Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
A parte mais interessante da nova tramóia urdida pelos estados maiores que lançam as reservas na batalha nos momentos-chave em que a sorte das armas eleitorais pode conduzir a débacles cataclísmicas, parece reduzir-se a acusações sobre as formas de transportar dinheiro — electrónica ou à Perna — e não tanto sobre as origens desse dinheiro, tanto mais que nem sequer há diligências em curso para inquirir a senhora dona dele, mãe do já lendário Fantomas, o homem das mil caras também conhecido pelo invencível passa-muralha.
Ora muito bem — como disse Sherlock Holmes para o seu fiel dr. Watson, enquanto lá fora uivavam os cães dos Baskervilles e a impiedosa caravana da verdadeira investigação continuava a passar — se as estórias que envolvem o misterioso motorista senhor Perna forem novidade, pode haver fortes indícios que algo de novo se esconde nas alforjas dos cowboys motociclistas judiciários do costume.
Mas se não forem, tudo indica que voltamos á estaca zero, com o resultado secundário de se ter tranformado um pequeno Napoleão do Crime nacional numa espécie de Imperador do Crime Intergaláctico, cuja fama os aedos de todo o universo não se cansarão de cantar durante milénios sem conta.
E o dado mais eloquente de todos — prosseguiu o famoso investigador perante a espantada assembleia dos irregulares de Baker Street — é que o aparentemente súbito aparecimento do motorista sr. Perna no palco da Estória não data de agora, mas assume sucessivas versões, sendo que na primeira, se tratava de uma revelação a um misterioso autarca ou burocrata do partido político PSD pelo próprio motorista que, dizia ele, tinha aberto por curiosidade uma mala deixada aberta por esquecimento no automóvel e tinha ficado espantado por ver que estava cheia de papel moeda: tinha sido descoberto o tesouro, não do Long John Silver ou do Short Paul Gold, mas do Fantomas do Heron Castilho em pessoa!
Esta era a estória que circulava há muito tempo, e que pode, nas suas linhas gerais, configurar planos de longa data, agora revistos e estreados a par do filme «Cowboys e Juízes».
Ora como é sabido, uma vez eliminados o mordomo, o jardineiro, o marido da amante, os herdeiros, e a cozinheira, só fica, como último recurso suspeito… o motorista.
É ele, é o Perna, vai ser o Perna, tem de ser o Perna!
Porque se ainda não for desta, porque se o inefável Fantomas triunfar de novo, impante e seguro de si, então, partido político PSD, pernas para que te quero!…
Leia-se «como lhe chama o Sol» (na sua edição especial comemorativa) , em vez «como lhe chama o Correio da Manha».
na judiciária consta que sim, já os correu todos e faz parte da praxagem dos novos elementos.
A «Operação Sócrates», como lhe chama o Correio da Manha, tem a enorme virtude de vir substituir as discussões arbitrais futebolisticas, que nas televisões portuguesas são muito mais aborrecidas do que na berlusconiana Itália (que, aliás, também adora prender ex-primeiros ministros, mas sem essa vantagem imediata):
http://www.lanazione.it/arezzo/donne-arbitro-semi-strip-per-un-calendario-nessun-nudo-integrale-ma-pose-sexy-tra-palloni-bandierine-e-ironia-1.404338#1
A parte mais interessante da nova tramóia urdida pelos estados maiores que lançam as reservas na batalha nos momentos-chave em que a sorte das armas eleitorais pode conduzir a débacles cataclísmicas, parece reduzir-se a acusações sobre as formas de transportar dinheiro — electrónica ou à Perna — e não tanto sobre as origens desse dinheiro, tanto mais que nem sequer há diligências em curso para inquirir a senhora dona dele, mãe do já lendário Fantomas, o homem das mil caras também conhecido pelo invencível passa-muralha.
Ora muito bem — como disse Sherlock Holmes para o seu fiel dr. Watson, enquanto lá fora uivavam os cães dos Baskervilles e a impiedosa caravana da verdadeira investigação continuava a passar — se as estórias que envolvem o misterioso motorista senhor Perna forem novidade, pode haver fortes indícios que algo de novo se esconde nas alforjas dos cowboys motociclistas judiciários do costume.
Mas se não forem, tudo indica que voltamos á estaca zero, com o resultado secundário de se ter tranformado um pequeno Napoleão do Crime nacional numa espécie de Imperador do Crime Intergaláctico, cuja fama os aedos de todo o universo não se cansarão de cantar durante milénios sem conta.
E o dado mais eloquente de todos — prosseguiu o famoso investigador perante a espantada assembleia dos irregulares de Baker Street — é que o aparentemente súbito aparecimento do motorista sr. Perna no palco da Estória não data de agora, mas assume sucessivas versões, sendo que na primeira, se tratava de uma revelação a um misterioso autarca ou burocrata do partido político PSD pelo próprio motorista que, dizia ele, tinha aberto por curiosidade uma mala deixada aberta por esquecimento no automóvel e tinha ficado espantado por ver que estava cheia de papel moeda: tinha sido descoberto o tesouro, não do Long John Silver ou do Short Paul Gold, mas do Fantomas do Heron Castilho em pessoa!
Esta era a estória que circulava há muito tempo, e que pode, nas suas linhas gerais, configurar planos de longa data, agora revistos e estreados a par do filme «Cowboys e Juízes».
Ora como é sabido, uma vez eliminados o mordomo, o jardineiro, o marido da amante, os herdeiros, e a cozinheira, só fica, como último recurso suspeito… o motorista.
É ele, é o Perna, vai ser o Perna, tem de ser o Perna!
Porque se ainda não for desta, porque se o inefável Fantomas triunfar de novo, impante e seguro de si, então, partido político PSD, pernas para que te quero!…
Leia-se «como lhe chama o Sol» (na sua edição especial comemorativa) , em vez «como lhe chama o Correio da Manha».