“Eu tenho de liderar um combate em nome do PS contra o Governo – e espero que os deputados do PS estejam comigo. À vezes vejo com preocupação camaradas mais preocupados em ver o que eu faço ou digo do que em combater o Governo”, declarou.”
Porque será que há camaradas preocupados com isso que dizes?
Não será porque o que dizes e fazes não combate este governo? Ou porque mais do que aquilo que dizes e fazes, os camaradas estão talvez preocupados com o que não dizes nem fazes, mas devias dizer e fazer, como líder?
Ontem, por exemplo, ouvi num canal de televisão que consideras que todas as consultas – cá e no estrangeiro – que recentemente te têm ocupado foram contributos muito úteis para uma tomada de posição sobre o orçamento (!). Com isto, penso que sim, que deves estar preocupado. Mas não é com os camaradas, é antes com o teu futuro.
Caros amigos.
Leio com atenção este site e de forma diária. Dou-vos os parabéns sinceros pelo excelente trabalho e criticas que fazem.
Assumo a minha militância no PS e o meu Socratismo. É sempre fácil culpar quem já não está cá e que teve em mãos a maior crise de todos os tempos, os que o criticavam, agora andam escondidinhos e tentam sempre imputar-lhe as culpas.
Contudo ressalvo uma coisa. Quanto à votação do Orçamento de Estado (que é completamente recessivo e abismal) não há outro caminho sensato a não ser a abstenção. Não podemos ter memória curta. O que o PS está agora a fazer não é concordar com o Orçamento mas sim não repetir o que se vê pela Grécia, sendo responsável e assumindo também (e há que dizer com frontalidade) a sua parte de responsabilidades em tudo isto. O contador não pode ir a zeros.
O PS esteve bem, mesmo que em condições normais, este seria um Orçamento para votar Não, massivamente.
Caro António Pedro na sua opinião quais as medidas que o eng Sócrates NUNCA colocaria neste orçamento de estado, sabendo nós que as metas orçamentais já estão à muito estabelecidas, e têm de ser cumpridas.
As metas estão estabelecidas mas o modo como se chega a elas não é fixo.
Quando aquilo que ele faria ou não, obviamente não poderei dizer com toda a certeza, mas uma coisa garanto, o ataque à Saúde e Educação nunca seria o que está a ser feito.
São dois pilares essenciais.
Seguro herdará o poder com naturalidade. Mais cedo, se as metas do acordo falharem. Mais tarde se Portugal honrar os seus compromissos com os credores. A sua oposição é responsável. Coloca o país à frente da sua imagem como líder partidário. A boa politica, a honesta também se faz de hesitações e indecisões. Chama-se democracia. Já vivemos com este governo, enquanto oposição, a amarga experiência do que é a luta sôfrega pelo poder à custa do superior interesse nacional. Chega disso. O Presidente é um aliado da oposição responsável na exacta medida em que é um aliado do governo legítimo. Quanto ao desmantelamento do Estado Social, não esqueçamos que os portugueses são co-responsáveis com as decisões deste governo. Elegeram-no em liberdade. Com a mesma liberdade e talvez mais maturidade democrática, promoverão Seguro. E aí, os 10 milhões de abraços com que nos brindará selarão o salto civilizacional que corrigirá o recuo que agora nos aflige. Com naturalidade e coiso.
Shame on you (in) Seguro!
António Pedro: A demora e as hesitações para chegar a uma abstenção não são sinais de boa liderança. Tanto mais que a aprovação deste orçamento não depende do voto do PS. Também as conversas mais ou menos secretas com Passos não dão qualquer garantia de que temos líder e alternativa fortes.
Joaquim O.: Não acredite nisso. Ninguém vai votar no Seguro apenas por este governo falhar. A central de propaganda destes senhores é bastante forte e implacável, como já se provou no tempo de Sócrates, e o Seguro corre bastantes riscos de ser comido como um patinho, se pensa que a política é uma questão de “sermos todos bons rapazes”.
propaganda…jn com leite pereira? dn com o marcelino? controlinveste?
só uma coisa: o candidato que grande parte das pessoas aqui do aspirina apoiou nas ultimas directas para a liderança do ps, francisco assis, mostrou total concordancia com a posição de abstenção
Em vez de estar solidário com os cidadãos deste País, que sofrem cada vez mais, Seguro colocou-se a favor dos opressores com esta abstenção e, enquanto isso, vai assobiando para o lado…Nem sequer conseguiu contrapartidas de peso. O povo lhe dirá na hora de votar, comigo e com a minha família não contará! Qualquer dia, com tanta submissão ao psd ainda é promovido a secretário do Relvas ou do gaspareco….O PS merece um líder a sério, não este infiltrado de direita!! Estamos perdidos!
Ora, mas há sempre gente de confiança:
http://lishbuna.blogspot.com/2011/11/so-para-matar-saudades-e-para-nao.html
Não sei porquê mas estou muito confuso!
Segundo o PS este é um mau orçamento, e se estivesse no poder as medidas do OE seriam diferentes.
Quem o diz é António José Seguro, não é o Francisco Italiano, nem o Manuel Triste, nem o António Peito.
E diz mais.
Diz que:
1. Não é o seu orçamento – o que é verdade;
2. Discorda deste orçamento – o que não parece ser verdade, pois se fosse votaria contra;
3. Diz que há medidas que o governo apresenta e que não se justificam – Quais?
4. Diz que é injusto tirar dois salários a funcionários públicos e pensionistas – Mas apenas quer devolver um;
5. Diz ainda que tal medida é uma violência – Quer então dizer que está contra?
6. Diz que este governo faz tiro ao alvo aos funcionários públicos e pensionistas – espero que explique o que faria ele;
7. Diz que o partido não é um partido de protesto… – o que atualmente até é verdade;
8. … e que não é um partido de bota abaixo – o que parece também ser verdade;
9. Diz que o PS quer contribuir para que os sacrifícios tenham sentido – o que não é o caso do OE apresentado;
10. Finalmente diz que não se cauciona com este orçamento – Se não se sente garantido então qual a razão para votar “tanto me faz”?
Em meia dúzia de frases assassinas, dá uma no cravo, outra na ferradura.
Quando não concordo com alguma coisa, eu voto contra, a não ser que os meus interesses pessoais me levem a tomar outra posição.
Dizer que se abstem em nome do País é o mesmo que virar as costas ao País para não ver o País a ir ao fundo.
Há quem explique isto melhor?
É isso mesmo, Teófilo M.. Não percebo por que razão este Seguro tem seguidores. O que verão nele?
Er: Segundo julgo saber, o Assis defendia uma abstenção logo desde o início, o que era uma maneira de desligar o PS deste orçamento e dava margem para a crítica do mesmo.
Penélope, não acredito. Estava a tentar colocar-me na cabeça do Seguro (ironizava, portanto). Sem sucesso, pelos vistos.
Joaquim O. : Bravo pela ironia! E peço desculpa. O tom era tão sério…
Aquela frase relativa ao Presidente deixou-me de facto baralhada, mas…
vá lá não teres ficado perturbada com o coiso
bom mas sendo assim se tivesse ganho o assis a posição relativamente ao OE seria a mesma.Já sei que o ideal seria o pinto de sousa não ter fugido para paris