O filme passa-se na URSS, na era Khrushchev, anos 60 do século passado, e é um desfile de “camaradas” e seus comportamentos em situação de crise (uma crise verídica e ocultada durante décadas) de tal maneira realista e bem interpretado que parece uma reportagem. Não, nele não aparece, como personagem feminina, nenhuma inquisidora com que a Mariana se possa comparar, apenas uma muito fiel militante comunista local à qual é dado provar do próprio veneno. Mas uma Mariana como a Mortágua não destoaria ali. De todo. E como elemento do KGB. Ai!
A Mariana, nas comissões de inquérito, encarna na perfeição a imagem da revolucionária fanática, fria e cruel para com os seus inimigos – neste caso todos os “capitalistas” que lhe apareçam para interrogatório. Aqueles momentos são um susto para mim. Só de imaginar o que faria esta mulher se algum dia assumisse o poder neste país dá-me vontade de implorar ao eleitorado que “extermine” o Bloco já, arriscando a que me comparassem com a mui populista e desbocada Suzana Garcia, candidata à presidência da autarquia da Amadora, que formulou o mesmo desejo em contexto diferente e de cujas maneiras e de cujo pensamento me encontro muito longe. Ainda por cima, quem pensa a Mariana que é? Quer dizer, o antigo patrão da Ongoing, como muitos dos que têm passado por aquelas CPI, não é, obviamente, flor que se cheire e conhece expedientes, mas a Mariana é uma deputada, logo, com um cargo político. Não judicial. O objectivo, à falta de poderes para mais, parece ser apenas enxovalhar e matar com as perguntas e o olhar e, assim sendo, como não compreender que muitos deles ali vão com uma atitude displicente, renitente e por vezes de gozo? Não são as instituições judiciais que devem investigar, interrogar, acusar e condenar (se for caso disso) as pessoas que cometem crimes? Será perante a camarada Mariana do Bloco que estes indivíduos vão confessar os seus crimes ou discutir o sistema capitalista e os seus buracos, que os favorecem pelos vistos, ou o Estado de direito democrático, que a Mariana nunca implementaria, mas que é a razão do seu protagonismo? Admito que seja o que mais apetece a alguns (sobretudo este último aspecto), embora não possam, porque aquilo é um interrogatório cujas regras determinam quem interroga e quem responde e eles cumprem.
Ai! e Ui!, já vejo o tropel de insultos que se aproxima face ao que acabo de dizer. Calma, eu apenas vi um filme sobre uma época tristemente experimental da História e, logo a seguir, aparece a Mariana inquisidora que, se calhar, escutou um pai e fez umas leituras na adolescência que a levaram a identificar-se com essa experiência, na qual não vê tristeza alguma, atendendo ao que ainda hoje defende. Deixei aqui a minha sensação de susto e ao mesmo tempo as minhas dúvidas quanto às comissões parlamentares de inquérito nestes moldes. Bom dia e obrigada. O filme está em exibição.
Penélope :
Se falas de pais , vais ouvir o que já te repetiram cem vezes…
Será que no “Expesso” ainda se lembram disto?
“O que é a Ongoing?”
22 OUTUBRO 2010 17:07
Há oito meses o deputado Agostinho Branquinho não sabia o que era a Ongoing. Hoje é alto quadro da empresa.
Em fevereiro passado, antes de ser contratado pela Ongoing, o deputado do PSD Agostinho Branquinho tinha muitas dúvidas sobre a atividade deste grupo. A começar pela pergunta mais básica de todas: “O que é a Ongoing? É um grupo de media? É uma das questões que mais tem atravessado esta discussão sobre as questões da liberdade de expressão”, dizia o deputado, quando questionou na Assembleia da República o diretor do “Diário Económico”, e administrador da Ongoing, António Costa.
Na mesma sessão, incluída nas audições na comissão parlamentar de ética sobre o estado da liberdade de expressão em Portugal, Agostinho Branquinho questionou António Costa sobre outra “questão relevante que vale a pena esclarecer”. Citou as acusações de um jornalista que já tinha sido ouvido pela comissão parlamentar (não nomeia, mas seria José Manuel Fernandes), segundo o qual “com a aquisição por parte da Ongoing do ‘Diário Económico’ se notou uma inflexão da linha editorial, que o ‘Diário Económico’ começou a ter uma linha editorial muito mais próxima do Governo.”
Pergunta do novo quadro da Ongoing:”Concorda com esta análise de que o jornal de que é responsável teve uma inflexão editorial importante desde que a Ongoing passou a deter esse meio?”
Muito bem, Penélope. Fernando Negrão encerrou a sessão por considerar que o convidado estava a utilizar o momento para se defender. Imagine-se. Expomos as pessoas para as vergastar e humilhar em público e elas têm a ousadia de tentar fazer o seu contraditório e se defender!
A Mariana faz aquilo que muitos cobardes tem medo de dizer fazer…A reverência a caloteiros vigaristas e a comparação com um filme e personagem da ex URSS só pode vir de quem se sente proximo destes parasitas
pena que não tenhas dito o mesmo quando da comissão de achincalhamento do berardo, que não fugiu para o brasil, dá emprego e investe em portugal.
tô a ver, irreverência da mortalha faz acerto de contas com caloteiros vigaristas. tamém quero dessa ganza.
Querem ver que a nossa Mariana Mortágua encarna o espírito do defunto Andrei Vichinsky, esse Inquisidor-Mor dos réus previamente condenados, assados em lume brando nuns magníficos autos-de-fé….
MM concebe a AR como a Cinecittà e as comissões de inquérito como um ciclo de cinema neo realista. Paradoxalmente 90% do que os deputados dizem e inquirem não tem adesão à realidade, ali o que interessa é queimar pessoas com provas indiciárias da revista Sábado para um show de populismo televisivo. Um circo.
Dona Penélope . Como ambas sabemos ser Penélope, nos dias de hoje, é uma estopada. Será esse trabalho inglório a que se propôs o motivo desta sua crónica provocadora? Enfim sou capaz de imaginar o vazio que sentirá. Mas vamos ao que me interessa. Primeiro porque gosto de palavras fortes estopada e caloteiro. Palavras vulgares tal como a Mariana chamou calote a pratica de
um caloteiro. É feio soa mal mal mas sabe bem. Ora Mariana a horrível inquisidora pertence a uma geração que não usa punhos de renda para enfrentar mal feitores nem faz e desfaz renda para entreter os dias longe do amado. Aquele escroc estava a gozar com uma Comissão de Inquérito, estava a desrespeitar uma Comissão de Inquérito Parlamentar constituída por deputados da Nação , ou esqueceu-se disso Dona Penélope.? Depois tentar pôr em causa as questões que estavam a ser postas dizendo que aquela postura era própria da filha de um comunista é das coisas mais rasteiras que tenho lido nos últimos tempos. Nem os palhaços do Chega conseguiam “bardajar” melhor. Vá bordar ou tecer o manto e não envergonhe as mulheres escondendo-se atrás de um nome de um mito feminino para dar ares de sabedoria. Perdoem-me mas “fosca-se” a crónica mais a Penélope.
Quase 50 anos após o 25 de Abril e o que influencia mais o país não é a Constituição saída de Abril mas a atribuição das licenças de televisão do tempo de Cavaco, com Soares a assistir. A partir daí o sistema mediático criou uma nova legitimidade e racionalidade que em muitos casos é contrária à Constituição e na maior parte deles pretende deslegitima-la. Claro que isso não seria possível sem a colaboração dos partidos políticos que com a sua participação inédita a nível europeu ou mesmo universal, a fim de ganhar terreno ou Share of voice, não mais fizeram que credibilizar o discurso mediático que é necessáriamente incompatível com o político, criando o monstro politico-mediatico que domina e formata o raciocínio das massas. Isto é a negação do espírito crítico: são silogismos práticos e inócuos que não necessitam de adesão e vivem no espaço abstracto da crença. Depois queixam-se do Ventura.
Atan mas nã sã os hidro xuxes kús conan de koram .com as merda’lhas de lutos mpla liber dadas? Xuxes geringanzas,bora lá pessonhale,bute!
A coisa afufe tá passando pró back las brujas de la caça ás brujas de la casita de las brujas a cama fluadas dos mrpps e lhes pazando una grande certidon d’ inutilidad. Una nueva entidad de la justizia in fufegale,tribo anal di justizia fufemortagescausto.
Obrigadu Penelope és lucida,mas todas as cabeças de moi já sabiam isto tude.
Apenas um parecere gratis(contrario aus 40 mile por decimo de segunde de work de certu elementu di conjuge multiraciale xuxe,nã nã,foi ajuste direct) bem bamus lá; pelu – a dame Suzy Grazie kandida ás covas dos mouro é coise desejabile k dá pika a um home e eu seria de buena voluntad candidat a atrombarme en el grellhus de ella,! a fufecaustique en vez de dar pike a um home inda tira a poka cum gaje tiene,su aspekt és assustadore! Devria haber cotas en la politique para mujeres tipo deputadas romu sexy,assi con tales mutores d’arrance un gaiju popava en viagra quando á lá notche bai martelar lá patroa.
Só em xuxagália meme estas coses a kona tecem….ai ai…
“Ora Mariana a horrível inquisidora pertence a uma geração que não usa punhos de renda para enfrentar mal feitores nem faz e desfaz renda para entreter os dias longe do amado.”
o que é que o país ganhou com a performance da mana metralha? graças aos conhecimentos lícitos da motard ficámos a saber que a mota de água afinal não é de água mas quatro, a diferença não paga o custo do skype para o brasil.
“Aquele escroc estava a gozar com uma Comissão de Inquérito, estava a desrespeitar uma Comissão de Inquérito Parlamentar constituída por deputados da Nação”
todos os que lá vão gozam com as comissões de inquérito caso contrário não iam lá. o oliveira casca foi pra lá comer sandochas, o jaquim coimbra achava que o banco insular era o bilhete de identidade e por aí afora, ninguém se lembra de nada e os que perguntam levam um papel escrito com aquilo que os mandaram perguntar. aquilo serve tornar famosos uns patetas com ambições políticas que de outra forma ninguém conheceria, exemplo mais flagrante: nuno melo e o seu êxito “inquérito bpn” que esteve nos topes meses seguidos e ainda hoje faz parte do portfolio do artista, o gajo ganhou notoriedade e parlamento europeu, o país continua a paga o estrago do cavacal.
Ps($alve seja) quem é o matacão Mjp? Toxicodependente de laxante? Risco de overdose de muccinu,cuidado porque eu sou antixuxe e não queru ser vitima de estilhazus! Porra quisto da geringanza rebenta por todos lados !
Bem vinda Penelope,parabens por malhares na feiona horrivel assustadora super saloia tiranica do BE. Mesmo sendo tu xuxa(porque neste site tretas é só xuxalhada esquerdalha) por tal acto bravo e logico estarás sempre desculpada seja do que for e terás sempre o meu apoio. Um beijão querida!
caganda lástima. ela sabe-se quem é mostra e dá a cara e tú mão por detrás do arbusto, covarde a soldo.
“… ela sabe-se quem é mostra e dá a cara e tú mão por detrás do arbusto, covarde a soldo”
se não desse a cara como é que votavam nela. os anónimos ainda não são candidatáveis, por enquanto só independentes da treta com pugramas genéricos que pensam pela própria cabeça, mas lá chegaremos.
até a ex camarada Zita está de acordo contigo , P. -:)
Torna-se insuportável o convívio com muitos dos comentários deste blog. Se nuns casos, somos agredidos pela pestilência do reacionarismo mais atávico, noutros, ficamos nauseados com o cheirete rançoso que denuncia a poltronice e a mediocridade típicas da mentalidade pequeno-burguesa. Esta, para mal do nosso País, predomina e é aqui tomada como virtude.
Agindo como lacaios do grande capital reacionário e imperialista, os comentadores do Aspirina B usam a máscara de uma opinião supostamente livre para ocultarem a verdadeira natureza de classe das suas intervenções: serem agentes ativos na perpetuação da exploração capitalista e promotores da agressão imperialista dos povos.
«Não são as instituições judiciais que devem investigar, interrogar, acusar e condenar (se for caso disso) as pessoas que cometem crimes?»
Inteiramente de acordo; e mais estúpido e inacreditável ainda é, face à democracia e seu 3º poder judicial, a criação e instituição nas TVs de grupos de “investigação” que se dedicam a fazer julgamentos na praça pública por manipulação de imagens e jogos de palavras de sentido único pré-definido e determinado.
O país gasta milhões com quadros altamente qualificados e instalações adequadas na criação da instituição dita “Justiça” e dá-lhe a dignidade de ser 3º poder do Estado totalmente independente do poder deste para aplicar justiça em total liberdade e sem constrangimentos ou pressões que vão para além da aplicação da Lei, sem mais; contudo, subrepticiamente, surgem lateralmente as “comissões de inquérito” da AR e agora as mais variadas actividades jornalísticas especiais de “investigação” nas tvs ou mesmo, quando não, muitas vezes se reúnem advogados, opinadores, sindicalistas das polícias ou ligadas a tribunais e à justiça, jornalistas de justiça ou sabe-tudo, psicólogos, ex-polícias, ex-sindicalistas, ex-magistrados e tutti quanti a fazer juízos de acusação ou defesa como se fora verdadeiros tribunais decisórios prescrevendo sentenças.
E o que faz o MP? Qual o papel que resta ao MP depois do debate de imagens e palavras facilmente manipuláveis terem pronunciado a sentença via tv na praça pública perante milhares de espectadores formatados segundo a lógica de sentido pretendido como se fazia medievalmente nos autos-de-fé?
É evidente que face ao resultado deste processo de sentido único, sempre favorável a quem questiona e tem a última palavra em defesa própria, até os deputados não resistem; tanto mais que depois, habituados ao sucesso fácil e cheios de previsões de futuros radiosos, nunca mais largam de usar e abusar do “processo” para a uso-fruto da carreira política própria, para mais, quando ainda por tal perversão são elogiados pelos pares também à espreita da sua oportunidade.
Penso que todo este processo, à parte da Lei e da Constituição, é um processo manhoso e tortuoso para triturar e exterminar social ou politicamente qualquer um desgraçado que caia em suas malhas de caça.
D. Penelopana,
Só consegui ler até ao início do segundo parágrafo. E depois senti nausea profunda .
Para além de não ser verdade a maneira como caracteriza a deputada ( por si transformada em deturpada ) Mariana Mortágua, manifesta vexa profunda ignorância relativamente ao funcionamento de uma comissão de inquérito.
Por ser assim, da próxima vez, para não ficar embaraçada perante a audiência ( estou a pensar na gravidade, quero dizer, gravidez, haja em vista a reação ao seu acto, pode-se phoder) informe-se melhor, não é preciso ir muito longe, por exemplo, na “loja do Parlamento” tem informação gratuita sobre a competência e o funcionamento das comissões de inquérito.
Apenas um pequeno excerto :
“
As comissões de inquérito são comissões eventuais que obedecem a um regime específico e que têm como missão vigiar pelo cumprimento da Constituição e das leis e apreciar os atos do Governo e da Administração. Para além de obedecerem a regras próprias em matéria de constituição, prazo de duração e funcionamento, as comissões de inquérito gozam dos poderes de investigação das autoridades judiciais. “
FONTE :
https://www.parlamento.pt/sites/COM/XIIILeg/Paginas/Competencias.aspx
Leu bem ?
Então agora, retire tudo o que escreveu a partir do segundo parágrafo, retrate-se, faça mea culpa, e assuma que, afinal, vexa é que está a fazer de “camarada do filme” ou, se preferir, de “pide da fita”, e isto tudo, passado num filme, que é suposto ter actores de esquerda.
Ou será, que este blog, no afã de proteger JS e de tudo com ele, directa ou mesmo muito remota e hipoteticamente ligado, e, sobretudo, vade retro, esconjurar/exorcizar tudo o que possa cheirar a investigacao e apuramento de culpas, virou agora, blog de direita ???
penélope,
vi um filme em que um reptil monstruoso luta contra um macaco gigante! é a isto que a ciência produz? razão tinha a igreja catolica em querer manter-nos na obscuridade!
o filme ainda está em exibição, toda a gente pode confirmar
*conduz
foi o autocorrect, que na verdade está sempre autowrong.
e ainda vêm defender a ciência.
Enquanto Camilo Mortágua arriscava tudo no Sta. Maria, outros, sentados no Ministério, trocavam impressões com o ditador… Haja pudor….
Palma Inácio foi o homem que recuperou o campo de concentração de Chão Bom, na gíria , do Tarrafal ? Essa velha divisão entre esquerda e direita propicia um nevoeiro onde querem que nada se distinga…
o louceiro a pedir a pasta das finanças duma nova geringonça para a mana metralha.
simplória,
pobre penélope.