Razão e baixa política

O Plano Estatégico dos Transportes (PET) será hoje apresentado pelo ministro Álvaro na Assembleia.
Segundo o Jornal de Negócios, “Com o projecto do novo aeroporto de Lisboa adiado e com o objectivo de proteger a Portela da degradação mais acelerada, o PET prevê que o tráfego das companhias aéreas de baixo custo seja “transferido para outro aeroporto de Lisboa”, admitindo-se as pistas de Alverca e Alcochete como as melhores hipóteses.”
Pelo que tenho lido ultimamente, as companhias “low-cost” andam a pressionar a ANA para obterem o local ideal para aterrar – a Portela, o que leva a TAP a barafustar bastante alto. Deduzo, por isso, que a matéria seja urgente, nomeadamente para a Ryan Air, e que a solução não possa esperar, digamos, três ou quatro anos.
Quando se discutiam, há uns anos, as localizações para o futuro aeroporto, ficou bem claro que Alverca nunca poderia ser alternativa para uma solução Portela+1, dada a coincidência das rotas de aproximação e descolagem com as do aeroporto da Portela. Afinal, porque está Alverca em cima da mesa agora?
E Alcochete? Tem condições tal como está? Que obras serão necessárias? E how much?

Também se fica a saber, por um artigo do Público, que o TGV avança praticamente nos moldes em que o governo anterior o previu, subtraída a nova estação de Évora, desenhada por Souto Moura. (Diz o Público “O Governo avança, assim, com um projecto que mantém, no essencial, o que já estava assinado por Sócrates com o consórcio Elos, que ganhou a concessão do troço de alta velocidade Poceirão-Caia. A linha será construída para suportar comboios que viajam a 350 km/hora,… “.)
O que diziam estas criaturas que agora estão no governo da construção da linha do TGV! A ordinarice em política, pelos vistos, compensa.
Seria bom que o líder da oposição deixasse a “elegância” de lado e o antagonismo ao anterior governo (o que, aliás, o deixa numa situação algo repugnante e insustentável), porque, em primeiro lugar, não se deve ser elegante com gente mentirosa e sem qualquer tipo de escrúpulos e honestidade e, em segundo, porque o governo anterior estava certo em TUDO – seja na resistência a uma subjugação à Troika, seja nas diligências junto da UE, seja na contenção racional das despesas (adm. pública, saúde, educação), seja no ritmo, repito, no ritmo das reformas, seja nos investimentos públicos, seja na aposta na ciência e na educação, seja no modo de promover as exportações, enfim. Tudo.

7 thoughts on “Razão e baixa política”

  1. O Seguro é “elegante” com o PPC porque na realidade são farinha do mesmo saco. Oportunistas de primeira água, troca-tintas profissionais.

  2. O que era mau no tempo do anterior governo, agora, trocam a siglas e passa a ser o mais acertado!
    A pantominice não poderia ser mais evidente e a lata com que todos, mesmo todos, os partidos assistem a este regabofe tem de ser a de estar calados e barafustar sobre a crise uma vez que, todos se atiraram ao governo anterior como o demo se atira às almas ou o gato a bofes.
    O PS atual, infelizmente, tem à sua frente alguém que através do silêncio cúmplice pactuou com a restante oposição, por isso o silêncio e falta de protagonismo que vimos assistindo.
    Creio contudo haver um velhoi ditado que geralmente acaba por dar certo – cá se fazem, cá se pagam.
    Para já estamos nós a pagar, mas a vez deles está chegando…

  3. Oh André então tu sábio diz aqui à gente quem era bom para governar. Se os do PPD ou do PS não prestam como dizes (só não dizes por seres parvalhão quem era o bom) então diz quem devia governar para a gente se rir às gargalhadas. E se não sabes o que dizes como parece e tens medo então vai para aquela senhora que te pariu.

  4. Só uma pergunta, qual é a pista que fica em Alcochete????
    Só estou a ver a Base Aérea nº 6 que fica no Montijo….

  5. Já entendi…
    Para lançar aviões de brincar!
    Realmente, desde Junho que este país está uma autentica brincadeira…

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