ISIS – Pelo menos no século VII as cabras passeavam sem “slips”

Ponhamos as coisas desta maneira: quanto mais a Miley Cyrus e a Rihanna se despem do lado de cá, mais longe os sunitas do ISIS levam o pudor no lado de lá – e, pelos vistos, até os animais lhes dão ideias.

In Al-Raqqa, those who remain outdoors or who dare to keep their shops open are at risk of losing their lives. Hairdressers have been forced to blacken the images of women on packages of hair dye. Music is no longer allowed at weddings, and at livestock markets in the region, the genitals of goats and sheep must now be covered with rags.”

Vale a pena ler o artigo completo da revista Der Spiegel sobre os mais recentes alucinados radicais islâmicos a nascerem na Síria – o auto-intitulado Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ou do Levante), que pretendem agora eliminar a fronteira com o Iraque e restabelecer com os sunitas iraquianos um grande califado ao estilo do século VII, aproveitando para se afirmarem pelo terror mais selvagem e matando com as mais macabras e selváticas técnicas tudo o que é xiita, mexa ou não mexa.

Independentemente dos motivos e das circunstâncias que levaram à formação de exércitos como este, questões que o artigo também aborda, o que fazer na prática, hoje, neste século XXI, com estes homens das cavernas? E com os europeus que se lhes juntam, tomados de uma espécie de nostalgia de uma grandeza e de uma identidade passadas, verdadeiras ou imaginadas, e que regressarão, possivelmente incumbidos de missões? São também problemas como estes, e não só o desnorte económico e político da União, que propiciam a implantação das ideias da extrema direita europeia.

A politiquice interna tem-nos distraído da evolução da situação fora de portas, nomeadamente no mundo muçulmano, que não se apresenta famosa e pode ter consequências junto das fronteiras sul e leste da Europa. Os contrastes são cada vez mais acentuados. Pobres mulheres que vivem estes interlúdios/estertores civilizacionais. As cabras, essas não percebem.

6 thoughts on “ISIS – Pelo menos no século VII as cabras passeavam sem “slips””

  1. alá, na sua imensa sabedoria, criou uma natureza impúdica. nem alá é perfeito face a esta demência destruidora.
    o ocidente distraído? talvez, mas não penso que a questão seja o que fazer com estes homens,meros sintomas dementes. antes o que fazer com as nossas ideias, se existem ainda, com a nossa civilização.

  2. … os “radicais”, como são chamados os “missionários” do Islão, se os deixarem, vão chegar a Lisboa. Outra vez… Afinal de contas a guerra, os processos e a metodologia são exatamente os mesmos do século VII. Só não vê quem não quer. No entanto está lá tudo escrito. Basta ler…
    Da outra vez conseguiram liquidar os restinhos de Roma que ainda havia aqui e ali. Desta vez logo se verá…

  3. “Independentemente dos motivos e das circunstâncias que levaram à formação de exércitos como este”

    Claro, esta parte já não interessa.. para si.

    Os outros que estiverem interessados em investigar, podem ficar felizes por descobrir que a Turquia, país membro da NATO, apenas abriu o espaço necessário. Deslocaram o calhau que impedia estes larápios de sair da gruta.

  4. George Habash: É evidente que interessa e muito. Por isso remeti para o artigo, que desenvolve suficientemente bem o assunto. No entanto, não há decadência histórica, derrota ou humilhação (e quem no Ocidente não as experimentou?) que justifiquem tamanha visão do mundo, tamanho fechamento, tamanho retrocesso e tamanha violência. As razões são muitas outras.

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