Não se espera nenhum golpe de génio de Montenegro e seus ministros para conseguirem governar apenas com menos de um terço dos votos dos eleitores. Mas este expediente de pesca à linha nos programas dos outros sem qualquer conversa ou negociação dá alguma vontade de rir e acaba por surpreender, não pela genialidade, mas pela chamada “esperteza saloia”. Haverá mais como esta, não tenho dúvidas.
Montenegro não fala em público desde a tomada de posse, não quer falar. Quer “passar de fininho” com a sua minoria e pôr os seus propagandistas a passarem a mensagem de que o trabalho é mais importante do que a conversa. Que agora é o sossego, o ambiente limpo, como já ouvi alguns dizer. Outra interpretação dirá que Montenegro não está à vontade nem tem capacidade para responder às perguntas dos jornalistas, que serão mais do que muitas, legítimas e necessárias.
Mais tarde ou mais cedo, terá que haver declarações públicas, discussões públicas. Na apresentação do programa de governo hoje na Assembleia iremos ver se a forma bizarra de “diálogo” encontrada sobrevive. Esta ou qualquer outra.
Quão infantil é estar com inveja do Montenegro por ter um perfil low , completamente diferente dos ” eu quero posso e mando” a que nos habituou o os?
e. ainda bem que não fala e que não faz questão de ter os holofotes virados para ele. zezito chegou um.
célinho recria inversão do maio de sessenta a nove no camões, onde faltou o tradicional balde tinta nos cornos do fóssil para a vitimização ser perfeita e a popularidade disparar para valores estratoesféricos. dass cena mais mal parida, só falta saber quanto pagou aos figurantes de extremismo ambientalista.
https://observador.pt/2024/04/11/no-liceu-camoes-marcelo-e-interrompido-e-criticado-por-estudantes-do-movimento-pelo-fim-ao-fossil-nao-nos-representa/