Demais é demais. Depois de o próprio Secretário de Estado ter admitido, quando confrontado com documentos comprovativos, que esteve em três reuniões com membros do gabinete de José Sócrates para tentar (e não conseguir) vender contratos swap ao então Governo para o ajudar a esconder dívida do controlo do Eurostat, qual é a ideia, se não aprofundar o ridículo, do estratagema agora arranjado de acusar os jornalistas de forjarem um documento? O nome de Pais Jorge consta de outro organigrama do Citi? Mas o homem esteve nas reuniões! E quem nos garante que a versão agora paginada (ah, este pormenor é mesmo determinante) não foi, ela sim, forjada? Não esquecer que foram precisas 12 horas para engendrar uma saída que pudesse manter o Secretário de Estado em funções. Eles sabem bem porquê. Caído este escudo, a Ministra fica ainda mais vulnerável.
Chama-se a isto cair na lama e comprazer-se em nela chafurdar. Um divertimento que mete bastante nojo a quem assiste, diga-se. A náusea deste espetáculo já vai demasiado longa.
A SIC tinha revelado, na segundafeira à noite, um documento de 2005 com propostas de contratos swap a adquirir pelo Estado português, onde consta o nome do actual secretário de Estado do Tesouro quando este era responsável do Citigroup. E afirmava ter havido três reuniões entre o Governo de José Sócrates e os responsáveis do banco, entre eles Joaquim Pais Jorge, nas quais uma das matérias tratadas era precisamente a tentativa de venda de contratos swap.
Depois dessa notícia, o actual secretário de Estado do Tesouro confirmou àquela estação de televisão ter participado em reuniões em S. Bento com assessores do então primeiro-ministro, algo que não fizera na passada sexta-feira, no briefing do Governo, quando disse não se recordar. Mas insistiu no que então dissera: “As responsabilidades relativas à concepção, elaboração e negociação de produtos derivados não era e nunca foram da minha competência”.
Ao fim da manhã de ontem, no primeiro briefing do Governo desta semana, o secretário de Estado adjunto do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional garantiu que tinham sido “detectadas inconsistências problemáticas” quanto à ligação entre a apresentação dos contratos swap que vieram a público e a presença do actual governante. Para Pedro Lomba, o objectivo do Governo ontem era “descobrir a verdade dos factos”.No documento divulgado pela comunicação social, o nome do agora secretário de Estado surge no organigrama da equipa do Citigroup. A função que lhe é atribuída é a de director para a área denominada como “Citibank Coverage”. No organigrama aparecem também Paulo Gray, então director-geral do Citigroup para Portugal e Espanha e agora directorgeral da StormHarbour, a consultora escolhida pelas Finanças para avaliar os swaps nas empresas públicas, e mais seis elementos.[…]
Em relação aos contactos com o Estado português em 2005 e 2006, fonte do Governo da altura afirma que Joaquim Pais Jorge esteve presente em várias reuniões com membros do gabinete de José Sócrates, algo que o actual secretário de Estado confirma. A dúvida está nos temas tratados por este responsável.
O assunto que mais horas ocupou nesses encontros foi o da titularização dos créditos fiscais e da Segurança Social realizada pelo Citigroup com o Estado português em 2003, quando à frente do Governo estava Durão Barroso. Em 2006, havia do lado do Citigroup o receio de que a cobrança das dívidas fiscais não fosse a suficiente para reembolsar os títulos que tinham sido vendidos pelo Citigroup a investidores internacionais. No entanto, de acordo com as mesmas fontes, ao mesmo tempo que debatia a titularização e os seus problemas, os responsáveis do Citi sugeriram a utilização de um swap que, a troco de pagamentos futuros, reduzia o valor do défice público.
Fonte: Público (sem link)
inhac. cambada.
o palha d’aço foi prá coelha, o coelho prá manta rota, a marilú trancou-se a escrever o diário e ficámos entregues ao lomba, espero que hoje volte a haver brief com batatas fritas para o ver afogar-se com 1/4 de luso natural.
Forjaram ou não forjaram documentos para incriminar uma pessoa ?
campus: Essa pessoa confirmou, depois de ter negado, e perante um documento, que tinha estado em reuniões a vender swaps ao anterior governo. Além disso, não se trata de incriminar. O senhor não cometeu um crime. Mentiu. Ah, e assumiu funções que implicam negociações de contratos que andou a vender antes, contratos cuja assinatura foi considerada motivo suficiente para o Governo demitir uns tantos gestores. Tudo demasiado complicado para quem, como tu, se queda pelos comunicados desesperados do Governo.
penélope tentar vender não é o mesmo que vender, cuidado com as palavras.
Ele tentou vender mas não conseguiu ou existe algum contrato de swaps onde consta o seu nome ?
De uma coisa eu tenho a certeza contratos swaps especulativos foram contratados pelo governo sócrates com prejuízo de muitos milhões para nós contribuintes.
Ainda muita água vai correr por baixo da ponte da comissão de inquérito.
Repito, forjaram ou não forjaram documentos para incriminar uma pessoa ?
“Forjaram ou não forjaram documentos para incriminar uma pessoa ?”
aparentemente todos os documentos são verdadeiros, nem o ministério da finanças, parte interessada, afirmou serem falsos. quanto muito insinuaram ter havido manipulação e de concreto queixam-se da posição de um logotipo, falta de uma data e adição de um organograma. ninguém incriminou ninguém, excepto o próprio que desatou a mentir para se proteger sabe-se lá do quê?
ignatz, a questão não é o logotipo, a questão é a de terem colocado lá o nome de Joaquim Pais Jorge e se isso não é incriminar.
Mas descansem ele já se demitiu, terão de virar baterias para outro mas estão bem acompanhados a imprensa amiga já deve estar a vasculhar o passado do restante pessoal do governo incluindo familiares e amigos.
Finalmente vou colocar algumas palavras de Pais Jorge na hora da demissão: “As notícias vindas a público nos últimos dias, em que uma apresentação com mais de oito anos foi falseada para que incluísse o meu nome, revelam um nível de actuação política que considero intolerável. A minha disponibilidade para servir o país sempre foi total. Não tenho, no entanto, grande tolerância para a baixeza que foi evidenciada.”
Meu caro Campus, essas palavras na boca de um mentiroso, não valem NADA.
O homem esteve em reuniões com o anterior Governo, então qual foi a necessidade de as negar, quem não deve não teme.
Denunciar os PODRES de quem nos governa é uma obrigação cidadã.
Ou acha que o papel de uma imprensa livre, e de uma oposição digna desse nome é aceitar que gente ligada a negócios escuros , não seja denunciada?
Realmente com cidadãos como o senhor, a Democracia está liquidada.
PS: A segui é bom que vão a Albuquerque e o Machete.
Ó campus tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica a ver, estás a tentar desculpar quem?
Ó campus já que tens tanto cuidado com as palavras, manipular não é forjar, e de qualquer maneira sempre é menos grave do que mentir ou aldrabar, que parece ser o caso.
“ignatz, a questão não é o logotipo, a questão é a de terem colocado lá o nome de Joaquim Pais Jorge e se isso não é incriminar.”
se o homem não cometeu crime, como é que pode ser incriminado? o próprio confessou que esteve na apresentação do produto aos assessores do sócras e agora queixa-se de baixeza política por causa de um papel, supostamente clipado ao folheto promocional dos swaps, que diz que o paulo jorge era director do citibank coverage. contas da baixeza deverão ser endossadas ao prof. martelo e ao porta-chaves mendes.
a marilú é que cometeu crime, mentiu sob juramento na comissão parlamentar e anda a ver se foge do fogo que ateou para marcar pontos no combate aos governos do sócras e às forças do mal que agora contrata na cólidade de técnicos credênciados. o moreira rato e o gray tamém poderiam ir de cona pelos mesmos motivos, a menistra por mentir, o ministro chanceler ser director da quadrilha bpn e obter lucros duvidosos na fraude do século juntamente com o amigo palha d’aço.
Tanta coisa em defesa dele para depois o demitirem , não faz sentido, se estavam tão convencidos que não havia nada de mal na nomeação dele tinham mais era que o manter
E para quando a culpabilização de todos aqueles que contrataram swaps para as nossas empresas públicas? perdemos centenas de milhões de € com essa bonita brincadeira
Se achavam que ele não tinha feito nada de mal deviam mantê-lo até ao fim assim é um disparate.
Para quando a culpabilização de todos aqueles que nos fizeram perder centenas de milhões de € com a contratação de swaps para as empresas públicas???