N gargalhadas e um funeral

Rui Ramos, hoje, no site Observador

[…]

“Descontemos a lenda das “trapalhadas” de Santana. Em 2004, para facilitar o trabalho ao presidente da república, toda a gente teve interesse em fingir-se muito chocada com os incidentes e gaffes governativas do costume. ” […]

 

Cinco gargalhadas, só num período:

a lenda

trapalhadas entre aspas

para facilitar o trabalho ao presidente da República

fingir-se muito chocada” (o homem chegou a ir de férias 20 dias depois de ter tomado posse)

do costume” (qual costume?)

 

 

Ataque de riso, felizmente não fatal:

[…] “No fim, quando o presidente o derrubou, Santana cometeu ainda outro erro: resolveu exibir sentido de Estado, foi respeitoso, resignou-se. Ajudou assim a causa dos seus inimigos, ao parecer ele próprio dar razão ao presidente. ” […]

Chama-se a isto fidelidade canina. Até ao enterro. Irra!

3 thoughts on “N gargalhadas e um funeral”

  1. Não consigo mesmo entender como alguém que se apresenta como historiador consegue ser tão completamente sectário. Ao menos a Bonifácio é capaz de as suas razões de ressabiamento (mas que sei eu?), mas este pequenote emproado, que sempre teve tribuna na comunicação social, a pública incluída, sinceramente não entendo. Uma vez li numa entrevista que deu que se tornou de direita por rebeldia contra os pais, que eram de esquerda (nem sei se PC, mas tanto faz). Mas francamente, mesmo assim já tem idade para se tornar mais adulto!

  2. Gosto sobretudo quando o gajo diz que Santana cometeu “ainda outro erro”, ao mostrar sentido de Estado, ser respeitoso e até responsável. Ele acha que ter sentido de Estado, ser respeitoso e responsável é coisa só para dias especiais ou para quando se vai à madrinha.

    Culpa, portanto, o Santana por não ter feito uma peixeirada e não ter atacado a legítima decisão do presidente. Isto depois de dizer que o primeiro erro de Santana foi ter assumido o cargo de primeiro ministro sem ter ido a eleições, circunstância que ele “devia ter calculado que acabaria por o destruir”!

    Ora bem, ao dissolver a AR, Sampaio deu precisamente a Santana essa oportunidade para legitimar eleitoralmente o seu governo — com o resultado que se viu e que Rui Ramos não analisa porque não lhe convém.

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