatro ou cinco países independentes. Um, o maior, abrangeria a Sibéria, região em grande parte inóspita, com pouca população mas com grandes riquezas, onde obviamente seria enxertado um governo fraco, facilmente ‘capturado’ e manipulado pelo império do bem, cujas altruístas empresas altruisticamente ‘ajudariam’ os indígenas a explorar os seus imensos recursos. O resto daquele ‘obscenamente’ grande e rico território seria dividido em mais três ou quatro países. É óbvio que a soma das partes de soma teria nada. Acabava-se a Rússia imperial e a nascente ‘Rússia’ soviética e nascia uma manta de retalhos, uma espécie de bantustões em que a civilização ocidental não teria apenas uma palavra a dizer, já que todas as palavras importantes seriam por ela ditas.

    Os EUA, donos da NATO, há muito sonham abocanhar a Rússia e as suas imensas riquezas, no que, aliás, são falhos de originalidade. Já a França de Napoleão e a Alemanha do escuteiro Adolfo sonharam o mesmo, com os resultados conhecidos. É claro que um sonho assim é difícil de concretizar com um ataque frontal. Daí a táctica do salame, a estratégia de cerco, uma fatia aqui, outra fatia ali, adesão dos bálticos ao clube, mais Polónia, Roménia e tutti quanti, cancela-se imediatamente o contrato de arrendamento a longo prazo da base naval de Sebastopol à Rússia (Yulia Timoshenko em 2014, na euforia de Maidan), assim expulsando a Moscóvia da Crimeia, substitui-se a base russa por uma base americana, mesmo à beirinha da Moscóvia. Dificulta-se e a prazo impede-se o acesso da Rússia ao Mediterrâneo e ao Atlântico, sobra-lhe o Báltico com Sampetersburgo e Kalininegrado, um mar fechado de onde só sairia quem o império deixasse. Sobra ainda o Árctico, com os portos gelados grande parte do ano, não há navio que de lá possa sair. E finalmente os portos do Pacífico, facilmente neutralizáveis. A Moscóvia começa a desfazer-se, casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão, sai batatada entre irmãos e pimba! Sonho concretizado! Uns bantustõezinhos ali à mão de semear, à espera de quem os quiser agarrar! Maravilha!

    Como, num gigantesco e democrático passo em prol das liberdades de informação e de expressão, já não temos RT, aqui vai info fidedigna do conhecido tablóide britânico ‘The Sun’, que ninguém pode acusar de putinismo, esse recém-criado mas não menos mortal pecado mortal com que os donos disto tudo enchem a barriga aos borregos. Isto é wishful thinking, claro, pois dificilmente escaparemos à bimba residente, abanando freneticamente a bilha e guinchando risinhos descabeçados, enquanto criativamente debita uma teoria da constipação qualquer em que o ‘Sun’ foi infiltrado pela Moscóvia. É no que dá aquela desinfeliz mistura de areia e serradura que lhe recheia a cornadura e a põe a rir-se como a parvinha que é minuto sim minuto sim, sem folgas nem dias santos ¡Ai que choro!

    Os EUA dispõem da arma nuclear desde 1945, como toda a gente sabe desde Hiroxima e Nagasaki. A Rússia soviética fez o primeiro ensaio (e friso ‘ensaio’) com uma bomba nuclear em fins de Agosto de 1949. Pois, nesse mesmo ano de 1949, os EUA elaboraram um plano de ataque preventivo maciço à União Soviética nos moldes que se seguem. E porquê? Porque os comunas podiam vir por aí abaixo e só parar no cabo da Roca, topas?

    “Along with 300 nuclear weapons, 29,000 high-explosive bombs were to be dropped on 200 targets across 100 Soviet towns. The conventional bomb sites were reportedly chosen to wipe out almost 85% of the Soviet Union’s industrial capability in one stroke. With Soviet industry crippled, the planners behind Operation Dropshot hoped they could beat off a full-scale Russian onslaught without needing to wage a bloody ground war. Meanwhile, a further 100 nuclear weapons would be targeted to destroy USSR bombers before they could even take off, in order to prevent a devastating counter-attack.”

    400 bombas nucleares despejadas em cima de um país que nessa altura não tinha nenhuma, assassínio a sangue frio de dezenas de milhões de seres humanos, pelos mesmos humanistas hipócritas que agora nos dão lições de humanidade! Diz o artigo do ‘The Sun’ que cito: “Declassified in 1977, Operation Dropshot outlined America’s strategy to repel an attack by the Soviet Union by utilising extreme force which could have ended civilisation as we know it”.

    “WICH COULD HAVE ENDED CIVILISATION AS WE KNOW IT”, insisto! Pois é, parece que, pelo menos lá para as bandas da Moscóvia, não haveria mais abelhinhas, nem sequer florinhas para elas se alimentarem.

    https://www.thesun.co.uk/living/2268796/a-declassified-military-plan-reveals-how-the-usa-was-prepared-to-annihilate-the-ussr-with-terrifying-nuclear-force/

    (Há muito mais informação na Internet, mas cuidado porque até já inventaram um videojogo com o mesmo nome, ‘Operation Dropshot’)

    Antes deste plano americano já tinha havido outro, britânico, encomendado por Winston Churchill no fim da II Guerra Mundial, que acabou por ser abandonado. Parece que ainda havia, lá pela velha Albion, cabeças frias com neurónios funcionais, que o ‘despacharam’ como segue:

    “However, the surprise attack plans were deemed too ridiculous to ever be realised, with military advisers claiming it was unfeasible to imagine Britain defeating the USSR’s Red Army.”

    Aqui:
    https://www.thesun.co.uk/living/2223563/churchills-secret-plans-for-how-britain-would-fare-in-an-all-out-war-with-russia/

    Claro que a União Soviética, quando se tornou potência nuclear, também elaborou planos parecidos para contra-atacar, tão loucos como os que acima refiro, como se pode ver no próximo link, mas em 1949, quando o plano americano foi elaborado, a URSS não tinha armamento nuclear, já que só em fins de Agosto desse ano fez o primeiro teste com uma bomba funcional. O plano americano foi desclassificado em 1977. Dizem que John Kennedy, quando dele tomou conhecimento, quase caiu de costas, nem queria acreditar que uma barbaridade daquelas passasse pela cabeça de alguém.

    Aqui fica, abreviadamente, o plano soviético:

    https://www.thesun.co.uk/living/2074804/heres-how-the-ussr-planned-to-survive-an-all-out-nuclear-war-with-nato-and-march-its-soldiers-into-the-heart-of-a-scorched-europe/

  6. o complexo de deus acaba, e começa, por ser o comportamento social do governo russo. e a nato, pois claro, faz o serviço de combater a enfermidade.

  7. E sim, ainda penso que a invasão da Ucrânia pela Rússia “foi uma “inacreditável estupidez” tanto no plano político como no plano militar. Estupidez táctica, estratégica, geostratégica, com gravíssimas repercussões também facilmente previsíveis no plano económico. Obviamente, trata-se igualmente de uma filha-de-putice no plano humanitário”.

    E ainda acredito que uma das soluções mais viáveis para sairmos do buraco em que estamos passa por (e cito-me) uma “revolta de oficiais de escalões médios das forças armadas ainda em território russo, com afastamento e prisão de Putin, a quem será dada a escolher uma de duas hipóteses: ou dá um tiro na própria cabeça ou alguém o faz por ele”. Para salvar a Ucrânia, para salvar a Rússia e para salvar o resto do mundo do aniquilamento.

    E também ainda mantenho que os principais responsáveis pelo buraco em que nos encontramos são os que andam há anos a provocar e encostar o urso à parede e não o urso.

  8. “E também ainda mantenho que os principais responsáveis pelo buraco em que nos encontramos são os que andam há anos a provocar e encostar o urso à parede e não o urso.”

    tadinho do urso, foi encostado à parede. portanto a culpa é de quem o encostou à parede e de quem constrói paredes. todos sabemos que os ursos devem viver na natureza em liberdade e a democracia decidiu recambiar o urso para a sibéria ou polo norte. aproveita a boleia, quem sabe se poderiam ser muito felizes e ter muitos ursinhos brancos malhados de parvos.

  9. “E também ainda mantenho que os principais responsáveis pelo buraco em que nos encontramos são os que andam há anos a provocar e encostar o urso à parede e não o urso.”

    tradução do original labroviano:

    “I do not exclude the possibility that someone wanted Russia to get stuck in Ukraine through an artificial conflict created by the West.”

  10. Não é por acaso que existe a expressão teatro de operações.

    Enquanto os “ocidentais” continuarem a comer tudo o que veem sem critério continuaremos a ter conflitos.
    O baile está armado. A corrida ao armamento começou e os EUA esfregão as mãos. Até a Alemanha virou a sua histórica política de defesa ao contrário e vai investir. No discurso do Estado da União, na madrugada de ontem, Biden aparece como o salvador económico do país anunciando o maior pacote de investimento público combinado da história Americana. De onde acham que virá o dinheiro para pagar isso.

    Os EUA investem no sector militar o equivalente ao que as 12 maiores economias mundiais combinadas investem. Incluindo China e Índia que juntas têm mais de 8x a população Americana. Quem é que acham que compra as armas que eles produzem? Os seus dois negócios principais são Armas e Propaganda.

    O mundo pelos vistos quer ser dirigido por um país onde até o sentido de voto se pode comprar legalmente. Este é o resultado.

    Depois do discurso histórico de Eisenhower a avisar-nos que isto podia acontecer, o facto de estar a acontecer 60 anos depois é só muito triste.

    Tal como Kim Jong-un, Xi Jinping, Lukashenko e tantos outros, Putin é um animal, que ninguém tenha dúvidas disso. Mas faz parte do argumento e para os EUA está a fazer um ótimo trabalho. Acabar com a dependência da Europa de tudo o que vem de Leste virará a Europa para o Ocidente. No gás, no petróleo, nas armas, nos equipamentos e na política a procura começou e vai ter que ser paga por alguém. Quem pagará isso serão todos, os que veem e os que não veem o que está a acontecer. Numa coisa estaremos todos unidos. Será a suportar com o nosso trabalho o que vem aí.

    A destruição da Ucrânia, tal como a destruição de tantas outras nações são danos colaterais.

    Leiam, estudem e não digam tantas asneiras.

    https://www.c-span.org/video/?15026-1/president-dwight-eisenhower-farewell-address

    http://www.defenddemocracy.press/war-propaganda-about-ukraine-becoming-more-militaristic-authoritarian-and-reckless/
    https://www.npr.org/2022/01/29/1076193616/ukraine-russia-nato-explainer

    https://tcf.org/content/report/true-state-u-s-economy/?session=1&agreed=1
    https://www.archives.gov/files/declassification/iscap/pdf/2008-003-docs1-12.pdf
    https://ap.gilderlehrman.org/resource/monroe-doctrine-1823
    https://www.latimes.com/world/middleeast/la-fg-cia-pentagon-isis-20160327-story.html
    https://www.bbc.com/news/world-asia-49165676
    https://worldpopulationreview.com/country-rankings/military-spending-by-country
    https://truthout.org/articles/arms-industry-sees-ukraine-conflict-as-an-opportunity-not-a-crisis/~

    At.
    AAR

  11. AAR: E a falta de pachorra para os teus argumentos? “Começou a corrida ao armamento”? Da parte da Rússia, não. Já começou há muito tempo. Mas, da parte da Europa, sim, pudera! Com um chanfrado aqui ao lado a ameaçar-te com uma guerra nuclear, querias o quê? Ah, espera, és de opinião que os Estados Unidos provocaram este conflito para poderem vender armas? Caramba, podes pedir amizade ao Lavrov.

    Os Estados Unidos investem no sector militar não sei quanto? Como potência dominante, olha que escândalo. Já os anjinhos dos russos investem zero, não é? Coitados. E só para a sua defesa, assinale-se.

    A indústria do armamento rejubila com as guerras? Vou-te dizer um segredo: a farmacêutica e a da construção/equipamentos também. E?

    —————————-

    Tens aqui a primeira-ministra da Lituânia, mais uma anjinha, enganada pelos americanos:
    https://www.economist.com/by-invitation/2022/03/02/lithuanias-prime-minister-ingrida-simonyte-says-russias-invasion-was-predictable?utm_medium=social-media.content.np&utm_source=twitter&utm_campaign=editorial-social&utm_content=discovery.content

    Últimos parágrafos

    […]”It is crucial that we do not press the snooze button now. We must continue, increase and expedite lethal aid to Ukraine. We must disconnect all Russian banks, not just some, from swift to achieve the full effect of sanctions now—not after a year. And all the economic sanctions we impose on Russia must be imposed on Belarus too. The regime there assists Mr Putin and we need to prevent Russia from circumventing sanctions by using Belarus.

    As history unfolds before our eyes, I am glad that an increasing number of countries are choosing to be on the right side of it. I urge all those around the world who still hesitate to join us while it still matters. And when Ukraine and democracy win this war, I hope that the West will never fall asleep again. Thank you for your miscalculation, Mr Putin!

  12. “Tal como Kim Jong-un, Xi Jinping, Lukashenko e tantos outros, Putin é um animal, que ninguém tenha dúvidas disso.”

    são todos animais, mas o que te preocupa são os racionais na irracionalidade do teu raciocinismo. carimbo comuna e lixo.

    o trump que foi posto na casa branca com a ajuda do putin não faz parte da lista para não estragar a narrativa da extrema direita que descobriu uma nova forma de capitalismo que dá menos trabalho e mais dinheiro, as oligarquias comunistas.

    o quim dos foguetes só anda de combóio e até tem facecoiso em portugal
    https://www.facebook.com/Ofoguete/

  13. eu gosto é de comentaristas que olham para os abutres e hienas , como o AAR ou a Marvl , pode ser que assim não passem despercebidos e as pessoas vejam os nojentos a rondar.

  14. Tipificando,
    não há, que se saiba, quem tenha apoiado a invasão americana do Iraque — um País independente e soberano, membro da ONU –, por motivos enganosos, em 2003, e que agora apoie a invasão da Ucrânia, por motivos moralmente equivalentes.

    Mas há muitos oportunistas, incoerentes e intelectualmente desonestos, que apoiaram a invasão americana do Iraque e que agora, invertendo a moralidade, estão ferozmente contra a invasão russa da Ucrânia. São os diabólicos, pró-guerra.

    Há também os tristes patetas, que foram contra a invasão americana do Iraque, mas que agora, invertendo a moralidade, apoiam descaradamente a invasão russa da Ucrânia. São os desavergonhados, dogmáticos e desfavorecidos mentais.

    E felizmente há aqueles que se insurgiram contra a invasão americana do Iraque e que agora, por respeito aos mesmos princípios éticos, condenam do mesmo modo a invasão russa da Ucrânia. São os sérios, os decentes, os pacifistas com princípios. Esperemos igualmente que sejam a maioria e que, no final, vençam.

    Para bem da Paz e do Futuro da Humanidade.

    Oxalá algum herói russo consiga levar o seu Povo a derrubar o tirano, antes que seja tarde demais.

  15. Escrito por um Autor russo exilado:

    «Quotidiano no bunker de Putin

    Enganado por Generais que lhe prometeram uma guerra-relâmpago, por propagandistas baratos que permanentemente lhe contam como os ucranianos e todo o Mundo gostam dele, por produtores de armas, que já lhe roubaram o dinheiro todo outra vez e só forneceram o ferro-velho, o velho e decrépito Coronel tenta agora salvar, duma forma artesanal, a situação na Frente. Mas nem o seu Ministro da Defesa pode chegar perto dele, pois é um ex-caçador e, para além do mais, tem a mão pesada…».

    E certos escribas jornaleiros e direitolos da nossa indigente praça merdiática deveriam escrever, cem vez por dia: “Não são os russos, é o Putin”.

  16. A realidade dolorosa: deppis de Ronald Reagan, Trump foi o único Presidente americano que entregou um Mundo mais seguro do que aqule que recebeu. Não se sabe quando ou se mais alguma vez surgirá outro. Só indigentes não sabiam que a eleição de Biden levaria a este resultado. Paz no Mundo, guerra na América. Paz na América, guerra no Mundo.

  17. trump foi o único presidente americano que tentou entregar o governo do mundo aos russos, foi eleito com interferência de putin e fez a russia sonhar great again.
    sentiu-se o efeito com a saída atrapalhada no afeganistão e agora o desespero de putin sem o apoio do amigo americano trump.

  18. essa citação deve ser do trumpilha galinhas parafraseando o tractor russo quando lhe furaram o pneu da eurasia.
    o vieira disse isto: ” muitos cuidam da reputação, mas não da consciência. “

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