Entrevista a Yuval Noah Hariri

Este homem, historiador e professor na Universidade Hebraica de Jerusalém, escreveu um livro brilhante, do qual já aqui falei: SapiensHistória breve da humanidade. Devidamente consumido e saboreado este primeiro, claro que já comprei o segundo – Homo Deus, que é hoje motivo para esta entrevista no Diário de Notícias.

Tal como o entrevistador, isto foi o que pensei ao ler o livro, e ele confirma-o na entrevista:

Olho para o seu livro e imagino o autor como um drone dotado de inteligência artificial a sobrevoar o planeta Terra. Revê-se nesta imagem?

Até certo ponto. Eu tento ser realmente como um drone que voa a grande altitude e observa tudo o que acontece na Terra sem tomar partidos. No entanto, ao contrário de um drone ou de uma inteligência artificial, eu não me foco apenas nos acontecimentos materiais. Tento compreender como as pessoas se sentem e dou um lugar central no meu livro às questões éticas e filosóficas. Não vale a pena escrever História se nos esquecermos da dimensão ética.”

Convém frisar o facto extraordinário de este homem viver e ter sido educado (penso) no lugar da Terra onde há, provavelmente, a maior concentração de templos e locais de culto, símbolos, comunidades e excursões religiosas. Escapar imune a este habitat e conseguir ter uma visão completamente imparcial e distante das grandes questões da humanidade é obra.

23 thoughts on “Entrevista a Yuval Noah Hariri”

  1. Clarissimo! Os globalistas chafurdam neste tipo de coisas? Sim sim sabemos perfeitamente, e olha quem!
    Obama, Bill Gates e Mark Zuckerber …. e as marias vão com as outras por afinidade

  2. my god , mais teses brilhantes de gays judeus ? passo , já tenho a minha dose prá vida com o freud at all. que é que poderá saber da humanidade um tipo que não tem acesso a metade ?

  3. aliás , o que ele escreveu já foi escrito por Huxley há bués. a parte do direito à felicidade é de urinar a rir : tome soma , gajo

  4. Do Harari: “Estamos a controlar a fome, as epidemias e a guerra.”

    Do Joaquim Camacho: “Tá-se mesmo a ver, não tá-se?”

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    Do Harari: “Eu tento ser realmente como um drone que voa a grande altitude e observa tudo o que acontece na Terra sem tomar partidos.”

    Do Joaquim Camacho: “Mais um iluminado pairando fora e acima das ideologias.”

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    Do Harari: “Já não existe fome natural no mundo, há apenas fome de origem política. Se as pessoas ainda morrem de fome na Síria, no Sudão ou na Coreia do Norte é apenas porque alguns governos assim o desejam.”

    Do Joaquim Camacho: “Fome de origem política, eis uma absoluta novidade, descoberta merecedora da porra de um Nobel qualquer de que me escapa o nome!”

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    Do Harari: “Na verdade estava a caminho do maior milagre económico da história. Desde 1974 centenas de milhões de chineses saíram da pobreza.”

    Do Joaquim Camacho: “Milagre, nem menos! Ora zumba na caneca, oremos!”

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    Do Harari: “De facto, na maioria dos países, hoje, comer demais tornou-se um problema muito pior do que a fome. (…) nos bairros da lata e guetos os pobres engolem bolos industriais, pacotes de aperitivos salgados, hambúrgueres e pizzas.”

    Do Joaquim Camacho: “Again, tá-se mesmo a ver, não tá-se?”

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    Do Harari: “Nós transformámos as guerras de uma catástrofe inevitável além do controlo humano numa ameaça gerível.”

    Do Joaquim Camacho: “Foda-se!”

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    Do Harari: “No passado, os seres humanos pensavam que as guerras eram uma parte natural do mundo e somente Deus poderia trazer a paz à Terra.”

    Do Joaquim Camacho: “Foda-se e refoda-se!”

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    Do Harari: “Mas ao longo das últimas décadas, os seres humanos descobriram que têm o poder de trazer a paz à Terra por si mesmos, se tomarem as decisões certas.”

    Do Joaquim Camacho: “”Foda-se, refoda-se e trifoda-se!”

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    Do Harari: “O que originou esta nova era de paz?”

    Do Joaquim Camacho: “”Foda-se, refoda-se, trifoda-se, multifoda-se e infinifoda-se!”

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    Do Harari: “Eu valorizo muito Marx. Até certo ponto, todos nós somos marxistas hoje. (…) No entanto, no séc. XXI as teorias marxistas estão a perder relevância. O marxismo assume que a classe trabalhadora é vital para a economia e os pensadores marxistas tentaram ensinar ao proletariado como traduzir o seu imenso poder económico em força política. Esses ensinamentos podem tornar-se completamente irrelevantes no séc. XXI.”

    Do Joaquim Camacho: “Newspeak típico de aldrabão de feira, vendedor de banha da cobra, demagogo vigarista: o branco é preto, o preto é branco, aquele menino é uma óptima pessoa mas não deixa por isso de ser um grande filho da puta, u.s.w.”

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    Do Harari: “À medida que a biotecnologia se for desenvolvendo será possível prolongar o tempo da vida humana e melhorar as capacidades humanas, mas os novos tratamentos maravilha podem ser caros e podem não estar disponíveis gratuitamente para todos os milhares de milhões de seres humanos. Assim, a sociedade humana no séc. XXI pode ser a mais desigual da História. Pela primeira vez na História, a desigualdade económica será traduzida em desigualdade biológica. Pela primeira vez na História, as classes superiores não serão apenas mais ricas do que o resto da humanidade, mas também viverão muito mais tempo e terão muito mais talento.”

    Do Joaquim Camacho (com a boca escancarada de espantação): “Novidades absolutas, sem sombra de dúvida!”

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    Do Harari: “Então, qual será a utilidade de seres humanos nesse mundo? O que faremos com milhares de milhões de seres humanos economicamente inúteis? Não sabemos. Não temos qualquer modelo económico para tal situação. Esta pode ser a maior questão económica e política do século XXI.”

    Do Joaquim Camacho: “Essa é fácil: soylent green.”

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    Do Harari: “Durante a era moderna, as religiões que acreditam nas leis divinas entraram em declínio. Mas as religiões que acreditam nas leis naturais tornaram-se cada vez mais poderosas.”

    Do Joaquim Camacho: “Que o digam o DAESH, os wahhabitas da Arábia Saudita e arredores, os fundamentalistas cristãos dos EUA, os fundamentalistas judeus de Israel, etc.”

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    Do Harari: “Antes do séc. XVIII, o nacionalismo era uma força bastante fraca, e a maioria das nações de hoje não tem mais de um século de existência.”

    Do Joaquim Camacho: “What????????????!!!!!!!!!!!!”

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    Do Harari: “Os direitos humanos são uma história inventada nos últimos três séculos, que não tem base na biologia. Não há direitos inscritos no nosso ADN.”

    Do Joaquim Camacho: “O Adolfo não diria melhor.”

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    Do Harari: “É por isso que a História me interessa tanto. Eu quero conhecer a História.”

    Do Joaquim Camacho: “Continua tentando, cabrão, talvez lá chegues em três reencarnações.”

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    Do Harari: “As pessoas estão a matar-se por todo o lado por puras ficções. É por isso que é tão importante para mim distinguir a realidade da ficção.”

    Do Joaquim Camacho: “E eu a pensar que estávamos «a controlar a fome, as epidemias e a guerra».”

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    Do Harari: “Em 1017, os pais ensinaram aos seus filhos como plantar trigo, como tecer lã, ou como ler a Bíblia.”

    Do Joaquim Camacho: “Em 1017, a enorme maioria da população mundial era analfabeta e a primeira Bíblia impressa foi parida por Johannes Gutenberg em 1454, mas é claro que se trata apenas de pormenores. Verdadeiramente importante é não deixarmos que a realidade estrague uma boa treta.”

    Do Concílio de Toulouse (1229 da Era Cristã): “Canon 14. We prohibit also that the laity should be permitted to have the books of the Old or New Testament; unless anyone from motive of devotion should wish to have the Psalter or the Breviary for divine offices or the hours of the blessed Virgin; but we most strictly forbid their having any translation of these books.”

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    Do DN: “Harari tornou-se uma celebridade mundial, gay, vive com o marido numa comunidade israelita, vegan e recusa-se a usar um smarthphone.”

    Do Joaquim Camacho: “Mais um historiadeiro espertalhaço cavalgando a onda modernaça para ganhar dinheiro com um festival oportunista de vacuidades, clichés e lugares-comuns, ignorância histórica, superficialidade ‘analítica’, pseudo-erudição pretensiosa e bojardas sortidas q.b.”

    Oremos.

  5. Mesmo que o israelita não tenha razão faz pensar. Já Camacho nem tem razão, nem faz pensar. E as pitadas de erudição que tenta deixar têm a consistência da Wikipédia.

  6. faz pensar tanto como qualquer filme de ficção cientifica série b de baixo orçamento e maus artistas. a única coisa que se percebe é que está em pulgas para modificarem genéticamente gajos para modo gay :) fukuyama já tinha escrito o fim da história e deu no que deu. e aliás , o mais importante do futuro tecnológico são as impressoras 3D e lá se vão os capitalistas pró galheiro. .

  7. e essa da maior parte das nações ter um século é demais. lá está o cromo a pensar em nivelar tudo por israel ou não fosse judeu .

  8. “Convém frisar o facto extraordinário de este homem viver e ter sido educado (penso) no lugar da Terra onde há, provavelmente, a maior concentração de templos e locais de culto, símbolos, comunidades e excursões religiosas. Escapar imune a este habitat e conseguir ter uma visão completamente imparcial e distante das grandes questões da humanidade é obra.”

    Qual obra?

  9. A ignorância é muito atrevida, como aqui se nota. Basta atentar nos ecemplis que escolhem e do que juram ser a história das nações. Sabem eles mais do que o historiador.

  10. está a pensar em colónias , é ? as espanholas são independentes desde o início do sec. XIX , as inglesas desde fins , já passaram mais de 100 anos , e África foi recortada mais tarde , está certo . de qualquer das maneira um tipo que diz que a diferença enre homens e mulheres não é biológica mas simplemente cultural ( devia ver uns programas do national geografic , ao menos ) há-de transpor muitos mais desejos para as suas teoria s ” completamente isentas ” : :)

  11. Quem não tem conhecimentos básicos de história e de conceitos como os de estado e de nação devia ficar calado perante quem sabe mais ou então fazer perguntas para ver se entendia o que foi dito pelo outro. Não lhes dizem nada questões como identidade e comunidade, mas dissertam como especialistas em física nuclear, quando não passam da tasca e da pacotilha servida em modo divulgação para massas pacóvias.

    Depois lá vão à wikipedia e descobrem as independências​ da África quase toda, que amalgamou e separou tribos a régua e esquadro. Também têm a Ásia quase toda, uma série de pequenos países na América Central e das Antilhas e metade da Europa.

    Mas o israelita é que é burro que não vê o National Geographic.

  12. mas qual é a novidade naquilo que diz quando tudo no mundo, a esta altura e como bem diz, é já expectável? e qual é o interesse, o nosso, em sabermos que é gay e vegan?

    os heterossexuais e os sábios gulosos são, e serão, cada vez mais discriminados. mais um bocadinho e teremos a substituição de uma boutade por outra: vai para o cu que te pariu. ai que riso! :-)

  13. até interessa , Olinda :) dá para perceber pq tão cheio de pipizadas e originalices se esqueceu de um dos dois factores mais importantes na equação que faz mexer o mundo desde que é mundo : sexo ! ( cyborgs no truca truca ? vão morrer de tédio os deuses humanos ) .
    do dinheiro lembrou-se bem… lá está : judeu :)

  14. mas espera aí, yo, se o tesão passar a ser programável então é porque será vendável e o mundo será um enorme prostíbulo! :-)

  15. naaa…. estás a ver aquele filme do woody allen o dorminhoco /o herói do ano 2000 onde há uma máquina que é o orgasmatrón pq são todos frígidos e só lá vão com máquina ? deve ser parecido :) :)

  16. Querida amiga Penélope, de imortal minha obra tem nada, de biodegradável tem tudo sim, nela me aplico sem falhar dia, de prisão de ventre sofro não, plim.

    Perdoa-me o intervalo escatológico.

  17. no filme do woody os casais metiam-se dentro da máquina que os sacudia ou assim , sem máquina não iam lá :)

  18. não: a alma tem a natureza das pedras todas diferentes.

    estará por vir uma vibromate, então. :-)

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