Aposto que, se alguém interrogasse Angela Merkel sobre o encerramento da fábrica de ursinhos de peluche de Oleiros e a sua reabertura na Tunísia, ela responderia que os portugueses têm de aceitar a redução de salários, caso contrário é isto que acontece. Para bem dela, seria bom que tal resposta fosse dada longe da multidão…
O Gaspar, apesar de se dizer ofendido por aqueles que o acusam de não estar a defender os interesses de Portugal, concordaria certamente. Mas é um forte candidato a urso. Infelizmente dos que ficam. A via dos baixos salários é um engano: há sempre um país perto de si com mão-de-obra mais barata. Até a China já “deslocaliza” para o Vietname.
Nem faz sentido essa pergunta ser colocada… no mundo em que vivemos, não cabe aos governos barrarem, ou decidirem, onde devem as empresas investir. Chama-se iniciativa privada.
É a vida… na Tunisia devem estar a correr (boas) noticias do género:
“Investimento estrangeiro cria 200 postos de trabalho em Hamammet”
murphy: Os governos criam condições. Além disso, é pertinente colocar perguntas sobre empresas alemãs e investimento alemão a governantes alemães. Sobretudo quando as condições económicas de países como o nosso são por eles determinadas.
Cara Penélope
Estamos num tempo em que todos os países do mundo tendem a apresentar as mesmas vantagens competitivas. A rapidez global de circulação da informação, a eficiente circulação de mercadorias em termos mundiais, o crescente investimento na inovação, educação e formação, fazem com que a única maneira de fazer a diferença seja nas variáveis fiscais, sociais e salariais.
E para isso só há uma solução: regras mundiais uniformes.
Quanto à nossa quintinha, o que acho (achei) errado é o Passos a dizer que faz uma coisa e depois fazer outra. Ou é incompetente ou é manholas. E não sei se é uma ou as duas ao mesmo tempo.
para mim, este acto é uma pura operaçao de charme. Essa noticia,vai ser por ela desmentida, seguindo os conselhos estrategicos do governo de miguel relvas!
Penélope,
“Os governos criam condições.” Concordo.
Mas então, não fará mais sentido perguntar aos governantes portugueses acerca do que têm estado a fazer para criar melhores condições, quer na conservação dos investimentos existentes, quer pela atracção de novos.
Estar sempre a falar da Merkel (pessoa que não admiro nem deixo de admirar, isso é com os alemães) só desvia as atenções do essencial. Na assembeia da república continuam sentados políticos que foram mto mais nocivos para a situação do Portugal que a fraulein… e outros, que lá não estão, passam a vida a falar sobre o estado de coisas actual (como se não fossem co-responsáveis) e a apelar à redacção de manfestos anti-merkel.
A verdade é esta: se em vez dos politicos que tivemos nas últimas décadas, tivessemos tido politicos do nível da merkel, estaríamos melhor ou pior? Eu tenho para mim que estaríamos melhor…
murphy: Não faço questão de te lembrar as razões por que Merkel passou a ser referida e não o primeiro-ministro polaco ou austríaco. Penso que as conheces. Quanto ao resto, já cansa, mas aí vai: a nossa dívida antes da crise estava a níveis razoáveis e o défice, entre 2005 e 2008, ficou conforme com o exigido pelas instâncias europeias. A crise do “casino” veio alterar tudo e obrigou o país (todos os países) a endividar-se para suster os efeitos das falências, expondo pelo caminho as fragilidades do euro, moeda concebida sem mecanismos de defesa e abrindo caminho à especulação.
Não sei a que políticos te referes. Tudo o que referes como competências dos governantes Sócrates fez. Sócrates foi um excelente político, o melhor mesmo que já tivemos. Enquanto pôde, tentou transformar o modelo produtivo do país, reformar e racionalizar a administração pública e educar e formar as pessoas. Quando, por via de campanhas ignóbeis, perdeu a maioria, tornou-se difícil exercer o poder e qualquer corte que visasse reduzir a dívida era automaticamente inviabilizado. A oposição tem responsabilidades nessas circunstâncias. E a União Europeia, sob as ordens de Frau Merkel, também.
penople o nosso amigo murphy,sustenta as suas opiniões em embustes como este: Passos coelho cito: As ppp,custarão ao pais e contribuintes ,mais de 2 mil milhoes de euros/ ano a partir de 2014 durante 35 anos.No relatorio do orcamento de estado para 2013, vemos que estão nele previstos pag.56 e 57 encargos para as ppp rodoviarias antes das renegociaçoes,no valor de:9.218milhoes de euros (c/iva) s iva 7.494 milhoes de euros para os proximos 30 anos.feitas bem as contas estes valores representam em termos medios um encargo anual de250milhoes /ano.como vêem o desvio mentiroso de passos coelho não é muito elevado! são só…. mente de 1.750 milhoes de euros/ano.Hoje ouvi uma americana radicada temporariamente em portugal dizer,que portugal é um pais moderno,com infraestruras modernas,e auto-estradas que dão segurança ao turistas que vos visitam.o estrangeiro que vos visita gosta de viajar em segurança.Socrates alem disto, quis aproximar o interior do litoral, para depois de potenciar as suas cidades com a polis.Visão larga teve o melhor governante que o pais conheceu.Ele foi para fora à do seu bolsoOutros ex lideres da direita ficam cá dentro a intoxicar os portugueses com patranhas para derrubar governos.Até aquii se vê a diferença.
Dado que o PS não se consegue defender convenientemente, tem que ser o pequeno joaopf a fazê-lo. Assim sendo, aqui vai.
Socorrendo-se da iliteracia dos portugueses em matéria de matemática, o PSD mostra e remostra o gráfico exponencial da dívida bruta portuguesa, que o demagogo Medina Carreira mostrou ao tuga sem as devidas explicações. Ora, é próprio de qualquer curva exponencial que o crescimento acelere continuamente. Estranho? Nem tanto… Todo o crescimento, numa economia de mercado sã, é exponencial; não só a dívida… Mas o pobre tuga, iletrado em matemáticas por culpa do salazarismo, não tem forma de se defender da demagogia.
Para pôr este assunto em pratos limpos, procurei fazer uma análise puramente empírica (apoiada somente nos dados). Fiz um gráfico logarítmico da evolução da dívida pública bruta, desde o último governo de Cavaco Silva até agora. Estes gráficos logarítmicos são inteiramente justificáveis em economia, permitindo detectar facilmente alterações na evolução (exponencial) das variáveis económicas. Adivinhem, então, o resultado? O gráfico deu UMA RECTA QUASE PERFEITA (a regressão linear deu uma dependência linear do logaritmo da dívida relativamente ao tempo, com coeficiente de correlação de 0,98 — numa escala de 0 a 1).
Trocando por miúdos, isto significa que 98% da evolução da dívida pública bruta é representada por um GRÁFICO EXPONENCIAL COM TAXA DE CRESCIMENTO FIXA DESDE 1995; e apenas 2% dessa evolução pode ser atribuído a variações desse regime exponencial. Assim sendo, qualquer ALEGADA CULPA, do governo Sócrates que SEJA EXCLUSIVA desse governo APENAS CONSEGUIRIA, NO MÁXIMO, EXPLICAR 2% da trajectória da dívida pública bruta portuguesa.
Deixo a inevitável conclusão ao vosso cuidado.